Hiroshima

Hiroshima John Hersey




Resenhas - Hiroshima


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julia 05/05/2020

Acho que o que mais me impressionou nessa leitura foi que, apesar do assunto ser bastante pesado, eu simplesmente não conseguia parar de ler. O texto é absolutamente impecável. Em todos os aspectos: o jeito que vai pulando de um personagem para outro, a conexão entre os entrevistados, a construção de uma atmosfera tão terrível, mas que se torna palpável pelas escolhas narrativas. Esse livro é considerado (pelo menos segundo meu professor no curso de jornalismo) o primeiro a receber o rótulo de romance de não-ficção. E, de fato, é impressionante pensar que esse livro é uma reportagem, porque é impossível não chamá-lo também de literatura.

Minha parte favorita foi o capítulo final, escrito 40 anos depois da bomba. Achei que o Hersey conseguiu voltar aos personagens com uma delicadeza, abordando eles de formas diferentes, porque, de fato, eles não eram mais os mesmos. Foi muita acertada essa opção de complementar o texto original.

Uma coisa que eu percebi foi que a grande maioria dos personagens do livro tem alguma ligação com os EUA ou com o mundo ocidental de alguma forma. São quase todos cristãos, e quem não é tem alguma ligação com alguma igreja ou um apreço pela cultura americana. Provavelmente isso tem mais a ver com a facilidade de conseguir entrevistas dessas pessoas e, de modo geral, não afeta a qualidade e nem a veracidade da narrativa. Mas achei interessante de pontuar.

Enfim, leiam esse livro. Traz reflexões muito boas sobre a guerra, além de ser muito informativo mesmo. A gente estuda essas coisas na escola, mas acaba esquecendo o lado humano dessas tragédias. Acho que esse é o grande papel do jornalismo literário e de romances de não-ficção em geral: humanizar os fatos e a História.
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Evy 16/01/2009

Você é capaz de se transportar para o dia, a hora, e o local exato da explosão.
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Côrtes 14/05/2023

Primeira vez lendo jornalismo literário
Que livro incrível, já estava muito tempo de olho nele e tive a sorte de encontrar ele na biblioteca da escola. Um livro que coloca sua noção sobre desgraça como nada e sem contar que torna sua dor em uma pequena migalha comparada a toda dor humana causada pelo próprio ser humano. O livro mostra detalhe por detalhe da vida de 6 sobreviventes da bomba antes e depois da bomba, tudo isso contado de forma emocional e bem próxima de cada personagem. Adorei a frase final do livro que mostra a facilidade do humano de esquecer o quão ruim ele é. Aconselho que leiam essa obra clássica do jornalismo literário, muito difícil não gostar.
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art3misbarb 17/02/2023

Quatro estrelas
Hiroshima é um clássico do Jornalismo literário. Estou amando a experiência de ler reportagens nesse estilo. E conhecer um dos pioneiros desse ?novo estilo? é uma oportunidade de o comparar com as reportagens atuais e ver as modificações que esta forma de escrever sobre o fenômeno sofreu e vem sofrendo.

A escrita do Hersey é objetiva e de ótima apuração. Não tinha noção de como a bomba foi sentida emocional e fisicamente nos japoneses, e entender isso, baseado em relatos do momento da bomba até seus impactos nos anos seguintes, foi interessante. Imagino a reverberação e a revolta dessas histórias nos EUA pós-guerra.
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Luiza 15/12/2022

Uma reportagem incrível, obrigatoriamente todo jornalista tem que ler ou já ter lido esse livro. E todas as outras pessoas também! Ele nos faz ter uma visão do que foi o bombardeio de Hiroshima em seus mínimos detalhes, através de pessoas que sobrevivem para contar a história, além de mostrar as sequelas e as crueldades da guerra para com civis, pessoas inocentes que foram atacadas de uma das formas mais cruéis que existe, para muitos sem a menor necessidade a não ser a de uma nação imbecil e cruel brincar com seu novo brinquedinho. É um livro curto, comovente e de leitura fácil.
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Daniel 11/07/2013

