Resenhas - 1Q84

Gabi 19/06/2022

"O sentimento crônico de impotência destrói a pessoa."
Existe um eu antes de ler esse livro e existe um depois. É simplesmente incrível. Os diálogos, a sincronicidade do enredo, a criatividade com que os temas casam. E os personagens? São geniais, me identifiquei com quase todos. Eu ameiiii, leiam e descubram.

JoAo.Belos 02/03/2020

O livro começa devagar. Ao longo da trama, as coisas vão sendo reveladas como um quebra-cabeça.

Juh 26/05/2021

Meu Deus que livro!!!
"Quando se faz algo incomum, as cenas cotidianas se tornam um pouco diferentes do normal. Mas não se deixe enganar pelas aparências. A realidade é sempre única."
Acompanharemos o ponto de vista de Aomame e Tengo,nessa falha temporal do ano de 1984, além de vários outros personagens únicos.
Que livro único, foi uma jornada incrível de fazer, em nenhum momento o livro me deixou entediada, e sim muito instigada a encontrar respostas para o que estava acontecendo. Nem tudo foi respondido, o que me deixa mais ansiosa para ler o resto da trilogia. Uma obra maravilhosa!

Simi 04/07/2023

Como explicar?
Esse livro foi uma releitura e é simplesmente uma doidera.

Quando li da primeira
vez eu não tinha absorvido tanto quanto essa releitura.

Um ponto que me incomoda é quando o escrito sexualiza as personagens que são menores de idade.

Outro aspecto sem nexo a história é Aomame ter pensamentos sobre a aventura sexual que teve com a amiga (???). Não sei como será nos outros livros, mas atribuir esse tipo de vivência a uma personagem hetero que continuará sendo hetero não faz muito sentido para mim.

Uma questão abordada foi o possível abuso de crianças pela seita. Quero saber como esse tópico vai se desenrolar nos outros livros.

No geral a história é interessante. Todo esse mundo distorcido, as duas luas, quem é o povo pequenino.

Apenas pontos pequenos que me deixaram com o pé atrás nesta releitura.

Maria V 23/10/2023

Depois do show de horrores que vivi em Kafta a Beira Mar, chegou a hora de ler 1q84. Li esse livro por dois motivos: 1° eu já tinha ele mesmo, 2° o Murakami é um autor muito aclamado e achei que devia dar uma nova chance aos seus livros.

1q84 tem uma premissa muito boa e instigante, mas demora muito para a história começar e quando começa o livro acaba. No final temos um livro super introdutório sobre o que virá a ser uma trilogia sobre universos paralelos. É o tipo de situação que pode fazer o livro ser mega exaustivo para algumas pessoas.

E se por um lado ele enrola para falar do tema principal, ele não mede esforços para colocar cenas de sexo na história. Chega um ponto que as cenas pareciam ser gratuitas, quase como uma fantasia obsessiva do autor. Muitas vezes eu ficava me perguntando ?tá, mas por que isso tá aqui??. E isso era muito mais recorrente com as personagens femininas dele que podemos definir como hipersexualizadas e com profundidade de um pires.

Gostaria muito de entender mais sobre os universos paralelos, mas acho que vou ter que pesquisar um resumo no Google, porque não dá para continuar essa série.

Isabel.Boing 06/10/2020

Não sei o que pensar na verdade
Pra começar eu adorei o jeito que o autor escreve, a forma com que ele descreve as coisas é incrível (apesar de algumas descrições terem sido longas demais). Não entendi toda essa proposta de o livro falar de situações importantes de violência doméstica e estupro mas também sexualizar TANTO do corpo das mulheres a ponto de ter uma descrição dos seios de alguém a cada capítulo, e pra mim isso não fez sentido.
Em parte isso me chateia porque gostei demais do enredo e dos personagens (inclusive penso em ler o segundo volume), mas teria ficado muito mais satisfeita se o livro talvez não tivesse tanto essas partes.

Ana Paula 20/08/2020

1Q84 é o primeiro de 3 volumes escrito por Haruki Murakami, e intercala a história de dois personagens: Tengo e Aomame. Em um primeiro momento acredita-se que são personagens independentes, mas no decorrer das páginas, percebe-se que em alguma hora eles vão se topar.
Tengo é professor de matemática e escritor. Aomame é matadora profissional. Ambos moram em Tóquio.
O livro tem esse nome porque em algum momento Aomame sai do mundo em que vive, 1984, e vai para um mundo paralelo, que ela chama de 1Q84.
Tengo aceita o trabalho de reescrever um romance de uma menina de 17 anos para concorrer a um prêmio literário e acaba se envolvendo em uma situação mais complicada do que gostaria.
É um livro bem diferente, com informações totalmente aleatórias, mas não deixa de ser interessante. A construção dos dois personagens é muito rica, e foi o que mais gostei de tudo.

