Hiroshima

Hiroshima John Hersey




Resenhas - Hiroshima


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setantarpgs 27/02/2019

Pérola do jornalismo literário
Essa obra possibilitou a descoberta de um gênero literário pelo qual me interesso bastante: jornalismo literário. O relato direto amplia o espectro de compreensão do leitor sobre a tragédia de Hiroshima e suas consequências inesperadas. Inesquecível e necessário!
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Mauricio 29/09/2017

A um escombro da morte


Livro de John Hersey, Hiroshima, traz à tona a história de seis sobreviventes que estavam a poucos metros do centro da explosão da bomba atômica jogada pelos Estados Unidos no Japão. Contando com a sorte e alguns metros de concreto, todos os personagens sobreviveram ao ataque e relatam minuciosamente a experiência traumática de se tornar cobaia da primeira bomba de destruição em massa, que vitimou cerca de 100 mil pessoas. A cautela ao relatar o perfil dos personagens, por Hersey, demonstra a frieza e o impacto em trazer ao leitor, com dados precisos, a reportagem mais importante do século 20.

Título: Hiroshima
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 172
Preço: R$47,90
Autor: John Hersey

Hiroshima é uma aula de empatia. E o fast-journalism, hoje, sente a ausência disso. O autor busca, por meio da descrição, criar a imersão do leitor ao fato, imaginando, por meio das características e o sentimento de tensão da Segunda Guerra Mundial, o fato que chocaria o mundo - a explosão de uma bomba atômica. Hersey achou na precisão dos dados uma das formas de chocar e trazer o debate aos leitores da New Yorker, que tiveram o privilégio de ler uma matéria completa, com uma edição inteira, sobre os horrores que se passaram na cidade japonesa. Ele poderia - e faz - provar que a precisão de dados não se antepõe à descrição literária; é necessário saber utilizar ambos em conjunto. É como uma fuga do maniqueísmo político que viria a tomar o mundo posteriormente na Guerra Fria. O Dr. Terufumi Sasaki, um dos seis personagens do livro, é descrito, por meio do que fazia, no momento exato do acidente: desde suas angústias ao que viria acontecer posteriormente. O clímax do livro, como uma boa chamada de uma matéria, vem logo no início, no momento da explosão. E nesse período o autor se consolida como repórter nato: ‘‘Então a explosão sacudiu o prédio (a 1485 metros do centro). Os óculos do médico voaram longe; o frasco de sangue se espatifou contra a parede; as sandálias saíram-lhe dos pés - mas isso foi tudo que lhe aconteceu, graças à posição em que ele se encontrava.’’ (Pg. 20). Percebe-se que, pelo número quebrado, sua precisão em relatar o local onde se encontrava o médico demonstra o alto nível de apuração realizado pelo autor, não deixando de lado as minúcias do fato, que mantêm o leitor preso à reportagem.

Na década de 60, o debate entre Jornalismo de Dados e Jornalismo Literário se antepôs. Não há duvidas a um leitor de Hiroshima que trata-se literatura, mas sem qualquer tipo de invenção - tudo é verdade no fato, por se tratar de jornalismo. O que não se observara naquele período é que os dados eram complemento à literatura. É impossível fazer jornalismo sem dados tal como é improvável contar uma boa história sem qualquer tipo de descrição. A Sangue Frio, de Truman Capote, pode resumir perfeitamente o tipo clássico de Jornalismo Literário, por conta da apuração em trazer o melhor tipo de descrição ao assassinato brutal de uma família no Kansas, mas só Hiroshima soube complementar ambos os tipos de fazer jornalístico. O único problema da reportagem de Hersey - e que é dito por Harold Ross, um dos fundadores da New Yorker, onde o texto foi publicado - é que em nenhum momento se fala o motivo da morte de todas aquelas pessoas descritas, adjacentes aos seis personagens: elas faleceram pela intoxicação, pelos escombros ou pelas queimaduras? O autor não responde isso; deixa como interpretação vaga ao leitor.

