Uma Questão de Confiança

Uma Questão de Confiança Louise Millar




Resenhas - Uma Questão de Confiança


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Pati.Bitencourt 29/09/2020

Callie e sua filha Rae estão com problemas de adaptação desde que se mudaram. A única família disposta a ser amiga é a de Suzy, seu marido rico e os três filhos. A amizade entre Callie e Suzy torna-se quase inseparável.

Porém, o início de um novo emprego para Callie e a chegada de uma nova vizinha, Debs, deixa essa amizade abalada e uma tensão na vizinhança. Callie tem que se dividir entre cuidar de Rae, seu emprego e Suzy. Tarefa que aparentemente vai bem, mas um descuido muda tudo e de repente Callie não sabe mais em quem pode confiar.

Esse suspense psicológico te prende desde as primeiras páginas. O livro é estruturado em capítulos, os quais destacam personagens diferentes em cada um deles. Amei desde o começo e não parei mais de ler.
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Rose 02/06/2013

Nem sei por onde começar, então vamos por partes... Neste livro temos o encontro de 3 mulheres muito diferentes entre si. Mas o destino delas acaba se cruzando quando todas foram morar na mesma rua de um subúrbio em Londres.
Susy é casada com Jez e mãe de três meninos. Seu casamento não vai bem das pernas, mesmo ela insistindo em demonstrar o contrário. Ela é muito amiga de Callie, que é separada de Tom e tem uma menina, Rae, que tem problemas no coração, por isso sua mãe acaba sendo protetora em demasia com ela.
Susy e Callie são super amigas e se apoiam mutuamente. Susy acaba sendo uma grande muleta para Callie, que em muitos momentos acaba se aproveitando desta amizade.
Callie anda muito cansada de sua vida e decide voltar a trabalhar, e isto, sem ela saber, acaba detonando uma bomba relógio. Neste meio tempo, Debs acaba de se mudar com seu marido para a casa próxima a de Susy e Callie. Debs é estranha, cheia de manias e paranoias e sem querer acaba se envolvendo em um acidente com Rae.
Callie fica furiosa com ela e junto com Susy acabam ficando temerosas desta nova vizinha, que aliás esconde alguma coisa.
Mas todos nós não escondemos algo? Você realmente conhece seus amigos e amigas? Confia neles? Conta tudo para eles?
Nesta envolvente estória você vai perceber que o seu maior inimigo pode ser você mesmo, ou quem sabe, o seu amigo e vizinho do lado.
Em relação a estória, eu gostei, mas dos personagens, não simpatizei com nenhum, em especial da Callie. Quando os segredos começaram a serem revelados e as máscaras a caírem, eu realmente fiquei revoltada com ela. Se antes não estava simpatizando, depois piorou.
A paranoia de Debs me dava nos nervos, e a forma como Susy levava seu casamento também. Mas tudo estava no contexto, e por isso mesmo a estória consegue nos prender e satisfazer com seus dramas e suspenses mesmo que o início tenha sido um pouquinho cansativo.
Yassue 02/06/2013minha estante
Li resenhas parecidas e com a mesma opinião...




Simone de Cássia 23/04/2018

Começa mansinho, falando da vida de um aqui, de outro ali, mostrando um cotidiano tranquilo...mas a gente sabe que por trás tem coisa, e é esse "esperar pela coisa" que dá emoção. Gostei muito! Me fez lembrar o " Até você ser minha". Personagens bem construídos, trama bem elaborada, suspense na medida. Cumpriu seu papel. Adorei.
tecla ede 24/04/2018minha estante
Nossa tenho esse livro e não pensei ser tão bom assim


Simone de Cássia 24/04/2018minha estante
É bom sim, Tecla, muito bom!


Lilissane Cristine 10/05/2018minha estante
Si, minha fia...Seja caridosa e empresta ele pra eu????


tecla ede 10/05/2018minha estante
Oi minha filha esta lendo desculpa


Simone de Cássia 10/05/2018minha estante
Claaaaaaro que empresto, sua linda!!! Na minha próxima ida ao correio eu mando procê, tá bom??


tecla ede 10/05/2018minha estante
Haha respondi por vc.




