Resenhas - Os Desejos da Bela Adormecida

Adriana 11/03/2013

Diferente
Como é uma leitura que não gosto, que não tenho a maior afinidade, não me sinto confortável para fazer uma resenha.
Estou lendo a trilogia porque sou fã a ANNE RICE e me senti na obrigação de ler uma obra que não tem nada haver com os temas habituais dela, mas como boa escritora que é torna um assunto enfadonho como sodomia em algo possível de ler.
Acredito que para quem gosto do tema, é uma boa estoria

Barbara 25/03/2013

Os Desejos de Bela Adormecida
Vou ser bem sincera, nunca tinha lido um livro que tratasse o sadomasoquismo de maneira tão explicita, pois bem, achei terrível, descobri que definitivamente não é minha área de leitura.

Tentei optar por uma autora que já havia conhecido por outras obras (Crônicas Vampirescas), mas nem assim achei que valeu a pena.

O livro é bem escrito e nós poupa de palavrões e palavras grosseiras, mas em compensação em se tratando de maneiras de tortura esta de parabéns, infelizmente sou muito sensível a isso, o que não favoreceu a leitura.

Definitivamente que queria um Mr. Gray para si, depois de ler este livro, vai pensar duas vezes, antes de querer encarar um sadomasoquista.


PS: Nada contra esta pratica tá galera, respeito todos os tipos de opinião e gostos diferentes do meu, mas como disse acima, não é minha praia.

Kettiene 04/05/2024

PQ EU LI ISSO?
Cara, n tenho palavras pra descrever a sensação horrível q foi ler isso, não sei se foi a tradução mas tava muito mal escrito, erros horríveis de continuidade e sentido tbm vei, machista e sádico e todo mundo acha isso super normal e essa tonta, burra, anta, acéfala aceita TD calada, 🤬 #$%!& bela, chegou num ponto q parei de ter pena dela e passei a ter raiva, merece TD oq sofreu, tmnc, eu não esperava isso da Anne Rice, eu sou apaixonada pelo filme entrevista com o vampiro e gostei muito da série tbm e queria ler a saga crônicas vampiresca mas depois desse livro eu fiquei com todos os pés atrás, tô simplesmente traumatizada. N recomendo nem pra quem gosta de hot pesado, BDSM, existe coisa melhor, achei mal escrito, péssimos diálogos, sentido zero, personagens detestáveis é criação de mundo vaga e rasa.

ReLepage 05/05/2013

decepcionante
Adoro Anne Rice, mas essa trilogia é muito ruim. Repetitiva e chatinha, embora seja muuuito melhor que os 50 tons.

Jacy Coelho 04/07/2013

Desafio Hot 2013 (junho)
Um livro desconfortável. Não tenho outro adjetivo melhor para esse livro.

O livro começa justamente quando o príncipe atravessa a floresta de espinhos e encontra Bela adormecida junto com seu reino. Só que ele não desperta Bela com um beijo cálido e apaixonado. Ele estupra Bela. E em troca de ter despertado o reino, o príncipe reclama Bela pra sí.

O que vem a partir daí é uma sequência de humilhações difícil de entender e aceitar, inclusive porque é tudo descrito de um modo bem cru, como se fosse algo normal.

Aqui, eu preciso dizer que não encontrei nada da Anne Rice na obra. Os personagens são rasos, coisa que não acontece em outros livros, onde os personagens são tão apaixonantes que, aconteça o que acontecer, você termina a leitura por amor à eles. Aqui, a Bela não me motivou a leitura, na verdade só continuei por duas razões- primeiro, por ser Anne Rice e pela quase certeza que ela não ia decepcionar e segundo porque eu queria entender qual a razão de tanta degradação.

Uma coisa interessante, é que nossa leitura evolui junto com a personagem. No começo, estamos tão ignorantes quanto ela. Eu, particularmente me revoltei com o tratamento que o príncipe dá a Bela e de porque ninguém faz nada a respeito, nem mesmo seus próprios pais. Quando Bela chega ao castelo do príncipe e é inserida no contexto, nós também somos, e começamos a entender. E junto com Bela, começamos a aceitar.

