Ratos

Ratos Gordon Reece




Resenhas - Ratos


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Ju Oliveira 07/10/2011

Impactante!
Mais uma vez estou aqui, sofrendo para começar uma resenha de um livro que me arrebatou! Mas vamos lá

Shelley, uma adolescente de quinze anos, muito estudiosa e boa filha, está sofrendo terríveis ataques de bullyig na escola. E o mais triste, é que quem a ataca, são as suas ex-melhores amigas. Elas cresceram juntas, estudaram juntas e agora as três meninas mudaram, se tornaram adolescentes rebeldes, modernas enquanto Shelley, continuava a mesma menina ingênua e tímida que era aos doze anos.

Os ataques começaram sutilmente, com provocações verbais, sempre zombando Shelley por ser a mais gorda da turma, a mais feia, etc. Mas com o passar do tempo, as agressões verbais se transformaram em agressões físicas. Shelley chegava em casa cheia de hematomas e fazia o possível para esconder as marcas de sua mãe.

Até que um dia, um terrível ataque, quase causa a cegueira e Shelley fica com terríveis cicatrizes em seu rosto. Sua mãe, claro, acaba descobrindo tudo. E junto a todo esse sofrimento causado pelo bullying, a separação de seus pais cai como uma avalanche sobre sua cabeça. Ela está arrasada, elas estão arrasadas, mãe e filha. E agora só têm uma a outra.

Elas então resolvem se mudar para o campo, uma propriedade afastada da cidade e Shelley começa a ter aulas em casa, não suporta mais voltar a escola depois de todo o ocorrido. Mãe e filha se adaptam rapidamente a nova vida. Elas sabem que são covardes, são como ratos, mas afinal, são felizes assim vivem em harmonia, numa tranquila rotina. Sua mãe trabalha na cidade, Shelley tem aula com dois professores, de manhã e a tarde e tudo vai bem

Até que no dia de seu 16º aniversário, Shelley e a mãe são surpreendidas por um estranho invadindo a casa e a tranquilidade de suas vidas. Esse estranho, vem para mudar completamente suas vidas. E como muda

Não posso me adentrar em maiores detalhes, porque a partir desse momento, a história fica tensa, eletrizante, de perder o fôlego, literalmente.

Ratos é o primeiro livro adulto do autor Gordon Reece, que já virei super fã! Ele descreve cada cena com uma riqueza de detalhes tão grande, que mais parecia que eu estava assistindo um filme de suspense.Ele consegue mexer com o psicológico do leitor. Deixa a gente pensando o que faria no lugar das protagonistas. Teria a mesma coragem que elas, seria tão covarde quanto elas?

O mais interessante é perceber como a personalidade de mãe e filha foi mudando no decorrer da história. E como uma se espelha na outra, como uma depende da outra. Os laços afetivos são profundos principalmente nos momentos mais chocantes da história.

Enfim, é um livro forte, impactante, um thriller psicológico pra quem tem estômago forte mesmo! Aquele tipo de leitura que fica na cabeça por vários dias após virar a última página. Se eu recomendo? Claaaaro! Leiam, leiam, leiam o livro é nota 10!

Mais resenhas em: www.juoliveira.com/cantinho
Annie 07/11/2011minha estante
Muito bem colocado, concordo em todas as palavras!


Juliana Magalhã 02/11/2012minha estante
Muito Boa a sua resenha, estavas com dúvidas se comprava ou não esse livro e você me ajudou a decidir :)


Luiz 22/01/2013minha estante
é ótimo este livro cara nossa perfeito muito bom mesmo sua resenha descreve tudo o que senti no decorrer da história e lógico final maravilhosoooo ;D leiam mesmo recomendo.


Juliana Btt 31/10/2013minha estante
Acabei de comprar Ju, vou respirar fundo antes de ler :)


Jutreviz 28/05/2014minha estante
Tive medo desse livro, sério!!!!


Dani 15/04/2015minha estante
Confesso que pelo título nao me animei muito,mas minha filha de 15 anos,a qual me emprestou o livro,disse que eu iria gostar.Dito e feito.Já nas primeiras páginas me prendeu.Estou na parte onde ela completa 16 anos,estou ansiosa para saber o desfecho.
Boa leitura a todos.


