V de Vingança

V de Vingança Alan Moore




Resenhas - V de Vingança


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diesunshine 05/06/2020

Introdução aos HQs
Para todos aqueles que, assim como eu, não tinham o hábito de consumir HQs: eis a entrada perfeita para esse universo!
Bu 05/06/2020minha estante
Realmente excelente, também indico o do inferno, já leu ele também? Saiu pela Veneta.


diesunshine 05/06/2020minha estante
Vou colocar como desejado! Muito obrigada pela indicação!


Bu 05/06/2020minha estante
???




Renato M.P. 19/11/2014

Vida: Este vil cabaré.
Não é a toa que Alan Moore é o maior ganhador do Eisner Awards, e também considerado o maior escritor quadrinista até os dias de hoje. Isso tudo tem uma explicação. Moore consegue não deixar suas histórias datadas ou sequer esquecidas, pois consegue ser atual a cada frase, a cada palavra, tudo faz sentido

V de Vingança é um de seus primeiros trabalhos, e também um de seus primeiros clássicos. Com uma temática e trama envolvente, V de Vingança lhe põe a mercê de um homem que luta pela liberdade de seu povo, sonha por um mundo igual e preza por uma sociedade lutadora. Nos apresenta a V. Embora sua verdadeira face não seja mostrada em nenhum momento da HQ, nós percebemos suas emoções, feições e nos identificamos muito com o personagem, seu ideal é forte e corajoso.

A história é muito bem amarrada, mostra personagens bem característicos, cada um com um drama pessoal bem chamativo. Suas vidas interferem na história, qualquer deslize pode fazer com que a história mude completamente o rumo da história. Cada personagem foi muito bem construído, e cada um, cada um, cada singelo personagem tem um propósito, não estão ali de "bobeira".

Vemos nessa HQ a influência que Moore tem de George Orwell e seu clássico "1984", e também do Nazismo. Vemos em V de Vingança uma sociedade que é vigiada toda a hora, as pessoas são presas dentro de horários para isso e para aquilo, experimentos para aquele, e assim por diante. Moore conseguiu fantasticamente passar para as HQs, o que sentimos em 1984, só que de uma maneira superior, digo mais, mais atrevida.

O desenho de David Lloyd também não é de se reclamar, combina com a história, mas se mostra precária e juvenil, mesmo se botarmos no contexto da época em que foi publicado: 1981. Em muitos momentos nos perdemos em relação aos personagens, principalmente com a mocinha Evey, que possui apenas 16 anos, mas em certos momentos se parece com um homem adulto, com um homem velho e como uma mulher de 30 anos, algo que pode até mesmo confundir qualquer iniciante em HQ's. Mesmo com alguns - poucos - erros, o traço é algo que chama bem a atenção, principalmente no arco final da história. A colorização também é boa, muito sombria, Noir para dar e vender.

Qualquer um que queira começar a ler HQ's pode facilmente começar por V de Vingança; Também é uma HQ inegavél a qualquer um que queira ter uma pequena ou uma grande coleção de clássicos.
Felipe 22/11/2014minha estante
Achei praticamente idêntico a adaptação nos cinemas, agora não sei se fico ou vendo ....


Renato M.P. 23/11/2014minha estante
Felipe: Se quer fazer uma coleção de HQ's eu aconselho você a ficar; Caso queira apenas ter o prazer de ler, eu o aconselho a vender e buscar por outras histórias.




Fabius 16/08/2011

Alan Moore vem sendo considerado o maior roteirista de quadrinhos das últimas décadas, e não é para menos. Sua obra atinge níveis incontestáveis de qualidade e alcance. Os temas que propõe são profundos e indispensáveis. Os personagens, complexos e interessantes, com os quais podemos nos identificar e a quem nos cerca.



