1Q84

1Q84 Haruki Murakami




Resenhas - 1Q84


323 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Isys3 21/04/2023

O absurdo do real
1Q84 do escritor japonês Haruki Murakami é um romance em que a possibilidade de resumir sobre o que o livro realmente se trata é bem baixa. A obra é uma coletânea de eventos interligados por fio, um fio invisível. Ainda que possa parecer complicado de entender, o autor costura as histórias de uma maneira calma e sútil. Como se tivesse praticado crochê durante a vida, assim como a escrita. Para os que gostam de psicanálise, a história tem um Q freudiano claro desde seu início, não se pode afirmar que Murakami leu Freud, mas certamente Freud leria Murakami. O papel da mãe, a importância da família na construção do ser social, a psique dos sujeitos e o mal-estar em sociedade são apresentados em Tokio na década de 80.

A estrutura é interessante, o livro alterna a vida e rotina de dois personagens em capítulos. Em algum momento a escolha dessas duas exatas pessoas, naquele exato ano, com aquelas circunstâncias e determinada sequência de eventos vão se interligar. Não que a história deixe isso claro, parece que é a última coisa que o autor deseja responder liricamente. Ainda assim, se torna impossível não pensar como Anomame e Tengo estão relacionados. Não que a história seja apenas sobre eles, no entanto são esses dois mundos, cheio de complexidade, que vão se expandindo.

“A embalagem se torna o próprio conteúdo” é uma frase de 1Q84 inspirada no Filósofo, Marshall McLuhan e, ajuda entender um pouco de como Murakami vê sua escrita. Em seu jeito escrever, as palavras funcionam como embalagens, ilustrativas e ao acaso, ao mesmo tempo, são elemento essencial do conteúdo. Então, toda palavra, toda data, toda estação, todo detalhe podem, e provavelmente tem, um lugar e um por quê. Outra coisa que se aprende no livro, é “esteja atento aos detalhes”, além da história o autor também está falando com o leitor.

Quando se lê um livro de outra cultura, a obra se torna um exercício de imaginar, não somente a história, mas também a moral daquela sociedade, seus valores, estrutura social, a geografia das cidades, a maneira de pensar. Em certo momento alguém viaja até as montanhas, e o que se estranha e incomoda é o silencio e o barulho dos pássaros. Como observador, sendo alguém que mora em Tokio faz todo sentido. O livro combina erotismo e tensão ao longo de todo livro, esse erotismo é ambíguo, conflituoso e lento. Homens com complexo de édipo desistiriam da leitura no segundo capítulo, ou será que seguiriam para suprir a fantasia?

Murakami conta a história de um livro e se torna um metalivro; pessoalmente metalinguagem sempre foi a minha figura de linguagem preferida. O elemento tsempre colocar o leitor em contato com os processos feitos. Crisálida de ar é a história dentro da história, pouco a pouco vamos sabendo sobre ela e seus impactos na realidade. O livro é capaz de te fazer sentir enjoo em alguns momentos, então respirar e absorver por um tempo é necessário. Por mais que o livro deixe muitas perguntas em aberto e isso segue até o fim dele, a curiosidade autor que o autor monta é ímpar. Para os amantes de suspense, ficção e distopias, 1Q84 é uma leitura nada obvia e nada comum, é um orgasmo literário com algumas frustrações platônicas.
Vanessa luttigards 21/04/2023minha estante
Que g******




Camila 07/04/2023

Uma história detalhada, longa e um pouco confusa neste primeiro volume da trilogia.
Aomame e Tengo tem suas vidas narradas, de forma não cronológica, em capítulos paralelos. Assim conhecemos o professor que quer ser escritor e se envolve numa armação para promover uma história escrita por uma adolescente desconhecida. E a instrutora que segue numa atividade paralela nada convencional.
A narrativa se passa na década de 80, no Japão. Pode ser por isso que alguns assuntos parecem datados e tratados de forma preconceituosa. Ainda assim, o livro prende e a cada capítulo, a curiosidade e a surpresa nos prendem a continuar.
É importante dizer que o primeiro volume é o início somente, alguns vários fios continuam soltos.
comentários(0)comente



Dany 05/03/2023

1Q84
Comecei a ler 1Q84 sem saber do que se tratava. O ebook estava barato, o autor sempre muito bem comentado e por isso resolvi conhecer a escrita dele por essa trilogia - que na verdade é apenas uma história completa de mais de 1000 páginas.

Confesso que o começo da leitura foi empolgante. Na metade pensei em abandonar porque não estava entendendo por qual caminho ia seguir. Porém, continuei lendo aos pouquinhos e conclui o livro 1 cheia de dúvidas e com perguntas que espere que sejam respondidas nos próximos livros.

