Nosferatu

Nosferatu Joe Hill




Resenhas - Nosferatu


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Luvanor N. Alves 21/03/2016

Resenha Nosferatu, pelo MarcadorExpresso
Há? no Colorado, nos Estados Unidos,
... Um velho que entra em seus sonhos e te leva ao encontro da morte, em seu Rolls-Royce;
... Uma menina com o Dom de encontrar o que está perdido, cruzando um Atalho de madeira torta e apodrecida;
... Crianças sendo levadas à Terra do Natal e nunca mais voltando...

E o dia em que a Menina e o Velho se encontram!

continue a resenha em nosso blog, Marcador Expresso. Ficou ótima! Se gostar, inscreva-se.
NÃO DAMOS SPOILERS!
http://marcadorexpresso.blogspot.com.br/2016/03/resenha-nosferatu.html?m=1
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Felipe Miranda 13/03/2016

Nosferatu - Joe Hill por Oh My Dog estol com Bigods
Nosferatu foi lançado no ano passado e o procrastinei até agora por preconceito. Os comentários dizendo que o livro era uma reinvenção das histórias sobre vampiros me deixou com um pé atrás. Nunca fui fã da temática e encarar 614 páginas sobre isso não me animou por muito tempo. Porém, quando resolvi dar uma chance a obra me surpreendi positivamente e até agora não consigo enxergar o vampiro da história como um vampiro. É mais uma metáfora ou visão pessoal do leitor do que de fato uma caracterização certeira sobre o personagem.

Charles Manx é o tipo de pessoa que você deveria temer. Ele é um assassino em série e pedófilo famoso por sequestrar crianças que nunca mais voltaram a ser vistas. De tão louco ele criou uma realidade onde o Natal acontece todos os dias com tudo que faz do Natal uma época tão aconchegante. A questão é que esse lugar só existe em sua mente e para levar as crianças para lá ele precisa matá-las. Mas tudo bem, ele acha o esforço válido. Nada para ele é mais prazeroso que ver crianças-cadáveres brincando na neve ou sorrindo com o chocolate quente à beira da lareira. A infelicidade não existe nesse lugar. É proibida.

Há anos Manx se encontra em estado vegetativo numa maca de hospital. É de se esperar que ele não possa fazer mal a uma mosca sequer, certo? Errado. Manx acaba de morrer e fugir do hospital ao mesmo tempo. Pesaram seu coração, fizeram sua autópsia, mas o que os médicos e a polícia não sabem é que ele e seu ajudante maluco estão na estrada em um Rolls-Rayce rumo a Terra do Natal. Eles querem vingança e estão indo atrás da única criança que conseguiu escapar de Manx por ter os mesmos poderes que ele: o de viajar pelo tempo e espaço através da mente.

Victoria McQueen foi a única garota capaz de sair viva das garras de Manx. Isso acontecera anos atrás, num dia em que ele tocara fogo num homem em plena luz do dia e fora preso por isso. Agora ela é uma escritora bem-sucedida, mãe de um menino e quase-casada com um cara tão complicado quanto ela. Assim como Manx Victoria McQueen também possui a sua própria forma de viajar no espaço-tempo. Quando criança ela percorrera distâncias incalculáveis montada em sua bicicleta. Ela era capaz de encontrar qualquer coisa ao atravessar a ponte imaginária que criou em sua mente. Uma ponte que por muito tempo não apareceu, mas que agora está de volta para ajudá-la a sair inteira de uma perseguição mortal. Manx está de volta e quer levar o filho de Victoria para a Terra do Natal. As portas do inferno foram abertas.

São tantos elogios a serem feitos que não sei por onde começar. Eu senti medo de Manx e isso é algo que conta e muito numa história desse tipo. Tudo poderia soar besta, mas não é assim que parece. Manx tem 115 anos, está morto e seu Rolls-Rayce é seu veículo. Um carro como poucos ao redor do mundo e vivo. Vivo. Manx é o carro e o carro é Manx. Ninguém pode esconder nada dele estando ali dentro e os mundos ali presentes são vários. Cada criança que ele leva para a Terra do Natal devolve a jovialidade que ele perdeu. Ao mesmo tempo que a gente se pergunta se é tudo físico, palpável e possível de ver a olho a nu temos a certeza de que nada está realmente acontecendo, pelo menos aos olhos da polícia. Como um cadáver pode estar atrás de Victoria?

Ela está quase sozinha, mas pode contar com Lou, seu namorado-marido, para salvar sua família. Desde que Manx fugiu os pesadelos voltaram, assim como as ligações assustadoras de crianças mortas. Não existe paz, nem segurança. Ela vai acreditar tarde demais que Manx está realmente de volta. Como aceitar que o cara que arruinou a sua vida morreu e continua vivo? O FBI o considera uma louca, mas as evidências de que realmente exista um perigo desconhecido deixam todos com uma pulga atrás na orelha.

É um livro que começa com ares de suspense psicológico, evolui para um terror que me fez dormir de luz acesa e caminha para uma thriller policial maravilhoso de roer as unhas. A narrativa é toda em terceira pessoa e não nega ação. Cada capítulo é uma aventura. Torturas, personagens paralelos, assombrações cotidianas e acessos de fúria e descontrole. O homem da Máscara de Gás, que é o nome do ajudante de Manx, rouba a cena em vários momentos. O cara é um lunático-solitário-estuprador-torturador que rima o tempo todo e tem a idade mental de um sofá. Victoria é uma boa protagonista louca. Vai fazer qualquer leitor tremer, seja de ódio, de excitação ou de pavor.