Nesta obra distinguimos, estruturalmente, algumas características que são caras ao autor, como o paralelismo (duas coisas distintas ocorrendo ao mesmo tempo e totalmente relacionadas); a sobreposição de diálogos; as referências à literatura, ao cinema, à cultura popular em geral; a transição quase imperceptível entre um capítulo e outro; o uso equilibrado de metáforas, alegorias, imagens; a amarração de todas as pontas soltas, após uma conclusão fenomenal; e, principalmente, a relevância do assunto, que nos faz pensar no macro e no micro, na sociedade - hipócrita, mesquinha e ao mesmo tempo pungente - e em nós mesmos, levando-nos a perguntar que papel desempenhamos nessa mesma sociedade.



A história retrata uma Inglaterra "futurista" tomada pelo totalitarismo, em que liberdades individuais são cerceadas em nome da ordem, da segurança. A imposição de tal regime autoritário ter-se-ia favorecido pelo caos que se seguiu à terceira guerra mundial, aproveitando-se da fragilidade que sempre acomete a sociedade em grandes momentos de crise.



Mas toda ação que mova a balança provoca uma reação que vai trazer equilíbrio novamente. E eis que surge um revolucionário mascarado, um anarquista que se faz conhecer por "V", disposto a mexer com as estruturas dessa sociedade ditatorial, e não deixará pedra sobre pedra...



Enfim, um hino à Liberdade. Não essa "liberdade" que tenta impor nosso irmão imperialista do Norte, mas a verdadeira Liberdade, sem hipocrisias, sem promessas, sem ilusões.



E não há dúvidas de que, ao terminarmos "V de vingança", não seremos mais os mesmos de antes.
Booksmylife 11/04/2022minha estante
Esse não é o livro mencionado em ?a culpa é das estrelas? ?


Isaque71 01/06/2023minha estante
Como clica pra ler ?




Paty 31/08/2020

"[...] É pra gente que não desliga na hora do noticiário" (MOORE, 2018, p.7).
Deveras, não é.

Eu senti o desejo de ler/ter essa HQ (ou graphic novel, como preferir, pra mim é praticamente o mesmo e sim, estou ciente das "diferenças" entre um e outro) por causa do filme. Assisti o filme quando eu era bem novinha, eu não devia ter mais que 12 anos, e eu não entendia, realmente, o que acontecia e as motivações de cada ação. Mas eu amei o filme. Eu senti uma curiosa fixação pela história, pelo personagem, pelas ações e suas respectivas motivações, todas coisas que eu não compreendia; senti-me fascinada por tudo. Eu não entendia nem porquê eu gostei tanto, mas alimentei esse sentimento por anos (ainda alimento) e, então, eu me deparei com a oportunidade de adquirir essa obra de arte, integral (Perdoe a introdução longa, eu precisava contextualizar).

Posso dizer que amei encontrar as cenas do filme nos traços adoravelmente realistas - e, ainda assim, mágicos de alguma forma - de Lloyd. Mas amei ainda mais as diferenças entre um e outro. Sou apaixonada pelo filme e nutro grandessíssimo carinho por ele, e agora nutro um carinho diferente pelos quadrinhos porque nele há coisas que não é possível entender no filme. Eu me senti ensinada, sabe? Aprendi um pouco mais sobre política, aprendi um pouco mais sobre anarquia (e isso não quer dizer que eu sairei por aí explodindo prédios, embora eu tenha vontade), aprendi um pouco mais sobre o que é ser "livre". É uma aula, mas não chega nem perto de ser enfadonha. Não avanço nisso porque não quero dar nenhum spoiler.

Outra coisa que posso dizer é que nessa história a verdade é dita. Não a verdade como eu a percebo, ou como você, que por (des)ventura lê essa resenha, percebe a verdade. Para mim, a verdade tem várias faces, e Moore mostrou a face que ele vê. Isso é incrível, é a parte mais incrível das distopias (sim, eu considero essa obra como sendo distópica). Incrível, porém essencialmente assustadora. Pensar que uma determinada perspectiva negativa está ao alcance das mãos é assustador; uma previsão, se me permite a palavra, que mostra uma realidade cruel que, contudo, está mais próxima que qualquer outra, é assustador. Pode me dar o livro de Lovecraft que for, não vou realmente sentir medo, não vou remoer as criaturas inomináveis do terror antes de dormir. Antes de pregar os olhos, eu vou me assombrar com as mil e uma possibilidades temerárias e horríveis que eu leio em livros distópicos, vou me virar do avesso pensando em como essas obras são tão atuais e como o "depois" pode vir a piorar. É isso que me assusta nessas obras. Obras como V de vingança (Mas é um sustinho saudável, calma).