Relato à altura do fato
Pela primeira vez, uma edição da revista The New Yorker conteve uma única reportagem, sendo revogado o espaço costumeiramente concedido a críticos, colunistas e assuntos diversos da metrópole estadunidense. A escolha editorial do fundador da revista, Harold Ross, não foi por acaso: com mais de cento e cinquenta páginas, a reportagem Hiroshima, de John Hersey, seria considerada de imediato um ícone jornalístico, dando origem, na opinião de estudiosos, ao jornalismo literário. Publicada em 31 de agosto de 1946, a matéria chegou ao Brasil em 2002, traduzida por Hildegard Feist e lançada em forma de livro pela Companhia das Letras. A tardia versão brasileira veio acrescida de um capítulo final, escrito por Hersey quarenta anos após a publicação da revista.

O objetivo da publicação ao incubir a Hersey a missão de apurar os fatos e redigir a reportagem foi claro: entender e transmitir, sob o ponto de vista dos habitantes da cidade – das pessoas realmente afetadas pelo acontecimento – a extensão e as implicações da tragédia que tirou a vida de cem mil pessoas e feriu gravemente outras cem mil.Conforme editorial da revista: “Esta semana, The New Yorker devota todo o espaço editorial a um artigo sobre a quase completa obliteração de uma cidade por uma bomba atômica e sobre o que aconteceu à população daquela cidade. Isso é feito com base na convicção de que poucos de nós compreenderam todo o inacreditável poder destrutivo dessa arma, e de que todos possam ter tempo para considerar a terrível implicação de seu uso”.

Para alcançar tão pretensiosa meta, Hersey ficou no Japão de 25 de maio a 12 de junho, período no qual realizou centenas de entrevistas com os mais variados personagens. O enfoque da reportagem teria como base, no entanto, a vida de apenas seis pessoas e a maneira como a explosão da bomba atômica as afetou ou deixou de afetar, antes, durante e depois de o artefato ser lançado sobre o arquipélago que dá forma à cidade. São elas: reverendo Kiyoshi Tanimoto, pastor Metodista;Hatsuyo Nakamura, viúva, mãe de três crianças; Dr. Masakazu Fujii, médico proprietário de um hospital privado;Padre Wilhelm Kleinsorge, pastor Jesuíta; Dr. Terufumi Sasaki, médico no Hospital da Cruz Vermelha e Toshiko Sasaki, funcionária da East Asia Tin Works. O artigo é dividido em quatro grandes partes, ao longo das quais o autor reconstrói o dia da explosão de forma metódica, sob os olhares distintos dos seis personagens principais. Com um relato descritivo ao extremo, fazendo pouquíssimo uso de adjetivos, Hersey busca retratar o acontecimento da forma mais factual possível. O resultado é uma reconstrução minuciosa e rica em detalhes, que faz o leitor mergulhar no ambiente em que a tragédia se sucedeu, comovendo-se a cada parágrafo. Ao humanizar o acontecimento, o autor pode abrir mão de especificidades técnicas: a história viu-se servida com uma abordagem profunda e sincera a tal ponto que nenhum número a poderia alcançar.

Não há dúvidas de que o Hersey e seus editores, Ross e William Shawn, obtiveram sucesso com a realização e a publicação da reportagem. Tanto em âmbito comercial – os trezentos mil exemplares esgotaram-se em minutos e passaram a ser disputados no mercado informal por um preço quintuplicado em relação ao original – quanto editorial – a matéria consagrou-se como um divisor de águas para o jornalismo, sendo exaltada e repercutida ao redor do mundo. Não por acaso, em 1999, uma enquete com 67 jornalistas e hitoriadores realizada pela Universidade de Nova York consagrou Hiroshima como o melhor texto publicado pela imprensa mundial no século XX. Diante de tudo isso, resta a certeza de que a obra consiste em um primor jornalístico, sendo recomendável sob todos os aspectos.

