Resenhas - V de Vingança

Gilberto.Junior 18/02/2023

HQ essencial.
Roteiro perfeito, mais uma HQ essencial. Alan Moore sendo Alan Moore. A arte também não deixa a desejar e o tema é muito atual.

Lays 17/02/2023

Historia marcante porém com seus altos e baixos.
A lógica e escrita desse autor é brilhante ele demonstra ter um conhecimento bem abrangente acerca de governos totalitários, filosofia e o nicho da literatura, ao longo da leitura voce nota algumas citações a outras obras e a outros autores o que enriquece muito o livro. Em alguns capítulos senti ele alojando o caminho pra realmente chegar no auge da história,em outros não vi muito sentido mas nada disso tira o mérito do que a trama quer passar e representa.
Recomendo a leitura para pessoas primeiramente de mente aberta e que sentem duvidas acerca de como é um governo totalitário.

laiscunhaf 16/02/2023

"Ideias são à prova de balas"
Essa HQ foi uma descoberta pra mim, já havia visto ao filme mas não me lembrava do enredo. E relembrar através deste livro foi formidável.

A ambientação da história me agrada muito, pois apesar de ser um mundo distópico para nós, tem muita semelhança com a realidade. E, acho um fator interessante a história tratar de um governo autoritário, e a identidade que o V assume devido a isso. V não é uma pessoa, é uma ideia.

O fim não me desagradou. É o fim que o livro merecia, que o personagem merecia. Chega a ser poético, se não trágico.

Em suma, é uma obra genial com muitos elementos próprios que não se assemelham a nenhuma outra história que eu já tenha lido.

[2023]

marygoore 15/02/2023

A Revolução só começou
Em uma Inglaterra fictícia que se entregou ao fascismo, surge uma figura que se autodetenomina V, e ao longo da história, que ainda é atual, nos é mostrado uma alegoria a batalha entre a autoridade e a resistência.

Bom, minha história com V de Vingança é longa, e começa quando eu tinha 14 anos e vi o filme como recomendação da minha professora de história, foi meu primeiro passo para minha radicalização de esquerda.

Olhando pra trás eu nem sei como eu não acabei virando neoliberal porque o filme ao contrário da HQ dá muitas brechas para a extrema direita se apropriar (até entendo porque o Alan Moore não queria nada com o filme).

Se eu continuar falando sobre o quanto essa história é genial, eu vou nem acabar essa resenha, só peço que se lembrem do 5 de novembro.

Clvb 08/02/2023

A história é muito boa (um tanto diferente do filme), a forma que tudo é abordado é genial. E mesmo que eu não seja muito fã de HQ, a ilustração é tão boa que esse livro foi ótimo de ler.

Gabill 07/02/2023

As ideias não morrem!
O tanto que eu amo essa hq não ta escrito não! É minha leitura obrigatória de todo o ano, essa história é maravilhosa, a ilustração é maravilhosa, é tudo maravilhoso aqui, leiam!

beca ð 25/01/2023

no começo estava tudo bem, tudo ok?
depois ficou MUITO complexo, gostei, daria uma outra chance de ler novamente daqui um tempo.