Sim aceitar, porque depois de um tempo, ler as torturas pelas quais Bela é obrigada a passar deixa de ser tão chocante. Ai a gente enxerga uma grande escritora inserindo o leitor aos poucos na realidade que ela criou. E porque, apesar de parecer, a nudez presente no livro poderia ser gratuita, mas não é. Até mesmo quando quando um outro personagem, o príncipe Alexi, começa a contar sua história parece sem ter nem pra quê, apenas para 'encher' o livro, mas depois entendi que a história dele é importante pra compreensão de tudo, pois até então só conhecemos a visão de Bela.

Eu ainda não entendi muito bem o motivo de tanta humilhação. Talvez nos outros dois livros eu encontre a resposta. As vezes parece uma lição de moral, mas acho precipitado.

Se você se interessar, leia sem nenhum preconceito e não espere por um livro erótico. Na verdade achei o título 'trilogia erótica' bem inadequado. O que menos tem é romance e cenas de sexo (quase nem aparecem) e o BDSM é usado como prova de poder e crueldade, não de sensualidade.

É um livro que não agrada a todos, mas eu recomendo.

site: http://blogmundodetinta.blogspot.com.br/search/label/desafio%20Hot%202013

Ale 10/07/2013

O livro é bom e morri de ódio ao chegar no final e perceber que preciso continuar lendo a segunda parte, mas entretanto a apelação sexual e uma possível falta de imaginação deixaram muito a desejar. Sexo e violência, sexo com violência não é muito a minha praia. Foi o primeiro romance erótico que li e percebi que gostei muito do desenrolar do enredo mais do que a descrição de cada situação, acho que esse tipo de livro não me atrai.

Claire 05/08/2013

Decepcionante.
Livro raso com personagens superficiais, diálogos sem sentido e um prolongamento exaustivo do mesmo tema, sem aprofundar em nada tanto a estória quanto o desenvolvimento dos personagens. Foi péssimo.

Roberta 18/09/2013

Degradante.
Decepção total, achei que se tratava de algo totalmente diferente;no primeiro capitulo tive vontade de abandonar, porém não é algo que tenho o costume de fazer, até mesmo porque pra se ter uma opinião, deve-se saber do que se está falando, então me dignei a ler, na minha humilde opinião os livros degradam a imagem do ser humano em si, não se trata de sadomasoquismo, é simplesmente submeter alguém a uma humilhação sem limites e torturas físicas e psicológicas, está longe de ser algo que me agrade. Me refiro a esta obra (a trilogia toda), não conheço outros trabalhos da autora, então em relação a isso não posso me pronunciar.

Karina 24/09/2013

Sem sentido mas intrigante.
Quem é fã de Anne Rice e a conheceu por suas obras vampirescas ficará sem fôlego e não será no bom sentido do termo. Sem fôlego e sem sentido foram as minhas reações durante a luta para ler este livro. Se você, leitor de Anne Rice buscar encontrar nesta triologia, a autora das crônicas vampirescas, um aviso: não busque.
Se há um única semelhança entre estes textos é a genialidade de Rice em desconstruir o que sabemos, ou esperamos ou desejamos sobre a Bela Adormecida e mais propriamente, sobre o sexo.
A construção de um mundo onde o ato sexual é uma atividade comum, constante e não necessariamente semelhante ao nosso é um exercício frio e cru. Ouvi de muitas pessoas que conhecem esta obra que ela é sem sentido e sem enredo e até certo ponto não é erótica.
Eu mesma precisei buscar e pesquisar sobre a obra num momento em que planejei parar de lê-la.
As práticas sexuais e a forma como elas se dão são amorais demais para a nossa vida em sociedade. Esqueça tudo que já leu sobre sexualidade, Anne Rice oferece uma viagem sem volta para momentos profundos de cruel reflexão sobre quais são os desejos da Bela Adormecida.
Ah, mais uma recomendação, só devem ler esta obra quem já percorreu um certo caminho na construção de sua própria sexualidade e está muito certo de suas escolhas ou convicções. Esta obra pode ser um insulto se sua mente for fechada a novas possibilidades!