Francine Oliveira 10/01/2019

Thriller Psicológico gostosinho de ler....
Leitura leve e com um ritmo bom....Ótimo pra quem está começando a embarcar no gênero do suspense!!!
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Núbia Esther 19/03/2013

“A DOENÇA DE RAE NOS DEIXOU SECOS. SOU UMA PALHA. UMA CONCHA VAZIA. NÃO ME ADMIRA QUE OUTRAS MULHERES ME EVITEM. PERCEBEM QUE VOU SUGA-LAS TAMBÉM. TALVEZ TOM ESTEJA CERTO. TALVEZ TUDO ESTEJA RELACIONADO A MIM. EU E MEUS INTERMINÁVEIS PROBLEMAS. AS MULHERES PERCEBEM QUE PRECISO DE TUDO E QUE NÃO TENHO NADA A OFERECER EM TROCA DE AMIZADE. TODAS ELAS, OU MELHOR, MENOS SUZY.”

Uma Questão de Confiança (The Playdate) é o romance de estreia de Louise Millar. A autora trabalhou muito tempo como jornalista, publicando vários artigos principalmente em revistas femininas. Talvez venha dessa época a inspiração para os seus romances. Seus dois livros, o último em pré-venda, versam sobre o cotidiano familiar. Com protagonistas mulheres que se veem confrontadas com situações que promovem grandes mudanças em sua vida, seja a doença de um filho ou o assassinato do marido, e que precisam acertar o caminho novamente. Essa é a premissa a partir da qual Millar constrói seus romances com alta carga psicológica e que prometem brincar com o conhecimento do leitor. A autora acredita fortemente na máxima nem tudo é o que aparenta ser.

Em Uma Questão de Confiança, a história gira em torno de três mulheres, que também são narradoras: Callie, Suzy e Debs.

Callie e Suzy já se conhecem há pouco mais de dois anos e estabeleceram uma relação de amizade desde que Callie (mãe divorciada) mudou-se para a vizinhança com a filha Rae e não foi aceita pelos vizinhos. Suzy tem um casamento aparentemente perfeito, mas só aparentemente, porque nem os três filhos pequenos conseguem segurar Jez em casa. Callie e Suzie não tem nada em comum. Nada a compartilhar além de conversas superficiais e ainda assim são “melhores amigas”. Mas, na verdade essa amizade é quase uma relação salva-vidas para as duas. E Callie é bem ciente disso, para chegar a ser egoísta a respeito. Por quê? Que segredo é esse que aparentemente ela esconde para precisar se apoiar tanto nessa amizade? E quais serão as consequências do novo trabalho de Callie para essa amizade?

Após anos dedicando-se à filha que nasceu com um problema congênito no coração. Callie decide retomar as rédeas da própria vida e voltar a trabalhar. Mas, para isso é preciso que Rae concorde em passar mais tempo na escola e que Suzy aceite que a amiga não terá mais tanto tempo assim para ela. Para preencher essa equação, temos Debs, que acaba de se mudar para a casa ao lado da de Suzy e Jez. Debs que parece ter sérios problemas envolvendo vizinhos e barulhos, algo que beira o transtorno obsessivo, e que parece esconder sérios problemas em seu passado. Problemas envolvendo uma garota da antiga escola na qual trabalhava e que não ficaram no passado como a mudança pretendia deixar. Debs que trabalha na escola onde os filhos de Callie e Suzy estudam e que de repente se vê envolvida em um acidente envolvendo Rae, um acidente envolto em segredos e que aparentemente continuará assim se depender dos lapsos de memória de Debs. E quando você acha que somente esse lapso esconde segredos, você percebe que aquela vizinhança é um ninho de segredos e que a vida de seus moradores está mais interligada do que você imagina.

