Leandro | @obibliofilo_ 31/05/2012
http:\\www.leandro-de-lira.com\
A capa do livro por si só, já me chamou a atenção. É praticamente impossível deixar esse livro de lado por muito tempo. Eu sempre tive curiosidade em saber como era o dia-a-dia de crianças que possuíam distúrbios psicóticas. E nesse livro há vários capítulos falando sobre elas e eu adorei!
"Em uma noite quente de verão, em um bairro de classe média de Boston, um crime inimaginável foi cometido: quatro membros da mesma família foram brutalmente assassinados. O pai — e possível suspeito — agora está internado na UTI de um hospital, entre a vida e a morte. Seria um caso de assassinato seguido por tentativa de suicídio? Ou algo pior? D. D. Warren, investigadora veterana do departamento de polícia, tem certeza de uma coisa: há mais elementos neste caso do que indica o exame preliminar. Danielle Burton é uma sobrevivente, uma enfermeira dedicada cujo propósito na vida é ajudar crianças internadas na ala psiquiátrica de um hospital. Mas ela ainda é assombrada por uma tragédia familiar que destruiu sua vida no passado. Quase 25 anos depois do ocorrido, quando D. D. Warren e seu parceiro aparecem no hospital, Danielle imediatamente percebe: vai acontecer tudo de novo. Victoria Oliver, uma dedicada mãe de família, tem dificuldades para lembrar exatamente o que é ter uma vida normal. Mas fará qualquer coisa para garantir que seu filho consiga ter uma infância tranquila. Ela o amará, independentemente do que aconteça. Irá protegê-lo e lhe dar carinho. Mesmo que a ameaça venha de dentro da sua própria casa. Na obra de suspense mais emocionante de Lisa Gardner, autora best-seller do The New York Times, a vida dessa três mulheres se desdobra e se conecta de maneiras inesperadas. Pecados do passado são revelados e segredos assustadores mostram a força que os laços de família podem ter. Às vezes, os crimes mais devastadores são aqueles que acontecem mais perto de nós."
Aos nove anos de idade, Joana viu seu pai matar toda a sua família e em seguida se matar. Ela jamais esqueceu os acontecimentos daquela fatídica noite. Porém, não se recorda dos motivos que levaram seu pai a cometer aquela chacina. Ela foi a única sobrevivente. Aos trinta e quatro anos de idade, ela ainda não consegue esquecer tudo aquilo. E a cada dia, sofre com a perda de toda a sua família. E para aplacar um pouco sua tristeza, ela trabalha como enfermeira — incansavelmente — em um hospital na ala de psiquiatria-pediátrica.
D. D. Warren — uma investigadora durona, que não se conforma até resolver qualquer caso em que esteja investigando. E eis que surge um caso para ser investigado: Uma família pobre é completamente alvejada e que tem um filho psicótico — conhecido como Ozzy. A principal suspeita de D. D. é de que o pai assassinou toda a família.
E eis também que surge a melhor personagem da história — Victoria. Os capítulos narrados por ela são os melhores — em minha opinião. Conseguia me deixar tenso e curioso, para o que poderia acontecer em seguida. Ela teve que abrir mão da sua família — sua filha Chelsea e seu marido Michael — para cuidar exclusivamente do seu filho Evan — que apenas tem oito anos de idade e é completamente violento.
"- Vou mata-la no meio da noite. Mas vou te acordar primeiro. Eu quero que você saiba.
Estendo os comprimidos novamente.
- Você trancou a gaveta das facas – cantarola ele. – Você trancou a gaveta das facas. Mas será que escondeu todas as facas? Será, será, será?"
Como eu citei anteriormente, eu amei os capítulos em que mostrava os terríveis momentos entre Victoria e seu filho, pelo fato de parecer bastante real — e eu acredito que existam crianças como o Evan. Ele consegue ser muito violento e realmente impressionar quem está lendo. A Victoria é um exemplo de mães que — mesmo sofrendo a cada dia — não desistem dos seus filhos. Sobre a Chelsea, eu entendi o drama dela e até mesmo da Victoria. Porque não foi fácil ter que deixar sua filhar morar com seu ex-marido, para cuidar do seu filho que é completamente doente psicologicamente.
Os capítulos são alternados e outros assassinatos vão surgindo no decorrer da trama. A leitura flui naturalmente — apesar de que alguns capítulos narrados pela D. D. foram um pouco cansativos. Mas nada que atrapalhe demais. E sobre o assassino, eu descobri rapidamente. Então, não fiquei surpreso no momento em que ele foi descoberto.
"Viverei com mais luz no coração. Vou continuar a trabalhar com crianças doentes. E vou me apaixonar por um homem realmente bom. Eu sou a única sobrevivente, e sobrevivi para contar esta história."
No cômputo geral, o livro é muito bom! Um suspense interessante e muito bem escrito. A autora soube criar uma trama inteligente, onde conseguiu ligar a vários outros assuntos que permeiam a nossa sociedade atual, mas que geralmente não percebemos. Eu adorei a escrita dela e espero que a Novo Conceito publique os outros livros da série — já que este é o quarto livro.
Recomendo!