Foram as 614 páginas mais bem temidas da minha vida. Leitura mais que recomendada. Joe Hill é um mestre e não acho necessário comentar que ele é filho do Stephen King.

site: http://ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2016/03/resenha-nosferatu-joe-hill.html
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Ana Luiza 17/08/2014

Perturbador, cruel e estranhamente divertido
Victoria McQueen era apenas uma criança quando descobriu que, ao montar em sua bicicleta e atravessar uma ponte no bosque perto de sua casa, ela era capaz de encontrar qualquer coisa que estivesse perdida, em qualquer lugar. Vic sempre manteve sua habilidade em segredo, afinal, sua própria mente distorcia a verdade e para ela as aventuras do outro lado da ponte eram apenas sonhos e ela encontrava as coisas por acaso ou em lugares óbvios e de fácil acesso.

“Era sempre assim. Ela já tinha atravessado a ponte uma dezena de vezes em cinco anos, cada vez menos uma experiência e mais uma sensação. Não era algo que ela fazia, mas que sentia: a consciência de estar deslizando como em um sonho, a distante sensação de um zumbido de estática.” Pág. 82

Entretanto, mais velha, Vic atravessa sua ponte em busca de alguém que entenda o que ela pode fazer e, assim, ela acaba conhecendo Maggie Leigh, uma bibliotecária gaga que consegue fazer suas próprias mágicas. Através de Palavras Cruzadas Maggie consegue a resposta para qualquer pergunta que faça, entretanto, de vez enquanto as palavras simplesmente falam e elas avisaram sobre Vic e Charles Manx.

Charles Talent Manx também tem uma habilidade. Na verdade, ele tem um carro, um Rolls-Royce antigo, o Espectro, com o qual ele leva criancinhas para a Terra do Natal, um lugar dentro da sua mente onde sempre é véspera do feriado e há apenas felicidade, presentes e chocolate quente. Com ajuda de Bing Partridge, um homem louco e fiel, Manx “salva” criancinhas de seus horrendos pais, que nunca mais veem seus filhos.

“O menino observava os fundos da casa. Ela agora sabia que ele estava morto, ou pior ainda do que morto. Que ele era uma das crianças do homem chamado Charlie Manx.” Pág. 148

As Palavras Cruzadas avisam a Maggie sobre Manx, e ela faz Vic prometer jamais procurá-lo. A garota assim promete e, na volta para casa, acaba perdendo sua bicicleta e ficando muito doente. Depois disso, a garota ou mesmo sua família jamais serão os mesmos. Seu pai sai de casa e sua mãe se transforma em uma mulher ainda mais dura e amargurada. Já Vic torna-se distraída, rebelde e infeliz.

“Quando alguém dizia que podia afastar as coisas ruins, uma criança acreditava. Vic queria acreditar nele, mas não conseguia” Pág. 166

Já adolescente, depois de uma brigar com a mãe, Vic encontra sua antiga bicicleta e a raiva dos pais a fazem procurar por problema. E a ponte do Atalho sempre leva a garota até aquilo que ela está procurando. Vic encontra a casa de Manx e sua vítima mais recente. Mas, o garoto que Manx sequestrara já não é mais um garoto e sim qualquer outra coisa perversa na qual o Espectro o tenham transformado. E mesmo que saia desse encontro viva, pode ser que Vic não saia sã. Anos se passam até que o Espectro esteja de volta às estradas, mas, dessa vez seu objetivo não será tão fácil de alcançar. A jornada de Manx e Vic não estará terminada até que um dos dois esteja morto e ambos estão dispostos a ir até o fim dessa história.

“Em algum nível, tinha passado a considerar aquela situação quase natural. Mais cedo ou mais tarde, um carro preto ia buscar todo mundo. Aparecia e arrancava a pessoa dos seus entes queridos para nunca mais voltar.” Pág. 219

Peguei Nosferatu sem ao menos passar o olho na sinopse do livro. Desde que li Estrada da Noite a alguns anos, sou apaixonada com Joe Hill e desde O Pacto (resenha aqui) que venho esperando, ansiosamente, pelo lançamento de mais obras dele aqui no Brasil. Portanto, quando soube que Nosferatu finalmente havia chegado em nossas terras, solicitei o livro e, assim que ele chegou, comecei a lê-lo.

Por ser de Joe Hill, tinha enormes expectativas para Nosferatu, cujo início pouco me conquistou. Logo nas primeiras páginas o autor joga a estranha habilidade de Vic sobre o leitor e simplesmente espera que ele lide com isso. Nas primeiras “viagens” da garota através da ponte do Atalho a única reação que tive foi de perguntar-me se Hill tinha ficado louco. Somando isso aos vislumbres da Terra do Natal que tivemos ao lado de Manx e Bing, toda a trama me pareceu muito sem noção e eu simplesmente não conseguia ver aonde aquilo tudo ia levar. Confesso que nas cem, cento e trinta, primeiras páginas fiquei bastante decepcionada por não ter encontrado o tipo de história de Joe Hill que eu esperava e considerei seriamente abandonar a leitura. Felizmente, não desisti e acabei por encontrar nas páginas seguintes o melhor livro de Hill e, pelo menos até agora, a melhor obra de horror que já tive o prazer de conhecer. O livro me surpreendeu profundamente, entrou para a lista de favoritos dos favoritos e apenas reforçou o amor que tenho pelo autor.

Nosferatu é uma genuína obra de horror, com seus personagens questionáveis, cenários sombrios e muito mais que deixam o leitor realmente horrorizado. Acredito que essa é, talvez, uma das grandes diferenças do terror e do horror. Enquanto o primeiro quer provocar o medo, o segundo quer provocar a repulsa, quer chocar o leitor. O que mais me agrada nas obras de horror são sua qualidade duvidosa. Em um diversos momentos a sensação que temos é de estar apenas lendo/vendo ficção barata, que usa de todo e qualquer recurso para alcançar seu único objetivo: escandalizar, provocar apatia e estranhamento. E, contanto que o objetivo seja alcançado, tudo vale. As obras de horror não se preocupam em ser plausíveis ou ter tramas e personagens muito refinados e é aí que reside a magia do gênero.

