Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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EURAC 11/06/2015

Em Um Relacionamento Aberto Com: RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
(...) Nossa relação se tornou maçante e a caminhada longa. Muitas vezes pensei em me despedir; dobrar a esquina e desistir de James Joyce. Acho que foi a expectativa em demasia que depositei no encontro. Mas dei a mim mesmo mais uma chance de poder ver no homem o jovem artista que tantos clamavam. É claro que ele falava com eloquência, e articulava com brilhantismo as palavras dos seus argumentos (Joyce usava termos na conversa que seria necessário um dicionário para acompanhá-lo literalmente, sem, contudo, tornar-se pedante) – mas, para mim, ele revelou ser apenas mais um. (...)

site: www.eurac.com.br
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joaopaulo.gurgeldemedeiros 02/03/2015

Essencial!
Romance de formação do próprio autor! Mostra o seu conflito entre o sacerdócio e a arte! Já antecipa algo do estilo que viria a marcar a Grande Literatura em Ulysses.
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Ray- 23/02/2014

Foco, força e fé
Joyce não ganha seu lugar como clássico mundial com Retrato do Artista Quando Jovem, certamente. Com exceção de breves trechos, o livro é extremamente desconexo e não "nos leva a lugar nenhum". A escrita de Joyce é reconhecida pelo seu diferencial, fazendo-a parecer mais complexa, porém tudo tem um limite, e em Retrato do Artista Quando Jovem, os limites da paciência e perseverança do leitor são severamente testados.
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Dose Literária 28/07/2013

As dores do escritor
Sabe aqueles livros em que o autor consegue representar tão fidedignamente um personagem, que te transporta para dentro da cabeça dele? Joyce faz isto. Te transporta para a cabeça de um menino.
Valorizo isto, pois sei o quanto é difícil. Não se trata apenas de contar uma história que envolva uma criança, mas reproduzir sua visão particular de mundo. Tem cuidados extremos, como uma percepção confusa das discussões adultas, uma vaga percepção de futuro, uma hipervalorização das regras impostas na escola, e a relação com figuras de autoridade. É tão fidedigno que sugere ser lembrança do autor, numa corajosa exposição. Está ali o inicio de sua personalidade – em vários pontos comuns à de cada um de nós...

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site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/04/as-dores-do-escritor.html
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Fabio Michelete 10/04/2013

As dores de ser escritor
Sabe aqueles livros em que o autor consegue representar tão fidedignamente um personagem, que te transporta para dentro da cabeça dele? Joyce faz isto. Te transporta para a cabeça de um menino.

Valorizo isto, pois sei o quanto é difícil. Não se trata apenas de contar uma história que envolva uma criança, mas reproduzir sua visão particular de mundo. Tem cuidados extremos, como uma percepção confusa das discussões adultas, uma vaga percepção de futuro, uma hipervalorização das regras impostas na escola, e a relação com figuras de autoridade. É tão fidedigno que sugere ser lembrança do autor, numa corajosa exposição. Está ali o inicio de sua personalidade – em vários pontos comuns à de cada um de nós.

Mostra nosso estranhamento com as regras do mundo, à medida em que o fazemos crescer em nossa criança infantil. Um processo de “des-ilusão” – ainda assim amargo – que dá ainda mais peso para o conjunto de mudanças no corpo e nas relações com o mundo. Toda a criança passa por isto: esta construção da ilusão de uma identidade exclusiva (e ainda por cima nos achamos sempre mais espertos que os outros).

Com este artifício delicioso, coloca no cenário o que era ser uma criança na Irlanda daquele tempo. Um mundo mais adulto, menos concessivo do que o atual mundo infantil. Um mundo de um catolicismo mais amedrontador/punitivo do que aqui no Brasil, em que os instintos de um jovem em crescimento se debatem com a culpa incutida por padres e professores.

Da criança para o adolescente, e agora o ambiente é mais complicado. As angústias em relação ao futuro, a cobrança em momentos de decisão que definirão muito do que será sua vida, a influência dos amigos e dos mestres. Tudo isto sem apelar para uma super-visão. Tudo dentro do horizonte de percepção do próprio Stephen Dedalus (personagem principal).