Uma mãe tentando recomeçar, outra tendo que enfrentar a falência de seu casamento e uma mulher tendo que enfrentar fantasmas de seu passado. Elementos simples, cotidianos, mas que pasmem, renderam um bom suspense. Millar trabalhou bem o lado psicológico do que aparentemente era apenas mais uma vizinhança comum do subúrbio londrino. As relações familiares conturbadas são o ponto de partida para algo mais perigoso. A partir do momento que segredos são revelados, temos apenas uma certeza, ninguém é o que aparenta ser. A história começa morna, assim como o bairro onde nada parece acontecer, e é até cansativo acompanhar as vidas previsíveis e rotineiras de Callie e Suzie. Mas, o subúrbio, às vezes, ferve sob o aparente marasmo, e bem, depois disso foi impossível largar a leitura, que a partir daí só reservou surpresas e incredulidade. E toda essa tensão que Millar reservou para o final, acabou compensando a leitura enfadonha dos capítulos iniciais.

[Blablabla Aleatório] - http://blablablaaleatorio.com/2013/03/19/uma-questao-de-confianca-louise-millar/
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RUDY 06/07/2013

RESUMO SINÓPTICO:
Callie está separada e não quer mais depender do ex-marido para dar uma vida melhor a Rae, sua filha. Muda-se e a vizinhança a despreza, apenas Suzy a acolhe e torna-se amiga.



Susy é casada e tem tres filhos. Callie acha que ela tem o casamento perfeito, porém após deixar Rae durante um curto espaço de tempo com ela, descobre o quanto está enganada.



Debs é a vizinha mais recente e mais complicada também; tem sérios problemas psíquicos, adquiridos de uma forma que só será descoberta aos poucos. Os problemas interferem de forma direta no transcorrer dos fatos.

Em quem se pode confiar?


site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2013/07/resenha-19-uma-questao-de-confianca.html
Michelle 28/11/2022minha estante
fiquei curiosa agora
personagens com muitas camadas




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Ericona 21/03/2013

Em quem confiar?
Suspeito que a sinopse de Uma questão de confiança não atraia os leitores com facilidade. Afinal, o que pode existir de tão interessante nas vidas de mães de um subúrbio de Londres? Nada? Errado. Há muitas coisas ocultam por debaixo do tapete (não literalmente falando).
Quando a sinopse de Uma questão de confiança, fiquei curiosa. Pensei: "Cara, nesse mato tem coelho. Quero ler esse livro e descobrir o que ele me reserva.". E não me arrependi.
Uma questão de confiança prende o leitor paulatinamente, e, a cada capítulo, nos intriga um pouco mais a respeito de cada personagem. Quem eles foram um dia e no que se tornaram hoje?
O foco da estória é, basicamente, três mulheres: Callie, Suzy e Debs. Callie e Suzy desde o começo do livro têm um vínculo, uma ligação de amizade; já Debs surge depois na vizinhança, e é então que as coisas começam a mudar. As estórias, então, se misturam, se confundem e se entrelaçam. Perguntas surgem ao leitor. Respostas são dadas de forma gradual. Nem tudo é o que parece ser. Nem todo mundo parece ser o que é. E, com o passar das páginas e mistérios sendo gradativamente revelados, o leitor tem uma bela surpresa: no suspense de Louise Millar todo mundo tem sua parcela de culpa. Ninguém é cem por cento bonzinho e/ou perfeito. E eu gosto de livros assim, que mostram o ser humano como de fato ele é: errante.
Porém, o que mais me surpreendeu foi que, no fim das contas, quem parecia mais culpado é o que menos de fato tinha culpa em toda a trama. Claro que eu não vou dizer quem é, porque isso seria dar um spoiler gigantesco.
Dei três estrelas ao livro, porque é um livro bom. Não sei se eu sou exigente demais ou sei lá, mas senti que a Louise Millar poderia ter explorado mais alguns personagens, algumas situações, porque, dessa forma, o livro seria ainda melhor e mais cativante. Entretanto, mesmo dizendo que a Louise não atentou para algumas questões, tenho que dizer que ela é boa escrevendo. Não, ela não é do tipo que prende o leitor logo na primeira página. Ela prende devagarzinho, com jeitinho e, em certo momento do livro, você não consegue largá-lo, porque você quer saber mais e mais o que acontece a seguir.
Não encontrei nenhum erro de digitação ou de ortografia na edição da Novo Conceito. A diagramação é simples, mas é legal. A capa também é bonita, nada muito ultra empolgante, mas ainda assim bonita. Gostei do balãozinho voando. Não sei por que, mas acho bonito balões voando pelo céu.
Se você gosta de suspense, esse é um bom livro. Mas não leia esperando grandes revelações ou coisas inimagináveis. Porque o livro trata apenas de seres humanos sendo humanos, ou seja, cometendo falhas. O que, pra mim, sempre é algo interessante, pois tenho essa coisa de querer explorar a mente humana e saber até aonde ela pode ir.
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Poly 06/04/2013