Como um genuíno livro de horror, Nosferatu, como já comentei, simplesmente joga sua história na cara do leitor e não faz o mínimo de esforço em convencê-lo de que aquilo poderia ser real. No início, esse caráter despretensioso me incomodou, mas, após a leitura do livro, ele apenas me fez gostar ainda mais da obra. A sensação de estranhamento percorre Nosferatu do início ao fim e todas as situações improváveis, personagens e cenários excêntricos tornam esse livro uma verdadeira obra-prima.

Hill reconstrói, de forma quase imperceptível e a sua maneira, o clássico Drácula (resenha aqui). Entretanto, apesar de serem bem parecidas, as duas obras também são, ao mesmo tempo, completamente diferentes. Nosferatu tem a sua personalidade, uma maneira própria e única de construir um suspense bem elaborado que praticamente obriga o leitor a devorar o livro – o que não é tarefa para qualquer um. Um dos poucos, se não talvez o único, ponto negativo da sua obra é sua extensão. É quase impossível não desanimar ao começar a leitura de um livro de mais de 600 páginas, tanto que demorei exatas duas semanas para terminar Nosferatu. A leitura do livro é fluída, mas seu volume é mesmo muito extenso, o que acaba por deixar a obra exaustiva. Mas não se enganem, a exaustação após o término de Nosferatu é uma sensação boa, de dever cumprido e de prazer por ter “perdido” tanto tempo em um só livro.

Apesar de ter achado o livro muito extenso, acredito que qualquer palavra retirada do texto seria uma perda. A obra está perfeita como está. O desenvolvimento da trama foi muito surpreendente e não houve um único momento em que parei e disse: “Ah, eu já sabia que isso iria acontecer”. Hill mantêm a tensão viva do início ao fim e mesmo que já esteja cansado e com os braços doendo de segurar o livro, é impossível não ficar louco para saber o que vem a seguir. O final é de tirar o fôlego e eu não conseguia acreditar que o livro tinha acabado. Além das tramas surpreendentes e sinistras, dos personagens detestáveis e apáticos, o que mais gosto no autor é sua escrita. A narrativa em terceira pessoa de Hill é objetiva, mas descritiva na medida certa, e também carregada de muita ironia e humor negro. O autor passa longe de eufemismos, fala o que tem que ser dito de forma curta e direta, algo que adoro.

Os personagens são os típicos heróis ao contrário, todas as suas características peculiares e detestáveis são o que nos fazem amá-los! Até mesmo os personagens mais bonzinhos, como o Lou, tem lá no fundo desejos egoístas e um lado egocêntrico. Hill consegue criar personagens como ninguém, todos muito reais e com algo que os destaque, além de papel na trama. Vic foi, sem sombra de dúvida, minha favorita. Seu lado determinado e forte é inspirador. A garota sem muita feminilidade, com sede de aventura e perigo me conquistou bastante. Mas, como acontece com os melhores personagens, meus sentimentos por ela oscilaram bastante. Ora odiei a personagem por sua teimosia e talento em arruinar tudo, mas amei-a por sua coragem e lealdade com aqueles que amava. O mesmo aconteceu com Manx. O nosso sequestrador de criancinhas é um típico vilão de filmes antigos: um velho insano de aparência assustadora e sede em fazer o mal. Entretanto, o mais incrível de Manx é que sua loucura é tanta que ele acredita no que fala e consegue, nem que por alguns poucos segundos, convencer também o leitor. Em determinados momentos o discurso de Manx é tão persuasivo que realmente me perguntei se a Terra do Natal não era mesmo um lugar feliz e se Manx realmente não estava salvando crianças e as levando para um lugar melhor. Em termos de loucura, Bing é talvez o que mais maluco e doente deles. O ajudante de Manx é tão profundamente insano que chega a ser um dos personagens mais assustadores que já vi e um dos que mais gosto!

“E era a isso que tudo se resumia, no final das contas: pegar algo terrível e transformá-lo em algo bom. O Sr. Manx salvava as crianças e Bing salvava as mamãezinhas. Agora, porém, as mamãezinhas haviam acabado.” Pág. 189

Nosferatu é uma genuína obra de horror, um livro perturbador, cruel e estranhamente divertido, recheado de violência, insanidade e muitas surpresas. Para os que, como eu, são apaixonados pelo gênero, apesar de longa, essa é uma leitura deliciosa e que recomendo muito. Amei Nosferatu e até agora estou com gostinho de quero mais.

Só há elogios quanto a edição. A tradução estava perfeita e a diagramação divina, o livro é recheado de algumas ilustrações bem legais (abaixo). O tamanho e tipo da fonte estava bom e as páginas amareladas ajudaram a leitura a fluir um pouco mais rápido. Eu simplesmente adoro essa capa aparentemente simples, mas muito bonita e que combina perfeitamente com a trama. Também gostei da adaptação do título. O original NOS4A2, faz um pouco mais de sentido, já que essa é a placa do carro de Manx. Entretanto, como é explicado na trama, quando pronunciado em inglês, NOS4A2 tem o mesmo som da palavra Nosferatu, palavra de origem alemã (de acordo com o livro, para mim era de origem romena) que é sinônimo de vampiro.