Marcelo.Pereira 08/01/2021minha estante
Excelente História, um suspense para ninguém colocar defeito. Que escrita. Me senti na cena.


Juliana Btt 25/01/2021minha estante
Depois de 7 anos volto aqui para dizer que li naquela época mesmo do comentário acima, e achei perfeito! Até meu marido que não é de ler pegou e adorou. Está entre os meus preferidos.


Aline 16/08/2022minha estante
Tô lendo a resenha, daqui a pouco olho o nome, e é a Ju que sigo no YouTube e no Instagram ? já tinha tentado achar o seu skoob, e não tinha encontrado e agora por acaso achei ?




Erica 13/12/2019

Na vida você é um gato ou um rato? Thriller bem genial!
Estou completamente impactada com essa leitura, achei interessantíssima a história de mãe e filha vivendo felizes em sua questionável zona de conforto, quando de repente num belo dia “ PáH!”, toda a sua fortaleza vem abaixo fazendo com que elas tomem ações extremas para se defenderem. Pra mim esse livro foi uma mistura do filme “O quarto do pânico” com o livro “O homem errado”, agora me diz se tem como dar menos de 5 estrelas? Sem contar que a construção psicológica das personagens foi muito boa, o medo delas era quase palpável.

Essa é uma história que traz reflexão porque imagina a vida toda a pessoa baixar a cabeça para todos os atos injustos cometido contra ela, reprimir todos seus reais sentimentos, evitar confrontos necessários, aceitar agressões físicas e verbais, se isolar das pessoas, enfim... chega uma hora que a pessoa vira uma panela de pressão, e o que acontece quando ela explode? É uma caixinha de surpresa onde obviamente você não vai querer estar perto pra descobrir o que tem dentro e isso é exatamente o que acontece com Shelley e sua mãe, que tem todos seus limites testados pela sociedade até um fatídico dia onde tudo muda.

Tem tanta desgraceira rolando nesse livro que teve partes que me deixaram até deprimida, aí depois que a desgraça maior aconteceu, eu não sabia se eu dava altas risadas ou chorava kkkk porque é uma situação tão absurda que não dá pra defender afinco mas também não dá pra recriminar, nessas horas a ética moral vai para o espaço, a partir daí simplesmente eu não parei mais de ler, pois pra mim a trama foi instigante até o fim. Adorei a escrita do autor!
Alcione13 13/12/2019minha estante
Achei um pouco enrolado o meio. Mas curti bem o final. Elas mereceram rsrs


Erica 13/12/2019minha estante
Kkkkkk...achei sensacional!


Alcione13 13/12/2019minha estante
Já leu Cuco??


Erica 13/12/2019minha estante
Não. É bom?


Alcione13 14/12/2019minha estante
Sim e não. Hahahahah o final....


Erica 14/12/2019minha estante
Fiquei curiosa, vou procurar rs... valew!


Alcione13 14/12/2019minha estante
=)




Dilalilac 27/01/2021

Um livro complicado de avaliar
Esse é um livro que segue por uma linha realista que me fez perceber o quanto a gente espera que livros ajam como livros. Mas na vida real é diferente. Nada é tão ritmado d'uma forma em que tudo vai ser eletrizante, conveniente ou conectado.
O início, onde se fala do passado, me prendeu muito. O meio, porém, por vezes me parecia maçante. Um meio real. Um meio com cara de meio. Não a explosividade de clímax para todo lado ou coisas assim.
Os pensamentos da personagem foram muito interessantes e tem muito de Macbeth (aliás, todos os spoilers do livro de Shakespeare, então se não quer spoiler desse último, considere deixar Ratos para depois).
A questão é... Quando terminei o livro, percebi uma coisa: o foco maior do autor não foi a história, a realidade nela talvez, mas principalmente o desenvolvimento da personagem narradora.
O desenvolvimento dela foi tão natural que eu só me dei conta de que não a vi mudar quando cheguei ao fim. Ela foi se transformando numa gradação tão natural que você não vê. Não é algo que vai escalando de repente. Não consigo pontuar momentos. Assim como o desenvolvimento realístico da história, o desenvolvimento das personagens, mas principalmente da garota, como narradora, é muito real.
Por isso digo ser complicado avaliar. Como já li em um livro, foi como jogar pimenta nos olhos de um elefante para distraí-lo enquanto se mexe em sua pata. Só me dei conta de sobre o que o livro realmente era ao fechá-lo.
Ps. Não fique esperando grandes plosts e criando expectativas. Como um livro real, você deve lê-lo sem esperar nada, bem como é a realidade.
Carolina165 27/01/2021minha estante
Estou doida pra ler esse livro, está na minha meta. Apesar de serem histórias bem diferentes, a sua resenha me fez ver algo de semelhante à Restos Humanos, um livro que favoritei esse ano.