Denise 23/01/2023

"Ideias são à prova de balas"
Esse quadrinho é crucial, sensível e humano. Uma obra que faz jus ao nosso espírito humano, nossos direitos e às nossas individualidades. A obra soube especialmente tratar esses pontos num cenário futurista (para a época em que o quadrinho foi lançado) de uma Inglaterra fascista, pós Terceiro Guerra Mundial, no século XX. O contexto é meio distópico, mas não tão distante do contexto inglês da época: as maiores figuras do neoliberalismo governaram o país, mais preocupados em manter o sistema de "ordem" funcionando do que tratando dos menos representados naquele governo, das classes baixas da população.
A obra é inebriante, vivaz, na medida em que trata de cada personagem como um ser humano que se digna de ser uma peça, um peão naquele sistema. Assistimos ao assassinato do espírito humano, dos sentimentos, da vivacidade e da excitação humana pelo governo policial fascista inglês. A individualidade e a integridade humana não tinham espaço naquele sistema de ordem imposta, controle e poder. V de Vingança é o relato dos reprimidos, dos diferentes e da crueldade humana em forma de obediência pelos comandos das autoridades (a maior parte dos participantes do governo tinham esse último ponto).
Outro ponto importante é a construção daquele personagem sem identificação, sem forma e sem rosto: V. Ele se nomeava a representação de uma ideia, de uma resistência e da busca pela liberdade. Ele foi um dos únicos a enxergar a prisão em que estava preso, forçado a se comportar, a pensar como o governo impunha. Ele ressuscitava toda a cultura, a arte, os sentimentos, os romances e a autonomia que todos devemos ter de nós mesmos. V é um símbolo e não importa quem está por trás daquela máscara. Entendemos o anarquismo e a sede de liberdade que rodeava qualquer um que percebesse as grades de sua cela naquele governo, no comando daquelas autoridades.
Os personagens mais influentes naquela instituição pregavam uma ideia de pureza, de raça suprema, puramente ideológica e hipócrita, de modo que por trás do véu de autoridade irrefutável haviam infâmias, pedofilia, abusos, violência, obsessão e um culto lunático pelo controle e por uma ideia corrupta de justiça pela força.
Essa obra é obrigatória, esclarecedora e sensível. Não tenho palavras para descrever seu peso, seu retrato da ideologia que nasceu renasceu no século XX e continua perigosamente influente: o fascismo. Então, "Mas minha integridade era mais importante. Isso é egoísmo? Pode não ser muito, mas é tudo o que nos resta aqui. São nossos últimos centímetros, mas neles somos livres".

ekatherinah 23/01/2023

essa HQ não estava nos planos de leitura até que um colega disse que queria ler e eu decidi faser leitura conjunta. Como com qualquer obra de grandiosidade reconhecida às vezes é difícil fazer a leitura e focar na própria experiência por uma ideia de que você precisa elaborar grandes coisas em cima do que leu e se você só ficar de boas na leitura mais superficial, você leu errado ou é idiota. Procurei fazer minha leitura deixando esse peso de lado e focando na minha experiência e depois de um tempo consegui. É um tipo de obra que você consegue aproveitar mesmo sem nenhum repertório, mas quanto mais repertório melhor. E quando digo repertório quero incluir o de vida mesmo, não só de conceitos e autores. A história tem muitos elementos e muita informação o que fez eu me perder com nomes e personagens, mas não acho que atrapalhou no entendimento geral e me fez pensar que releitura vai ser bom em algum momento.

algo que considero ser central durante essa leitura é a reflexão de que V não é um modelo a ser seguido, que V não é um herói, que não é por estar contra um governo fascista (ou uma ideia muito ruim) que vale tudo. Eu li sempre me perguntando isso: tudo bem V fazer x ou y só por estar contra um governo fascista e ter por objetivo dar o pontapé para as pessoas buscarem sua liberdade, que são objetivos que eu concordo a priori? Outro ponto que brilhou para mim durante a leitura foi perceber como ideias e discursos são muito fáceis de serem distorcidos, inclusive ao ponto de irem contra a ideia inicial. Eu estava esperando no final ter a cena icônica igual do filme (que é a única coisa que lembro dele, aliás) e quando não veio eu fiquei "ué?". Mas eu gosto muito do final da HQ, que combina com o tom a história, não personifica e me fez refletir sobre a semelhança com o início do que se tornaria um governo totalitário naquela realidade.

se pararmos para pensar a Evey segue o legado como V, mas ela não tem contato com outras formas de enxergar e lidar com a realidade além da que o V mostra a ela para poder comparar, pensar e decidir. Pareceu muito bonito, mas realmente é algo tão positivo assim? Claro, é uma reflexão para além da história e tudo bem. Uma coisa que achei engraçada foi também que a história não me pareceu trazer uma mensagem lá muito positiva da anarquia para leigos haha'.

enfim, V de Vingança é uma leitura que convida a refletir sobre ideias e ideais, sobre limites ou ausência deles em relação a buscar esses ideais, sobre essas ideias não pertencerem a pessoas e serem legados que se seguem até que se percam e alguém as reencontre. Com certeza é possível desvelar muitas camadas, o que torna a perspectiva de releitura muito pertinente.

