Jeniffer 18/09/2012Segundo livro da série de Myron Bolitar de Harlan Coben. Mais um livro que não me decepcionou, pelo contrário, parece que me diverti e fiquei apreensiva mais ainda com o suspense policial intercalado com as sacadas irônicas de Myron.
Valerie foi um grande tenista, muito jovem já fazia sucesso e tinha um futuro promissor na carreira. Até que Valerie morre durante um jogo do Aberto dos Estados Unidos com a carreira já abalada depois de um colapso nervoso, e isso acontece logo depois de ter procurado Myron em sua agência. Bolitar se sentindo mais do que no dever de investigar a inesperada morte da atleta, acaba descobrindo uma possível ligação dela com o seu mais novo atleta promissor: Duane Richwood, além de descobrir que Valerie também estava sendo assediada por um fã obcecado.
Ao longo da investigação de Myron muitas perguntas surgem, acontecimentos interligados um ao outro mas sem nenhum motivo razoável aparente são expostos e Myron, junto com seu amigo Win e Esperanza, vão interligando os fatos e pessoas à solução do grande problema.
Nas duas resenhas que fiz aqui dessa série (Quando ela se foi e Quebra de confiança) sempre falo da ironia presente na narrativa, o que faz desse suspense policial além de apreensivo, divertido de ler. O narrador é onisciente mas traz pra si características de Myron, falando como se fosse o personagem.
O que mais me chamou atenção em Jogada Mortal foi a personalidade de Windsor Lockwood, o amigo ricasso de Myron que só tem cara de 'mauricinho' mas que na verdade sabe muito bem se defender. Ele fica no limite entre um assassino frio que gosta de matar e um cara que só quer fazer justiça junto com seu amigo. Harlan nos mostra um pouco mais sobre essa personalidade divergente nesse livro; Win tem manias diferentes e um pouco bizarras, como na hora de torturar alguém para conseguir alguma coisa ele pode querer exagerar no sofrimento que irá causar. Além dos pensamentos frios e mais do que realistas dele sobre o ser humano. Isso foi o que me fez gostar ainda mais de Win, ele salva o dia como um super-herói mas pensa e raciocina como um vilão.
Mas é claro que Myron Bolitar não fica de lado, o fato d'eu analisar e falar mais sobre Win foi pessoal. A narrativa flui muito bem e do meio para o final não queremos largar o livro e desvendar todos os mistérios e saber os por quês de tudo o que aconteceu. Recomendo e muito essa série. A edição da Arqueiro mais uma vez sem erros, vale à pena ler e conhecer a narrativa de Harlan Coben.
Publicada originalmente em: http://mon-autre.blogspot.com.br/2012/09/resenha-jogada-mortal.html