Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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Vicente.Sanches 17/01/2023

Rumo a Ulysses
O livro é lindo e a leitura é bastante recompensadora. Vale muito a pena cotejar com o original. A tradução é muito boa, mas a sonoridade do original é indescritivelmente incrível (sobretudo quando das epifanias de Stephen). Sem mais.
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Lurdes 24/12/2022

Stephen Dédalus em busca se si mesmo.

Este poderia ser um resumo ou um sub-título do livro, pois a narrativa é um fluxo de consciência do personagem, com muitas referências auto biográficas de Joyce.

Stephen, nascido em família abastada e católica, conta de suas lembranças desde tenra idade.

Este início é narrado em terceira pessoa e reproduz pensamentos e falas do pequeno Stephen em linguagem infantil.
Um período de descobertas, desde seus estudos no internato Clongowes College, mantido por padres jesuitas, no início do Séc XX.

Com o passar do tempo e a derrocada financeira de sua familia, Stephen muda de escola e depois completa seus estudos na Universidade.

Acompanhamos seu amadurecimento, a convivência com os colegas, cada qual com diferentes ideias, as discussões político religiosas entre seus próprios familiares, a descoberta dos prazeres carnais, condenados pelos padres, mas dos quais Stephen não deseja abrir mão, os primeiros amores. Lembremos também, do contexto da época, com a Europa e, em especial a Irlanda de Joyce, passando por muitas turbulências e mudanças advindas da crescente modernidade.

Todas estas experiências vão moldando o Stephen Dedalus adulto, que vai se libertando dos rígidos dogmas católicos e abraçando a arte como sua razão de viver, sempre impulsionado por sua sede de conhecimento.

Dedalo, na Mitologia Grega, em algumas versões é apresentado como o arquiteto que criou um labirinto para aprisionar Minotauro, e em outras, sugere que Dedalo acaba preso neste labirinto com seu filho Ícaro e, para se libertarem, criam asas.

Seja como for, nosso Dédalus, assim como o Dédalo mitológico precisa encontrar a saída correta do labirinto, não repetindo os erros daqueles que ficaram presos nele.

Nem sempre é fácil, mas é necessário, caso queira, verdadeiramente, ser livre.

Vamos ver onde as asas de Stephen Dedalus vai levá-lo em Ulysses, cuja leitura está em andamento.
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fepopi 07/12/2022

Muito bom
Fiquei muito interessada em ler mais do Joyce. Descobri no fim que é um dos protagonistas de Ulysses, o que definitivamente me deixou mais cativada. No começo, não curti tanto, mas foi ficando mais interessante conforme Stephen crescia.
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Giovanavski 25/11/2022

No começo estava gostando muito, na metade foi me entediado e no final acabei me interessando de novo.
Um bom livro, peguei boas frases anotadas e interessante as ideias do autor. Qualquer hora preciso realizar uma releitura.
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Evelize Volpi 05/11/2022

Mais um degrau que subo na direção de Ulysses, meu objetivo com Joice.
Esse livro nos faz conhecer o personagem principal da tenra infância até a mocidade.
Entendendo um pouquinho mais do universo Joiceano.
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Gu Motta 27/08/2022

A jornada de um herói quando jovem
(Cito algumas passagens do livro. Por alguns, pode ser motivo para não ler a resenha)

Quem sou "eu" senão minha família, meu país ou minha cultura, numa confusa relação dialética eu-Outro?

Joyce nos conta, com brisas de uma autobiografia, a jornada de um proto-artista através de sua infância à idade de jovem adulto.
Marcado por eventos de sua educação religiosa, intrigas familiares e políticas da Irlanda de seu tempo, que voltam em formato de memórias perseguindo o protagonista.

Stephen Dedalus é um arquétipo do Herói em sua jornada de individuação. É o Dédalo que forja suas próprias asas pra livrar-se da prisão, embora ironicamente possa ser também o Ícaro que voa alto demais e queima-as ao sol.

Dedalus é também a Fênix que ressurge das cinzas. Queimado uma vez mais, renasce ainda outra. "Viver, errar, cair, triunfar, recriar da vida a vida!" - como dirá em uma das mais lindas epifanias que já pude ler.

Contado por um narrador, o livro alcança seu clímax quando Stephen alcança sua liberdade. Com asas firmes, consciente de si, embora não à parte de dúvidas, dispensa a voz terceira e proclama sua própria jornada. De fato um filho de seu tempo, mas um filho rebelde.

"Não vou servir àquilo em que não acredito mais, possa essa coisa se dizer minha casa, minha pátria ou minha Igreja".
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Léia Viana 10/06/2022

12 Livros para 2022 - Livro de Maio.
"Um Retrato do Artista Quando Jovem"

"- O senhor é um artista, não é mesmo, sr. Dedalus? disse o diretor, olhando para cima e piscando seus pálidos olhos. O objetivo do artista é a criação do belo. Agora saber o que é o belo é outra questão."

Este foi um dos livros de poucas páginas, do qual enrolei muito para terminar a leitura. Mas, quando terminei a satisfação foi enorme.

Não pense você que o livro é difícil, não o é, mas por ter uma narrativa comum, na terceira pessoa, em muitas passagens o narrador parece ceder voz e ponto de vista ao personagem central da história e isso, se o leitor não estiver muito atento a leitura, poderá se perder na narrativa voltando várias vezes para refazer a leitura, acreditando ter perdido "algo" no meio da história.