Ruiva_Qualquer 17/01/2023

É bom
É livro bom, gostei bastante da meneira que HQ faz a abordagem sobre como as pessoas vivem e viveram em lugares que tem alienação bem complicado e que as pessoas não têm a sua liberdade de expressão e não são incentivadas a terem senso crítico. E que a mudança só possível por meio da revolução!
Porém, não gostei muito do meio até final achei leitura muito cansativa e repetitiva.

Laura 14/01/2023

A narrativa é muito empolgante e bem desenvolvida. Só fiquei um pouco confusa em algumas partes pois tive dificuldade em identificar alguns dos personagens menos relevantes. Espero que assistindo ao filme isso fique um pouco mais claro.

larissards 14/01/2023

V de valeu a leitura
Nesse livro, Guy Fawkes não é um católico que explode o parlamento pra atacar o protestantismo. É um revolucionário que visa a tomada do poder pelo povo. Não há dúvidas de que eu prefiro o Guy Fawkes da graphic novel.

A história é rica e original, não é atoa que a máscara do V se tornou um símbolo no imaginário popular.

A parte mais negativa do livro pra mim é que eu terminei sem saber exatamente quem era quem dos coadjuvantes kkkk não ironicamente os homens do partido são todos iguais. Vou assistir o filme pra ver se isso fica mais claro pra mim.

A narrativa não é nada mastigada e por vezes joga as cenas sem dar a menor satisfação. Cenas aparentemente aleatórias e sem falas. Algumas vezes isso é acertado e outras só faz a leitura perder a fluidez.

Por fim, queria destacar uma das melhores passagens do livro: ?Nossos governantes não ouvem a voz do povo há gerações, Evey. E ela é muito mais alta do que eles se recordam".

Mayara 12/01/2023

Talvez umas das HQs mais famosas, e reaente faz jus a sua fama.
Já conhecia a história devido ao filme baseado na HQ, mas vale cada segundo, a história é incrível, diria que uma mistura das grandes distopias, e as ilustrações são ainda mais fantásticas.

Mammamia 12/01/2023

Quem gostou do filme, é muito provável que goste também da hq. Porém sabia que eles em diversos pontos são diferentes, e particularmente gostei mais do filme do que do livro em si, mas não deixa de ser incrível a obra. O único defeito que vale a pena ressaltar é a arte que em diversos quadros não dá para entender o que se passa na cena, além de que em algumas partes a leitura de torna confusa.

Erick 10/01/2023

IDEIAS SÃO À PROVA DE BALA
Fiz essa releitura do que considero hoje um grande poema, uma obra prima . V de Vingança é uma aula de filosofia política, que te ensina a entender que a sociedade tem pilares que devem ser respeitados e mantidas de pé. Te ensina de maneira sútil o que é fascismo ao dizer que a arte não passa de um conceito abstrato, que as músicas são marchas militares e que a TV é pura propaganda fascista. V de Vingança é também uma história que mostra a trilha que o fascismo percorre, mas também lhe mostra como indentificar e acabar com ela. Todo império se ergue com os tijolos da repressão e da ordem assassina. O fascismo prega o amor pelo seu país de maneira doentia, ele prega os bons e VELHOS costumes de uma grande sociedade, escolhe seus alvos e os perseguem até deixar a nata do que acreditam ser tolerável. Negros, gays, estrangeiros...todos esquecidos e reduzidos à lendas; mulheres submissas e homens presos a estereótipos estúpidos. Codinome V nos ensina como construir uma resistência, expondo a base desse império repressor, indo até a raiz do problema. Mostrando a realidade para o povo, povo até então acomodado e oprimido, agora se vê num símbolo que carrega consigo uma série de atos. O primeiro desses é a consciência, depois a indignação, a resistência e por fim o Caos...não o Caos em sua essência, no sentido feio da palavra, mas organizado, a mais pura Anarquia é o Caos...não para nós, mas para quem tenta nos controlar.