Rafael 16/01/2022

Abandono com alegria ao terminar o primeiro livro
Cuidado, a resenha contém tópicos sensíveis e expressões apresentadas no livro.

Agora entendo o motivo pelo qual o livro é sinalizado em alguns países como +18. Eis um livro que conseguiu me deixar extremamente incomodado. Primeiro contato que tenho com o autor e fico com uma mancha do mesmo.

Em 1Q84 temos as histórias de Aomame e Tengo, distintas, mas que aos poucos vão se entrelaçando. Com uma construção de enredo inicial maravilhosa, os quatro primeiros capítulos do livro criaram uma ambientação que eu não queria largar a estória até finalizar.

Aomame é uma assassina profissional e logo no primeiro capítulo começa a notar mudanças ocorrendo em seu mundo, o que sugere a existência de uma dupla realidade. Em outra perspectiva, acompanhamos a história de Tengo, professor de matemática e escritor que fica responsável por reescrever a obra Crisálida de Ar de Fukaeri, adolescente de 17 anos, que sofre com problemas que vão sendo apresentados no decorrer dos capítulos (não falo dos problemas pois podem envolver spoilers).

Partindo dessa premissa, teríamos um livro maravilhoso, certo? Errado. Muito errado.
Logo percebi que não era bem o que eu imaginava e comecei a me incomodar e muito com o livro.

Inicio com a objetificação das mulheres. A obra retrata todas as personagens femininas de uma forma desnecessária. Tudo acaba se resumindo aos seios e a erotização das mesmas. As relações entre Aomame e a policial Ayumi, por exemplo, reforçam o estereótipo de que homens sentem prazer ao imaginar/ver relações sexuais entre mulheres, tanto que há passagens que descrevem o que as personagens fizeram na relação, mas tudo sob efeito de álcool. Mas, o autor gosta de reforçar que nenhuma das personagens tem “tendência” ao lesbianismo:
“Saiba que, se você fosse feminista ou lésbica, eu não me importaria. Seria o de menos. Mas pra ser sincera, isso me deixa mais à vontade. Você me entende?”
Ou
“-Ah, não se preocupe. Eu não tenho inclinação para esse outro lado.” (diálogo entre Ayumi e Aomame).

Essa erotização também acontece com a personagem adolescente Fukaeri, justamente a personagem que passou por traumas de abusos sexuais. Ao mesmo tempo em que Tengo se preocupa com Fukaeri (“Quem realmente me preocupa é Fukaeri. Ela é só uma menina de dezessete anos”), ele também sugere à Fukaeri, em outra passagem:
- É, ir vestida como hoje, no dia da coletiva.
- Porquê?
- Porque fica bem em você. Minha intuição diz que, se você deixar à mostra os belos contornos dos seus seios, os repórteres, mesmo sem querer, não conseguirão tirar os olhos deles

Enquanto isso, os homens são pouco descritos em suas características, mas tem sempre a associação à um pênis grande para satisfazer os desejos sexuais. Isso me leva a outro ponto. A desnecessidade de certas passagens, a exemplo de:

“Queria segurar firmemente o pênis a ponto de bloquear sua circulação sanguínea e, com a outra mão, massagear carinhosamente os testículos”.

Ou ainda:

“Aomame se lembrou da noite anterior. Ela ainda sentia um leve resquício da penetração anal.”

Qual a relevância desses detalhes para a evolução da história? O tamanho do documento vai mudar o final do personagem? Seria algo que eu ignoraria, mas literalmente em cada página tem uma conotação sexual. Os diálogos como esses, repetitivos e cansativos, também empobrecem a construção da trama.

Esses problemas conseguiram tirar totalmente meu foco da estória principal, fazendo eu não me importar com o que estava acontecendo ao redor. Eu não consegui me apegar aos personagens. Há uma misoginia velada, há a irrelevância de certos problemas, há a menosprezo de sentimentos. O plot twist aparece, mas não a ponto de me fazer querer continuar a trilogia.

Leva uma estrela por ter me prendido no começo da história. Uma pena. Não recomendo a leitura.

Letícia 30/01/2022

Quer ler algo que dê um nó na sua mente e a cada leitura vc fique duvidando da sua sanidade mental? Leia 1Q84.

Não é pouco bom, é muito bom! Só pelo primeiro volume, vc nota que irá se apaixonar pelo livro e o resultado não é diferente. A construção da história e dos personagens é absurda de boa. O autor traz em detalhes a vida de cada personagem e mesmo com as repetições, não é algo tedioso. O único fator que, com certeza, irá ser um problema e é bem chato é o fato de como ele apresenta a personagem Fukaeri. Tá certo que ela tem total relevância na narrativa, mas as partes em que ele descreve o corpo dela pelos olhos do Tengo, é nojento. Partes essas que são totalmente dispensáveis pra narrativa e que não agregam em nada.