A terceira coisa que posso dizer é que a arte é incrível, é praticamente impecável. Eu conheço pouquíssimos artistas de quadrinhos, mas como esse é meu primeiro contato com esse tipo de produção na vida, sinto-me justificada. A questão é: não conheço muitos artistas, mas não consigo imaginar essa história com outra arte gráfica. As habilidades de ambos uniram-se muito bem, e não falo só porque o próprio Moore comentou que não existiria V se não fossem os dois trabalhando juntos (essa é uma citação indireta), mas é sobre como eu me senti lendo essa belezinha.

Leia. Leia sim, e sabendo que, mesmo escrito lá na década de 80, ela é mais atual do que parece, mais até do que o filme mostra. A adaptação cinematográfica que fizeram ficou impecável, ficou poética, ficou linda. Teve uma solução (?). O quadrinho já não, pelo menos não como EU esperava que seria. Mas leia sim. Talvez você não goste, a probabilidade não é nula (embora para mim, não gostar dessa obra maravilhosa beire à sandice). Só leia.

Obrigada.
Natália Tomazeli 01/09/2020minha estante
To louca pra ler, amo o filme!


Paty 01/09/2020minha estante
É maravilhoso, sem brincadeira, é top das galáxias! Você não vai se arrepender!




Lucas Lobo 26/08/2021

Ideias são a prova de balas.
Nessa HQ é possível notar influências de 1984 de George Orwell, Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, Fahrenheit 451 de Ray Bradbury e até ideias de Kropotkin. V simboliza o espírito revolucionário que não se curva ao totalitarismo, o ideal que é maior do que pautas individuais. É aquela fagulha que te incita a questionar e a querer transformar os sistemas opressores institucionais, sociais e culturais.

O V é um Justiceiro Anarquista que está na busca por destruir o governo. A forma como ele faz isso é bem interessante.
Ele tem a ajuda da Evey, uma mulher que ele conhece no começo e que se aproxima do V no decorrer da história.

"Você pretendia me matar? Não há carne ou sangue dentro desse manto para morrerem. Há apenas uma ideia. Ideias são a prova de balas."
brunaponce 26/08/2021minha estante
Alan Moore, muito talentoso!


Lucas Lobo 26/08/2021minha estante
Sim, já fez várias obras primas. V de vingança é uma delas.




