Memórias de Um Amigo Imaginário

Memórias de Um Amigo Imaginário Matthew Dicks




Resenhas - Memórias de Um Amigo Imaginário


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Psychobooks 07/03/2013

www.psychobooks.com.br

Eu não sabia desse lançamento da iD.
Não tinha ideia da premissa e muito menos que se tratava de um livro onde o protagonista fosse autista.

Antes de começar a resenha, acho interessante situar todos os leitores: Sou mãe de um autista não verbal de 16 anos. Gosto de ler todo romance com foco no tema, mas confesso que sempre fico com o pé atrás sobre a abordagem, em como as características das síndrome serão abordadas; se a caracterização do personagem não confundirá mais os leigos do que esclarecerá. Meu foco, quando leio um livro dentro desse tema é sempre mais crítico; sempre começo a leitura com o pé superatrás, pronta para não me deixar levar por muitas fantasias e preparada para apontar qualquer erro de narrativa, questionar qualquer pormenor.

Vou seguir minha divagação e ir além; caso não queira mais informações técnicas, pule esse parágrafo. Estava aqui escrevendo e me peguei questionando a quantidade de autistas na literatura hoje em dia, percebi uma criança com características no livro "Sob a Redoma", apesar de nada ficar claro; em Gone há o Pequeno Pete; em Branca de Neve tem que morrer, há um asperger de 30 anos... E por aí vai. Há uma explicação para essa inserção: houve um boom da síndrome nos últimos anos. O autismo se tornou mais comum em todos os meios, então seria até meio óbvia a sua disseminação em todos os meios de mídia. Mas voltemos ao livro.

Budo é amigo de Max. Budo já vive há 6 anos; ele é o amigo imaginário com a vida mais longa que já encontrou. Max é um menino especial (em nenhum momento Budo o classifica como autista, mas seus maneirismos deixam a síndrome clara), ele tem dificuldades de relacionamento, não gosta de ser abraçado, não gosta que sua mãe o beije. Prefere que as pessoas não conversem muito com ele. Se interessa mais por algumas matérias do que por outras. Está na terceira série, mas é um especialista em guerras e táticas. Só ele enxerga Budo e quando o Max estiver em apuros, só Budo poderá salvá-lo.

A narrativa desse livro é dessas que conquista desde a primeira linha. Budo tem uma forma madura e ao mesmo tempo inocente de se expressar. A forma como ele retrata sua existência e tem consciência de sua efemeridade é tocante! Ele viverá enquanto Max acreditar nele; ele é um produto da imaginação de Max e vive segundo as regras que seu amigo criou e imaginou para ele, então Budo tem uma certa liberdade em relação à sua existência, não depende apenas do amigo para se locomover e aprender sobre o mundo real. Budo é mais maduro, conhece melhor as pessoas más, conhece os males do mundo.

No livro há de tudo um pouco, há drama, há comédia, há suspense, há terror... O enredo é rico e único. Dessas histórias simples e ao mesmo tempo complexas. Acompanhamos durante toda a narrativa a visão de Budo sobre a vida e o mundo. Em alguns momentos dá uma certa agonia frente à sua impossibilidade de comunicação com mundo sem que seja por meio do Max. A amizade dos dois e a forma que Max precisa de Budo e Budo supre Max também é de tirar lágrimas dos olhos.

Há passagens repetidas propositalmente. Budo se repete muito, talvez como uma forma de autoafirmação, talvez como reflexo de seu eu infantil... Seja lá qual for o motivo, essa forma de construção do enredo gerou uma verossimilhança absurda. Budo é único, sua forma de pensar é única. Sua forma de agir é única.

Max nos conquista porque vemos suas peculiaridades através dos olhos de Budo e a carga emocional é tão grande, o amor é tão intenso, que fica impossível não admirar e torcer por esse garoto tão especial. A forma que Budo enxerga e descreve o Max é tão contagiante que quando percebemos, já estamos apaixonados.

Há toda uma questão de dúvida existencial que acompanha Budo. Há no enredo um tom intenso de "Penso, logo existo!", que também fica impossível não questionar até onde Budo é Budo e não apenas obra da imaginação fértil de seu amigo real.

A linha entre o real e a imaginação se funde de uma forma que nunca vi em outro livro de fantasia. De um lado existem os "reais", as pessoas que Budo vê e às quais não tem acesso, mas que são tão ligadas ao seu emocional que em nenhum momento questionamos seus sentimentos por elas, e do outro lado há os seus amigos imaginários, que são todos os amigos imaginários que ele encontra durante suas caminhadas, estando ou não com Max. A regra é que eles podem se ver, mas o amigo real enxerga apenas o seu amigo imaginário. Há uma troca tão intensa de experiências entre os seres; uma cumplicidade e um amor tão palpável por seus amigos reais; uma consciência do porquê de sua existência e do que realmente importa. É a coisa mais linda, o sentimento mais puro!