Fora esse pormenor, o livro é muito bom, os personagens são extremamente bem elaborados e retratados, fora as dezenas de referências que ele apresenta ao longo do livro. Enfim, nota 4/5.

Mel ð¯ 04/02/2024

Nessa história, uma distorção de 1984, somos inseridos em uma misteriosa trama alternadamente protagonizada por um professor de matemática e escritor e uma tutora de artes marciais e assassina de aluguel. Enquanto vemos tomar forma a história, tentamos compreender qual a relação entre essas duas personagens e o livro editado pelo professor.
Estranhei a escrita complexa, bem diferente dos suspenses que estou acostumada, o que tornou o texto difícil para mim, pouco fluido, e encontrei exaustivas repetições de ideias enquanto lia. Fiquei curiosa para saber o final da trama, mas ao mesmo tempo, fiquei desmotivada pela narrativa.

Tulio.Gama 27/02/2022

Uma longa e envolvente introdução
Eu já sabia que se tratava de um primeiro volume de uma trilogia. Já sabia, assim, que a história não terminaria ali. Só não sabia (ou ao menos não esperava) que se tratava, em termos de construção narrativa, de um primeiro ato da história. Ou seja, ainda que tenha mistérios intrigantes e situações interessantes, não traz uma história completa. Tudo que se é apresentado neste livro 1 ainda não está explicado. Nem mesmo como as duas linhas narrativas se conectam. Muitos mistérios, nenhuma resposta. Portanto, ainda sem recompensa, a não ser a escrita elegante. Livro 2, estou chegando.

Joao 18/05/2024

Murakami te prende em uma sucessão de mistérios que se confundem com o clima surrealista dos livros dele. Ao mesmo tempo em que ele vai mostrando e contando por sucessivas vezes a rotina do dia a dia dos protagonistas, ele vai te envolvendo e te prendendo. mas fica uma sensação realmente de que o que vale é a jornada e não chegar ao seu destino, o que pode frustrar muita gente.

O livro termina e muitas perguntas ficam sem resposta. Acho que o prazer de ler fica pela prosa do Murakami. Sempre que eu leio fico com uma estranha sensação de estar dentro da história, como eu não sinto em outros livros.

Já li os outros livros e a sensação que tive com esse primeiro se manteve.

Franciely 09/05/2013

*_*
Esse livro maldito que me deixou ansiosíssima e morrendo de vontade de ler a continuação (que na época ainda não havia sido lançada em português)!!!!!!!!!!!!

A edição da Alfaguara é muito boa, não fica marcada a lombada depois de ler. Ouvi que o trabalho de tradução em cima desse livro foi muito bem feito, com os editores usando, inclusive, as traduções do espanhol para comparação.
A leitura foi uma grande surpresa. Eu não imaginava que esse autor escrevesse de forma tão fácil e fluida e que o livro pudesse ser devorado sem que tivesse grandes choques culturais.

Os capítulos se dividem em Tengo e Aomame, as personagens principais vão se intercalando deixando sempre aquela "quebra" no final do capítulo, pois você fica com vontade de continuar a história de um, mas o próximo capítulo fala é do outro. Isso é muito legal porque a sensação que se tem com a leitura é que se está vendo um palco grande e que as cortinas desse palco vão se abrindo, mas não começa pelo meio e sim pelas extremidades, até elas se encontrarem no centro de tudo.

Altamente recomendado. Leitura adulta.

JúFillol 27/12/2013

Introdução do mundo paralelo de 1Q84
Na verdade acho isso mais uma opinião estritamente pessoal que uma resenha, mas... lá vai...
Sou apaixonada por 1984 de Orwel, portanto não pude deixar de esperar associações ou as próprias citações que ocorrem no livro (inclusive, o que mais achei foram citações e um pouco daquele clima de insegurança constante nos dois).

Achei a história mto boa! Bem escrita, personagens estruturados que vão se mostrando qto mais a leitura flui.
É um tipo de livro que mostra um mundo novo, real ou não, coisas que beiram a "lunatic" things...tempo onde coisas estranhas acontecem e coisas mudam...

Não consegui parar de ler! Senti no livro inteiro aquela curiosidade em que temos que correr para não perder nada e chegar ao clímax... e isso ocorreu no livro inteiro! Acho que o livro inteiro foi o clímax. Mas, ao msm tempo que várias coisas aconteceram, fica a sensação de quero mais pq nada de mais realmente aconteceu.

Não vejo a hora de ir para o segundo round! Só tenho medo, da forma como o autor escreve,de nadar e nadar e morrer na praia...

judrsch 22/06/2022

a trilogia de milhões
simplesmente uma das melhores trilogias que já li. sem explicação pra tudo que senti lendo esses livros e a conexão que criei com os personagens. não poderia recomendar mais!!!!