Cristalie 09/10/2013

Uma fanfic erótica da Bela Adormecida...
Esse livro (apesar de inicialmente não parecer) é muito distante da realidade. Há um reino onde a rainha e sua corte são todos sádicos sedentos por dor e humilhação alheia, onde não existe nada além dos jogos de dominação e submissão. Lá são aprisionados diversos principes e princesas, que são levados cativos e só sairão quando estiverem “preparados”. Com a Bela não foi diferente, ela foi despertada por um príncipe e levada por ele. Já no caminho para a corte, ela sofre agressões e humilhações e deve ser submissa ao príncipe, como se ele fosse dono dela. E quando se acha que ele é o pior vilão e já há muita crueldade, sempre há algo mais doloroso e mais humilhante.
Sinceramente, essa estória me pareceu muito com uma Fanfic. Não se faz o menor esforço para que os elementos pareçam verídicos, como as pessoas que são espancadas frequentemente e seus corpos quase nunca sangram, eles tambem estão sempre com tesão, apesar de tanto sofrimento e dor, e como eles nuncam pensam em fugir e os familiares nunca se rebelam, aceitando aquilo naturalmente. A escrita não parece profissional, soa como uma garota querendo ser dominada, rascunhando seus pensamentos eróticos, além de haver um monólogo que durou mais de 100 páginas! Monólogo este que transformou Bela numa masoquista sem limites.