Dilalilac 28/01/2021minha estante
Tenho muita vontade de ler os livros dessa autora, mas medo de achar thriller demais... Sempre fico ali na soleira vendo se vou ou não kkkkkkk


Carolina165 19/02/2021minha estante
Terminei de ler agora e achei espetacular. Concordo com vc, a mudança da protagonista foi bem sutil, e apesar de ter amado o livro fiquei triste com a mudança dela. Me deu a sensação de que ela era uma pessoa maravilhosa que o mundo estragou de alguma maneira. Mas ao mesmo tempo consegui entendê-la. Acho que vou ficar pensando nesse livro por mto tempo, rss


Dilalilac 20/02/2021minha estante
Sim... Foi muito doloroso ela ter que passar pelas coisas e acabar sendo tão afetada por tudo. Eu pensei muito nesse livro também, pensei que já tinha mudado a nota dele pra 5, vou mudar agora kkkkk dei 4 pq acabei atordoada, não sabia ainda como digerir. Mas realmente é genial.


Carolina165 20/02/2021minha estante
Realmente! Eu tô querendo escrever uma resenha mas ainda não consegui, não sei nem por onde começar; não sei como pôr em palavras tudo que senti com esse livro...acho que vou ficar pensando mais nele até conseguir escrever algo que sei que será insuficiente pra expressar... Acho que é um livro que traz mta reflexão




Annie 04/10/2011

Ratos, por Ana Nonato
NOTA 10 - ÓTIMO!

Espaço
No começo do livro, é mais diverso (durante os flashbacks da personagem e sua volta à realidade).

Caracterização: Mesmo com a narração feita em 1ª pessoa, a discrição é muito objetiva e detalhada, feita de forma lenta e gradual pela personagem. É nítida a característica do thriller. A ambientação, mesmo que objetiva, feita em primeira pessoa possibilita ao leitor que se localize no enredo e se sinta dentro do mesmo; traço marcante do suspense psicológico.


Tempo
Século XXI, pouco mais de um ano entre os eventos da narrativa.


Caracterização: Totalmente coerente com a descrição espacial: lenta, gradual, quase feita dia a dia. Isto corrobora para que o ritmo seja acentuado gradativamente e do mesmo modo refreado após os picos da narrativa (que são 3). Embora a localidade principal seja um chalé no campo, os aparatos tecnológicos de que as personagens se valem, indiretamente, denotam a modernidade em que o romance se ambienta.


Personagens
Ponto alto do romance. Trata-se de um triller psicológico, com poucos momentos de grande movimentação das personagens (exceto nos clímax, e isto ocorre de forma gradual e rápida, atingindo um ápice e voltando ao início como em uma parábola. Estes momentos de ação são necessários apenas para que o desfecho ocorra, um instrumento de que o autor se vale e que têm papel apenas adjacente na história).
A personalidade das personagens é um aspecto importante, mas não o mais. O foco principal é a alteração que o sofrimento, a rejeição e a morte produzem na personalidade aparentemente rígida de uma personagem. Ao criar personagens fracas, inconstantes (ratos) e que amadurecem de forma lenta e terrível durante o enredo, o autor produziu uma trama psicológica forte e plausível, autoexplicativa. A caracterização "subjetiva" que Shelley faz das outras pessoas permite um raciocínio lógico das personalidades das mesmas, mas deixa ofuscada a própria personalidade de Shelley, tornando-a mais imprevisível que os demais.
A caracterização das personagens também é gradual, então o leitor parte de um desconhecimento total acerca das personagens, familiarizando-se e se afeiçoando às mesmas, ora por piedade, ora por simpatia. Esse laço entre leitor e protagonistas é crucial para o efeito que a narrativa pretende produzir.