Pela sinopse achei que o livro fosse um grande mistério policial com bastante ação e suspense, mas depois de ler uns dois capítulos tive certeza de que a narrativa passava longe disso.
Mesmo não chamando tanta atenção quanto a sinopse, a história é boa e eu fiquei bastante presa ao livro.
Os capítulos são divididos pela visão das personagens principais. A princípio conhecemos Callie e Suzy, vizinhas, mães e amigas, uma vez que Rae, filha de Callie e Henry, filho de Suzy estudam na mesma escola. Quando Debs se muda para a vizinhança e passa a fazer parte da história ela também ganha seus próprios capítulos.
Logo de cara eu comecei a achar que Suzy era uma maluca psicopata que queria tanto ter uma filha que seria capaz de tudo para sequestrar a pequena Rae, mas conforme a história evolui outras hipóteses vão aparecendo.

“Callie não disse nada, simplesmente se deixou guiar, entorpecida.
- Querida, você precisa se livrar disso. A maneira como ele fala com você é ultrajante.
- É? – Callie disse baixinho.
Suzy passou o braço envolta dela, de modo protetor, aconchegando-a.
P. 182

Debs também não é muito normal, ela se incomoda com qualquer barulho e parece ser um pouco psicótica e ter sérios disturbios psicológicos.

“- Ah, não! – murmurou, e, agarrando o fone com as mãos tremendo, ela logo discou um número. – Allen! – disse com um tom de pânico. – O telefone ficou tocando e parando. Acho que são eles. Os Poplar.
P. 111

Callie parece ser a mais correta. Uma mãe de família recém separada que só quer voltar à trabalhar e ter uma vida normal, mas precisa cuidar da filha, que nasceu com problemas cardiácos, e por isso encontra alguns problemas para se recolocar no mercado de trabalho.

“Tudo acontecera tão rápido que agora percebo que não sei quando foi que me encantei por Rae. Tudo o que sentia era uma necessidade esmagadora e primitva de mantê-la viva, intercalada com momentos de uma dor horrível pelo que talvez nunca acontecesse. Que talvez eu não visse se ela escaparia de ter os meus cachos enlouquecedores. Que talvez ela não ficasse comigo quando fosse adolescente como eu ficava com minha maãe, no quarto, tendo longas conversas sobre meninos enquanto ela dobrava a roupa limpa. Por alguma razão, ficava particularmente chateada que ela nunca viesse a transar.
P. 157

Apesar do livro não corresponder às minhas expectativas em relação à sinopse, me surpreendi bastante com ele. A história é diferente. Apesar de não ter muita ação, o clima de suspense permanece e a curiosidade em saber o que poderá acontecer nas próximas páginas me deixou grudada nele por várias horas.
Gostei bastante da diagramação e do formato dos capítulos. Particularmente não gostei muito da capa apesar dela combinar perfeitamente com a história.
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Moonlight Books 08/04/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, http://www.moonlightbooks.net
O livro apresenta as histórias de Callie, Debs e Suzy, três mulheres, que no começo do livro só tem em comum, a rua onde moram. Callie e Suzy são amigas, mas não amigas que têm uma amizade regada de cumplicidade e lealdade, é algo frio e conveniente. Criam os filhos juntas, saem juntas, mas não dividem segredos, anseios alegrias, não dividem nada. É uma relação estranha, que aos poucos mostra ser bem problemática. Debs acaba de conhecer as duas e tenta aprender a ter um bom relacionamento com ambas.