A reportagem - apesar de dissolver seu clímax logo no início, no momento da explosão - se tornou um alento por dois motivos: o primeiro é que ela aborda o ponto de vista de seis pessoas que não se conheciam ou que tinham um contato superficial antes da explosão, mas que, apesar das divergentes características e ramos profissionais, acabam convergindo pela tragédia e se conhecendo, como em uma série de televisão; isso é observado claramente entre o Padre Kleinsorge e a trabalhadora de uma fundição de estanho, Toshiko Sasaki. Tudo parece ficção, o que deixa a narrativa mais interessante: não foge à cabeça do leitor, o tempo inteiro, pensar que tudo aquilo era verdade e de fato aconteceu. Pensar nisso, hoje, é algo inimaginável. O segundo ponto é que o autor sobre precisamente trabalhar com o pré e o pós; com os fatos, de cada um dos personagens que sucederam nas horas anteriores até a explosão, às 8h15, em Hiroshima, mas, também, valorizando a destruição posterior, o caos de pessoas que, ao serem encostadas, tinham a pele arrancada, a história de uma cidade civil que teve um raio de 8km devastado pela justificativa norte-americana de um ‘‘mal necessário’’ para terminar de vez com a Segunda Guerra.

Hiroshima é um prato cheio para um historiador que busca a contextualização do maior conflito do planeta até então. Seu impacto histórico é irreversível. Quando Hersey volta ao local, 40 anos mais tarde, no capítulo Depois da catástrofe, descreve os fatos sucessivos ao fim da Guerra, como a polarização entre URSS e EUA, o desenvolvimento de bombas atômicas por outros países e o auxílio - e principalmente a ausência dele - internacional às vítimas do experimento.atômico. Hersey traz à tona, também, pelos relatos, o orgulho de pertencimento à nação, desdobrados através da Revolução Francesa; esse foi um dos motivos do início da Grande Guerra. A banalidade do mal, de Hannah Arendt, se torna um complemento essencial às questões éticas presentes na reportagem. O autor busca explicar o termo utilizado pelos que sobreviveram à explosão; eles não gostavam de ser chamados de sobreviventes, pois era um desrespeito aos mortos que não tiveram a mesma sorte. Hibakusha se tornou a palavra precisa às pessoas. Ela significava ‘‘pessoas afetadas pela explosão’’. Houve um grande traço de humanidade, como toda reportagem responsável deve ter, no autor em se utilizar da expressão no restante do livro. O que separava um morto de um vivo era uma parede. A maioria dos que sobreviveram estavam a um escombro da morte. E isso bastou.


Maurício Rabaiolli Paz
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Rafael.Sabino 05/07/2017

Magnífico
Sem palavras para descrever, o livro conta em detalhes como os sobreviventes vivenciam antes, durante e após o acontecimento.
Eu recomendo.
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Andressa 24/04/2017

A bomba atômica lançada pelos Estados Unidos matou 100 mil pessoas na cidade japonesa de Hiroshima, em agosto de 1945. Um ano depois, a reportagem de John Hersey publicada em edição única e especial da revista The New Yorker reconstituía o dia da explosão a partir do depoimento de seis sobreviventes. Mais do que revolucionar o jornalismo vigente, a narrativa deu rosto à catástrofe da bomba: o horror tinha nome, idade, sexo, profissão, família e cultura.

A reportagem descreve como os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki afetaram indiscriminadamente a vida de seis pessoas de diferentes classes, sexos, faixas etárias, condições sociais e até nacionalidade. Hersey inicia o livro reconstituindo o dia da tragédia pelas lembranças de seus personagens: onde eles estavam, o que faziam, o que pensaram ao ver um grande clarão no céu. Foram eles o reverendo Kiyoshi Tanimoto, um pastor metodista educado nos Estados Unidos; Hatsuyo Nakamura, uma viúva de guerra e mãe de três crianças; Masakazu Fujii, médico proprietário de um hospital privado; padre Wilhelm Kleinsorge, um pastor jesuíta alemão designado para a cidade; Terufumi Sasaki, um jovem médico no Hospital da Cruz Vermelha; e Toshiko Sasaki: uma funcionária administrativa da East Asia Tin Works (sem parentesco com Terufumi Sasaki).