Well 13/08/2021

"Ideias são a prova de balas"
A história em quadrinhos V de Vingança (V for Vendetta) é uma poderosa e aterradora história sobre a perda de liberdade e cidadania em um mundo totalitário imaginário que evoca, a todo tempo, elementos da nossa própria realidade.
V de Vingança, dos ingleses Alan Moore e David Lloyd, foi publicado em dez edições, de março de 1982 a maio de 1989. Sua publicação ocorreu sob o governo da primeira ministra Margaret Thatcher, marcado por uma política autoritária e conservadora. Tempos em que o próprio Estado disseminava através da mídia o temor de uma guerra nuclear, em um cenário de profundas incertezas sobre o futuro.
Temas como a homossexualidade, ascensão de minorias, poder policial e uma infinidade de assuntos sensíveis à época foram retratados nessa história.
A história se passa em uma Inglaterra do futuro, na década de 90, após uma terceira guerra mundial, assolada pelo caos. Um governo autoritário surge para estabelecer a ordem, através de manipulações políticas e ideológicas de um partido fascista, que caça direitos civis e impõe uma forte censura nos meios de comunicações, reprimindo violentamente os seus opositores.
Assim como na obra de George Orwell, 1984, em V de Vingança o Estado vigia e persegue os cidadãos. Os instrumentos da exceção são variados: toques de recolher, notícias proibidas, censura generalizada, agentes do Estado servindo como ?olhos?, ?ouvidos?, ?narizes? e ?dedos? de um governo fascista controlador. Na propaganda oficial, estampada pelos muros da cidade onde se passa a trama, lê-se o seguinte: ?Força através da pureza; pureza através da fé?. A força do Estado é colocada a serviço de uma só verdade, a verdade do governo. Toda divergência é submetida a um processo violento de purificação. Aqueles que se opunham ao governo eram enviados ao que na história são chamados de campos de readaptação, onde eram interrogados, torturados e serviam de cobaias para experimentos e construção de armas biológicas.
O personagem principal da trama é V, uma figura que se apresenta sempre mascarada, sem que seu verdadeiro nome, gênero ou qualquer característica física sejam revelados. Porém pra todo esse mistério, tem um grande propósito no final.
De todos os personagens de quadradinhos. V, para mim é o melhor de todos.
O fato de não sabermos quem é V é essencial para a trama e o mais fascinante é que apenas pela mídia do quadrinho que é possível colocar este personagem desta maneira, sem definições, um ser completamente misterioso, apenas uma ideia.
Após uma guerra nuclear, Adam Susan, o ditador no enredo, surge como uma esperança de retorno à vida ?normal?. Porém, a partir do momento que o poder soberano está nas mãos do ditador, ele revela seu caráter conservador e autoritário, normalizando a exceção na forma de um Estado totalitário e excludente.
A história está permeada por elementos simbólicos e circunstâncias que fornecem um excelente material de reflexão sobre conceitos políticos: de um lado a composição de um Estado de exceção na forma de um governo autoritário e ditatorial, de outra a luta pela liberdade travada por um anti-herói que não vê outro caminho senão o do terrorismo e o da anarquia.
É dentro dessa crítica explícita ao governo que a imagem de V surge como símbolo de luta contra os Estados e o sistema político.
Bruna.Seno 17/08/2021minha estante
A interação entre V e evey parece uma analogia de uma pessoa que é coptada por uma ideia, que adere a uma causa, tendo em vista que o V, é o símbolo de uma ideia.


Well 18/08/2021minha estante
Concordo completamente com você. Realmente eu não tinha parado para refletir sobre isso.




oficial 17/12/2009

Alan Moore é F@#A
Um pouquinho diferente do filme, mas também é excelente.
Fofao 26/09/2011minha estante
Na realidade o filme é um montão diferente da HQ. É assistivel, mas o original daria pelo menos uma mini serie com 10, 20 episodios, para poder mostrar todas as historias com fidelidade...


Rafael 20/05/2013minha estante
Qualé! Muito superior ao filme.
A única coisa que achei melhor um pouquinho no filme foi o final.




Luiz819 02/06/2020

Uma obra de arte!
Simplesmente genial. Você já viu um quadrinho que possui partitura de música? Pois é....esse é apenas um dos elementos que você encontra nessa obra. Um trabalho de pesquisa e uma história incrível. Recomendo muito a leitura.
Malubukatidus 02/06/2020minha estante
Boa esse é o livro que precisamos indicar para todos nossos amigos do WhatsApp que começaram a flertar com o fascismo


Luiz819 29/06/2020minha estante
Malubukatidus, lembre-se que V não é um liberal. Ele é um anarquista. O anarquismo não é vagamente uma ideia de oposição a um regime totalitário e fascista. A crítica à dominação que o anarquismo desenvolve contra o Estado inclui até mesmo a democracia representativa, que mesmo eleito pela sociedade, caracteriza-se poder de dominação em ordem econômica, a qual pertence ao Estado.




Luciano 11/12/2020

@v, come to brazil
foi uma ótima surpresa. confesso que o enredo me deixou um pouco confuso em alguns momentos e que às vezes foi difícil diferenciar quem era quem entre as personagens secundárias, já que todas me pareceram tão semelhantes (o excesso de sombras me atrapalhou um pouco nesse sentido tbm). mas, apesar dessa confusão toda, eu fiquei com vontade de reler tudo em algum outro momento pra ver se consigo pegar aquilo que não consegui de primeira. recomendo bastante.
Jaqueline 01/01/2021minha estante
Eu também tive dificuldades em diferenciar os personagens secundários, mas pensei que era por ter lido em formato digital. Pretendo futuramente adquirir a versão impressa, pois acredito que seja melhor