Anna CMS 27/12/2013

A TRILOGIA BELA ADORMECIDA DE ANNE RICE
Imagine uma pequena coqueteleira de prata nas mãos de um hábil bartender. Nela, ele adiciona três elementos para uma surpreendente e explosiva mistura. Um – a essência verdadeira da BDSM. Dois – as bíblicas Sodoma e Gomorra. E o terceiro, mas não menos importante – o surrealismo cômico e psicodélico dos filmes históricos de Fellini da década de 70, tratando-se, no entanto da Idade Média.
Pois essa mistura existe e foi Anne Rice, sob o pseudônimo de A. N. Roquelaure, o genial bartender responsável por este coquetel, capaz de agradar a tantos paladares.
Trata-se de uma trilogia composta pelas obras Os desejos da Bela Adormecida, A punição da Bela Adormecida e A libertação da Bela Adormecida; que apesar de separadas – uma vez que o termo trilogia sempre parece mais elegante – são muito mais partes integrantes, volumes separados de uma narrativa concisa e que poderia facilmente ser unificada. E a prova disso é que a segunda parte, em seu início, possui um resumo dos fatos narrados no primeiro e o terceiro livro, possui os dois primeiros também sintetizados em seu começo.
Em Os desejos da Bela Adormecida, Rice utiliza um conhecido conto de fadas para localizar e contextualizar sua história em dezenove capítulos, e a encantadora lenda amplamente conhecida por crianças do mundo todo, em que uma belíssima princesa – e todo seu reino – sofrem uma maldição de dormir profunda e eternamente após ela espetar seu dedinho no fuso de uma roca de fiar, até que um valoroso príncipe a despertasse com um doce beijo de amor verdadeiro; transforma-se na aventura BDSM da princesa Bela.
Assim, ao invés do inocente beijo de amor verdadeiro temos um príncipe herdeiro que a desperta rasgando-lhe as roupas e a inocência da virgindade e declarando-se seu senhor. E ao invés de levá-la ao seu reino para desposá-la e “viverem felizes para sempre”, ele a transforma em escrava sexual no palácio de sua mãe, a Rainha Eleanor, onde muitos príncipes e princesas de vários reinos são oferecidos como tributos à poderosa rainha a fim de tornarem-se escravos por um tempo pré-determinado e acordado, tendo como objetivo o burilamento pela disciplina e pelo sofrimento, que os faria mais fortes e valorosos, antes de retornarem aos compromissos de seus reinos.
Entretanto, as tormentas da jovem princesa Bela começam antes mesmo dela chegar ao reino de seu príncipe salvador e primeiro dominador, e a narrativa em terceira pessoa torna-se surpreendentemente vicária e pessoal, quando a autora convida o leitor a acompanhar a jornada de transformação na psique da princesa.
Ela inicia neste primeiro livro com o medo do desconhecido, a repulsa, o ultraje e indignação com a humilhação imposta à Bela em seu terrível treinamento de Bondage e Disciplina. Custa ao leitor compreender no que tanta exposição e punição injustificada podem tornar alguém melhor e mais valoroso.
Uma vez no palácio da rainha, a curiosidade da princesa conduz à trama envolvente, e outros personagens e situações unem-se a história, enriquecendo este mundo de sensualidade e violação irracionais. Lá ela conhece, se encanta e deseja o jovem e belo príncipe-escravo Alexi, que logo se revela num complicado triângulo amoroso com Bela e o príncipe herdeiro – que curiosamente é o único que não recebe um nome próprio da autora. E, depois passa pelo teste da inusitada Senda dos Arreios, na qual deve provar seu valor de escrava à cruel e fria rainha.
A partir deste episódio a princesa começa a mostrar traços de uma conformada humilhação ou uma angustiada resignação, e a diferença sutil entre o conformar-se e o resignar-se acenam como cerne da primeira efetiva transformação psíquica de Bela.
Estes dois termos, embora possam parecer sinonímicos em primeira análise teórica, guardam entre si uma tênue diferença prática. Conformado seria aquele escravo que aceita seu destino e desígnios de seus senhores, mas em seu íntimo esconde uma rebeldia latente e inata, ao passo que o escravo resignado é aquele que aceitando seu destino e desígnios de seus senhores, encontra prazer íntimo em agradá-los.
O que comprova esta dualidade na obra é o doce e angustiante encontro ilícito entre Bela e Alexi, no qual o príncipe-escravo faz uma longa, e por que não reconhecer, enfastiante narrativa em primeira pessoa, contando à Bela sua história como escravo. Contudo, a longa narrativa é necessária para deixar explícito ao leitor que Alexi é o símbolo da conformação com a escravidão e Bela é o símbolo da resignação.