O livro é dividido em capítulos, cada um abordando uma destas mulheres. A narrativa é em primeira e terceira pessoa, sendo os capítulos de Callie, narrados por ela. Assim vamos conhecendo melhor cada uma delas e suas personalidades, que em um primeiro momento são assim:

Callie é separada, tem uma filha pequena, que nasceu com um grave problema do coração. Para cuidar da filha ela deixou de trabalhar, mas agora que a menina está melhor, ela sonha em retomar sua carreira profissional. Sua única amiga é Suzy, e ela vê esta amizade como uma muleta.

Suzy é casada, tem três filhos e ostenta o ar de esposa feliz e realizada, no entanto, entre quatro paredes, ela não passa de uma mulher desesperada pela atenção do marido e desconfiada de que esteja sendo traída. É muito dedicada mesmo assim, incluindo até Callie e a filha em seus cuidados.

Debs é recém casada, professora e mais velha que as outras, tem um sério problema psicológico, que a deixa extremamente ansiosa e nervosa. Qualquer ruído por menor que seja, deixa ela com os nervos a flor da pele, e um caso de agressão em seu passado, tende a deixá -la com mania de perseguição.

Uma Questão de Confiança é um livro que vai te envolvendo aos poucos, conforme a história vai sendo apresentada, vamos mergulhando em um ambiente com uma carga psicológica fortíssima, e quando percebemos, estamos tão dentro da trama, que é impossível abandoná-la. O começo foi bem cansativo, pois até entender onde a escritora pretendia chegar, eu via apenas fragmentos das vidas das personagens e do ambiente que as cercava. Formei uma opinião sobre cada uma delas. Eu via Callie, como uma pessoa sofrida e injustiçada, Suzy muito boazinha e carente e Debs uma mulher neurótica e má, mas conforme fui avançando na leitura, estes papéis sofreram tal inversão, que fiquei de queixo caído.

E foi neste momento, nas últimas duzentas páginas, que a trama me prendeu. O que parecia ser um livro que falasse só de crises domésticas, passou a ser um thriller psicólogico muito bem engendrado, Louise Millar, juntou todos aqueles fragmentos e montou um quadro inacreditável, cada coisa que foi cansativa no começo, ganhou uma importância enorme, e se tivesse sido diferente, não teríamos chegado em uma situação tão impactante. Ela nos manipula de uma forma sem igual, fazendo com que vejamos o que ele deseja naquele momento.

Estas mulheres mostram suas forças, fraquezas, coragem e uma enorme vontade de superação e crescimento. Claro que tem uma delas que não é tão nobre assim, despertando no leitor uma vontade de torcer seu pescoço. Eu não identificarei quem é quem, pois seria uma grande spoiler, e a mágica deste livro é a verdadeira personalidade de cada uma. Posso dizer que são personagens muito bem construídas, que mostram o melhor e o pior de um ser humano.

Quando achamos que sabemos tudo destas mulheres, a autora derruba nossas certezas totalmente, e nos faz rever tudo o que pensamos e acreditamos ser verdade. Garanto que nada é o que parecia ser, e eu ficava me perguntando, como eu não havia percebido. Desenvolvi uma relação de amor e ódio com todas, pois quando sabemos os que realmente se passa no íntimo dessas mulheres, não há como manter os sentimentos iniciais.

Eu me vi devorando as páginas, a empolgação que faltou no começo, foi compensada no final e quando virei a última página, fiquei querendo mais. Eu nem percebi o final, não que tenha ficado aberto, mas porque foi algo tão envolvente, que perdi a noção do tempo.

Este livro traz em suas páginas um crítica sutil, em relação maneira que nos deixamos levar pela aparência e também como em decorrência disso, julgamos as pessoas e acabamos depositando nossa confiança em quem não merece. Ninguém aqui é totalmente inocente, todos cometeram seus deslizes.
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Jora.Fernandes 21/02/2024

Esse livro é realmente um thriller muito interessante de acompanhar, porque nada é tão simples como parece. Com capítulos divididos para cada uma das três personagens principais, no início eu fui me enganando sobre as impressões que tinha de cada uma delas.

Achei muito bem escrito, e com um desfecho bem adequado, e principalmente gostei da personagem Debs e sua relação com seu marido.