Confira a resenha completa em https://goo.gl/2yGPGl

site: https://goo.gl/2yGPGl
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Marina 19/03/2013

Acabei comprando a versão em inglês, mais barata, e, além da história linda, tive uma aula do idioma. Hersey envolve muito na narrativa dele, com frases longas e descrições muito detalhadas. Devo ter aprendido uns 50 adjetivos novos... A trama dispensa comentários. Ótima união entre história, jornalismo e literatura.
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Carol 29/08/2021

O livro trata de uma tragédia muito conhecida por todos, mas que se torna muito mais real (e terrível) pela forma humanizada como é contada.
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Vanessa 04/05/2014

O livro contem relatos dos momentos que precederam a explosão sob a perspectiva de 6 sobreviventes. O autor colheu os depoimentos um ano após a bomba atômica arrasar Hiroshima. A história narra em detalhes o que cada um deles fazia até o momento em que viram o grande clarão.
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Bruno.Defaveri 22/02/2022

Seis sobreviventes
O autor nos relata a vida de seis sobreviventes da bomba de hiroshima, como sobreviveram aos dias seguintes a bomba e como foram suas vidas após a tragédia.
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Debora 25/11/2013

Hiroshima - John Hersey
Hiroshima conta a história da bomba atômica lançado sobre a cidade de mesmo nome. O autor descreve os acontecimentos baseados no ponto de vista de seis pessoas que viveram esse terrível dia e sobreviveram para contar a história. A narrativa acompanha esse dia fatídico desde o inicio e a situação dos meses seguintes. E na parte final dá um pequeno panorama de como ficou a vida dessas pessoas quatro décadas depois.

Impactante. Realista. Perturbador. Hiroshima é tudo isso. Além de emocionante, me arrepiei nas primeiras páginas. Enquanto lia o pensamento que me dominava era: "Isso é real, realmente aconteceu. Cem mil pessoas morreram nesse dia e outras milhares sofreram e ainda sofrem. Tenho medo dos seres humanos".

É realmente um choque de realidade acompanhar a trajetória desses seis personagens que por sorte (destino?) não morreram e presenciaram o estado nu e cru em que Hiroshima ficou após o lançamento da bomba e todas as consequências que trouxe para a vida das pessoas, tanto nos relacionamentos, crenças e principalmente saúde. Além disso, o modo como o escritor aborda a história deixa uma ampla margem para reflexões a cerca da temática polêmica que até hoje permeia o lançamento da bomba.

O que mais me intrigou foi a força dos japoneses ao lidar com uma situação tão desoladora. Se eu não os entendia antes fiquei mais longe de tal façanha agora. É realmente surpreendente o modo como eles se reerguem e tocam a vida para frente e começam a reconstruir tudo mesmo que seja do zero. Com certeza, esse é um dos motivos de eles estarem onde estão, em termos socio-econômicos.

A escrita do autor é realista e digamos crua, gostei muito do formato que ele abordou o tema, no entanto achei que faltou sentimentos. Em alguns momentos eu me pegava pensando o que as vitimas/sobreviventes estavam pensando, mas não tinha essa informação. É claro, que devido as descrições e a situação podemos deduzi-las. Li que isso foi uma escolha deliberado do autor, mas em alguns momentos não me agradou.