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br/2014/08/resenha-nosferatu-joe-hill.html
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Ricardo.Misaka 12/01/2016

Obra prima de Joe Hill
A obra prima de Joe hill até o momento. Narrativa cativante, personagens idem, vilão memorável, referências, e muitas as obras de Stephen King pai e outras referencias da cultura pop. Ponto negativo apenas para o final que poderia ter sido mais intenso e impactante assim como o final de Horns (pacto ou amaldiçoado no Brasil).
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 30/12/2015

Terror da melhor qualidade
O que acontece se a gente juntar, um Rolls-Royce, uma bicicleta, o Natal e muita imaginação ???? Para Joe Hill essa mistura cria uma tremenda história de terror, onde o maior perigo está dentro da sua própria imaginação ! Podemos considerar uma releitura de Dracula, mas ao invés de sangue esse vampiro se alimenta de inocência !!! Difícil saber quem é o real vilão dessa história! O livro demora a prender você na história mas quando o faz é impossível parar de ler !!!! E pode-se dizer que o Hill herdou muita coisa do pai, mas superou o pai no final dessa história !!!!
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Carol 25/12/2015

Bom
Não tenho muito com o que comparar em relação ao autor, li apenas A estrada da noite, mas pela segunda vez ele não me deixou a desejar. Um livro inteligente, intrigante, viciante e altamente recomendado. Um thriller de classe.
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Lolo 11/11/2015

Fantasia dentro de fantasia.
Bom, vamos ajudar os amiguinhos a decidir se eles vão ler o livro ou não. Primeiro de tudo, acho que foi um livro escrito pensando na aceitação do público, um livro feito pra vender, comercial, mas no caso desse livro, isso é bom, acho que esse norte fez o autor escrever um livro bem estruturado. Eu tenho lido muitos livros blockbuster ultimamente e esse foi um dos mais bem estruturados e densos que eu li, um dos mais profundos. É como se o Neil Gaiman finalmente tivesse decidido pegar uma das ideias dele e trabalhar bem ao invés de ficar com preguiça no fim, terminar de qualquer jeito e dizer 'o final fica por conta da sua imaginação' ou 'na vida real nem sempre todas as perguntas são respondidas no fim'. Mas mesmo sendo um livro rico pra um livro comercial, pro meu critério é um livro raso, não é um livro gostoso, cheio de passagens boas, mas que não contribuem ou não contribuem muito para o enredo, é um livro que trabalha sempre com o medo de se aprofundar muito e cansar o leitor, o que é chato, afinal de contas ninguém tem preguiça de se divertir nem de relaxar.(ou vai ver era falta de paciência, tempo ou ideias do autor mesmo, vai saber né) Eu pensei muito em It quando eu li a sinopse, tanto pelo Joe Hill ser filho do Stephen King quanto pela temática infantil/macabra da fantasia e pelos dois estopins do enredo, um na juventude da personagem outro na fase adulta. Senti falta daquele recheio suculento de infância, cheio de experiências de amadurecimento e coisas do gênero. Agora, pra quem gosta de ação, o livro é um prato cheio, pra mim não teve uma passagem entediante, até as mais paradas eram interessantes e muitas eram agradavelmente bem detalhadas, com o tom certo, tem muita coisa bem feita nesse livro. Em algumas partes você sente que ele meio que foi escrito de qualquer jeito, como quando ele descreve algumas rotas e paisagens, não sei expressar muito bem o que ele faz de errado, mas não fica tão profissional, mas muitas partes são excepcionais, quase poéticas. O primeiro encontro antagonista/protagonista achei fraquinho, mas a segunda metade do livro compensou bastante. Ele foca um pouco demais em características dos personagens que ele acha que podem gerar empatia e admiração, embora, sei lá, é uma caracteristica do personagem, pra situar ele no cenário tem que puxar pelo que ele tem de mais marcante, mas foi um pouco chato com a história dos personagens geeks e tatuados, você meio que manja que o escritor tá apelando. A parte fantasiosa é bem gostosa, eu fiquei mesmo de boca aberta com a terra do natal, com os sonhos a bordo do espectro, achei algumas manifestações sobrenaturais bem impressionantes (só as do Manx, as da Vic não achei lá grande coisa). Não considerei como um livro de terror, achei mais uma mistura de fantasia e ação com algumas coisas bem macabras que dão um certo medinho sim, mas tem coisas desse gênero em Harry Potter, e ninguém consideraria Harry Potter terror né?(sim, essa comparação foi fraca) E, como eu disse no título, o livro tem uma fantasia dentro da outra, além das 'paisagens interiores' existe também o vampirismo, Eu me conectei bastante com os personagens e inclusive fiquei bastante abalada com a trajetória de dois ou três personagens que tem uma vida de merda e morrem antes de finalmente ter alguma recompensa, mas é a vida né?
Enfim, pra quem curte ação, fantasia e personagens psicologicamente perturbados (não achei essa parte muito bem desenvolvida, mas vá lá né), tá mais do que recomendado.
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TamiresCipriano 30/08/2014

Nosferatu
Só para começar, Nosferu meche com você de tal forma que, ao fim do livro você pensa: -Acabou? Mas já?

Não se engane! A terra no natal existe e não existe, é um mundo perfeito onde todos os dias é natal, um "mundo" criado dentro da mente de Chales Manx.

Bing era feliz na infância, ou pelo menos foi em seu último natal com os pais, até ganhou uma máscara de gás, porém, foram mortos e por prego! Quem foi? Adivinhe? O rimador e irritante Bing, o próprio filho.
Como Bing adora o natal igualmente á Charlie, ele vê o anuncio e se inscreve para o cargo, de quê? Como diz Chalie Manx:" -Preciso de um nã nã nã para nã nã nã."

"- O mundo está cheio de gente brutal e burra, Bing - prosseguiu Charlie. - E sabe o que é pior? Algumas dessas pessoas têm filhos. Algumas se embriagam e batem nos filhos. Batem, xingam. Gente assim não deveria ter filhos, é o que penso! Por mim, essas pessoas poderiam ser todas enfileiradas e fuziladas. Um tiro na cabeça de cada uma... ou um prego." Pág 65.