E é com esta primeira mudança na psique da princesa que termina o primeiro livro. Ela, em que sua curiosidade e encantamento por outro lindo príncipe-escravo, – o príncipe Tristan – busca por vontade própria, a pior de todas as degradações para os escravos do castelo: ser vendida no leilão da Vila.
O modo de vida medieval europeu, bem como as roupas – ou a humilhação da ausência delas –, as pessoas e os costumes da época são descritos pela autora de forma tão simples e trivial, que fica muito fácil ao leitor passar do ambiente da corte para rudeza da burguesia e dos vassalos na Vila, cujo mais humilde serviçal ainda estaria em situação hierárquica superior aos infelizes príncipes e princesas escravizados, e o leitor naturalmente se vê no segundo livro, quase como se ele não fosse uma obra a parte, e sim um seguimento, uma continuação do desfecho no primeiro, pois a narrativa é retomada exatamente do mesmo ponto.
Entretanto, em A punição da Bela Adormecida ela conhece novos e ricos personagens. O primeiro e mais importante é o próprio príncipe Tristan, que ao contrário do que o leitor pode imaginar, não desaparece da trama ao ser vendido para outro senhor, diferente da princesa Bela. Tristan ganha seus próprios capítulos de narrativa em primeira pessoa, que contrastam da narrativa em terceira pessoa onisciente do ponto de vista deBela.
Apesar de A punição da Bela Adormecida entitular a obra de vinte e oito capítulos, a princesa parece não encontrar punição em nenhum deles.
Se no primeiro livro, a princesa resigna-se com sua situação de escrava e brinquedo sexual da corte, treinando e desenvolvendo Bondage e Disciplina; no segundo, ela depara-se com o desafio inicial de tornar-se uma escrava rebelde – no qual as reflexões de Tristan traçam um importante paralelo –, mas descobre os irresistíveis prazeres lascivos no sofrimento dos duros castigos da Vila.
Bela é comprada pela dona de uma estalagem, a implacável Senhora Lockley, e descobre no seu mais importante hóspede, o viril e maduro Capitão da Guarda, o dominador sensual que fará dela uma submissa de fato.
O inominável príncipe-herdeiro, com sua inexperiente paixonite jovem e pueril, estava esquecido. O doce e terno príncipe Alexi, com seu lírico arroubo de amor por ela e pela rainha ao mesmo tempo, também estava definitivamente arquivado na memória da princesa.
No primeiro encontro a sós com o Capitão, Bela o reconhece como seu mestre e senhor, submetendo-se subserviente a todas as suas ordens, às quais obedece alegremente; encontrando prazer inclusive nas suas chibatadas e nas punições de sua verdadeira senhora, a dona da estalagem – com quem também troca prazeres e recebe castigos.
É este segundo livro que aproxima a trilogia das pecaminosas cidades de Sodoma e Gomorra descritas no Antigo Testamento. A devassidão cruel e desavergonhada com que os escravos são tratados, e com a qual se comprazem, remete o leitor a essa interpretação medieval. E em mera pesquisa, é possível encontrar o motivo de a autora ter escolhido especificamente este conto de fadas – de A Bela Adormecida – para adaptar sua história; pois o termo “Sodoma e Gomorra” aplicam-se por extensão às cinco cidades-estado do Vale de Sidim, no Mar Morto, das quais uma delas chama-se Bela.
Neste detalhe reside o genial simbolismo de Rice. Nossa protagonista encontra ali, na rude luxúria da Vila, sua verdadeira face de submissa e seu gosto pelo sadomasoquismo.
Ela já não se sente mais tão desconfortável pela nudez permanente, fica clara sua impressão de normalidade frente ao cotidiano da Vila, como se fizesse parte dele; citando inclusive, uma breve e frívola referência ao termo e conceito de reencarnação.
Bela é violada, sodomizada, possuída e castigada de muitas formas por seus senhores – o capitão e a dona da estalagem. Oferecida como prêmio aos soldados, para que a possuíssem e a usassem ao seu bel prazer, perante toda a estalagem lotada de clientela à noite.
Porém, ela nunca se sentiu mais livre.
O que soa quase como uma piada, um trocadilho cômico e paradoxal ao título da obra. Ou seja, onde está a punição?...
É claro que ainda há o medo pela incerteza e pelo abandono da servidão, mas o castigo deixa de ter o tom ultrajante para ela e o leitor se depara menos indignado com ele e mais atraído pela sensualidade das diversas situações eróticas descritas pela autora.