Por fim, vale o comentário de que os adolescentes retratados possuem uma cultura geral muito maior do que a nossa. Seria a solidez da educação? Sobram frases em latim e discussões complexas sobre religião e estética – bem interessante, por sinal.

Frases selecionadas:

“Da má semente da ambição todos os outros pecados mortais tinham saltado: orgulho de si próprio e desprezo pelos outros; avareza em guardar dinheiro para a compra de prazeres ilícitos; inveja daqueles cujos vícios não podia atingir; caluniosas murmurações contra os piedosos; voracidade em sentir os alimentos; a estúpida raiva em que ardia e nomeio da qual examinava o seu tédio; o pântano de espiritual e corporal indolência dentro do qual todo o seu ser estava atolado.”

“A narrativa tampouco é meramente pessoal. A personalidade do artista passa para a narração mesma, enchendo, enchendo de fora para dentro as pessoas e a ação como um mar vital. (...) A personalidade do artista, no começo um grito, ou uma cadência, ou uma maneira, e depois um fluido e uma radiante narrativa, acaba finalmente se clarificando fora da existência, despersonalizando-se, por assim dizer”

“O seu espirito, esvaziado de teoria e de coragem, ia tombando numa paz desinteressada”

“A sentença mais profunda até hoje escrita – disse Temple, com entusiasmo – é esta sentença, no fim da zoologia: A reprodução é o começo da morte.”

“Não servirei àquilo em que não acredito mais, chame-se isso o meu lar, a minha pátria, ou a minha igreja; e vou tentar exprimir-me por algum modo de vida ou de arte tão livremente quanto possa, e de modo tão completo quanto possa, empregando para minha defesa apenas as armas que eu me permito usar: silêncio, exílio e sutileza.”

“Sê bem-vinda, ó vida! Eu vou ao encontro, pela milionésima vez, da realidade da experiência, a fim de moldar, na forja da minha alma, a consciência ainda não criada da minha raça”

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Felipe 01/04/2013

Belissima jornada, de vida e literária!
A narrativa é riquíssima e bela, sendo que varia em sua forma de acordo com a idade/maturidade do personagem. Quase toda a narrativa é fruto de observações e pensamentos do protagonista e freqüentemente partes das diversas histórias observadas são ignoradas por não ter valor real para o protagonista. Essa ausência tem como função definir seu personagem tanto quanto aquilo que é narrado. Conseqüentemente, com freqüência, ela se torna confusa, o que, mesmo estando nos planos do autor, pode desestimular alguns a ler. Os capitulos são longos demais para muitas pessoas.

Resenha completa em: http://www.instanteliterario.com/2009/09/um-retrato-do-artista-quando-jovem.html
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Samantha @degraudeletras 17/09/2011

Resenha em Word in my bag, ( http://wordinmybag.blogspot.com )
Stephen Delalus, alterego do autor, está sempre em busca do autoconhecimento através dos estudos, da formação católica e dos que o rodeiam. O romance é narrado em terceira pessoa e podemos notar o refinamento e a cristalização do fluxo de consciência de Delalus conforme o andamento da narrativa, não se tem um delimitar de tempo, o notamos através dos pensamentos que se tornam mais complexo ao decorrer na narrativa. Aponto aqui o tão notável amadurecimento de pensamentos dos seres humanos tão bem trabalhado por Joyce.
Descrevendo com perfeição os sentimentos de Delalus, pensamos até estar sentindo o que é descrito pelo autor. Como a descrição da angústia sentida pelo protagonista por medo da morte.
Joyce aborda ainda concepções de Shelley e Santo Agostinho, cria sua própria visão das coisas que o rodeiam (grifo aqui seu como sendo do auterego do autor, Delalus) e os debate com um amigo e nota-se aqui a riqueza de conhecimento e de pensamentos próprio de Stephen e que isso o faz ser visto com admiração pelos colegas, é notado como um verdadeiro ser pensante.
Faz-se crítica ao sistema católico desordenado da Irlanda e usa o tema como pauta de boa parte da narrativa.

Samantha Monteiro
Word in my bag.
http://wordinmybag.blogspot.com
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formasfixas 25/04/2011minha estante
O livro de Joyce é, de fato meio seco e não possui a tuba canora e belicosa do Ulysses ou do Finnegans Wake. Traduções não ajudam também. À medida que Stephen cresce, e isso só no original se apercebe, a musicalidade bem como a linguagem vão ficando nitidamente mais refinadas.

