Yves2zzz 11/01/2024Juro que tem seus momentos!Como eu vou explicar os problemas desse segundo livro sem invalidar a leitura e a nota que dei a ele?
O começo dele é beeem penoso, do tipo arrastado sem qualquer profundidade. Não acrescentou em nada, simplesmente encheu linguiça para três livros. O que é um problema corriqueiro em trilogias: o segundo é geralmente uma perda de tempo.
A leitura é fácil, divertida e dinâmica, o problema mesmo é a falta de conteúdo… aposto que o terceiro livro, que fecha a saga, vai ser incrível de ler, igual com o primeiro, automaticamente deixando claro como esse era só uma forma de somar dinheiro com contrato e venda.
Reforço, não é um livro ruim, você realmente se pega viciada na curiosidade dos “mistérios” apresentados. Mas vou apontar aqui que tinha um potencial IMENSO, porém mal utilizado. Gostei da construção do momento em que a trama engatou, infeliz mesmo foi o desfecho!
Tenho outro probleminha a salientar: tem personagens demais, não conseguiria listá-los sem auxílio do livro. E acredite, isso não seria um problema (para mim não é, visto que minha saga favorita é TOG e quem leu sabe), a questão é que quase nenhum deles tem relevância. Não consegui ter apego por nenhum deles, tirando os do núcleo principal. Como pode ter tantos personagens e NENHUM chamar atenção? Se vai ser um livro de enrolação extra, que pelo menos desenvolva relacionamentos e personalidades, poxa!
Vamos falar um pouquinho do núcleo principal, já que eu trouxe o gancho. Resolvi que vou DEPENAR esse livro nessa resenha!
Nastasya perdeu quase que completamente sua evolução do primeiro livro. E recebeu tudo de volta nos últimos capítulos, como se isso não fosse incomodar. Gostei do senso de moral que ela desenvolveu, claro, até mesmo do distanciamento que ela gradualmente teve de sua depressão. Mas até esse momento falta, viu?! A bichinha é uma bomba relógio, mas que eu felizmente não desenvolvi nenhum rancor. Ainda estranhamente gosto dela, mesmo que agora separe um pouco da comparação com a minha crush literária (Aelin).
É uma personagem carismática, cheia de traumas e consciência, se destruindo e sendo destruída. Foi importante para mim não perder o interesse nela igual aconteceu com a Louise de Pássaro e Serpente no segundo livro. Aquilo sim foi trágico e traumático!
Concordo com ela? Obviamente que não, mas também não peguei ranço ou fiquei com um pé atrás… coisa que, indescritivelmente, aconteceu com Reyn.
Vamos falar dele então:
Ainda tem algo nele que me estressa. Quando ele e a protagonista finalmente estão se pegando, eu sinto a química e quase esqueço que ele é uma porta forçada. Mas ele é!
Não tem uma personalidade de fato. Entendo o personagens ser recluso e durão, mas ele NÃO FAZ NADA! Por vezes esqueço da existência dele, se não fosse pela Nasty praticamente latindo no cio a cada duas páginas por esse homem. É só para isso que ele está lá, para ser motivo de desconforto e desejo para a personagem, simplesmente não faria falta uma mente pensante nele. Ele teve seu momento no primeiro livro, mas nesse é um completo inútil!
E MEU DEUS, parece que ele está sendo obrigado, com uma arma na cabeça, a se sentir atraído pela Nastasya. Isso me incomodava o tempo inteirinho!! Até o último capítulo esse homem não conseguiu dizer UMA coisa boa para justificar querer TANTO essa mulher, sem ser no quesito carnal. E parecia que estava sofrendo, mesmo por esse motivo.
Entendo o destino deles estarem interligados e blá blá blá, mas justifique sua resposta se quiser que eu acredite nesse relacionamento sentimental!