Charlie possui um carro, não é um carro qualquer, é um Rolls-Royce dos anos de 1930. Na verdade, o Rolls servia para uma passagem, Charlie usava para ir a diversos lugares, levar crianças para a Terra do natal. Mas tudo tem um preço, usar uma passagem dessas necessita de uma outra "alma", Charlie é muito velho e o carro é ligado a ele, o carro se alimenta da inocência e infelicidade. Nosferatu, tem um grande e significativo nome...

Do outro lado da história conhecemos a personagem Victória, Vic, ou até mesmo Pirralha, como era chamada pelo seu pai, Chris. Linda MQueen era mãe de Vic, sempre tentou dar o melhor, mas ela e o marido viviam brigando.

Vic ganhou uma linda bicicleta, a Raleigh, era grande para ela, mas ela se achava um máximo e corria muito. Perto de sua casa havia um Atalho, foi destruído a muito tempo, mas não para Vic. Certo dia seus pais discutiram, Linda tinha perdido a pulseira, Vic saiu com sua bicicleta e pedalando rápido encontrou o Atalho destruído a muito tempo, mas que agora servia como um portal a qualquer parte do mundo para Vic MQueen. Em pouco tempo, ela chegou em casa com a pulseira, porém, não passando nada bem... Como disse sobre o Espectro/(carro) de Manx, tudo tem seu preço, não é?

Ao chegar em uma certa idade, Vic pensou ser maluca e que deveria sair de seu mundo da imaginação, mas gostaria de ter certeza, então, saiu e foi no Atalho a procura de alguém que confirmasse que não era imaginação, em Aqui, um local bem distante, Vic conhece a simpática bibliotecária Maggie Leigh, outra pessoa que também usa um tipo de "Atalho", mas o dela é diferente, ela vê as coisas antes, tudo no seu jogo de palavras, ou seja, descobriu fazendo o que ama.
Maggie alerta que é real e que não deve procurar por Manx, mas como Vic é teimosa, vê seus pais brigando e tenta arrumar confusão. A tonta da Pirralha realmente consegue! O Atalho leva direto para Casa do Sino, adivinhem? Manx já estava lá com uma criança, a casa pega fogo, ela consegue escapar das garras de Manx. Conhece seu pior pesadelo, mas ela ainda não sabe que será um pesadelo ainda maior para ele.

Victória foi a única criança que escapou de Manx, conseguiu fugir e anos mais tarde estava junto com seu grande salvador, Louis Carmody, que na época subiu na garupa de uma moto e mais tarde teria um filho com ele, Wayne.

A pior parte vem agora... Manx irá se vingar, Wayne será igual a mãe e conseguirá escapar? Terá uma solução para crianças que já chegaram na Terra do natal ou entraram no carro?

O livro é esplêndido, eu espero ter explicado tudo bem direitinho para ser compreendido, tentei ao máximo não deixar grande para não terem preguiça ou desistirem, não vale a pena ler só uma parte, leia a resenha e corra para ter o seu, o livro é muito bom mesmo, se for de seu agrado, leia!

A Vic foi uma péssima boa mãe, confuso? Não. Têm muitos pais que percebem erros mais tarde, mais uma vez outro livro mostra o real, se você é criado de tal forma, de tal forma criará teu filho.

Wayne é uma ótima criança, um menino muito bonzinho e de intelectualidade muito grande, soube usar bem sua inteligência a seu favor durante todo o livro. Não posso me esquecer de Hopper, seu cão de estimação, muito fofo e que parecia ser o mais próximo do menino.
Maggie foi importante, apesar de ter aparecido pouco, mas seu papel foi ótimo.
Bing foi chato, seu sonho era ir para a Terra do natal, mas só cometia uma burrada atrás da outra (por sote de Vic).
Manx, é tão difícil falar dele... Juro que não sou igual, mas em partes ele tem razão e em outras não. Em partes ele fazia uma troca boa, dava diversão, dava uma nova vida, porém, quando me lembro do que o carro faz, sinto raiva. Por que ela não poderia dar as crianças uma visitinha? Por que teria que ser por toda eternidade? Descubram lendo hahahaha!

Enfim, nunca senti tanto ódio em um personagem e nem tanto amor em um livro. Joe Hill criou uma história fantástica, juro que quando solicitei não esperava tanto, mas ao começar eu mudei essa ideia.

A editora caprichou nos desenhos, e nem erros eu achei, estão maravilhosos como sempre, parabéns. A capa tem tudo a ver e conseguiram deixar os leitores apreensivos. Amei quando vi que os capítulos e letras são de tamanho muito bom.

A coisa marcante no livro foi a escrita, Joe conseguiu detalhar tudo de tal forma que eu não sabia se ficava encantada, sentia pânico ou "nojo".

Uma coisa é certa, nunca quero e não desejo a ninguém que encontre um desses carros com esta placa e que conheçam a Terra do natal...

Leiam mais no blog:

site: http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/2014/08/resenha-nosferatu.html
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Cia do Leitor 30/08/2014

Nosferatu - de Joe Hill
Um Thriller de terror e suspense repleto de ação e surrealismo.
Perturbador, vibrante, inovador e viciante.
Adrenalina na veia!

Eu prometi pra mim mesma que não faria comparações com o Stephen King, é difícil falar de Joe (para os íntimos) sem citar o nome do pai, mas, vou me esforçar... Joe Hill conseguiu me levar em uma viagem alucinante de ida sem volta para o subconsciente de seus personagens. Mergulhei na mente doentia de um sequestrador infanticida do Além e na mente de uma jovem considerada louca por suas atitudes, fiquei desvairada, na fronteira entre fantasia e realidade.