Coerência entre espaço, tempo e personagens
É uma tríade forte como titânio. Todas partem do zero e vão acentuando-se gradativamente e à mesma velocidade, produzindo o efeito eletrizante e lento a que o livro se propõe. Os três são pilares extremamente fortes e desenvolvidos, passíveis de sustentar pesados e caprichados enredos.


Enredo
A narrativa brinca com os valores dos humanos em relação aos outros nos âmbitos morais (teoria) e a realidade prática. Essa discussão implícita se opera também no leitor. A afeição produzida pelo enredo entre personagens e leitor fará com que este perdoe os erros cometidos por aqueles, mesmo que isto fira os preceitos morais a que se segue e que tanto se propaga?
Em tempos de preconceitos velados e hipocrisia ("politicamente correto"), essa brincadeira com a mente das personagens e, por conseguinte, com a mente do leitor, é muito interessante por seu caráter inovador e chocante.
Os laços afetivos que unem as personagens são outro ponto de destaque no enredo. Com poucas referências a relacionamentos amorosos (vagas alusões acerca do casamento, mas nenhuma referência direta ao amor conjugal), as atitudes e efeitos que as ações acarretam entre mãe e filha são muito inesperados, surpreendentes e, de certo modo, muito mais tenebrosos, pois a relação entre uma mãe e seus filhos tende a ser mais profunda. Existem ex-marido, ex-namorado e até ex-paquera, mas não existe ex-mãe. É um laço eterno e que, se for contaminado com algo abominável, não poderá ser eliminado. Intoxicará ambos até que drenem a substância (resolvam seus conflitos) ou morram envenenados.
É um enredo tão gradual que permite ao leitor sentir-se dentro da história como o diretor de uma peça ou de um filme. É como se fosse a consciência adormecida de Shelley que tivesse despertado e estivesse se inteirando do que lhe acontecera nos últimos tempos. Portanto, não é um amigo ou um diário. Aparenta-se realmente estar dentro da mente de Shelley, ouvindo sua reflexão (diferentemente da maioria dos livros narrados em primeira pessoa, em que as personagens limitam-se a ordenar fatos cronologicamente e relacioná-los às suas sensações no momento em que ocorreram). O leitor é tragado pelas sensações de Shelley como se as vivesse em outro corpo, outra alma.
De modo algum é algo medonho, mas forma um bom nó na cabeça. Que lado escolher: Os princípios ou a vida? Parece uma pergunta retórica aqui; no enredo, porém, será bem mais difícil de respondê-la.

Capa e Sinopse
(Não coloquei a sinopse do skoob e da orelha do livro justamente por achar que, se o leitor partir apenas da sinopse da contra-capa, aproveitará ao máximo a história. O desconhecimento quase total da narrativa é um dos fatores que tornam este thriller tão interessante, pois possibilita a afeição e entendimento graduais entre leitor, personagens e espaço-tempo).
Analisá-las em conjunto é o mais lógico a se fazer, pois possuem uma rica harmonia.
A sinopse é simples em quantidade de palavras, mas poderosa em criar expectativa e curiosidade que o leitor pretenderá sanar.
A capa também é simples, com a aparência estática de uma fotografia, mas também produz curiosidade pelo buraco do rato e o sangue no carpete...

Estrutura física
O material de capa é agradável ao toque e ao manuseio; por ser mais amolecido, tende a amassar e marcar com facilidade, mas permite que a lombada seja aberta de forma adequada (o que é um fator preponderante).
O amarelo das folhas reduz a intensidade da luz refletida, cansando menos a vista. As letras tem bom tamanho e a diagramação é bem feita. O cheiro das páginas não é perfumado nem ofensivo ao olfato.
Quanto a aspectos gramaticais, não há nenhum erro de concordância, regência ou pontuação. Até o aspecto do suspense do livro foi mantido com louvor. Tradução e revisão foram muito bem feitas.