Daniel Stein Rohr
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AleixoItalo 11/01/2020

Hiroshima conta a história de 6 sobreviventes da explosão da bomba atômica, e é um dos precursores do jornalismo literário.
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Escrito como um artigo e só posteriormente publicado como livro, a narrativa mostra todos os momentos desde a detonação da ogiva até os dias subsequentes. A história preza pelo primor jornalístico e exposição dos fatos, e faz criar laços e afeição pelos personagens através da narrativa de sua história de vida antes e depois da bomba.
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O livro ganhou um novo capítulo mostrando como estavam os sobreviventes 40 anos após a explosão, embora seja destoante o ritmo deste com o resto do livro
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Cynara.Maira 26/05/2022

Esse livro sofreu um pouco por eu ter lido junto com "Vozes de Tchernobil" que também busca relatar um desastre contra a humanidade, mas com muito mais poesia e caráter literal do que esse, mas esse livro é uma reportagem maravilhosa. Como jornalista não há como não admirar a quantidade absurda de informações reunidas de uma maneira simples e direta sem tirar a dureza do que está sendo relatado. Gostei bastante e acho que é uma leitura obrigatória para todos que querem ter um mínimo de noção do mundo, acho que a história vai aumentando a gravidade e importância aos poucos. Vale muito à pena a leitura.
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Danilo 08/01/2023

Não é exagero afirmar que Hiroshima é uma das maiores (se não A maior) reportagens não só de seu tempo, mas como de todo o jornalismo.
Sem usar de sentimentalismo, Hersey consegue passar o horror da bomba, apresentando pessoas que de fato sofreram com aquilo num relato extremamente cru e direto. Sem dúvidas uma reportagem absurdamente incrível
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Karol 23/10/2012

Jornalismo de verdade
Imagine uma reportagem que tem um texto tão eficiente e informal, que convida o público a ter expectativas complexas e descontraídas a cerca de um povo e um tempo que hoje muitos nem chegam a conhecer em suas aulas de História. Uma reportagem que faz o público experimentar algo excluído do jornalismo convencional e das matérias da sessão de cotidiano dos jornais diários. Em linhas gerais, é assim que se constroem as 161 páginas daquela reportagem que mudou o jornalismo e que por isso foi eleita a melhor do século XX. Uma reportagem tão particular que conseguiu ocupar uma edição inteira de uma das maiores revistas americana, a The New Yorker.

A função de John Hersey, um ano depois de o avião americano Enola Gay despejar sobre a cidade de Hiroshima uma bomba atômica, era contar as consequências da bomba. Mas ao invés de colher uma série de entrevistas aleatórias e montar uma reportagem, digna de capa, mas talvez não digna da repercussão que teve, Hersey optou por algo mais particular e peculiar para a época. Escolheu seis pessoas, sobreviventes do ataque americano e contou suas histórias de superação aquela situação caótica. Quarenta anos depois, ele retornou ao local e continuou sua história. Explicando como estavam os seis sobreviventes, transformando a reportagem em um livro ainda mais detalhado.

A ideia de Hersey em si não era original se observássemos pelos olhos das técnicas de literatura. No entanto para jornalismo aquilo sim era original e definitivamente radical. John Hersey então, aposta na observação pessoal, na valorização de elementos, em uma minuciosa apuração da vida dos seis biografados que farão fluir Hiroshima. A parte final de seu livro, que investiga o que foi a vida de seus personagens nos 40 anos posteriores a bomba, é desfecho perfeito e deixa o leitor com o gosto de querer mais de tão cativante que é a narrativa. Aliás, é interessante notar que Hersey, e todos os outros jornalistas literários como Gay Talease e Truman Capote, apostam nos adjetivos, sempre bem utilizados e que fogem do sensacionalismo de alguns textos, recorrentes nos dias de hoje.

