Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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Amanda 30/09/2021

"Eu tentei amar a Deus"
eu entendo a importância do james joyce e dessa obra pra literatura. O retrato do artista quando jovem apresenta alguns personagens que estão presentes em Ulysses ? outra obra importantíssima. Mas, esse livro é muito chato em determinado momento..
assim, não que seja chato, mas é repetitivo e doloroso.
O personagem apresentado é Stephen, que tem todo o meu carinho, sério. É um romance de construção, então acompanhamos os processos de formação e modificação do pensamento de Stephen. O Stephen é o alterego do James Joyce, então, logicamente, muito do James tá presente nesse livro.
O problema é que a relação do Stephen com a religião deixa o livro totalmente enfadonho, acredito que essa até era a premissa do autor, já que entra-se numa escuridão terrível; e é até interessante percebemos como as relações do stephen influenciaram um período triste da vida dele ? ele se sentia culpado por pecar e se machucava (emocionalmente falando) de todas as formas possíveis. é engraçado que até eu me senti influenciada pelos enormes discursos apregados pelos referendos da escola do Stephen.
O livro não é ruim, mas eu me senti triste por não ter gostado tanto assim. Com certeza vou reler em alguns meses ou anos, não quero perder o contato com o Joyce (principalmente porque ate ja comprei um livro de contos dele) e espero ter maturidade pra ler Ulysses, uma obra que todo mundo fala sobre.

Mas, não poderia deixar de falar sobre a tradução MAGNÍFICA do Caetano Galindo. Uma edição perfeita com notas essenciais pro entendimento do livro. Simplesmente perfeito. Parece que o Caetano tá segurando na nossa mão e nos ensinando como ler James Joyce.
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Thais CardBeg 29/08/2021

De fato, um retrato.
Retratando a vida de um jovem (por trás a vida de próprio Joyce), é um romance de formação em que expõe as diversas lutas internas de um jovem diante de suas origens: família, classe, Estado e (arrisco como principal) religião.

Com diversas referências, ensaios e discursos argumentativos, ler Joyce é entrar num fluxo de consciência acerca da temporalidade humana, suas etapas r posicionamentos.

Não digo que a leitura prende, porém instiga as próprias reflexões além da referência cultural.
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purestxheroine 01/08/2021

coming of age irlandês
26 de abril. mamãe está colocando minhas roupas novas (de segunda mão) em ordem. e está rogando agora, diz ela, para que eu possa aprender na minha própria vida, e longe do lar e dos amigos, o que o coração é e o que ele sente. amém. assim seja. sê bem-vinda, ó vida! eu vou ao encontro, pela milionésima vez, da realidade da experiência, a fim de moldar, na forja da minha alma, a consciência ainda não criada da minha raça.
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Luiz.Fernando 06/07/2021

Romance de formação
Acompanhamos Stephen desde a infância até ao início da vida adulta.

O contexto aqui é a Irlanda do fim do século XIX e início do século XX. O Nacionalismo irlandês e a religião católica estão bastante presentes.

Não vou me delongar, já basta o ensaio argumentativo que tenho que fazer para a faculdade...

Enfim, um livro que deve ser lido com calma. Não é um percurso de todo agradável, mas tem muito valor.
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andyflower 04/07/2021

Se não fosse uma leitura obrigatória da faculdade, raramente me interessaria por este livro e acabaria perdendo muita coisa. Este é um livro denso de todas as formas possíveis e exige um certo costume com o literário pra ser compreendido.
James Joyce conta a história de Stephen Dedalus no limiar autobiográfico e auto ficcional. Joyce brinca muito com a musicalidade da escrita e joga com as representações da religiosidade, da família e da pátria. O livro é narrado em terceira pessoa, às vezes em primeira, em forma de memória e isto está muito relacionado a quebra narrativa de cena a cena: ora fluída, ora repentina.
Creio que a estrutura do texto é muito interessante e chama mais a atenção que o enredo em si, tornando esse romance único de várias formas. Um romance de formação, pode ser lido como um pré Ulisses, já que Stephen é o primeiro personagem introduzido na obra.
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ricardo marçal 25/06/2021

Uma mente para usar como se fosse uma roupa. Linguagem, texto, são a história. Forma e conteúdo se olhando num espelho. Consequente por orgânico, encarna. Sucessor de Wilhelm Meister, também ele um leitor de Hamlet, Dedalus não pontifica: somo-lo. Ler por dentro.
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Gabriele81 05/06/2021

Sensível e único!
James Joyce traz a Irlanda pra mais perto da gente e os anseios de um menino oitocentista em plena explosão do mundo das ideias sobre si, sobre os outros e sobre Deus.
O estilo de escrita não é comum, tem que ir se familiarizando, mas depois que você compreende como se inserir dentro do universo dele, você sente e vive o crescimento protagonista junto com ele.