Gostou da obra?
Eu simplesmente adorei! É uma grande obra, tenho certeza. A confusão que este livro fez em minha cabeça... Não posso descrever. Tenho certeza de que todos os dias Gordon Reece se levanta e ri da humanidade, de como ela é tola e arrogante em sua mediocridade.
Eu me senti dentro do redemoinho de ações e pensamentos de Shelley. Eu me pegava pensando o que faria no lugar dela, como me sentiria. Eu me perguntava se achava certo o que ela estava fazendo. Eu torcia para que ela e a mãe ficassem bem no final - coisa que eu não deveria fazer e vocês entenderão o porquê se lerem. Eu briguei com todas as minhas crenças... Um lado ficou genuinamente satisfeito com o final... Outro, ao menos se incomodou bastante. As agulhadas que o livro me fez sentir ainda são perceptíveis e eu consegui sair daquele labirinto tenebroso que era a mente de Shelley não sem pagar um preço.
É um livro excelente, de fazer ofegar até os mais céticos.

Avaliação
- Enredo: 10
- Capa: 10
- Caracterização das personagens e entrosamento entre as mesmas: 10
- Caracterização do tempo e espaço e coerência entre os mesmos: 10
- Aspectos gramaticais: 10
- Estrutura física: 10
- Sinopse (da contra-capa): 10

Nota: 10

Recomendações
É necessário dizer alguma coisa? Recomendado a todos; os que têm estômago fraco ou cabeça imatura, porém, pensem duas vezes...

Veja mais em: http://seismilenios.blogspot.com/2011/10/resenha-ratos-gordon-reece.html
Annie 07/11/2011minha estante
Hei, quem não gostou, comente! :( Queria saber o porquê...


Dani 23/04/2012minha estante
Acho que essa é uma das resenhas mais bem escritas que já li em toda minha vida literária o.O
Fiquei com vontade de ler o livro!


rafaell.brunno 17/01/2015minha estante
Annie, por acaso estuda Letras?


Patrícia 08/02/2015minha estante
Estou lendo!!!




Helder 12/04/2016

Um delicioso livro tenso
O segundo livro politicamente incorreto que leio este ano.
De acordo com Gordon Reece, o autor, existe um tipo de ser humano tão submisso que vive como rato, se escondendo, tentando passar despercebido para não ser afetado, acreditando que assim viverá em paz. Mas o que acontece quando gatos invadem a toca destes ratos deixando-os acuados?
O livro nos apresenta a Shelley e sua mãe, duas ratas que de tão submissas chegam a irritar e nos deixam uma dúvida: Existe gente assim?
Seguindo com a leitura, percebemos que sim. O mundo não é justo. A lei do mais forte impera e se quisermos sobreviver, temos que reagir. Mas nem todos conseguem reagir, e acabam sendo pisoteados e tendo que conviver com seus momentos de humilhação. Pesado? Acho mais que a palavra correta seja realista.
Shelley é uma menina fofa e bobinha, que com quinze anos ainda continua com os mesmos hábitos infantis, enquanto suas melhores amigas de repente evoluem ao extremo. Novos hábitos, novas roupas, novos cabelos e passando a trata-la de maneira extremamente hostil. E Shelley não reage. E não conta a ninguém, até que os ataques passam do limite. O autor não quer nos mostrar o porquê da atitude das ex-amigas, já que fica difícil aceitar mudanças tão drásticas na personalidade das meninas. Sua intenção é mostrar a falta de reação dos ratos. Somente neste momento que sua mãe percebe o que está acontecendo, mas aí percebemos que ela também é uma rata. Ela que fora uma importante advogada, mas que largara a carreira a pedido do marido para cuidar da filha, e agora via-se trocada por uma menina mais nova e sofrendo um divórcio devastador. Mas como reagir?
A maneira mais fácil é se esconder, se entocar como ratos fazem. E, assim, com o dinheiro do divórcio, Elizabeth compra uma casa de Polyana no interior, tira a menina da escola, lhe contrata tutores e passam a ter uma vida aparentemente idílica. Até que esta vida é invadida por gatos reais, e para surpresa dos personagens e dos leitores, o autor nos mostra que para tudo nesta vida existe um limite. E que certas tensões tão guardadas, podem causar reações extremamente explosivas. E assim o autor nos coloca no meio de uma fogueira ética.
O que é certo e o que é errado? Quem é o vilão e quem é o mocinho? Para toda ação existe ou deve existir uma reação? Então o livro que parecia um romance agua com açúcar, vira um ótimo thriller. Existirá o crime perfeito? As vezes certas atitudes das personagens, principalmente da mãe, nos dão raiva. Teríamos agido assim?
O que me fez gostar muito da leitura, é que após a invasão do gato, a estória dá uma virada e a tensão passa a permear o livro. As vezes temos medo inclusive de qual será a reação das personagens. O encontro de Shelley com seu tutor no dia seguinte a seu aniversário é tenso, impossível não ficar tenso com os próximos passos de nossas ratas. Impossível não esperar junto com Shelley a batida da polícia em sua porta. Muito bom. Livro para ser lido em uma noite. Pena não ter tido tempo para isso. Recomendo!
E o final é perfeito. Podia ser um filme.
Esdras 13/04/2016minha estante
Muito legal esse livro. Um belo exemplo de "bom e barato". haha


