Adriana 17/07/2012Um livro estranho! Uma definição sucinta de O Substituto poderia abranger apenas esta frase. Com um protagonista estranho, uma história estranha e uma capa estranha, nenhum adjetivo define melhor esta obra. E reparem que eu disse estranho, não ruim. Na verdade a capa macabra foi o que logo me chamou a atenção para este que é o meu décimo Debut do ano.
Brenna Yovanoff conseguiu inovar totalmente em seu livro de estréia, apresentando Mackie, um mocinho extremamente “exótico” (não posso ficar repetindo estranho eternamente aqui né?!!).
Ele mora em Gentry, uma cidade que lembra demais Gatlin. Pacata, sombria e muito desconfiada de tudo que possa parecer anormal, Gentry e seus cidadãos fingem que está tudo bem mesmo sabendo que a cada sete anos um bebê é levado de sua família e, no lugar, resta apenas um monstrinho bizarro e doente que logo morre.
Isso foi o que aconteceu com Mackie. O protagonista que conhecemos é chamado por este nome, mas na verdade é uma das criaturas deixadas para substituir um bebê humano.
Ele foi criado com amor e carinho, mas sua família sempre deixou clara a importância de se manter o mais invisível e normal possível. Portanto, ele sempre viveu tentando passar despercebido, um desafio que está ficando cada vez mais difícil a medida que suas estranhas alergias e outras esquisitices começam a aumentar.
Em meio a tudo isso, para agravar ainda mais a situação, a irmã de Tate, colega de Mackie na escola, acaba morrendo, mas o garoto sabe que há algo de muito errado com a “criatura” que foi enterrada no lugar da verdadeira garota e que há chances de que a bebê ainda esteja viva.
Em meio a um mar de YA books sobrenaturais, Brenna se sobressai pela criatividade e originalidade. Entretanto, sua história é muito confusa, melancólica e difícil de interpretar. Em certos momentos eu não conseguia fazer ideia nenhuma do que estava acontecendo ou de onde a autora queria chegar com aquilo. Foi um livro interessante de se ler, mas que passou longe de ficar entre os meus favoritos ou de ser uma leitura obrigatória.
Quanto à edição da Bertrand: nota 10! A capa é genial, tem um efeito metalizado e gostei muito das letras nas entradas de capítulo que combinam com o teor da trama. A revisão está impecável e sob o aspecto gráfico não tenho nenhuma queixa em relação à obra.
Muito provavelmente minha angústia em relação ao livro se deve ao fato dele ter esquisitice em excesso. Como eu disse, isso não fez dele uma obra ruim, porém também não conseguiu passar de “boa” na minha opinião.
Resenha em http://mundodaleitura.net/?p=4000