Stephen Dedalus, personagem central desse livro é também tido, para muitos críticos literários, ser o alter ego de James Joyce, e que nesse livro é uma espécie de biografia / autobiografia. Nessa edição que li, na nota do tradutor Tomaz Tadeu, o tradutor afirma que não o é. Mas confesso que após o término do livro e as pesquisas que fiz, cheguei a conclusão que é bem possível que seja.

Este é um romance de formação, passamos pela infância até a juventude (quando esta cursando uma Universidade) de Dedalus. Sua formação é religiosa, o personagem estuda em um colégio Jesuíta, e podemos ir acompanhando todos os seus conflitos, descobertas e aprendizados, assim como a reflexão que faz sobre sua vida.

Mas, o mais interessante, e isso só descobri nas pesquisas que fiz e ao assistir a aula no YouTube do professor, José Monir Nasser, é o nome dado ao personagem principal:

Stephen - é o nome do Santo Estevão, que foi o primeiro mártir do Cristianismo - martírio do santo com o martírio que o personagem sofreu com sua formação religiosa.

Dedalus - está relacionado ao mito de Dédalo ( Mitologia Grega) que foi acusado de conspirar contra o rei e ficou preso no próprio labirinto que construiu para prender o Minotauro, ao construir asas ganhou a sua Liberdade.

Veja o quão interessante é: pela construção do nome do personagem central do livro temos uma analogia, um paralelo a essa narrativa e tudo o que passa esse personagem ao longo da história.

Genial!

Mas, para muitos leitores poderá passar por enfadonho ou arrastado demais por trazer essa "narrativa comum", e assim, deduzindo-se não haver necessidade de pesquisar melhor e ficar bem atento ao que se ler.

É aquele tipo de livro que para um entendimento ainda maior se faz necessário pesquisas a seu respeito.

Gostei bastante dessa leitura
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Angelo 01/05/2022

Joyce é único. Uma prosa tão bela, tocante e singela. Tão profunda. Esse livro é uma delícia tanto pela viagem na mente do personagem quanto pela escrita primorosa do autor.
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Ezequiel.Cesar 23/01/2022

Autobiografia do autor
Um livro diferente de tudo o que eu já tinha lido. Do início até mais ou menos o meio do livro o autor faz uma narrativa da infância até a adolescência de Stephen Dedalus (alter ego do autor), a partir daí faz um longo ensaio sobre estética literária, é bem maçante essa parte.
Recomendo a leitura da obra, principalmente para quem está interessado em ler Ulysses, que seria a continuação deste.
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Fernanda T. 19/10/2021

O trabalho de um gênio
Não é um livro simples? Uma leitura, por vezes, trabalhosa e certamente requer releituras! Vale a pena ? Depende muito do que o leitor busca ? para quem gosta de escrita experimental, fluxo de pensamento e leitura desafiadora: talvez essa seja uma excelente indicação. Se compreenderá 100% da obra da primeira leitura? Não garanto uma vez que eu mesma precisarei reler ( e o farei) esse livro algumas ( muitas rs ) vezes mais. Gostei muito da edição da Autêntica. Ao final do livro o leitor encontrará muitas e muitas notas, além de QR Code para o Google Maps - Que ajudarão muito durante a leitura.
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Mari 02/10/2021

Um labirinto subjetivo dos mais complexos.
Um labirinto subjetivo dos mais complexos. É por esse percurso labirtíntico que peregrinamos neste romance de traços autobiográficos de James Joyce... Em “Um retrato do artista quando jovem”, somos apresentados à vida de Stephen Dedalus, o protagonista que acompanhamos em cada página dessa narrativa e com quem criamos um laço fortíssimo de existência. A imagem do labirinto se reforça no sobrenome Dédalus, uma clara menção ao artificie da Antiguidade Clássica, que construiu o labirinto-prisão do Minotauro. O Dédalo de Joyce também é um criador de labirintos e nos conduz por ele, de maneira desordenada .
O romance nos traz às vistas a formação de Stephen desde a mais tenra infância, quando era um bebezinho. O fluxo de consciência intenso e vertiginoso nos coloca na mente deste bebezinho que, aos poucos, vemos crescer e formar sua própria identidade, opiniões e vivenciar suas experiências, sempre mergulhado em um conflito sobre os ímpetos artísticos e a severidade da vida religiosa.
A vida de Stephen Dedalus é profundamente marcada pelo catolicismo de sua família. A mãe quer que o filho siga a carreira eclesiástica e, portanto, sua vida na infância e adolescência é moldada pelos padres que o rodeiam no colégio e fora dele. O interesse crescente pela literatura faz com que Stephen coloque em cheque os valores religiosos que o aprisionam no mais rígido moralismo cristão, até que ele rompe esse casulo e voa livremente para a sensualidade criadora que lhe era inerente o tempo todo. “Ser” torna-se essencial e não mais motivo de culpa. Seguimos com Stephen para a Universidade, acompanhamos suas descobertas na jovem vida adulta e a forma como ele vai tomando consciência da própria arte. É então que o protagonista conclui que o dever essencial do artista é afastar-se de sua criação completa e permanecer distanciado para que ela possa viver uma vida própria. No processo de construção da narrativa, cada vez mais, é possível sentir que o discurso de Stephen se torna poético, o que reforça a ideia de que ele vê a beleza nas coisas cotidianas e fica obcecado com a extração do aspecto estético do que presencia. A linguagem vai ficando cada vez mais distante do religioso e mergulhada no lirismo.
Stephen Dedalus, assim como seu homônimo grego, arrisca tudo e alça voo, livre, rumo à liberdade desejada para sua arte.
James Joyce, o artista do lado de cá, nos orienta nesse mergulho da autoconsciência e descoberta. Uma mistura de vertigem e deleite absoluto! Que leitura!
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