spoiler visualizarWill 02/12/2022
Todos morreram quando receberam os ossos
Não sei como começa a descrever esse livro, a como falar dele, que palavras usar, o misto de emoções na leitura embaralham minha mente e me impedem de dizer o que sinto.
Do começo ao fim o livro me prendeu, mesmo estando completamente fora do que estou acostumado, mesmo sendo uma história totalmente diferente do meu comum, eu me senti em casa com esse livro.
A forma como ele e escrito, sem ter uma ordem cronológica bem estabelecida, e mudança dois eventos conforme o livro avança me fizeram ver perfeitamente tudo como os devaneios do little George, como se realmente fossem as lembranças distantes de alguém que conta sua história a muito ocorrida. E a mudança da forma como o próprio George vê o circo quando seus olhos finalmente são "abertos" nós mostra a verdadeira dureza da vida de quem recebeu os ossos
Sem contar que, mesmo com a grande quantidade de personagens (muitos que tem o seu desenvolvimento tardio infelizmente) e impossível você não gostar de cada um deles, cada um com sua história de guerra, luta dor e sofrimento, todos os irmão grimaldir com inúmeras mortes nas costas devido ao seu tempo como soldado, bandido ou só sobreviventes, as trapezistas que encontram no circo um refúgio da vida conturbada da guerra, até o grande Ayar o invencível que chega ao circo carregando o corpo de seu amigo. Todos chegam ao circo em busca de um abrigo, de uma família, de um objetivo, de algo que se valha a pena viver.
Admito que o livro não e de todo perfeito, a história deixa a desejar em alguns pontos, e como eu já disse, muitos personagens tem seu desenvolvimento muito tardio (o que não tira sua importância), além de que fiquei muito incomodado por não saber a origem dos poderes de Boss (e consequentemente de little George) de onde eles vieram, como funcionam, porque ela os tem... Tudo isso fica somente para a nossa imaginação
E mesmo depois de todo o luto, assim como os 6 irmãos restantes, nunca esquecerei o bárbaro, e nunca deixarei de olhar pra cima e procurar pelas doces notas das asas, assim como Stenos nunca deixa de olhar, sofrendo eternamente como a gaiola que perdeu seu pássaro