A História tem inicio em 1986, somos apresentados a Victoria MacQueen, Vic ou simplesmente Pirralha como seu pai carinhosamente gostava de chama-la. Tinha acabado de completar seu oitavo ano de vida e ganhara de presente de seu pai uma bicicleta, Tuff Burber, que tanto desejava. Era desproporcional para seu tamanho, mas isso não a incomodava nem foi empecilho, estava tão realizada que nem deu ouvidos as reclamações de sua mãe sobre o extravagante presente. Parecia que mesmo sendo grande, aquela bicicleta fora projetada exclusivamente para Vic, descobriria a veracidade disso mais tarde.

Seus pais estavam vivendo uma crise conjugal, não se entendiam, discutiam por coisas fúteis e sem noção do mal-estar que causava em Vic. Foi diante de uma dessas brigas, tendo como causa a perda do bracelete de sua mãe, que Vic já cansada e irritada resolve sair com sua Tuff a fim de procurar a joia perdida. Entrou no bosque, aproximou-se do rio e ousou atravessar a velha ponte coberta, coisa que não lhe era permitida, no entanto, não queria saber das consequências, apenas fez e pronto! Saiu do bosque em Haverhill, Massachusetts indo parar segundos após em Hampton, New Hampshire do outro lado da cidade. Espantada e confusa com a visão diante de si, pois esperava encontrar mais árvores do outro lado da ponte e não uma cidade que levaria no mínimo duas horas de viagem pra chegar, Victória desiste de procurar respostas para seus questionamentos, apenas segue seu curso e encontra o bracelete na lanchonete que estivera com seus pais quando voltava do passeio mais cedo.

Ao voltar pra casa pela velha ponte estacionada no meio do beco em Hampton, Vic entrega o bracelete a seus pais e mente onde o encontrou e omite o estranho acontecimento já prevendo que eles não acreditariam nela. Foi a partir dessa louca aventura que Vic passa a atravessar com mais frequência a ponte para achar outros objetos perdidos em lugares ainda mais distantes com apenas segundos de viagem, sempre mentia sobre as localizações de seus achados, mesmo porque a tal ponte fora demolida anos atrás, só confirmaria que tudo não passava de imaginação ou delírio. Quando retornava de sua busca estava sempre cansada e febril, como se algo lhe consumisse a cada viagem que fazia.

Até que um dia, aos 16 anos, após uma discussão com sua mãe, frustrada e magoada, Vic atravessa a ponte não em busca de objetos perdidos, mas a procura de encrenca, queria extravasar sua raiva em alguém e encontrou algo pior, entra numa maior e perigosa enrascada ao encontrar Charles Talent Manx.

Charles Manx também tinha o mesmo dom, e seu meio de transporte era um Rolls Royce preto, mas não procurava objetos perdidos como Vic, ele atravessa todo o país em pouco tempo em busca de crianças. As tirava de seus lares, muitas vezes acompanhadas de suas mães e as levava para seu mundo secreto de nome: Terra do Natal, onde todo dia era natal, com promessas de felicidade eterna. Só que os passageiros do expresso NOS4A2 nunca retornaram, nem foram encontrados em lugar algum e foram considerados desaparecidos pela justiça e com suspeita de estarem mortos. Uma vez que alguém seja convidado para um passeio no Rolls Royce, nunca mais sairia de lá o mesmo.

Victória, foi uma pedra no sapato de Manx, logo no seu primeiro inusitado encontro ela o deixa em uma situação de total descontrole, prejudicando seus planos e expondo seu verdadeiro eu diante de testemunhas. Charles criou uma relação de ódio e fascínio por Vic e prometeu não descansar até que vingasse da Pirralha.

O Cão despertou, é hora da revanche

Agora Victória tinha algo que Manx queria, algo que destruiria sua miserável vida, algo que consumiria sua alma e sanidade. E ele não mediria esforços para alcançar seus diabólicos objetivos. Ele estava possesso, sentia sede de vingança e passaria por cima de quem atravessasse seu caminho.

Victória estaria pronta pra viver seu maior pesadelo?

Esteja certo que você, caro leitor, irá vibrar com as reviravoltas criadas pela mente desse escritor maléfico e não vai querer parar de ler até findar essa eletrizante obra.
-A Estrada rumo a Terra do Natal remove todas as tristezas, alivia toda a dor e apaga todas as cicatrizes. Ela leva embora todas as partes de você que não estavam lhe fazendo bem e tudo o que ela deixa para trás fica limpo e purificado. Quando chegarmos ao nosso destino, você estará purificado não apenas da dor, mas também da lembrança da dor. Toda a sua infelicidade é como sujeira na janela depois que o carro tiver acabado de agir com você, a sujeira terá sido levada embora e você vai reluzir de tão limpo. E eu também.
Impressões

A resenha fala por si só, é um livro eletrizante, cheio de reviravoltas e armadilhas para o leitor. Quando você pensa que o livro está ficando parado, ele te surpreende, dá uma guinada de 180º e arranca-lhe todo o ar dos pulmões e deixa seus olhos em orbita.

Hill, é sem duvidas um louco autor com uma mente brilhante. Criou um sequestrador assassino sanguinário muito original e único, com um fetiche cruel de sequestrar crianças sem dó nem piedade dos braços de seus entes queridos com a ajuda de seus fiel ajudante tão louco quanto ele. Creio que não é algo que vá chocar o leitor, mas o fará questionar, vai se perguntar o que de fato acontece com as crianças desaparecidas, se Manx visivelmente doente leva mesmo as crianças para um local agradável, ou não. Até que você descobre a verdade e tudo muda, é a tal da reviravolta que mencionei.