Me prendeu do início ao fim, tanto que li em menos de 24h.
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Fun's Hunter 11/04/2013

Uma Questão de Confiança
Ter um emprego estável, fazer relações sociais com amigos e cuidar de uma filha, tudo ao mesmo tempo, não é uma tarefa fácil. Ainda mais para Callie, mãe solteira que mora em Londres numa tão conturbada vida, onde amigos e independência financeira são termos quase extintos de sua vida. Todo o dinheiro que gasta com ela e com sua filha, Rae, vem de Tom, seu ex-marido; e a única amiga que tem é Suzy, sua vizinha. Com uma ótima proposta de trabalho, Callie não sabe muito bem o que fazer. Em quem poderia confiar sua tão amada filha, que, diga-se de passagem, tem um problema de saúde no coração? Questões como confiança, amizade, amor e felicidade vêm inesperadamente à tona na vida de Callie, além de uma ótima dose de suspense magistralmente elaborado pela autora Louise Millar.

Depois de alguns problemas conjugais com Tom, Callie teve que se divorciar. Tom continuou o seu trabalho como fotógrafo e cameraman da vida selvagem, viajando sempre pelo mundo, mas nunca se esquecendo de sua filha Rae. Raenasceu com um problema de saúde sério no coração, e não demorou a começar a fazer as cirurgias necessárias pela luta por sua vida. Rae se saiu muito bem nas cirurgias, mas com isso ela tem que ser uma criança muito precavida, sem muita correria, brincadeiras agitadas, e qualquer pequeno acidente brusco, pois tudo isso causava uma grande carga no seu coração, fazendo com que a antiga cirurgia fosse revertida.
Mesmo com tantos problemas Callie não era daquelas que tem várias amigas para ajuda-la na sua vida, a única pessoa em que tem um pouco de confiança é Suzy, a única pessoa com a qual é capaz de se divertir um pouco. Callie sempre notou que faltava algo em sua vida, e um dia decidiu voltar ao seu antigo trabalho. Com isso, Rae não tinha onde ficar depois das atividades extras na escola. Foi então que Callie decidiu pedir a ajuda de Suzy para cuidar de Rae, que mesmo tendo três filhos e um casamento instável para cuidar decidiu ajudar sua amiga. Com a chegada de Debs na vizinhança, a vida de Callie, de Suzy e de seus familiares mudam completamente, com a revelação de segredos escondidos envoltos em um delicioso suspense.

Então não leia esse livro esperando tudo aquilo que outros livros de suspense (como do Harlan Coben) têm: muitas mortes, policiais incansáveis e reviravoltas bombásticas completando uma trama já quase inacreditável. Todo tipo de suspense contido em Uma Questão de Confiança ocorre de uma forma leve, natural e bem familiar, sem nada de estupendo, mas ainda assim capaz de causar muitas emoções. No decorrer da história revelações inimagináveis acontecem, fazendo com que o livro fique ainda mais viciante.
No começo de tudo o livro parece um mero draminha familiar, mas essas páginas tão normais foram necessárias para que o clima de tensão, que vai aumentando a cada página, fique ainda melhor. No final de tudo, não adianta esperar por cenas incessantes com muita ação e revelações bombásticas, mesmo que o final nos deixe perplexos não era nada que já não tenhamos pensado desde o início.
No final de tudo o grande trunfo do livro é a forma que sua história se desenrola. A escrita de Millar se mostra perfeita, captando muito bem as emoções de todas as personagens e pequenos detalhes de suas vidas para que, mais a frente, tudo que for mostrado seja aquilo que esteve sempre a nossa frente, mas que nunca demos a devida atenção. Outro destaque de sua escrita é a estruturação dos capítulos: no início de cada um é mostrado em qual personagem ele é centrado (Callie, Suzy ou Debs); no caso de Callie ela é a narradora da história, já nos outros dois há outro narrador. Isso faz com que, muitas vezes, não consigamos parar de ler naquele capítulo esperado; isso porque no final de cada capítulo algumas pontas da história ficam soltas, dando atenção para o ponto de vista de outra personagem, e depois disso se completando.

Com uma capa bem simplória, o livro em si é bem estruturado, com um bom tamanho da letra, capítulos na medida certa e boas margens. Sendo assim, dificilmente a leitura se tornara cansativa, mas para quem não se deixar levar pelo ritmo diferente do livro dificilmente a leitura será prazerosa.

