Ratos

Ratos Gordon Reece




Resenhas - Ratos


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Kelly 05/10/2013

Genial !!!
Primeiramente preciso falar da arte da capa que é muito bacana , realmente tem um toca de rato na capa do livro , eu achei que esse toque final deixou o livro melhor ainda.
Bom , então vamos a ele né .

Ratos conta uma estoria interessantíssima sobre o mais puro , simples e forte sentimento humano , o medo. O medo de se impor , o medo de reagir diante de uma injustiça , o medo de dizer algo improprio .
Medo.

Shelley e sua mãe tem algo em comum , além do parentesco , elas tem personalidades muito parecidas na verdade iguais . Devido a isso a vida pra elas é bem difícil .
O pai de shelley foi embora de casa com sua secretaria muitos anos mais nova que ele ,deixando sua mãe praticamente sem nada , e ainda tentou ganhar a guarda de Shelley mas como com a idade de 15 anos ela já podia escolher , ela escolheu ficar com sua mãe e como punição ele simplesmente passou a ignorar a existência de Shelley.
Ele é advogado e conheceu a mão de Shelley quando ela começou a trabalhar para a mesma firma que ele , eles se apaixonaram e se casaram e assim que Shelley nasceu a exigência de seu pai foi que ela , que estava prestes a se tornar sócia da firma , abandonasse o trabalho para cuidar de Shelley , e como rato que ela era , acatou a ordem. e passou a ser uma dona de casa exemplar e uma mãe cuidadosa .

Já Shelley por sua vez sempre foi muito estudiosa e boa filha sempre se dedicou muito a artes e a boa literatura. Na escola passou por maus bocados com suas ex amigas de infância e sofreu um bullying pesado durante meses e que acabou culminando em ataque brutal que resultou em internação e afastamento permanente da escola .

em meio a essa atmosfera de medo e desamparo as duas resolvem se mudar para um lugar bem afastado da cidade para que elas pudessem ficar isoladas e para que elas não fossem perturbadas e na verdade para que pudessem se esconder . Quando tudo começa a melhorar e elas começam a ter uma vida , mesmo como ratos, feliz e agradável , algo terrível acontece ameaça essa já muito frágil alegria.

É ai que essas duas se vêem diante de algo tão complicado que não tem como não reagir , desse momento em diante ou elas deixam de ser ratos ou deixam de existir.

A forma como a mãe de Shelley lidou com os problemas que surgiram , como lidou com a situação principalmente no final do livro , me deixou de queixo caído , com tamanha perspicácia e me fez pensar em como uma mulher tão inteligente e com uma capacidade de raciocínio tão ágil pôde ser capaz de aceitar todas essas coisas , todas essas humilhações durante tantos anos .

E até Shelley que me irritou bastante , não durante o bullyng , depois que tudo ocorreu ela ainda mantinha um pouco das suas atitudes de rato , mesmo ela começou a mudar e no fim pude dizer que simpatizei com ela .

Pra resumir , o livro é ótimo , nunca tinha ouvido falar desse autor e fiquei encantada com a forma como ele conta uma estoria e de como ele desenvolveu a estoria através dos olhos de Shelley , adorei o livro e super recomendo .
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Jéssica 20/11/2014

Surpreendente
Pelos relatos de li antes de comprar esse livro, não esperava nem metade do que ele realmente é! A história te envolve de uma maneira arrebatadora, é impossível parar de ler. A forma como o autor trata a incapacidade das personagens de serem fortes e firmes, e as compara á ratos é simplesmente brilhante! Ainda não acredito que paguei meros 10 reais por esse livro!!
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Brayan 20/01/2014

Um Thriller de Opostos
Como definir em palavras o que esse livro me causou? Sinceramente, não sei como. Eu só posso dizer que é um livro chocante e eu não digo isso por apresentar cenas fortes e impactantes, porque em si não tem, mas pelo o que ele me fez pensar no decorrer da história. Pensando bem, chocante seria a palavra ideal.