Luciano 11/02/2021minha estante
concordo, Jaqueline




Tito 09/10/2010

Anarchy in the UK!
A triunfante Inglaterra transformada na terra do faça-o-que-quiser: ordem vs. caos, segurança vs. liberdade, totalitarismo vs. anarquia.
Um prelúdio, um ensaio dos temas e inquietações que viriam a desaguar na obra-prima "Watchmen".
Suca 12/01/2011minha estante
Eu adoro esse livro.. idem para o filme.




Samuel Simões 30/03/2016

V de Vingança é GENIAL.
Simplesmente um clássico, com diálogos interessantíssimos e uma narrativa surreal. Não preciso dizer mais nada acho, apenas leiam e se divirtam com Alan Moore e com os traços sombreados e noir de David Lloyd.
Shenia.Monteiro 29/08/2016minha estante
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Lanna Victoria 24/12/2014

Alan Moore, o melhor
Olá, formosa dama.
Linda noite, não?
Perdoe-me a interrupção. Talvez a senhorita pretendesse passear… apenas desfrutar a paisagem.
Não importa. Creio que é chegado o momento de termos uma breve conversa.
Aah! Eu me esqueci de que não fomos devidamente apresentados…
Não tenho um nome, mas pode me chamar de “V”.
Madame Justiça… este é V.
V… esta é Madame Justiça.
Olá, Madame Justiça.
“Boa-noite, V.”
Pronto. Agora já nos conhecemos. Para ser sincero, outrora fui admirador seu. Oh, eu sei o que está pensando…
“O pobre rapaz tem uma queda por mim… uma paixão juvenil!”
Perdoe-me, madame, mas não se trata disso.
Eu a admirei por muito tempo… embora sempra à distância. Quando criança, eu a contemplava das ruas lá embaixo.
Indagava a meu pai: “Quem é aquela moça?” e ele respondia: “É a Madame Justiça”. Ao que eu emendava: “Como é bela!”
Por favor, não pense se tratar apenas de atração carnal! Sei que não é esse tipo de mulher. Eu a amava como pessoa, como ideal!
Isso foi há muito tempo. Agora, confesso que há outra…
“O quê? Que vergonha, V! Traindo-me com uma meretriz de lábio pintado e sorriso vulgar!”
Eu, Madame? Permita-me divergir. Foi sua infidelidade que me lançou aos lábios dela.
Ahá! Ficou surpresa, não? Pensou que eu desconhecia suas escapadelas? Ledo engano! Eu sei de tudo!
Na verdade, não me surpreendi quando soube que flertava com um homem de uniforme!
“Uniforme? E-eu não sei do que está falando! Sempre foi você, V… o único em minha…”
Mentirosa! Meretriz! Messalina! Ousa negar que se deixou envolver por ele, suas braçadeiras e botas?
Ah! O gato comeu sua língua?
Foi o que pensei.
Muito bem! Afinal, a verdade se revela. Você não é mais minha justiça. É a dele. Deitou-se com outrem.
Bem, eu posso fazer o mesmo.
“Snif! Snif! Q-quem é ela, V? Como se chama?”
Seu nome é Anarquia. E, como amante, ela me ensinou mais do que você.
Com ela, aprendi que, sem liberdade, não há sentido na justiça. É honesta. Sem promessas, e nem deixa de cumpri-las como você, Jezebel!
Eu vivia me indagando porque você nunca me olhou nos olhos. Agora eu sei.
Assim sendo, adeus, cara dama. Eu estaria entristecido por nossa separação caso ainda fosse a mulher que amei outrora.
Eis um último presente que deixo a seus pés.
As chamas da Liberdade! Que adorável… Quanta justeza, minha preciosa Anarquia…
“Ó Beldade, até hoje eu te desconhecia!”
Robson 15/01/2016minha estante
ate hoje isso é pra mim uma das melhores citações tirada de qualquer lugar, escritor ou livro que seja
enfim, isso acaba definindo tanta coisa, ou o que nos faz tão mais... humanos