Para a humanidade Hiroshima é um patrimônio. Para os estudantes de Jornalismo é uma aula sobre técnicas de como contar uma história. Constato a cada nova leitura de reportagens clássicas que estas de estilo “Jornalismo Literário”, não são outra modalidade ou gênero presente na profissão. Em verdade, creio que Jornalismo Literário seja só Jornalismo, puro, simples e de verdade.
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@injoyce_ 07/02/2023

Hiroshima
Triste e histórico, conteúdo importante, para se informar e continuar odiando nossos governantes.
O mundo é nojento demais, a guerra, a política, é tudo podre. Vivemos em um mundo muito injusto, em que só pensam no poder e nada mais.
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Aline 20/09/2020

Visão americana da catástrofe de que foram autores
Li Hiroshima logo após Vozes de Chernobyl. As duas leituras têm muitas similaridades, mas ao mesmo tempo são muito diferentes. Em ambos os livros estão o completo desconhecimento do que estava acontecendo nos primeiros dias, os efeitos devastadores da radiação no corpo das pessoas no curto e longo prazo, a idolatria das vítimas a seus governantes (que lhes prestaram muito pouca assistência)... Mas Hiroshima é um texto típico jornalístico, com muitos fatos e poucos sentimentos (o que poupa os leitores dos muitos "nós na garganta" que Vozes de Chernobyl proporciona), o Japão estava em guerra e a reação dos sobreviventes nos diz muito sobre a cultura oriental.
O texto jornalístico que compõe a primeira parte do livro foi o responsável por mostrar a realidade aos americanos um ano após o ataque nuclear. De forma proposital, o autor escolheu personagens com os quais os americanos se identificavam e, por isso, temos três cristãos entre os seis entrevistados. Não é uma amostra representativa da população japonesa afetada pela bomba e isso me despertou uma grande curiosidade: como seria o relato de um japonês típico?
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Juliana 07/09/2022

Por tudo o que perderam e sofreram, eles foram resilientes?
?O grande dilema consiste em decidir se a guerra total, em sua presente forma, é justificável, ainda que sirva a um propósito justo. Não acarreta malefícios materiais e espirituais superiores a quaisquer benefícios que possa produzir??

?Hiroshima? é um livro excelente para compreender a imensidão e a tragédia da explosão das bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki. Nesta obra acompanhamos a vida de 6 sobreviventes de Hiroshima ? hibakusha ? momentos antes e depois da bomba explodir. O detalhe real das suas vidas após o acontecimento faz-nos refletir nas consequências da ação imprudente humana e como em questão de segundos ela pode retirar tudo às pessoas. Os hibakusha nunca mais foram os mesmos, assombrados pelos traumas físicos e psicológicos e pela ajuda tardia às suas condições. Ao longo das suas vidas, e por tudo o que perderam e sofreram, eles foram resilientes, um dom admirável do povo japonês.
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Greice 14/11/2022

Uma leitura necessária
Um livro curto, uma reportagem, poucas páginas carregadas de um grande peso emocional. A história da bomba atômica que destruiu Hiroshima é bem documentada, entretanto nunca de um ponto de vista tão íntimo de quem vivenciou um dos eventos mais trágicos da história da humidade. Personagens soterrados sem esperanças, enfrentando o medo, a fome, o fogo, o desespero, e, mesmo sem saberem à época, a radiação. Não existe sentimentalismo ou ressentimento, mas reflexões necessárias que envolvem temas como fé e fatalismo. Recomendo muito.
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Nena 23/02/2016

Um livro reportagem q traz os depoimentos comoventes do antes, durante e depois de seis sobreviventes (duas mulheres e quatro homens) da bomba atômica q explodiu na cidade de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, matando 100 mil e deixando outros 100 mil feriados em uma cidade com população de 245 mil habitantes.
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