O livro conta a história de uma adolescente, chamada Shelley, e de sua mãe que após passarem a vida toda sofrendo decidem se mudar para um chalé bem afastado de tudo e de todo o mundo. Tudo começa quando a Shelley passa a ser vítima de bullying na escola, e essa foi uma das melhores partes do livro pelo fato de apresentar e tratar o problema de uma forma bem real e coerente, a grande sacada foi que nós enxergamos essa situação toda pelos olhos da vítima e acabamos por entender melhor a magnitude desse mal que tanto assola as escolas. Além do bullying, a nossa protagonista ainda está passando pelo divórcio de seus pais e pela aparente rejeição que está sofrendo por parte do pai, que abandonou sua mãe para se casar com outra mulher mais nova. Essa situação também foi muito bem trabalhada, é possível sentir a dor dela pelo pai ter ido embora e, sinceramente, fiquei com muita raiva dele. Porque como se já não bastasse abandonar a família, ainda deu um jeito de prejudicar a vida profissional da ex-mulher.

Enfim, depois de tudo isso, as duas se mudam para o chalé madressilva onde finalmente parecem ter encontrado a paz. Shelley passa ter aula em casa e leva uma vida tranqüila com sua mãe cuidando da casa, lendo na janela do quarto e tocando flauta. Depois de alguns meses, o aniversário de dezesseis anos dela está chegando e tudo está muito bem, até que... tudo desmorona bem na cabeça de mãe e filha.

Bom, a narrativa é toda feita em primeira pessoa pela visão da Shelley. Em algumas partes do livro ela me incomodou um pouco devido a sua infantilidade, mas acho que isso foi necessário para que a gente pudesse acompanhar a evolução da personagem. Sua mãe é uma mulher doce, mas, assim como a filha, é muito tímida e prefere se esquivar ao invés de encarar os problemas de frente. E, assim como Shelley, evolui de uma maneira surpreendente no decorrer das páginas. Não se deixe enganar pela timidez das duas, elas tem muito mais força do que se imagina.

O desenrolar da história é de tirar o fôlego e te deixar absurdamente tenso. A escrita é envolvente e bem fluida. Uma outra coisa que me agradou foi que o autor traçou um paralelo entre a situação das personagens com um clássico da literatura, mas você vai ter que ler pra descobrir qual é. O final do livro foi bem satisfatório, mas não me agradou muito. Não sei explicar bem o porquê, mas acho que deveria ser algo mais impactante talvez.

Então é isso, um livro extremamente bom, que merece ser lido. Se você gosta de thrillers psicológicos, essa é uma boa pedida.

Algumas das minhas frases preferidas do livro:

"Saber o que aconteceu depois me faz pensar em como a aparência e o comportamento delas em relação a mim mudaram na mesma época. Sempre me perguntei se existia alguma conexão. Nossa aparência afeta nossa personalidade? Ou é nossa personalidade que afeta a nossa aparência? A pintura corporal para a guerra transforma um índio covarde em um guerreiro corajoso? Ou um guerreiro corajoso se pinta para mostrar sua crueldade? Um gato sempre parece um gato? Um rato sempre parece um rato?" (páginas 20 e 21)

"Penso que quanto maior o trauma, menos adequadas as palavras se tornam, até enfrentarmos o maior de todos os testes, quando apenas o silêncio parece apropriado." (página 27)

“Grande parte do que minha mãe era se baseava no que lia. Era isso o que a cultura de classe média criava? Pessoas formadas mais por aquilo que liam que pelas próprias experiências? (página 148)

"...não importa onde estejamos ou o que façamos, a Morte e o Horror estão sempre por perto. O desafio é seguir com nossas vidas e sermos felizes mesmo que sempre possamos vê-los, de relance e borrados, mas ainda reconhecíveis no fundo de cada cena." (página 236)
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Raquel 29/01/2014

BLOG SWEET CORNER: RATOS, DE GORDON RECCE
Shelley e a mãe estão procurando uma casa afastada para morarem e se esconderem após a separação da mãe e os ataques frequentes de bullying que Shelley sofria na escola, até que encontram o Chalé Madressilva, à meia hora da cidade. A casa é perfeita para as duas: é o esconderijo perfeito para os ratos habitarem e fugirem das más situações - ratos estes são as pessoas que se encondem dos problemas, que não enfrentam os medos e os agressores, ou seja, Shelley e Elizabeth (mãe de Shelley), que se autoproclamam como ratos. Mãe e filha, ao se acostumarem com a casa e a localização, passam a pensar que serão felizes novamente e livre de problemas, mas tudo muda com a chegada de um desconhecido no chalé no dia do aniversário de dezesseis anos de Shelley, e esta experimenta um novo sentimento, um sentimento que jamais pensou que pudesse sentir e realizá-lo, mas realizou. E é aí que a história começa a se desenvolver de verdade.