Renato 13/04/2016minha estante
Tinha dúvidas com relação a esse livro, mas essa resenha me convenceu, rsrs.


Regi 10/12/2016minha estante
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Eli Coelho 25/02/2017minha estante
Sou praticamente o unico que não gostou nada desse livro. Nem tinha muita expectativa, ainda assim achei decepcionante.




Kemilly128 15/12/2014

Surpreendente!
Eu não sabia exatamente o que pensar do livro... comecei imaginando uma coisa um pouco diferente do que realmente é. Não só por isso, me surpreendi MUITO com o desenrolar da história. Em alguns momentos foi difícil prosseguir a leitura durante a noite (sim, rs). Percebe-se muitos traços de "pessoas comuns": de tanto apanhar, resolvem bater. A frieza gradual vai aparecendo e nenhuma ponta fica solta durante a trama. Apenas o final deixou algo bastante implícito: aquilo não iria parar.
Infelizmente, o que é bom sempre tem um final, rs. Terminei a leitura em um dia e creio que foi minha melhor aquisição do ano!
Mila 15/12/2014minha estante
Fique com vontade ler o livro.


Kemilly128 15/12/2014minha estante
Milla, é excelente! Sério, aproveita que às vezes tá por R$4,90 na Amazon. Logo libero a resenha completa :D beijo!


Mila 15/12/2014minha estante
Minha lista de livros para ler só faz aumentar...rsrs.




Karina Matos 18/09/2014

Essa resenha foi publicada no blog Vida aos Vinte também.
Narrado do ponto de vista de Shelley, o livro conta a história dela e da mãe, duas pessoas que foram maltratadas a vida toda e que não sabem como se defender, apenas ficando acuadas diante de qualquer ameaça.

Depois de sofrer bullying por meses - que terminou num ataque violento - e ainda se recuperando do difícil divórcio dos pais, Shelley se muda com a mãe pra um chalé isolado, onde finalmente as duas começam a se recuperar das humilhações sofridas e passam a se sentir confortáveis em meio a livros e música clássica.

Mas na madrugada do seu aniversário de 16 anos, um estranho entra na casa e uma atitude de Shelley as obriga a sair de sua zona de conforto e encontrar uma saída pra a situação horrível que acabaram causando.

Gostei muito da forma como o livro foi escrito, com capítulos curtos e com finais que me deixavam cada vez mais ansiosa pra ler os próximos. Li o livro todo em dois dias, tamanha a minha curiosidade de saber o final! Acabei não encontrando o que eu esperava - uma reviravolta muito grande, eu acho -, mas também não me decepcionei. Não fiz muitas especulações sobre o que aconteceria, mas com certeza não teria pensado no final que o autor escreveu (que achei bastante criativo, devo dizer).

Esse livro me fez pensar sobre a natureza humana, sobre o que somos capazes de fazer diante de situações inesperadas. Shelley e a mãe são obrigadas pelas circunstâncias a agir como - arrisco dizer - jamais agiriam se aquele desconhecido não tivesse entrado em sua casa. Achei particularmente interessante observar as suas reações após o ocorrido e me peguei pensando como eu agiria se estivesse no lugar delas.