Tristan, no entanto, faz o contraponto. Seu sofrimento na Vila é extremamente superior a princípio, e o escravo é furtivamente dividido pelos seus senhores, dois irmãos da mais rica burguesia da Vila: Nicolas e Julia. Numa pequena e discreta competição inicial entre eles pelo amor de Tristan, este acaba se entregando aos carinhos de seu senhor numa tórrida paixão homossexual, apesar do fascínio carnal com a princesa Bela.
Quando tudo parecia encontrar seu curso natural para estes intrigantes personagens, uma surpreendente reviravolta acontece, e alguns dos valiosos e lindos escravos da rainha são seqüestrados da Vila e levados a força para um longínquo sultanato árabe.
Assim Bela termina o segundo livro presa numa gaiola dourada no porão de um navio, angustiada não só pelo seu terrível e incógnito destino, mas também pela certeza de que apesar de ter passado por tantos senhores, ainda não havia encontrado o amor, de fato.
É neste contexto que surge um novo príncipe à história.
O príncipe Laurent era um dos escravos seqüestrados e compartilhava com Bela, Tristan e outros o degredo para as novas terras. Ele era um escravo fugitivo da rainha que acabara de ser capturado, quando os salteadores atacaram a Vila, e sua original beleza, alma intrépida e corpo viril e descomunal logo chamam a atenção da selvagem princesinha.
Dá-se início desta forma, o terceiro livro desta trilogia: A libertação da Bela Adormecida.
Com vinte e três capítulos que se revezam entre a narrativa, ainda em terceira pessoa onisciente do ponto de vista da princesa Bela, e a narrativa em primeira pessoa agora do príncipe Laurent.
Dos três livros, talvez este seja o menos envolvente. Não pelas aventuras dos escravos em terras árabes, ou pela suntuosidade das descrições detalhadas do palácio do sultão e seus rituais. Aparentemente, o problema esteja no contraste causado pela leitura dos três seguidamente.
A narrativa de Laurent é tão marcante e extensa quanto à de Bela e somente no final o leitor compreende a importância dele na história. Assim, enquanto Laurent passa de escravo submisso a poderoso dominador, num tempestuoso e passional triângulo com Tristan e Lexius – o mordomo do sultão e responsável pelos escravos –; Bela torna-se de bom grado o brinquedinho sexual das mulheres do harém do sultão, tendo uma importante voyeuse como expectadora: a misteriosa sultana Inanna.
É entre esta pungente personagem e a princesa Bela que se dá o ponto alto de todo o livro. Neste encontro romântico a princesinha ensina à sofrida sultana as diferentes formas de prazeres carnais, que lhe têm sido cruelmente negadas.
A fugaz relação entre Inanna e Bela, a despeito de seu caráter lésbico, parece ser a parte de toda a trilogia capaz de agradar aos olhares feministas mais radicais, que tomados de revolta, possam se esquecer que esta história num todo, apesar de atemporal em muitos aspectos, se passa na distante Idade Média; muito antes das geniais reflexões de Simone de Beauvoir. E, além disso, deixa uma marca indelével no coração e na psique de nossa doce princesa protagonista, que logo depois dela é levada à força novamente, de volta para a Europa.
Ainda marcada por Inanna, Bela logo se entrega aos cuidados de seu senhor e mestre, o Capitão da Guarda, que visivelmente apaixonado lidera a sua missão de “salvamento”. Porém, quando este não estava por perto, e na escuridão do porão do navio, Bela também se rendia aos encantos do brutal e atraente Laurent, que vivia sua própria crise de identidade, sem saber se preferia ser submisso ou dominador dos belos e fortes Tristan e Lexius, ao mesmo tempo em que lutava por não amá-los profundamente, e descrevia o sofrimento de Tristan com seu destino.
Bela, no entanto, não queria ser salva. Assim como todos os outros resgatados.
E nisto, consiste mais uma vez a grande piada da autora com o título da obra, pois em seu suposto cativeiro a princesa Bela era absolutamente livre e plena de sua sexualidade, mesmo quando apanhava por caprichosa punição. E, apesar disso, uma vez que o navio aporta em águas européias, ela se vê imediatamente liberta pela rainha Eleanor, e exortada a retornar ao reino de seu pai com riquezas e vestes refinadas e virginais.
Desesperada, Bela tenta se rebelar contra esta verdadeira prisão, mas sendo inútil lutar, despede-se de um arrasado Laurent, que julgado pela rainha, é levado junto com Tristan aos estábulos da Vila, numa punição renovadora para ambos.
Entretanto, Anne Rice conduz sua empolgante história para um doce, bem-aventurado e divertido clímax, levando o leitor a descobrir o desfecho de seus apaixonantes personagens principais, com um toque de emoção e agradável surpresa.