Não posso contar mais que isso da história, se não, quem for ler o livro, não sentirá o que eu senti quando li: a história era desconhecida por mim, pois nada é contado na sinopse, não há nenhum sinal fora do livo que indique o verdadeiro enredo. Na verdade há, sim, pistas sobre a história na capa, nas críticas e nas citações, mas que só é possível realmente decifrá-las quando já estamos na metade do livro. Então, a cada linha que eu lia eu me surpreendia com o quanto as protagonistas mudaram a maneira de pensar após o "presente de aniversário" da garota e o quanto eu percebia, junto com elas, que elas não eram mais os ratos que achavam que eram. A história, a cada página, fica mais tensa e cheia de suspenses, mas que logo são terminados no próximo capítulo - todos os capítulos são curtos, o que faz a leitura fluir bem.

Realmente, Gordon Reece fez um maravilhoso trabalho com a narrativa cheia de detalhes e descrições, deixando-a dinâmica e nenhum pouco cansativa. Aliás, ele não abriu mesmo a mão dos detalhes, pois além de dispo-los muito bem e com uma escrita coloquial, foi de extrema importância para entendermos os motivos de Shelley e da mãe dela terem feito o que fizeram e é entendendo esses motivos que me fez sentir uma vontade enorme de torcer por elas e pela felicidade das duas.

Além disso, não consigo acreditar que o autor é um homem, porque ele soube tão bem construir duas personagens femininas perfeitas que não pude deixar de perceber o quanto eu me identifiquei com os sentimentos de Shelley e a relação de mãe e filha das duas. Reece também me fez refletir se eu sou também uma rata e o que eu poderia fazer para inverter essa situação, caso eu fosse. É claro que eu não estou falando - para quem já leu o livro - que ele nos ensinou a cometer o que as duas cometeram, mas, sim, as atitudes que elas tomaram após perceberem que são capazes de enfrentar seus agressores.

Por fim, não posso deixar de citar a capa e a diagramação da edição da Intrínseca. A capa é perfeita e cheia de mistérios, e, como vocês podem ver na foto (foto no link do blog), há um desenho de uma toca de rato na parede vazado, ou seja, dá uma sensação de profundidade, pois o fundo do buraco é a aba da capa. Gostei muito também da fonte e do tamanho dela e há um espaçamento perfeito. A única coisa que eu posso reclamar do livro é da tradução da editora que tem vários erros de pronomes possessivos e que me incomodaram bastante, mas fora isso não tenho nenhuma reclamação, apenas um desejo: ler mais livros de Gordon Reece, que merece um prêmio por me fazer sentir tanto frio na barriga!

site: http://morethanaworld.blogspot.com.br/2014/01/resenha-ratos.html
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Kétrin 08/02/2014

Envolvente!
Shelley sempre teve uma vida normal e tranquila. Até que um dia os pais se divorciam e ela começa a sofrer bullying na escola.
O pai dela, um advogado de família, trocou a filha e a esposa por sua secretária, trinta anos mais nova que ele. Shelley se recusava a chamar de “nova mãe” quem ela poderia dizer que seria sua irmã mais velha. Mas claro que tudo isso não impediu que seu pai disputasse com a mãe de Shelley pela guarda dela. Mas ela queria desesperadamente viver com sua mãe, e foi o que aconteceu.
Shelley denomina ela e a mãe como “ratos”, porque ratos ficam entocados e coagidos, se escondendo.
As amigas de Shelley começaram a mudar, mudaram as roupas, os cabelos, começaram a usar maquiagem e a parar de dar importância as aulas, e então vendo que Shelley não mudou nada, continuava aquela menina esforçada nas aulas, manteve o mesmo penteado por anos, não perdeu a forma infantil em seu corpo e usava as mesmas roupas e calçados para ir á escola, começam a fazer bullying com ela. Mas tudo começa com comentários irônicos, até que as coisas saem do controle e quando Shelley viu, já estava sendo agredida fisicamente. Até que uma vez, as meninas colocaram fogo no rosto de Shelley e ela foi parar no hospital, ficou com cicatrizes na testa e no pescoço. E então, ela e a mãe decidem se mudar para um chalé afastado da cidade.