Senti falta de uma punição para o que fizeram, mas acredito que o autor tenha desejado passar algum tipo de mensagem com isso. Afinal, elas eram pessoas boas que, cansadas de serem maltratadas, passaram a se defender. Ainda que de forma extrema.

Por fim, foi um livro gostoso de ler, apesar da agonia que senti em alguns momentos. Bem escrito, com os detalhes necessários pra se entender a história e com o enredo bem desenvolvido. Recomendo. :)

Obs.: A capa tem um detalhe interessante: a parte preta onde está escrito "Ratos" é na verdade o verso da orelha. Quando se abre a orelha, fica o buraco que seria "a toca" dos ratos.

site: www.vidaaosvinte.com.br
Mari Pessôa 12/03/2015minha estante
Nossa.. Já quero ler!! Esse foi pra minha meta de leitura 2015.


Karina Matos 12/03/2015minha estante
Que bom Mari *-* Depois me fala o que achou!


Mari Pessôa 30/03/2015minha estante
Oi Karina, li o livro :), e o achei chocante!! A sua resenha descreve o que eu realmente senti quando o estava lendo... Fiquei super agoniada em algumas partes, louca pra saber como seria o final, e apesar de não ter tido punição, eu gostei da leitura como um todo. Agora, depois dessa leitura intensa, vou procurar um livro relax... só pra descontrair.
Bjos.




Giann0 29/02/2020

Que livrooooo!!!!
Simplesmente um livro que entrou nos meus "favoritos" da VIDA!
Simone.Amaral 29/02/2020minha estante
Vou ler Gihh... Pus na lista? after ALL, destes 5 estrelas ?


Giann0 29/02/2020minha estante
É MARAVILHOSO!!!! Depois me diz o que achou.


Simone.Amaral 29/02/2020minha estante
Combinado ??




João Victor 30/03/2024

Uau, não é meu tipo de leitura, mas confesso que esse me pegou do começo ao fim. A história é algo que pode acontecer com qualquer um e me deu ansiedade em vários momentos, amei ver a evolução das personagens que deixaram de ser ratos em suas vidas
30/03/2024minha estante
Muito bom!


João Victor 30/03/2024minha estante
Esse é ótimo




Mi 12/10/2011

Surpreendente
Comecei a ler o livro às 15h e terminei antes de dormir. A narrativa é absurdamente bem construída e a trama belissimamente arquitetada. Me surpreendi com a qualidade da obra. Impecável!
Annie 07/11/2011minha estante
Gostei da avaliação dissertativa! Quantas estrelinhas você daria??


Mi 10/11/2011minha estante
Tá avaliado! Tinha me esquecido! Beijo




Silvia 13/08/2012

É... e uma boa história, mas confesso que esperava um final mais emocionante... por exemplo ela reencontrar de fato as jets ou sua mãe ser contratada como advogada para ajudar na investigação da morte do ladrão, sei lá...
Não esperava toda aquela reflexão do final, que fica subentendida no decorrer do livro. Ao meu olhar como Psicóloga, quando ela consegue reconhecer que o "mau" também existe em si mesma, sente-se mais confiante para enfrentar os desafios, a vida...
Interessante!
Por outro lado, fiquei ainda com mais medo de ratos... kkkkkkk
cheledrum 03/10/2012minha estante
cacete... quanto spoiler tem ai?


Brenda 19/12/2012minha estante
Gentee cuidado não leiam esse comentário sem ter lido o livro, alerta de spoiler !




Sarah 15/12/2023

"Não era um rato falando"
Que livro bom!

A metáfora entre ratos e pessoas foi incrível. A tensão em diversos momentos é de angustiar e o final é uma delícia.

Acho forte a forma que é levada a violência, lembra muito aquela questão de que com uns achamos um absurdo e com outros conseguimos até criar justificativas por achar ser justo.

É um livro pequeno, bem escrito e puro suspense. Com certeza indico.
Samanta Samy 07/01/2024minha estante
Esse livro é um querido injustiçado pelo esquecimento, através dos leitores de suspense.


Sarah 07/01/2024minha estante
Sim! Muito injustiçado.




Patricia543 10/07/2018

Bom, mas poderia ser bem melhor
O livro Ratos estava em minha estante há muito tempo (comprado por um preço bem bacana pela internet) e finalmente o coloquei na meta de leitura deste ano.