Pior é o destino das "mamãezinhas", claro que não vou falar aqui, basta saber que Manx não trabalha sozinho...

Victória, desde o inicio mostrou-se diferente de todas as mocinhas. Ela é espetacular! corajosa desde menina, curiosa e atrevida. Não mede esforços pra conseguir o que quer, age através de emoção, não pensa duas vezes, apenas faz, e faz bem feito! Sim, ela tem seus momentos de insegurança, afinal, passar pelas coisas que ela viveu pós-Manx tem que no mínimo tomar uma cartela re Rivotril pra relaxar.

Cada personagem é essencial para o desenvolvimento da história, cada qual tem um papel importante e revelador. São fortes, independentes, excêntricos, fascinantes e destrutíveis. Você os odeia, ora tem pena e depois aplaude, não necessariamente nessa ordem. Amei Maggie tanto quanto Vic, senti dó e repulsa por Bing Partridge, em alguns momentos até ri dele. Manx também tem o seu lado cômico, me fez rir por alguns segundos, mas depois voltava a minha antipatia. Ele é sem dúvidas um dos piores vilões que conheci, (Isso significa que ele é bom no que faz!) ficará na história. Já tem até quadrinhos e Fanfics!

O autor não deixa fios soltos, ele ata cada parte do livro, cada passagem, não deixando o leitor sem explicações. E o melhor, é um livro com final! Aliás, um excelente final! É um livro de fácil entendimento, uma vez que ele usa uma escrita com linguagem popular, não deixando de lado alguns palavreados, nada excessivo, dentro a atual situação que alguns personagens vive.
Fato interessante: O autor fez a proeza de mencionar mesmo que brevemente lugares e personagens tirados de sua obra anterior e de seu pai (olha eu mencionando King), A Estrada da Noite e Doutor Sleep foi quase imperceptível. Achei muito legal isso.

Sei que haverá receio, não só pelas 611 páginas, mas por um histórico de livros de opiniões divididas. Alguns leitores amaram A Estrada da Noite, outros não. O Pacto foi mais bem aceito pela galera, mas há quem diga que o livro é fraco. Em particular não o li, mas será a minha próxima compra. Estou enamorando e não quero dispensá-lo por causa de opiniões adversas. Na minha opinião, Nosferatu foi um dos melhores livros que li esse ano, comecei bem a leitura dos livros de Joezinho (Muito intima), fui feliz e estou muito satisfeita.

A Editora Arqueiro mais uma vez teve zelo e capricho pela obra, alem das páginas cremes e fonte de tamanho perfeito, publicou ilustrações riquíssimas para aguçar a nossa imaginação. E os capítulos, foi muito criativo terminar cada capítulo com reticencias e iniciar um novo com a palavra ou frase que faltava no final do anterior. Muito legal!

Aconselho essa obra como prioridade para o leitor, jamais saberá se ela será maravilhosa se não a ler.

Indico e re-indico!!

Parabéns mais uma vez Editora Arqueiro e reverencio ao autor Joe Hill.

Boa leitura galera!!

site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br/2014/08/resenha-nosferatu-de-joe-hill.html
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Alineprates 11/09/2014

Uma obra-prima do horror, foi isso que pensei quando terminei Nosferatu, há muito tempo um livro de horror não de deixava assim pasma e maravilhada.

Em Nosferatu vamos conhecer Vic McQueen, ela é uma uma garotinha que tem um dom especial para encontrar objetos perdidos, mas para isso ela precisa usar sua bicicleta Raleigh, pedalar bem rápido e atravessar sua Ponte do Atalho. Essa ponte a leva exatamente onde o objeta está, ou seja a ponte a leva onde ela quiser, ela só precisa focar o pensamento nisso.
Paralelamente temos a história de Charles Manx, um sequestrador de crianças. Ele é o dono de um Rolls Royce Wraith 1938, cuja a placa é NOS4A2 (Nos-four-ei-two), ele rapta as crianças e usa o carro para levá-las a Terra do Natal. Também conhecemos Bing Partridge, o ajudante de Charles Manx, ele usa uma máscara de gás e ajuda Manx em seus "negócios", sonhando em uma também ir para a medonha Terra do Natal.

E assim vamos acompanhando Vic e Charles.

Em um determinado momento Vic, desesperada por respostas, encontra Maggie, uma jovem capaz de conhecer brechas do futuro através de seu caça-palavras. Ela conta a Vic que existem outras pessoas como elas, com esses dons especiais e menciona pela primeira vez O Espectro (o Rolls Royce) e Charles Manx, implorando para que Vic jamais o procure.

Um dia Vic, já adolescente e rebelde, sai em busca de encrenca e acaba encontrando exatamente o nosso sinistro vilão: Charlie Manx, essa é a primeira vez que a história deles se cruzam e esse momento causou em mim um pânico tremendo.

Eu achei incrível a forma como Joe Hill desenvolveu a história, pois vamos acompanhar a protagonista desde a infância até vida adulta e o leitor via presenciar as transformações da personagem e impacto que o seu primeiro encontro com Charles Manx causou em sua vida.

Já adulta a vida de Vic não é fácil ela é atormentada por ligações (que ninguém mais ouve) de crianças da Terra do Natal. É arrepiante, especialmente pelas coisas que essas crianças falam. MEDONHO!

O livro é recheado de ação e a cada encontro entre os dois a tensão se torna maior, pois o leitor já sabe da crueldade que Manx é capaz e isso faz com que fiquemos ansiosos e apreensivos, mas principalmente mortificados de medo, sem saber o que vai acontecer com a Vic. Acredite não há nada clichê nesse livro. É uma surpresa atrás da outra.
Joe Hill aborda o terror de forma crescente e aos pouco vai tecendo um trama sombria e viciante, que deixa o leitor aflito até o final.