Enfim, é um bom livro para os amantes de história como eu e que queiram mais detalhes e uma visão interessante do que aconteceu naquele dia que mudou o rumo da Guerra, além do da humanidade. A leitura é rápida e interessante, apesar de ter alguns pontos baixos, mas não deixe isso te desanimar.

site: Mais resenhas em: http://vanille-vie.blogspot.com.br/
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Suelen 19/11/2013

Um livro, acima de tudo, humano
Li este livro para um trabalho de Jornalismo Literário da faculdade e agradeço a professora por ter me colocado neste grupo. Cada grupo leria um livro específico e este foi o do meu. Para você que, assim como eu, sempre estudou o caso da bomba atômica do ponto de vista dos Estados Unidos, esse será um choque de realidade necessário. Por mais que se saiba que as bombas atômicas e de hidrogênio tiveram impactos incalculáveis, este livro te mostra um pouquinho da realidade, do drama e do sofrimento passado pela população de Hiroshima - e, consequentemente, Nagasaki. Há passagens extremamente tocantes, reais e que trazem uma aflição de bônus. Realidades horríveis são vistas através de seis personagens principais e sua luta para a sobrevivência. Esse é um livro que deve ser lido sem ideologias pré formadas. Apenas leia e se sinta naquele lugar, naquela situação; se coloque no lugar daquelas pessoas. Lembre-se, este livro é, acima de tudo, humano - inclusive no seu pior lado.
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Juliano.Ramos 03/01/2023

Por se tratar de uma reportagem, o livro é bem resumido, de certa forma enriquece o leitor com mais informações sobre esse triste periodo.
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Crys 01/07/2013

Resenha por Diários de um Piquenique
"Hiroshima" de John Hersey conta breves histórias sobre seis sobreviventes ao ataque da bomba nuclear na cidade japonesa: srta Toshiko Sasaki, Dr. Masakazu Fujii, sra Hatsuyo Nakamura, Padre Wilhelm Kleinsorge, dr. Terufumi Sasaki e reverendo Kiyoshi Tanimoto.

As histórias contam o que cada um dos personagens ( realíssimos, hein gente!) estava fazendo no dia do ataque e o que aconteceu durante e pós o atentado.

No inicio você confunde os nomes, principalmente porque existem dois "Sasaki" e as histórias são aleatórias ( misturam, não é uma narração contínua. É como se fosse uma novela mesmo). Mas depois vai associando cada uma das histórias e se acha :)

Há momentos em que os detalhes são muito "detalhosos" e me deu até náuseas. É realmente um livro muito bom, que te envolve e você sente um pouco do que aquele povo passou, de como eles se comportam frente a esses desastres e realmente se surpreende com essa cultura.

Para continuar a ler a resenha e ver as fotinhos, acesse o link abaixo:

site: http://www.diariosdeumpiquenique.com/2012/11/resenha-hiroshima-john-hersey.html
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Bartolomeu 14/03/2023

Li pela segunda vez e, acho que Hiroshima é um livro que todo mundo deveria ler para entender a atrocidade que foi o uso da bomba atômica em Hiroshima, o Hersey escreveu de forma tão imparcial que chega a ser surpreendente como ele falou de uma tragédia tão grande como essa relatando de forma tão fiel e livre de sentimentalismo.
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Davi 23/03/2023

Pesado, mas precisava ler
Eu li esse livro por causa da faculdade, mas claramente teria sido um livro que eu poderia ler normalmente/gostaria de ter lido.
Achei ele bem denso e pesado, mas como é curto, acabei não sentindo tanto, pois deu para ler rapidinho e não ficar pensando tanto. Na realidade, conforme eu lia, minha mente interpretava como se fosse uma ficção porque tinha tanta coisa pesada/difícil de ler/digerir que era mais fácil pensar que aquilo não tinha acontecido de verdade.
É um livro extremamente necessário para que a gente não esqueça a história e o como a guerra/armas são horríveis para a humanidade. Além disso, é um ótimo exemplo de o que é um bom livro jornalístico. É muito bem escrito e acho que essa escrita colabora para você ?esquecer? (preferir, eu diria) que aquilo é realidade. Os detalhes são tão vividos que é como se você estivesse ali no meio da bomba e do sofrimento das pessoas. É uma sensação bizarra.
Achei uma leitura necessária, mas precisa de estômago para ler.
Nota 4/5
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