Gostei bastante do início do livro, principalmente com a associação do animal que dá nome à obra com os personagens, sendo passivos, sorrateiros e desconfiados.
O lance do bullying é um fator muito importante na trama, em especial sobre quem o causa na protagonista - sem contar a forma como ele cresce nas atitudes (assim como se dá na vida real) e como um jovem realmente se comporta caso for vítima de um crime desses.

De toda forma, li o livro bem rápido. A escrita flui bem, mas admito que não consegui gostar da personagem principal (Shelley) - muita lamúria e reclamação: basicamente aquele temperamento de adolescente chata para cacete hahahaha.
Já da mãe de Shelley até que senti certa empatia sim, porque conheço o quanto dói um divórcio e o que acompanha ele.

Podia ser melhor? Com certeza. Acho que alguns pontos poderiam ter sido trabalhados, diminuindo boa parte das descrições da adolescente e da sua chatice infinita, sem contar trechos com personagens secundários que não serviram para nada.
Catharina.Mattavel 18/09/2018minha estante
Acredito que a personagem "reclamava" por conta do histórico, até porque não é fácil você se recuperar de uma queimadura na cara que fizeram em você sem motivo algum. Vi o livro mais como forma de desabafo da mesma que não falava nem com a mãe sobre isso, e a achei bem forte por aguentar tanta coisa (como por exemplo, coco de cachorro dentro do estojo dela).


Alexandre Magalhães 09/12/2018minha estante
Também não consegui gostar da Shelley, e achei ela muito ingrata e cheia de si. A mãe arriscou TUDO pra consertar as besteiras que a menina fez, e no fim ela termina se achando no direito de passar por cima dos sentimentos de qualquer um. Foi de um extremo a outro.




Adriano 31/12/2014

Protagonista Irritante demais.
Sabe aquele livro que você ler a sinopse e pensa "Opa, vai ser ótimo" e depois quando você começa a ler acaba te irritando? Sim, Ratos se encaixa muito bem nesse resumo.

A história conta história de Shelley e sua mãe (Que eu esqueci o nome, ou ela não tem já que a Shelley só chamava ela de mãe). Shelley sofria bullying de suas ex-amigas na escola, e sua mãe se divorciou. Elas, para se livrar de todos os seus problemas, se mudaram para um Chalé num lugar deserto. Tudo parecia ir tão bem, quando no dia do aniversário de Sherlley, um estranho invade o Chalé e faz as duas de reféns.

O que mais me deixou irritado no livro foi a protagonista, Shelley. Ela é daquele tipo de pessoas chatas que ficam falando toda hora "Mãe, o que fazemos?", "Mãe, ta pensando em que?", "Mãe, vamos fazer o que?", "Vamos ser presas mãe, o que faremos?" e etc. Isso me deixou com uma dor de cabeça de tanto ódio contra essa protagonista.

Outros fatores me deixaram irritados, tipo: Enche muita linguiça em certas partes. Mas tirando isso, a história e boa.

O livro é pequeno, 238 páginas. Mas demorei mais de 3 mesês para ler, já que a história não me cativou
ritita 11/03/2015minha estante
Ufa! Até que enfim alguém teve a mesma visão que eu deste livro. Quer falar sobre bullying, mas fala superficialmente, não aprofunda o assunto. Quer falar de solidão - superficialmente - Assassinato? Bobagem! Como a própria Shelley diz, totalmente surreal!




Lene 13/02/2015

Do profundo ao raso
As primeiras páginas foram um soco no estomago!Fique fascinada e indignada com maldade humana, porém, a medida que evoluía a leitura, o livro perdia intensidade..a trama foi ficando rasa...no final pareciam dois livros destintos.
Ideia boa, realmente os ratos uma hora saem da toca , mas mal executada.
2 estrelinhas e meia!
Eli Coelho 13/02/2017minha estante
Ainda não terminei, mas já li 80% e tenho a mesma impressão. É muita paranoia, pesadelo, sonho e especulação do que poderia acontecer. Ação mesmo tem muito pouco. Poderia ter umas 100 páginas a menos. Decepção.




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