Com uma boa história e com um estilo ainda melhor, Uma Questão de Confiança mostra-se perfeito a todos aqueles que já estão cansados de todos esses suspenses atuais, cheios de mortes e reviravoltas mirabolantes. Mas, na verdade, esse livro funciona para todos, sendo que o suspense não é o protagonista da história, mas sim as relações entre os seres humanos.
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TeoriaMetalica 14/04/2013

Uma Questão de Detalhismo
A obra não é de todo ruim, mas confesso que esperei bem mais. A autora detalha demais as coisas, esse é um dos problemas... [continua]

Leia Mais em: http://migre.me/e70dv
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Isabel 17/03/2013

Ah, as capas! Por mais vezes que o método de julgar o conteúdo por elas se mostre falho, é um hábito muito difícil – impossível até, eu diria – de se abandonar. Na vida, na leitura, nos filmes, é bem difícil desvencilhar a primeira imagem do conteúdo, e só surpresas muito grandes (e muito boas ou muito ruins) conseguem fazê-lo.

Pela arte e sinopse de Uma questão de confiança, eu esperava um chick-lit um pouco mais tenso, com conflitos comuns entre mulheres recheados com o desaparecimento da filha de uma delas. Grande, grande engano.

O subúrbio londrino de Victoria Place parece ser um oásis para a criação de proles: parques bonitos, boas escolas, vizinhos amigáveis – nada para atrapalhar uma infância bonita e feliz.

Mas há sempre uma exceção para provar a regra. Engenheira de som brilhante (porém desempregada) Callie é mãe em tempo integral de Rae, uma garotinha de cinco anos que veio ao mundo com uma rara doença de coração. Mesmo a zona de perigo tendo sido deixada há muito tempo, as seqüelas ainda são presentes, limitando suas brincadeiras e afastando possíveis amigos.

A ausência do trabalho e uma estranha hostilidade cordial (parece ser estranho, mas é o pior tipo – não há pessoa para se afastar ou problema para ser resolvido) dos seus vizinhos levam a vida de Callie a um nível quase insuportável de solidão: completamente dependente do ex-marido, a mulher não tem para onde sair e uma única amiga, a sua vizinha americana Suzy. Esposa de um executivo em ascensão e com três filhos saudáveis, a bela jovem mulher parece ser o que esperamos de uma moradora de Victoria Place – ou não.

Uma questão de confiança é um suspense psicológico muito bem estruturado, onde até mesmo a menor palavra fora do lugar faz uma grande diferença. Conforme fui conhecendo cada uma das personagens, me impressionei sobre o quanto a casca de alguém pode esconder, e – como os críticos metidos diriam – as páginas se viraram sozinhas.

De certa forma, Uma questão de confiança é irregular em termos de escrita. O foco varia entre três mulheres completamente distintas, e é de se esperar que a narrativa possuísse diferenças claras – mas não é o que acontece. Mas digo irregular não só por isso: enquanto os capítulos de Suzy e Callie são escritos em uma linguagem padrão de livros para entretenimento, os de Debs são fantásticos. Não se pode dizer que essa professora recém chegada no bairro se mudou – na verdade, ela fugiu, depois de ser hostilizada continuamente na sua última cidade. Cheia de tiques e com um casamento que malmente completou seis meses, Debs é a melhor personagem de todo o livro – sem ter direito a seu nome na contracapa.

Em uma palestra no TED, a blogueira e fashionista Tavi Gevinson defendeu que boa parte da angustia feminina quanto a si própria advêm do fato que a ficção, de forma geral, trata as mulheres como seres simples, e nós, obviamente, falhamos miseravelmente ao tentar nos encaixar nesse padrão de comportamento. Nós não somos simples, nunca seremos, e Uma questão de confiança é uma das raras obras que não se incluem na reclamação da jovem feminista. Terminei-o me sentindo mais burra do que nunca por julgar o livro pela capa – Callie, Debs e Suzy são bem mais do que parecem.
Publicada originalmente em distopicamente.blogspot.com
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