dani 26/10/2012

V de Vingança - Alan Moore e David Lloyd
Mais um livro que li para o Desafio Literário, que tem me trazido muitas surpresas boas. E nesse mês não foi diferente, tanto que estou quase sem palavras para descrever V de Vingança, de Alan Moore e David Lloyd: acho que o termo que melhor descreveria esse livro seria “ele pode derreter seu cérebro”. Sim é uma profusão de informações, referências, personagens e política que não há possibilidade de se terminar a leitura sem se sentir extasiado, ou perturbado.
O começo da leitura foi complicado para mim, não pela história, mas pela leitura de uma graphic novel, em que o ritmo é diferente da leitura de romances; mas depois de me acostumar a história flui normalmente e acabou me fisgando até a última página.
Em V de Vingança, Moore trabalha com a construção de uma Londres “futurista” de 1997 (considerando que a história foi publicada originalmente em 1982 e 83) onde um partido fascista está comandando o governo, em que as pessoas são submetidas a vigilância e após os campos de reabilitação (sim uma alusão aos campos de concentração) onde foram presos negros, comunistas, homossexuais, entre outros. Uma Londres reprimida e totalmente controlada.
Neste cenário, surge V, um combatente, um revolucionário, um sobrevivente, que vem trazer a esta Londres uma novo conceito, a anarquia.

Os personagens são apresentados conforme a história se desenvolve, moradores, partidários, funcionários do governo e da polícia e por fim Evey Hammond uma adolescente que é salva por V e que irá aprender a ver o mundo de uma nova forma e se tornará parte fundamental de toda a história.
Moore e Lloyd trabalham esses cenários muito bem, mostrando vários personagens que parecem ser secundários ou que não são relevantes na história, mas todos são parte essencial e intrínseca dos acontecimentos e dos planos de V.
Simplesmente amei, me encantei e ainda há pontos em que sinto que preciso de uma segunda leitura para poder absorver tudo. Recomendo esta graphic novel a todos, uma história cheia de referências e simplesmente completa. Inglaterra triunfa.


Ps: ao ler preste atenção aos detalhes, nada é pequeno ou dispensável.
Ps2: Após ler V de Vingança, quero me aprofundar mais em graphic novels, já tenho uma lista das próximas que quero ler.

“Lembrem, lembrem do cinco de novembro. Que traição, que artimanha. Por isso, não há por que esquecer uma traição tamanha.”p. 16

“Eu sou o demônio e vim realizar uma missão demoníaca” p. 62

http://olhosderessaca25.blogspot.com.br/2012/10/v-de-vinganca-alan-moore-e-david-lloyd.html
Ana 30/05/2013minha estante
No livro ele diz a frase "ideias são a prova de balas"?




@bibliotecagrimoria 25/06/2020

Perfeito
Há tempos queria ler essa obra que, como a maioria, conheci anos atrás através do filme de mesmo nome.
A leitura foi uma das melhores que fiz esse ano. Os conceitos trabalhados, os personagens, as situações, tudo mais. Uma leitura que que te faz ter alterações de humor intensas, da revolta à esperança. Um protagonista cativante que é, antes de tudo, um artista, uma figura inspiradora, de fato. A revolução de V (nome do personagem) é um ato não só político, mas cultural, artístico e, mesmo que através do uso da violência, belo.
No entanto, um questionamento surge na medida em que lemos a obra: Esse cara está certo de fazer o que está fazendo? É cabível a um único ser humano se proclamar o guia da sociedade rumo ao que acredita ser o melhor caminho para a liberdade?
Leitura e . 25/06/2020minha estante
Oii... Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Guilherme 13/03/2020

Alguns personagens interessantes e a arte é bem bonita, mas essa obra não me impressionou tanto quanto Watchmen e Do Inferno. Os quadros de texto que explicam exatamente o que esta acontecendo me cansaram enormemente e a defesa da anarquia não me despertou simpatia ou mesmo apatia.
Brisa 31/10/2020minha estante
Eu me senti mais ou menos assim com a obra. E achei V muito pretensioso, rs.




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