O autor Matthews Dicks dá outra roupagem a esses seres. É o tipo de história que quando pegamos para ler pensamos que será apenas mais uma; uma fantasia infantojuvenil sem muita novidade, um livro que tem tudo para ser apenas mais um, mas que com a delicadeza das palavras nos toca de uma forma única.

Super-recomendado! Parem tudo e vão ler AGORA!

Obs: Andamos reclamando muito por aqui da revisão falha da Editora iD em outros livros. Esse livro tem problemas de revisão na capa, mas seu texto não está tão ruim. Percebi alguns erros, o mais crasso foi um "auto-falante" (sic - o correto seria alto-falante), grafado de forma completamente errada, ( Até no erro tem erro, se fosse autofalante, o correto seria tudo junto!) mas no geral a edição está boa. Espero que esses erros sejam sanados na próxima tiragem.


"- Mas você tem de ser a pessoa mais corajosa do mundo para sair todos os dias sendo você mesmo, quando ninguém gosta de quem você é - explico - Eu nunca conseguiria ser assim tão corajoso como Max."

"Monstros são sempre ruins, mas monstros que não andam nem falam como monstros são os piores."

"Persistir. Gosto dessa palavra.
Eu persisto."

Nil 10/05/2017minha estante
Amei a sua resenha! Vou ler o livro por causa dela.


maariwho 05/12/2022minha estante
que resenha perfeita! retrata lindamente tudo que senti e percebi lendo esse livro!




Selminha 04/03/2013

Memórias de um amigo imaginário
É um livro que agrada o pulblico em geral. Budo foi criado pela imaginação de Max, com todas as características de um ser um humano, porém tem um dom de atravessar paredes.
Budo consegue enxergar Max, como ele realmente é. Max é um garoto de que não gosto de muito contato fisíco, prefere ficar no "mundo dele".
É difícil não acreditar que Budo não seja uma especie de anjo da guarda. Ele está em todos os momentos junto com Max, ajudando a enfrentar as dificuldades dos dia a dia. Budo tem uma única missão, fazer com que Max aprenda a lidar com seus próprios medos e dificuldades, mesmo que isso faça com ele deixe de existir.
Não consigo enxergar Budo de outra forma, ele é cativante, protetor e principalmente cuidadoso.
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Bruna 01/03/2013

Memórias de um Amigo Imaginário
Eu simplesmente amei esse livro logo na primeira página. O livro conta a história de Max e seu amigo imaginário Budo. Estes se metem em uma incrível aventura.
A história é retratada por Budo, um amigo imaginário muito sortudo. Ele existe há cinco anos (o que é muito para seres como ele), tem uma aparência muito humana (o que é meio raro, pois muitos amigos imaginários tem formas bizarras como por exemplo: um palito de picolé ou se se parecem com humanos, não tem as sobrancelhas e nem as orelhas..) e além de tudo, pode atravessar portas e janelas!

O que me fez amar esse livro com todas as minhas forças, foram os risos que soltei ao lê-lo. É uma visão tão inocente e infantil em relação ao mundo adulto, que fez com que eu me divertisse muito!
Realmente acho que todos deveriam ler, apesar da linguagem meio infantil. Isso irá te fazer pensar: E se aquele meu amigo imaginário da infância, realmente existiu?
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gleicepcouto 17/02/2013

Lição de amizade com um amigo imaginário
http://murmuriospessoais.com/?p=6105

***

Memórias de um Amigo Imaginário (Editora iD) é o terceiro livro do escritor norte-americano Matthew Dicks, que também é professor e, inclusive, já foi finalista do prêmio de Professor do Ano, em Connecticut. Além de escrever romances, colabora com artigos para jornais e revistas sobre educação. Seus outros livros são: Something Missing (2009) e Unexpectedly, Milo (2010).

Nesse livro, somos apresentados a Budo, amigo imaginário de Max, um menino de oito anos. Budo já existe faz cinco anos e tem uma aparência quase normal, pois Max o imaginou daquela forma. Isso não limita Budo, que tem seus próprios pensamentos e vontades e até mesmo outros colegas também imaginários.

Sua vida está bem tranquila com Max, eles se dão bem. Budo, porém, descobre algumas coisas. Max corre perigo e ninguém mais sabe disso. Como Budo poderá ajudá-lo? Nenhum humano o enxerga, nem consegue interagir com ele! E agora?

Esse livro foi uma bela surpresa. Dicks construiu uma trama original, com personagens inusitados. Acho que a melhor palavra que descreve é: fofo. A história é uma fofura do início ao fim, gente!