Suas definições sobre o mundo e seus questionamentos nos trazem a uma profunda reflexão sobre nossa própria construção social, o que consideramos sagrado, profano, divino, belo e feio.


Sem palavras!
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Geovanna.Faleri 29/05/2021

conflitos
um livro peculiar, repleto de conflitos identitários e religiosos. muitas menções à Bíblia, às questões políticas da Irlanda e à arte. foi um desafio (muito bom) poder entrar nesse universo do Stephen Dedalus que o Joyce constrói, até com traços autobiográficos, sobre a formação desse personagem que, acima de tudo, é um humano com os dilemas mais humanos possíveis. alguns trechos me deixaram com preguiça, como os sermões do padre falando das almas pecaminosas no inferno, mas ao mesmo tempo estou curiosa para o desenrolar de dedalus apresentado no Ulisses. leiam esse livro!!
Andre.Trovello 05/06/2021minha estante
Gostei mt da resenhaa! Sempre quis ler alguma coisa do Joyce




Lorena 26/04/2021

Foi bom conhecê-lo, Stephen/James
Primeira obra que li de James Joyce, me arrisquei em algo intermediário entre a maior de todas e a mais conhecida (haha), por ter esse tom autobiográfico e refletir muito das concepções do próprio autor de arte, literatura, bem como as influências de viver em um país extremamente católico e permeado por relações políticas instáveis.

Sinto que é necessário mais pesquisa e compreensão da amplitude do trabalho de Joyce como escritor, mas esse primeiro contato foi um começo. Não busquei entretenimento, busquei conhecer, explorar, então foi uma experiência positiva.

Provavelmente não voltarei a esta obra em específico, mas talvez queira conhecer outras do autor. Como aprendiz, toda experiencia de leitura para mim sempre é válida.
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Enzo.Baleeiro 27/03/2021

Um estilo único, Joyce!
No começo tive muita dificuldade para ler, o estilo de Joyce é único.
Porém depois que você entende suas técnicas de expressão, fica mais fácil. Outro fator é que tem bastante referência culta nele, mas nada impossível, eu diria, talvez em Ulysses seja muito mais aprofundado.
Começei a gostar mesmo e me apegar ao Dedalus mais pro meio/final do livro, ele mais maduro e já nos passos finais para se encontrar.
Não expere um livro que explora as relações humanas, mas sim o ser (no sentindo ontológico tbm) Dedalus.
É um livro que mistura um Fluxo de consciência em 3° pessoa, técnicas de repetição,muita biografia, Diálogos altamente filosóficos (referências a Aristóteles e Tomas de Aquimo...), Além de muita poesia, um livro que consegue colocar poesia numa prosa, além disso, muitas cenas Joyce mistura todos esses fatores. Realmente um livro que a alma do personagem está gritando por doces e amargos poemas.
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Brito 20/03/2021

James Joyce- Retrato do artista quando jovem
Um livro que retrata a infância, a adolescência e a juventude do jovem Stephen Dedalus. Vai até ao momento da sua partida da Irlanda que representa simbolicamente a sua entrada na vida adulta, a assunção da sua identidade, o corte com as dependências familiares, sociais e culturais, a vivência da sua feroz independência e, presume-se, o início da sua luta pela construção de uma obra literária.
Dá uma visão da Irlanda, das lutas com a Inglaterra, do crescimento do jovem Stephen Dedalus, um alter ego do autor, do colégio, do tipo de educação, das amizades, da passagem da infância para a juventude e da juventude para a idade adulta, os diferentes sentimentos, atitudes e comportamentos. Tem rituais de passagem extraordinários, a boémia na adolescência, o sentimento de culpa, o modo como vê o pecado e a fé, a piedade que o leva a pensar tornar-se sacerdote e, por fim, a sua forma de ser jovem adulto, independente do país, da Igreja, de Deus, dos pais.
É uma obra plural, densa, no entanto, a cor que mais me sugere é uma estranha tonalidade cinzenta, baça, como se toda essa riqueza de escrita se voltasse para dentro, fosse uma espécie de escrita egocêntrica, uma árvores com muitos ramos todos voltados para dentro. Um livro difícil, mas um grande livro.