A história é uma distopia que contém também um mistério/suspense, contanto com dois protagonistas: Tengo e Aomame.

As partes da Aomame foi a que mais chamou minha atenção. Simpatizei logo com ela, e a medida que ia revelando mais informações sobre ela, mas eu queria saber.

Já o Tengo, me foi indiferente. Ainda não decidi se gosto ou não dele.

Um dos pontos que me desanimaram é que as tem muitas informações demais. Detalhes da vida dos protagonistas bem esmiuçado. O que me causava a impressão da história não andar. Porém, entendo que foi necessário para construir toda o universo e contexto da história.

Finalizo esse livro 1 ainda com uma interrogação se gosto ou não da história. Confesso que estou um pouco curiosa para saber como tudo vai se desenrolar.
B.norte 05/03/2023minha estante
Na torcida para que você continue lendo! ?




Thalita234 04/03/2023

Um começo promissor
Quando vi o título 1Q84 tinha certeza absoluta que era uma cópia japonesa do clássico 1984 do George Orwell, quebrei a cara com gosto, não que exista ausência de similaridade entre as obras(o livro é até citado pelos personagens mais de uma vez), mas aqui é usada mais como inspiração do que referência. A história é contada a partir de dois pontos de vista centrais Tengo e Aomame e a contrução de personagem que o autor faz aqui é impecável, a história dos dois no presente só vai se "entrelaçar" lá para o final mas em nenhum momento a história perde o ritmo ou fica maçante. A única reclamação é que algumas vezes o autor soa repetitivo narrando alguns episódios que são transformadores para os personagens, o leitor médio não tem memória de peixe. Já vi gente falando que o último livro da trilogia é decepcionante mas fica difícil desistir de terminar depois de um começo tão competente.
comentários(0)comente



Sara Vitoria 27/02/2023

Realismo mágico contemporâneo
Meu primeiro livro do Murakami e com certeza que não será o último. Realismo mágico se tornou o meu gênero favorito depois que eu li "cem anos de solidão", e já tinha ouvido falar desse autor, mas não sei, sentia que não ia ser pra mim, mas fico feliz por estar errada. Esse livro me fez sentir um misto de sentimentos que eu não esperava. Achei uma história original, com personagens bem desenvolvimentos e cheia de nuances,incluindo referências literárias. A trama é permeada de mistérios e cenas de violência, mesclada por uma escrita que traz elementos mágicos, que foi onde me ganhou. Me conectei muito com a Aomame, e me identifiquei com ela( o que não queria), mas o Tengo não consegui engolir, e mesmo não gostando dele e de diversas opiniões e cenas nesse livro, a escrita do Murakami me fez ficar imersiva na história o tempo todo. Nas primeiras páginas já consegui identificar o porquê de ser um autor tão recomendado e falado mundialmente, porque achei talento puro. O final é abrupto e fiquei totalmente instigada para continuar, e já quero terminar a trilogia, Recomendo muito.
comentários(0)comente



Luan 21/02/2023

Murakami é...
Eu queria muito economizar a paciência do meu leitor e resenhar 1Q84 com apenas três palavras: Murakami é foda.

Terminaria aqui. Eu estaria satisfeito. Mas acho que isso não convenceria muita gente, nem a mim mesmo. Eu tenho que me obrigar a pôr mais palavras aqui, mais adjetivos, mais verbos, só para satisfazer minha vontade de exaltar esse livro. Ele merece muito mais do que tenho a oferecer, já que ele me deu muito mais do que eu esperava.

Comecei a ler 1Q84 sem saber do que se tratava a história. No escuro mesmo. Só sabia que ele era elogiado. Diziam que o autor era incrível.

E é verdade. Murakami é muito hábil com as palavras. Coincidentemente, Tengo, um dos protagonistas, é também um escritor habilidoso. E esse tipo de metalinguagem só funciona quando ela é verdadeira. Sabemos que Tengo é bom porque Murakami é bom.

Mas por que ele é bom? Essa é parte complicada. Em geral, é muito difícil um escritor reconhecer a qualidade da própria escrita. Eu, como escritor, não consigo. Eu tenho consciência que sou capaz de colocar palavras uma atrás das outras e dar a elas um sentido. Mas o que tornar isso... bom?

Alguns podem dizer que é a fluidez. Outros, que é o sentimento exprimido. Claro, a gramática e o domínio da linguagem são essenciais. Um pintor não é um pintor se ele não sabe misturar tintas. Mas o que torna um pintor bom é mais que o domínio do pincel. É identidade de sua arte.