Afora isso, a temática labiríntica do labirinto (tão explorada por Borges) tem seu cerne central aqui. Jean Paris faz uma análise muito bacana sobre este aspecto do livro. Stephen Dedalus, Dédalo, é preso em inúmeros labirintos ao longo de sua vida (chega até a ser Pasífae com sua vaquinha na colina [ou debaixo da mesa]) e consegue apenas reverter a situação a partir da visão quase que deífica da moça na praia. A partir daí ele é Dédalo que construirá labirintos. E que labirintos! Tão intrincados que ele mesmo, como se vê no Ulysses, se enreda e se perde...

A técnica de composição do livro é digna de nota também. Richard Ellmann faz um bom apanhado em sua grandíloqua biografia: o desenvolvimento embriônico (não ainda o mais-que-perfeito do Ulysses) do texto e das relações intersociais de Stephen vão sendo nitidamente vistas a partir da linguagem. Stephen sem opinião, formando uma junto com seu coração e sentidos. O livro se fecha com o diário de Stephen, uma forma escondida de monólogo interior que iria explodir no Terceiro Episódio (Proteu) do Ulysses.

O livro é, no final das contas, fechados em símbolos e interpretações sombrias que só o advento do macrocosmo do Ulysses decifraria... E que, gosto de imaginar, apenas o Finnegans Wake poderá elucidar e finalizar... Afinal de contas, o Finnegans Wake é a obra da vida e para a vida: o Retrato igualmente, não?




Li 07/02/2011

Enfado
Histórias que não me fazem pensar, não me interessam muito. Ainda me envergonho de abandonar grandes literaturas, principalmente quando eu mesma as envolvo em magnitude quase divina. Contudo, ando fazendo isso quando o sumo se esvai antes do bolo formado na boca. Ou quando este fica repugnante ou insosso antes disso. Não atribuo a culpa se é que existem culpados ao livro. É meu momento atual ou simples gosto. O que não pude mais suportar nesta história são os extensivos sermões religiosos, enfadonhos até a mortificação. Um dia retorno.
Cardoso 15/03/2014minha estante
O capítulo das três missas tirou-me todas as vontades de seguir com a leitura, e, veja bem, estava regozijado com as transições narrativas e agilidade de Joyce -- bastante surpreendido, na verdade, já que esperava uma leitura enfadonha (tal como foi, infelizmente, essa passagem de bastante potencial, de qualquer maneira).


Igor296 16/03/2023minha estante
perfeito! tenho sentido a mesma coisa acerca desta leitura e hoje em dia abandono sem receio




Guga 21/09/2010

Não é um livro de fácil entedimento, mas o leitor não deve se intimidar por causa do autor ser famoso pela dificuldade de Ulisses e Finnegans Wake. Retrato do Artista Quando Jovem é para se lido e relido várias vezes, porque mesmo sendo mais fácil que os dois livro citados anteriormente, continua sendo James Joyce.
Gostei bastante das descrições de angústia dos protagonista. Cito um parágrafo que Stephen fala de seu medo da morte:
"A débil claridade do medo tornou-se em terror do espírito, quando a voz rouquenha do pregador derramou morte dentro da sua alma. Sofreu a sua agonia. Sentiu o frio da morte tocar-lhe as extremidades e subir até seu coração, a faixa da morte velando-lhes os olhos, os claros centros do cérebro extinguindo-se um a um como lâmpadas, o último suor fluindo-lhe da pele, a impassibilidade dos membros ao morrerem, a fala cerrando-se, atrapalhando-se, e o coração falhando, batendo debilmente, sempre mais debilmente, tudo o mais já vencido, a respiração, a pobre respiração, o pobre sopro humano sem auxílio, soluçando e suspirando, gargarejando e estertorando na garganta. Nenhum auxílo! Nenhum socorro! Ele - ele pessoalmente - aquele seu corpo ao qual dera tudo, estava morrendo. Para a tumba com ele. Fechemo-lo, dentro duma caixa de madeira, a esse cadáver. Carreguemo-lo para fora de casa nos ombros do servente. Empurremo-lo para longe da vista dos homens, dentro dum buraco bem amplo, no chão, dentro da sepultura, para ser pasto dos seu vermes movediços e para ser devorado pelos ratos em sanha, os ratos de roliços ventres." Pág 126, 2º parágrafo, Ed. Civilização Brasileira, 8ª edição.
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Gláucia 31/08/2010