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Vitor Hugo 05/03/2021

Um romance de formação
Todos conhecem a fama de difícil leitura das obras de James Joyce, especialmente no que diz respeito a "Ulisses".

Confesso que "Um retrato" foi minha primeira incursão na seara de Joyce, e efetivamente, no meu entendimento, a fama do autor não é à toa.

Por vezes, o livro é enfadonho e de difícil compreensão, sendo que as notas desta edição ao final do texto acabam por salvar o leitor diversas vezes.

Mas obviamente que se trata de uma grande obra, que se vale da técnica do fluxo de consciência, a fim de acompanharmos a infância, a adolescência, a juventude e o início da maturidade de Stephen Dedalus, que, apesar da negativa do tradutor, tem sim, ao que parece, muito do próprio James Joyce.

Acredito que a questão central da obra se dê nos conflitos internos de Dedalus no que diz respeito a sua inserção, aceitação e vocação para a vida como um todo, perpassando a religião e a arte até optar pela segunda (o nome e o sobrenome do personagem já refletem tal dicotomia).

Aliás, a religião abarca boa parte do livro, até mesmo pelo contraste entre o irlandês católico e o inglês protestante, uma questão que abarca a própria autonomia da Irlanda frente ao Reino Unido.

Em suma, há percalços na condução da leitura, a qual, contudo, é decididamente rica. Contudo, não colocaria o livro na lista dos meus preferidos, o que é uma questão pessoal, claro.
Vanessa 06/03/2021minha estante
Excelente! Tenho Ulycess aqui na estante, mas ainda não encorajei.




rexonaguy 02/03/2021

o retrato do artista é um dos meus romances preferidos. li ele numa época em que ainda estava formando uma ideia de estética em literatura. e é justamente isso que Joyce faz no romance kkk. escreve com um primor técnico pra contar uma história simples: como um menino descobre que literatura é foda.
...
li uma resenha de uma burra falando de "sermão religioso". talvez um dos livros mais subversivos em relaçao a religião. colocando palavras escritas por um doutor da igreja na boca de adolescente punheteiro, fazendo um santinho q estuda em escola de padre comer puta na rua kkkk.
Joyce é um gênio e quem discordar é idiota pq n entendeu
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Ingrid 01/03/2021

Contra tudo que eu esperava
o livro narra a história de stephen, um garoto que é criado por pais religiosos, em um mundo relogioso, cercado de religiosidade. Entretanto, o foco do livro não é a religião, é o achar de stephen dentro de si mesmo. Quem ele é? no que ele acredita? E durante os longos cinco capítulos ele caminha em busca de si mesmo, muitas vezes se perdendo no que a sociedade acham que deveria ser correto para ele, deixar seu lado pecaminoso/humano de lado, algo que ele não consegue fazer, afinal de contas, como deixar de ser humano?
O último capítulo é sem dúvida o melhor, é o fechamento, mas o mesmo tempo o início de uma nova história, do stephen sendo ele mesmo, se encontrando ou começando a se encontrar.
De fato é um livro arrastado, mas com o qual me identifiquei. Só quem cresceu cercado de religiosidade entende como é difícil sair dessa rede, como você acaba "machucando" algumas pessoas nessa jornada, simplesmente por não ser o que eles esperavam. Mas como stephen eu nao tenho medo de ficar só.
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Hastha 27/02/2021

livro da minha vida.
deu uma luz enorme à minha adolescência e tirou um peso das minhas costas que eu nem sabia que estava lá. ser adolescente é de fato horrível (sacudindo as asas de sua exultante e terrível juventude!) mas james joyce é o cara. gosto como o estilo da narrativa muda ao longo dos capítulos para acompanhar o crescimento e a mente de stephen.
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