Karen 03/01/2014

Depois do felizes para sempre da Bela Adormecida
Eu achei muito estranho o livro… ele é um erótico diferente do que estou acostumada.
Não há distinção de gênero para o sexo, o desejo e a submissão.
Há um reino, que está sobre todos os outros, deste reino o principe acorda Bela, e a toma como sua escrava sexual, pois ele ao beijar Bela acordou o reino todo que dormia por 100 anos graças a sua maldição, mas antes de acordá-la, ele a despe, rasgando suas roupas e a possui, tira sua virgindade antes mesmo de beijá-la.
Após acordar com o Rei, ele leva Bela, sempre nua. Ele a leva para seu reino para treiná-la juntos com os outros escravos sexuais do reino. O que são esses escravos… principes e princesas de outros reinos que são enviados normalmente como tributo a raínha Eleanor, onde eles são "dados"a lordes e ladys para treinarem sua submissão e humildade.
Bela no reino encontra todos esses principes e princesas nus como ela, submetidos a tarefas como simples valetes e damas de companhias, mas sempre submetidos à dor, eles sempre estão com as nádegas vermelhas e os homens com os pênis eretos, e são sempre molestados, testados, tentados e punidos mesmo sem terem feito nada de errado.
Bela conhece o prrincipe Alexi, o preferido da rainha, e não consegue esquecê-lo… O que desperta o ciume do seu amo Principe. A rainha tbm não tem estado feliz com a atenção e dedicação que o seu filho tem dado a nova escrava Bela, e a coloca numa competição chamada de Senda dos Arreios, e a Lady Julianna que está encantada com Bela, se oferece para conduzí-la no lugar do Principe. Na senda Bela sai perfeitamente bem, e encanta a rainha Eleanor, a qual decide levá-la para seus aposentos por uma noite…
Nessa especifica noite, Bela agrada a rainha, e após ela dormir, seu escravo preferido, que está encantado por Bela tbm, a solta enquanto todos dormem, e a leva para um quarto bem escuro onde eles tomam tempo para se amarem por muito tempo onde o Principe Alexi conta a Bela todo seu sofrimento desde que chegou ao reino, e ele incentiva Bela a manter uma posição submissa como é esperada para ela não sofrer mais.
Após voltar o seu principe, Bela tem se comportado como exemplo, até ela ver o principe Tristan, escravo do Lord Stephan, primo do seu Principe mestre. Ele será mandado à Vila pelo verão, como castigo pelas suas desobediências… E na noite deste dia, Bela tenta fugir, a qual é capturada para tbm ser enviada à vila… onde eles serão tratados só como escravos.
É um livro muito peculiar, que não agrada ao fãs do novo estilo New Adult.

Carla Martins 01/07/2014

Pra quem tem estômago!
Mais em: http://leituramaisqueobrigatoria.blogspot.com.br/

Confesso que esse livro me assustou. Depois de ler a trilogia 50 Tons, viciei peguei gosto por romances eróticos e fiz uma pequena grande lista de livros que queria ler. Já tinha lido que a trilogia da Bela Adormecida era bem pesada, que dava uma sensação ruim em alguns momentos e que muita gente abandonou no meio. Curiosa ao extremo que sou, aí mesmo que fiquei com vontade de ler. Eis que, uns dias depois, surge uma promoção de livros na loja virtual do Ponto Frio (oi? O que o Ponto Frio tem a ver com livros? Pois é, tem a ver e vive em promoção! Corre lá!) e me deparo com essa trilogia com um precinho ótimo! Mais rápido que o The Flash, comprei!

E lá fui eu ler a história de Bela Adormecida na versão adulta-cheia-de-humilhação-como-escrava-sexual. Gente, para tudo!!! Que livro pesado, meldels! Essa trilogia, definitivamente, não é para os fracos. Eu me senti mal por ela e por alguns outros personagens em várias passagens do livro, mas continuei firme e forte. Realmente ser escrava sexual, apanhar pra caramba e ter que fazer absolutamente "de um tudo" com todo tipo de gente é meio tenso. Mas, a louca de pedra até que curtia sobreviveu.