O livro é narrado em primeira pessoa pelo Budo – o que confere um estilo simples de escrita. Mas nada ingênuo ou infantil. Budo é bem esperto, mas tem como característica principal sua lealdade à Max. Além disso, é um amigo imaginário muito sensível, que tem receio de sumir (o que pode acontecer quando Max deixar de imaginá-lo). O fato de não saber se existe um Céu para amigos imaginários o deixa aflito, mas não o paralisa.

Max é um garoto diferente. Possui muita imaginação e não é muito bom em lidar com pessoas e, por isso, muitas vezes é incompreendido – principalmente no colégio. Seus pais, porém, amam o filho e fazem todo o possível para que se adapte.

A história levanta questões interessantes sobre morte e vida; sobre lealdade e amizade; sobre amor incondicional; sobre aprender a deixar ir… Ah, gente. Algumas cenas são de cortar o coração. Sentimos a angústia e impotência de Budo em querer ajudar Max e não conseguir, seja por limitações físicas ou por emocionais. E não é assim que muitas vezes no sentimos na vida, completamente de mãos atadas?

O modo como Budo se entrega a Max é muito bonito também. Claro que ele entra em conflito, se pergunta por vezes se realmente tem que ser assim, se tem que se anular por “seu humano”, e as consequências que isso pode trazer para sua existência. Mas quando chega a hora de tomar decisões, ele não hesita em pôr seu amigo em primeiro lugar.

A única ressalva que tenho em relação ao livro é que poderia ter sido editado. Algumas situações são um pouco repetitivas, com várias idas e vindas. Mas nada que comprometa a obra, basta ter um pouquinho de paciência.

Dicks conseguiu fazer um livro emocionante, sem soar piegas; transmitir mensagens pertinentes, sem soar didático. Por fim, ele soube definir com muita propriedade o verdadeiro valor da amizade e mostrar que, com amigos, imaginários ou não, nunca estamos sozinhos.
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Lu 12/02/2013

Memórias: a única coisa de Budo que tocou o mundo.
Esse é um daqueles livros escritos tanto para crianças, quanto para adultos, que sempre vêm acompanhados com o desafio de agradar ambos os públicos. Há nele a inocência de um amigo imaginário que pensa como uma criança (ele foi, afinal, criado por uma criança), e que por isso vê o mundo de uma maneira muito mais simples do que a maioria das pessoas. Porque, no fim das contas, nem sempre os problemas dos adultos são tão grandes quanto eles querem fazer parecer que são. A história, entretanto, é cheia de peculiaridades e dores que apenas alguém com alguma experiência entende por completo. Por exemplo, Max, o amigo de Budo, possui características que identifiquei como da Síndrome de Asperger (não podemos ter absoluta certeza porque Budo não sabe sobre o autismo e não fala diretamente dele) e presenciamos, juntamente com Budo, o impacto que isso tem na vida daqueles que cercam Max.
A linguagem é simples, algumas ideias tendem a se repetir seguindo o fluxo de pensamento de Budo e as percepções de mundo do livro são, em sua maioria, bem infantis. Essas são características do livro que tanto me encantaram quanto me irritaram, dependendo do momento. Posso dizer, entretanto, que a leitura valeu a pena, porque me proporcionou um contato com um mundo que para mim nunca existiu: o mundo dos amigos imaginários. Nesse mundo, a angústia de não ser notado por ninguém além de seu amigo humano e de não poder mover nada no mundo "real" é constante. De página em página, eu me senti cada vez mais imaginária. Por alguns momentos, posso dizer que Budo me inventou e me colocou ali, seguindo seus passos conforme ele seguia os de Max.
Em resumo, é um livro lindo e simples. O único defeito que realmente me incomodou foi o modo como o autor prolongou demais certos momentos, fazendo o mistério ir longe demais e colocando coisas que só atrasavam a resolução deste. Também devo alertá-los de que a revisão da editora não foi lá muito boa, de modo que vocês encontrarão alguns erros no decorrer do livro. Em 'Memórias de um amigo imaginário' vocês encontrarão o relato de uma grande amizade que se passa no frágil mundo das crianças, com questionamentos que todos fazemos e às vezes esquecemos de responder. Não recomendo o livro para quem gosta apenas de romances românticos, grandes histórias de mistério ou reflexões mais profundas. Como já disse, o livro é simples, basta saber (e querer) apreciar tal simplicidade.
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Rouge 10/01/2013

Um livro real e imaginário ao mesmo tempo.
Gostei muito desse livro. A visão de mundo desse amigo imaginário com cabeça de criança e problemas de adulto é linda. Os conflitos que ele tem com ele mesmo, com seus outros amigos e com Max, assim como os personagens tão cheios de vida fazem com que esse livro não seja sobre mágica e fantasia, mas sim sobre a realidade do mundo.
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Likaz 07/01/2013

Gostei do livro, mas o que mais me chamou a atenção foi a quantidade de erros ortográficos q encontrei o.O
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