Guilherme Ramos 31/03/2018
Poderia ser melhor elaborado, mas, ainda assim indico
Uma história que começa muito bem elaborada, um trama super envolvente, mas, que vai perdendo força no decorrer até suas últimas páginas.
O livro gêmeas conta a história de duas irmãs que foram covardemente separadas no parto, porém o destino, a vida em seu desenvolver vai encaminhando um possível encontro entre as irmãs. O livro é grande embora a escrita não seja complexa. A meu ver a autora não soube dar liga a história, percebemos claramente que a história é narrada com certa pressa, tudo acontece rápido demais; talvez fosse estratégia para não acrescentar mais páginas ao livro e se tornar uma leitura cansativa, no entanto acredito que essa história poderia ser resumida em menor número de páginas e sem redundância. Sim, por mais que os acontecimentos são narrados com muita pressa, mesmo assim o livro ainda ficou longo e cheio de redundâncias, por vezes me senti incomodado com os possíveis encontros de Suzana e Beatriz, todos se deparavam com elas, uma ouvia falar da outra e nada acontecia. Beatriz demora a atinar, a ligar as coisas. Outro ponto que intrigou é que os personagens “se esbarravam” propositalmente, se encontravam propositalmente para ver a semelhança entre as meninas e quando essas os encontravam em outros lugares não se lembravam deles... Ficou repetitivo e sem nexo. Outro ponto fraco do livro é não ter dado um “fim” digno para René na história. Eu podia jurar que ele se tornaria um advogado exemplar e vingaria Suzane contra seu tio Cosme, mas, deixou a desejar, René ficou como coitado...
O livro aborda temas interessantes como, tráfico de bebês, ação e reação, perdão, destino, reconciliação, ambição, amor e paixão.
Não é um livro ruim embora os pequenos deslizes aqui citados, recomendo, pois é uma leitura distrativa. Não contém muitos ensinamentos de cunho espiritual, mas, provoca reflexão, já imaginou ser separado de seu irmão gêmeo ao nascer? Ser separado da sua família logo ao nascer? E se você descobrisse agora que sua família não é exatamente sua família? O que sentiria? Como reagiria? Perdoaria? Fica a reflexão...