Confuso
Mais um grande autor, consagrado, cujo livro avalio como regular. Talvez valha 4 ou 5 estrelas, mas não é para o meu bico. Os conflitos do personagem me deixaram tonta, por mais que eu tentasse dar um rumo à história, na minha cabeça tudo terminou enovelado. Estava pensando em ler Ulisses ou Dublinenses mas depois desse terei que reavaliar se vale a pena.
Fábio 03/08/2011minha estante
Nesse livro Joyce começa usar o famoso "fluxo de consciência" e também usa técnicas cinematográficas: flashforward, fade-out, flashback e close-up. Vale destacar que a escrita evolui com o personagem, no começo é tão simples, e tão singelo com repetição de palavras, e no final chega até a pseudo-filosofar, sem dúvida um prelúdio para Ulisses.

Outros autores que usam o "fluxo de consciência": Clarice Lispector, Virginia Woolf, William Faulkner. Lembrando que um bom começo para esses livros é ler Dostoiévski, Tolstói, pois os autores desses livros usam o "monólogo interior", que é um pensamentos de consciência mais simples.




Jonara 15/04/2010

Bem... todo mundo fala que James Joyce é muito complicado. Este foi o primeiro livro que li dele e achei um pouco sim, porque, ao menos neste, escreve como se fosse o nosso pensamento... sem uma lógica perfeita, sem uma sequência cronológica, é uma coisa escrita no ritmo de lembranças e suposições, tal como funciona nossa cabeça. O livro conta a história de um garoto irlandês, desde a infância relativamente rica, passando pela decadência financeira da família, a troca de colégio, o sofrimento do convívio com outros garotos, a adolescência mergulhada em vícios, um falso momento iluminado pela religião e finalmente uma negação completa de todos estes sacrifícios e o amadurecimento.
Vou ser sincera... eu acho que não entendi muita coisa do livro, não pela maneira como foi escrito, mas basicamente porque não conheço nada da Irlanda, principalmente os famosos conflitos religiosos. Como se vê que muito dos conflitos que ele passa tem a ver com questões diretamente ligadas as contradições irlandesas, acho que seria bom se informar um pouco sobre a cultura antes de ler este livro. Enfim, acho até que gostei, mas penso em ler novamente no futuro.
Mendes-Neto 12/07/2010minha estante
A principal questão deste livro, como todos os do James Joyce, é ser autobiográfico. E se levarmos em conta a condição psicológica do autor dá para entender o porque de tão confusa torna-se a leitura, principalmente por ser tão cheia de epifanias.




Tomás Quirino 26/01/2010

O enredo de "Retrato do artista quando jovem" é bom, mas não promete nada de espetacular. O que torna este livro um clássico da literatura mundial é a forma como James Joyce conta a história, única e magistral. Ao contar a história de Stephen Dedalus, seu alter ego, Joyce nos introduz a uma viagem por entre os conflitos de um futuro artista em sua infância, adolescência e juventude, passando por temas como a política, a religião, a sexualidade e a cultura. Alguns desses conflitos são: a dúvida de um adolescente em relação aos dogmas católicos, as discordâncias familiares e a busca de um jovem por uma filosofia própria. Tudo isto é narrado ao mesmo tempo em que é traçado um perfil físico e psicológico do protagonista. É uma leitura um pouco complicada e que exige certo esforço, mas vale a pena ir até o final, é um livro enriquecedor.
Wertigo 25/08/2012minha estante
Ia fazer um comentário, mas este se encaixa no que eu queria dizer. Em especial é um deleite para quem teve na sua infância uma formação religiosa que se propague até hoje em seu jeito de ser. Promete e trás boas emoções neste caso.


Flavio A. Costa 20/04/2013minha estante
Exatamente isso!




Elu 03/02/2009

Um livro interessante, que conta com detalhes, sobre escolhas da vida, sejam elas íntimas, sociais, artísticas. Sobre alcançar a maturidade através do desenvolvimento físico e psicológico do protagonista. Muito bom.
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