Enfim, pula para os próximos:
River é a única personagem desse livro inteiro que vale a pena mencionar, tirando o casalzinho. Por mais que ela não tenha tanta relevância na trama desse livro, ela é muito importante para o crescimento pessoal da personagem. Eu verdadeiramente compro a bondade da personagem, o afeto dela pela protagonista e a relação das duas. Acho que, de maneira discreta, é um ponto muito positivo do livro.
Percebi agora que parece que só estou falando mal, de novo, como sempre faço quando o livro tem emoções demais para serem absorvidas, porém quero deixar claro que o livro tem seus méritos… só não cheguei lá ainda kk é mais fácil apontar defeito, faz meu peito vibrar de emoção junto com as teclas!
O único outro personagem que valeria a pena mencionar é Innocencio (o nomezinho sofrido!). Aqui terá alguns spoilers discretos, mas nada que não fosse prático adivinhar ou estrague a experiência da história.
Eu estava ansiosa para o momento em que ele retornaria, e fiquei verdadeiramente feliz com o decorrer das cenas com ele até o estopim do livro. A construção desse personagem PLENAMENTE duvidoso, que você desconfia a cada página e SABE que tem algo errado, foi muito bem feita aqui. Eu estava vidrada em como a história teve uma “quebra” de expectativa quando ele voltou super bonzinho e, pasmem pelo nome, inocente. Fiquei surpresa e cativada. Até, é claro, a grande revelação e a batalha final. Daí em diante só ladeira abaixo.
Acredito em personagens puramente loucos, com sede de poder e maldade infinita, e estava comprando essa persona de Incy até o momento que ele e Nasty tiveram seu embate final. Simplesmente não gostei do rumo que as coisas tomaram, pois do mesmo jeito que a trama toda girou em cima desse momento, ela foi descartada como se não fosse nada. Ele era só um peãozinho de um jogo de xadrez cheio de peças grandes… tipo, esperei o primeiro livro inteiro para terminar assim? Não teve um perigo real, só mais um empecilho para a personagem aprender uma lição e passar por cima. Eu realmente gostava do personagem dele.
Foi ruim? Não. Mas também não foi bom. Só tinha taaanto potencial!!
Enfim, o restante dos personagens, como disse, não são pontos altos da história. Tem seus pequenos e raros momentos, um ou outro, mas tem uns que tu só lembra do nome e olhe lá. Pelo o que River disse no final do livro, jogado de qualquer jeito, vou aprender mais sobre os demais integrantes e suas vidas passadas no próximo livro… como se já não tivesse coisa demais ainda para desenvolver. Conclusão, se tirasse pelo menos uns três ou quatro personagens do livro, não faria falta alguma. Se dissessem que eles foram embora plantar batatas no solo do Rio de Janeiro, ainda não faria diferença.
Quero reclamar mais um pouco do Reyn, mas acho que não é uma boa ideia kkkkk
Já disse que tem algo nele que me estressa? Sim? Ah, então reforço e admito que isso é cisma minha. Macho de fantasia precisa ser perfeito para ser memorável, porque a história nem sempre é sobre eles, então precisam fazer valer a atenção, roubar os nossos suspiros. Não sei se minha imaginação morreu para construção de macho literário, mas acredito que a falta de presença dele seja a causadora dessa amargura toda. Melhore no último livro, Reyn! Me faça latir igual Nasty e quase todas as mulheres do livro latem por você.
Ah, Deus! Não sei mais o que falar!! Cadê a parte que eu falo bem?? Desse jeito vão achar que eu não gostei kkkk
Adoro resenhas longas, como podem ver, mas definitivamente sou suspeita para esse tipo de coisa. A parte boa eu absorvo e me sinto dramática e melosa quando tenho que transparecer, mas a parte “ruim” ou duvidosa extravasa de mim igual veneno de cobra huehue
Enfim, e agora esse enfim é sério!, deixo todas as emoções malucas e questionáveis para análises futuras. Ainda estou ansiosa para saber que fim terá essa trilogia, o que já é mais do que suficiente para mim. Que venha Inimigo Sombrio e me devore! Ou eu devore ele!