Vale mencionar também que o livro é cheio de referências, algumas as próprias obras como quando Manx fala de Craddock McDermott de "A Estrada da Noite" , e da Chave de Lovecraft de "Locke and Key" e também faz referência as obras do pai com Pennywise, o palhoço de "It-A Coisa" entre outras menções como Harry Potter, Serenity e muitos outras. Existe inclusive um artigo em inglês do New York Times que cita a arma de Manx (aquele machado) e o relaciona com uma música dos Beatles, então se vocêc é daqueles que como eu adora esse tipo de coisa de procurar referências, messagens subliminares, Nosferatu é um prato cheio. Há também a placa do carro, NOS4A2 que não foi jogadoa a toa, já que inúmeras vezes se referem a Manx como um vampiro.

É possível perceber o grande salto da escrita de Joe Hill entre A Estrada da Noite e Nosferatu, o autor amadureceu e melhorou indiscutivelmente, tanto que Nosferatu concorreu ao prêmio Bram Stocker Awards, mas perdeu apenas para o pai que concorreu com Doctor Sleep e ganhou.

Eu amei Nosferatu, um dos melhores livros de horror que li e acho que Joe ainda via brilhar muito, também tem a quem puxar não? ;)

Ele soube criar um enredo original e único, criou personagens memoráveis e conseguiu humanizá-los de forma a encantar o leitor, além de nos levar para uma viagem sombria e arrepiante.

site: http://alinenerd.blogspot.com.br/2014/09/nosferatu-joe-hill.html#.VBHmCvldX5g
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Raniere 04/11/2014

O melhor de Joe Hill
Olá! Que tal conhecer a Terra do Natal, onde a infelicidade é contra lei e todo dia é véspera de Natal? Tentador? Talvez você mude de ideia ao conhecer os horrores por trás desta falsa terra dos sonhos. A Terra do Natal, na verdade, é um tenebroso parque de diversões imaginado por Charlie Talent Manx, que, com seu Rolls Royce (placa: NOS4A2), consegue transportar crianças para esta terra maligna, transformando-as em algo cruel e monstruoso.

E Victoria McQueen cruza o caminho de Charlie Manx!

Victoria (carinhosamente chamada de Vic) descobre, quando criança, tem um dom semelhante ao de Manx: com sua bicicleta, ela consegue atravessar uma ponte, perto de sua casa (ponte esta que não existe mais) e chegar a qualquer parte do mundo, onde ela pode encontrar coisas perdidas. Porém, um dia, Vic sai à procura de encrenca... e encontra Manx. Por muito pouco, Vic escapa, sendo a única criança a escapar viva das garras desse monstro.

Anos depois, quando Vic já é adulta, ela tenta desesperadamente deixar este episódio no passado. Porém, Manx não está disposto a permitir isto. Ele quer vingança, e não vai descansar enquanto não obtê-la.

Joe Hill se superou neste livro! A maestria com as palavras e o modo como prende o leitor, com este livro intenso e perturbador é impressionante. Joe transforma um mundo dos sonhos, de diversão e alegria, em algo medonho, violento, horripilante, e dá ao Natal um significado totalmente macabro.

Já li todos os livros do Joe Hill, mas este, em especial, me espantou com a vivacidade dos personagens, com a empatia que eu senti com eles. Foi bem forte, e é maravilhoso quando um livro nos causa isso! Em especial, gostei de Lou Carmody, um cara extremamente nerd, fã de DC, Marvel, Star Wars, Serenity, Star Trek, Senhor dos Anéis... como não sentir uma profunda sintonia com esse personagem?

Nosferatu é uma leitura dinâmica e original, e mais do que isso, é uma enorme homenagem ao clássico do cinema alemão de 1922, de mesmo nome. Não sei se vocês, ao lerem este livro, enxergarão Charlie Manx dessa maneira, mas, ao ler a descrição deste vilão, eu imaginei exatamente o personagem clássico. A roupa, a feição... tudo!

Enfim, Nosferatu é o melhor livro já escrito por Joe Hill. Um livro capaz de assustar e conquistar qualquer leitor. E mais do que isso, é uma prova de que o trono do Rei do Horror, Stephen King, terá uma sucessão à altura!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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Andrei Arthur Fahl 05/12/2014

Muito Bom, Ruim, Ótimo.
Esse livro me encantou logo em suas primeiras páginas. Todo o universo criado pelo Joe fiquei fascinado e como ele colocava uma pitada de horror no meio desse universo fantástico. O antagonista desse livro é muito bom, e as formas de como ele é demonstrado se ele é bom ou mau é melhor ainda! Temos várias fazes da vida da Vic, amei a fase dela pequena e descobrindo aquele mundo novo. Mas o problema foi o meio. O livro saiu do foco de horror fantasioso para o mundo real. Tivemos que lidar com a Vic em dúvida se aquilo era real ou ela era maluca, coisas sobre seu namorado, seu filho, suas crises psicológicas. Mas isso com pensou um pouco no final por que ele é muito bom. A escrita do autor é fantástica, ele consegue colocar um pouco de bem no mal e o mal no bem. O livro é escrito em vários pontos de vista, todos são bons. Amei os personagens como a história deles. Então vá elr esse livro!
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Josi 26/01/2015

Um livro palpitante.
Esse é o primeiro livro de Joe Hill que leio e me deixou uma ótima impressão. É um livro que remete á outros conteúdos e que incita a sua curiosidade. Com uma boa história e uma dinâmica que te remete á muitos ângulos faz com que você sinta ímpetos de acelerar a leitura para descobrir logo o que vem em seguida. Não é o melhor livro que já li mas com certeza é um bom livro. Recomendo.
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