Todo mundo pode aprender a pintar; qualquer um pode escrever. Até um robô, hoje, é capaz de pintar e escrever. Mas o que torna um autor bom, a meu ver, é sua capacidade de transmitir sentimentos de um jeito único. Isso é: eu não só coloco palavras uma atrás das outras, eu faço isso do meu jeito.

Escrever bem, portanto, é dominar a linguagem e... conhecer a si mesmo. Difícil, né?
Acho que foi por isso que amei tanto 1Q84 (parte I). Tá, a história é incrível. É cheia de mistério, paralelos fantásticos, diálogos inteligentes, personagens duvidosos e um escritor sem vergonha de seus vícios (a gente entendeu que você gosta de peitos, seu japonês safado). Mas o que eu gostei mesmo nesse livro foi a ousadia do autor em colocar espelhos em todas as páginas: ele não só está brincando com a realidade, multiplicando-a infinitamente, mas nos obrigando a olharmos nossos reflexos à procura da nossa própria, e única, identidade.

Murakami é foda
comentários(0)comente



Gabriel2709 16/02/2023

Acho que 1Q84 é um livro que vou ficar pensando por um tempo ainda. A escrita do Murakami é muito boa e acho engraçado ele sempre colocar um hábito exagerado nos personagens (pelo menos nos 2 livros que eu li dele). Primeiro temos o protagonista sem nome de Caçando Carneiros e sua namorada, também sem nome, que a cada, sei lá, 5 páginas ficam fumando. Ai agora temos o Tengo e a Aomame que a cada 5 página estão transando com alguém. É engraçado, mas um pouco chato de se ler às vezes.

Enfim, a história é muito boa e ela vai se interligando de uma maneira bem interessante. Estou curioso pra ler o desenrolar dessa história nos próximos 2 livros, que tenho certeza que vão ser tão bom quanto, ou melhor, já que o Murakami é um ótimo escritor.
comentários(0)comente



Isabely 13/02/2023

Simplesmente algo.
Apenas sei que no próximo livro vai ser fogo no parquinho, e preciso ver esse incêndio!

murakami é tão descritivo que chega dar uma vergonha alheia (principalmente com mulheres..
comentários(0)comente



haruurane 10/02/2023

Caramba, simplesmente um dos melhores romances que já pude ler! o início apesar de necessário, é extremamente maçante, parece que a leitura não flui, mas em compensação, o restante te pega de um jeito! a profundida entre os personagens, seus passados e principalmente toda a história por trás da crisálida de ar. confesso que tengo e fukaeri são meus favoritos até agora, personalidades distintas que se completam perfeitamente numa equipe.
comentários(0)comente



eduarda2470 29/01/2023

1Q84
Finalizei o primeiro livro e já estou ansiosa pra começar o próximo! É uma história confusa e complicada mas ao mesmo tempo você consegue entender o que está acontecendo e isso só o Murakami consegue fazer!!!
comentários(0)comente



Desirre2 13/01/2023

Eu queria muito ser a Aomame e usar seu armamento
Essa obra é muito gostosa de ler e envolvente. É um perfeito realismo fantástico, cheio de mistérios no qual espero ter respostas - ou não - nas próximas obras.
comentários(0)comente



brunakrg 07/01/2023

Bom
Livro bom. Desenvolvimento um tanto lento e umas frases problemáticas, mas Murakami escreve como ninguém. Ansiosa pra ler o segundo volume.
comentários(0)comente



Marina516 07/01/2023

O pouco foco do homem insaciável
Haruki Murakami escreve bem. Muito bem. Seus diálogos controem personagens distintos e extremamente bem desenvolvidos, até de mais. O primeiro livro é exclusivo para o desenvolvimento de Aomame e Tengo (e sinceramente, o foco excessivo na vida sexual deles me incomodou (principalmente nos seios de Aomame que são incansavelmente descritos pelo autor).
Apesar disso, o livro tem um história interessantissima (que me contaram as más linguas é aprofundada apenas no segundo volume da trilogia) me gerando um desejo de continuar a leitura.
Infelizmente, senti que o livro deixou um pouco a desejar no enredo (que ainda tem muito para contar).
comentários(0)comente



Pietra 29/12/2022

Li o livro faz o tempo por recomendação, demorei a vir fazer uma resenha. Acredito que isso me deu mais tempo para entender o que é essa história e do que se trata. Impossível dar uma opinião sobre imediatamente após ler ele, ainda mais se tratando de trilogia. É um livro de ritmo lento, quase tortuoso e mórbido, o que penso combinar ainda mais com a atmosfera meio do livro. É um suco de uma parte liberal, mas que há de se tirar boas coisas e uma história aliciante.
comentários(0)comente



323 encontrados | exibindo 61 a 76
5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 |