Tudo começa com um príncipe beijando a Bela, que está adormecida há 100 anos, como na história tradicional. Só que, além de nunca ter sido beijada e despertada depois da maldição, Bela continua virgem. O príncipe beija e aproveita para fazer mais alguns "favores" à princesa, tornando-a, portanto, sua escrava sexual e levando-a para seu reino, onde rola uma verdadeira suruba generalizada e a sexualidade da galera é elevada a níveis surreais.

Não dá para falar muito mais sem começar a escrever spoilers, então, se você ficou curioso e não tem estômago fraco, vai em frente! Eu fiquei um pouco enojada com o primeiro livro, mas depois fui pegando o ritmo e até achei os livros 2 e 3 bem bons. A trilogia vai melhorando, não sei se pelo desenrolar dos fatos ou pelo leitor já estar mais familiarizado com sexo degradante, com zero de romantismo e bem sádico.

Já terminei a trilogia e, em breve, posto as resenhas dos dois outros livros. :)

Vitor 18/07/2014

Um Choque extremo
É exatamente assim que vejo este livro. Não pretendo escrever demais sobre essa obra, já que eu nem teria estômago para tanto... Sinceramente não sei como Anne Rice foi capaz de chegar a este ponto. Sempre ouvi dizer que Rice revisou o mito da Bela Adormecida, explorando a imagem erótica da obra. No meu ver, ela pegou uma personagem clássica, e a travestiu em sua roupagem mais feia possível...

Vamos aos fatos: Bela é desperta do sono pelo Principe Herdeiro sem nome, vindo de um reino que tem a tradição de escravizar principes e princesas de reinos menores; durante o tempo de servidão, cujo objetivo é torná-los regentes justos e integros, ensinando-lhes o verdadeiro significado de servidão, estes devem abandonar a si mesmos e serem o que seus senhores quiserem. Bela é praticamente obrigada a acompanhar o principe, e seu pai aceita plenamente(dando a entender que ele também ja passou por esse triste destino). Daí seguem-se paginas e mais paginas dos atos mais horrendos de perversão e humilhação, sem que a questão de tornar Bela uma rainha nobre seja lembrada. O que vale é servir seu senhor. Ao chegar no castelo do Principe, Bela conhece inúmeros outros principes/princesas-escravos, que NUNCA se rebelam, NUNCA pensam em fugir(citam alguns que tentaram, foram capturados e vistos como párias) e que ADORAM ser espancados e violentados o tempo inteiro. A ideia de abandonar a si mesmo é assimilada com uma rapidez impressionante por NOBRES!
Interessante como um simples banho e massagem com óleos apaga as marcas de chicotadas, como ninguém fica doente, como a pele dos escravos NUNCA se fere após rastejarem num piso de pedra, como as escravas não engravidam mesmo sendo violentadas inúmeras vezes diariamente...

E assim prosseguimos até o fim do livro, que não possui um final conclusivo(na verdade a história segue por mais dois livros que eu espero nunca sequer ver na frente). A ideia de que se pode encontrar prazer na dor é interessante sim. O paradoxo, que é o foco do livro, existe sim. Tudo isso poderia ter dado certo se o ser humano não tivesse sido reduzido a um objeto sexual. Se o desejo da carne não fosse superior a absolutamente TUDO, na visão da autora. Se a pessoa humana fosse respeitada

Juh 15/05/2015

Desconcertante
Dizem que, realmente, o conto original da Bela adormecida é meio tenso... mas não sei o quanto este livro é fiel ao conto. Ainda assim, custa-me crer que existe alguém no mundo que ache este livro algo proximo do interessante e excitante... pq pra mim só inspirou angústia e nojo. Acho que Anne Rice poderia ter mantido esse livro sob o pseudônimo que tava tudo bem, tudo legal.

Não gosto de abandonar livros... mas esse não deu. Quem sabe em outra oportunidade.