“... Afinal, éramos ratos. Não procurávamos um lar. Procurávamos um lugar onde pudéssemos nos esconder.”

Shelley estava tendo aulas em casa, estava indo tudo muito bem, até que um dia elas são assaltadas. A partir desse momento, suas vidas iriam mudar para sempre.
Em seu 16º aniversário que era pra ser o dia mais feliz, em plena madrugada a casa delas foi assaltada. O ladrão que por sinal estava bêbado e drogado, fez com que elas ficassem amarradas na cozinha enquanto ele “vasculha” a casa.

“... Agora, estávamos amarradas e aterrorizadas, esperando para descobrir se o assaltante drogado nos mataria ou nos deixaria vivas.”

Foi quando o assaltante já estava indo embora, que Shelley teve um sentimento estranho, ela precisava ir atrás dele. Como ela já estava se desamarrando, ela correu e pegou a faca que estava em cima da mesa e foi atrás dele...

"Quando um gato entra na toca dos ratos, ele não vai embora deixando-os ilesos. Eu sabia como aquela história iria terminar. Ele mataria nós duas."
O livro é envolvente e eu me comovi com a história de Shelley, tudo que ela passou, ver a família se destruindo, ter sofrido bullying por suas antigas melhores amigas, e logo depois quando ela pensou que teria uma vida nova, que tudo iria se acalmar, elas tem a casa assaltada e a partir daí tudo muda na vida delas. A escrita do autor é fantástica, te prende na leitura até descobrir o que acontece no fim, o livro da aquele gostinho de quero mais.

site: http://keetring.blogspot.com.br/2014/01/resenha-ratos.html
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Sergio 28/03/2014

Resenha "Ratos" - De Cara Nas Letras
Resenha

Do enredo: Shelley era uma criança como outra qualquer. Porém, com o passar do tempo e o crescimento das suas amigas (Jane, Emma e Teresa), que compunham o grupo chamado JETS (acrônimo do nome das quatro), ela se tornou um alvo. Por não se importar tanto com aparência e coisas fúteis como as colegas, Shelley virou vítima de bullying, começando com xingamentos e progredindo gradativamente, até chegar ao ponto de ocorrerem agressões físicas, na qual a última (e mais severa) se deu através de um "incêndio humano". Já sua mãe, Elizabeth, que antigamente era uma bela aposta como advogada, tornou-se dona de casa, pois seu marido (que supostamente não suportava o fato de a mulher ser melhor que ele) a obrigou a cuidar da Shelley e abandonar o emprego. Dezesseis anos de casamento foram por água abaixo quando o pai da protagonista pede o divórcio de Elizabeth porque se engraçara com a sua secretária, Zoe. Com a separação, quase tudo que era de ambos ficou para ele, e as duas, mãe e filha, se viram com pouco dinheiro, apenas com o necessário. Foi ai que decidiram se mudar para um espaço mais reservado, longe da cidade, onde não seriam incomodadas nem pelas agressoras de Shelley, nem pelo marido vingativo de Elizabeth. Elas queriam se esconder, como fazem os ratos: procuram um lugar escuro, longe de todos, para que possam se refugiar, evitando sempre os gatos. É ai que pinta o clímax do livro: no dia de seu décimo sexto aniversário, um ilustre desconhecido invade a casa, em busca de tudo que lhe possa dar dinheiro. O ladrão, que possui um facão de caça, amarra as duas em cadeiras na cozinha, e é daí que o enredo se desenrola.

Do exemplar: Não posso reclamar das edições da Intrínseca. Todos os livros que possuo desta editora são incríveis. O acabamento do livro é perfeito. Uma das coisas que amei é que a capa é furada (em forma de uma toca de rato), e a orelha realiza o complemento, dando uma espécie de profundidade ao buraco. Quanta criatividade! As folhas são amareladas, excelentes para uma leitura mais extensa, com fonte agradável e tamanho da letra normal. Vale salientar que adquiri meu exemplar por R$4,95 em uma promoção do Submarino! Fiquem de olho... há muitos livros bons por preços bem acessíveis. Não deixem passar descontos assim - leitores não vivem apenas de best-sellers.

Do autor: Gordon Reece é um autor/ilustrador nascido no Reino Unido. Estudou literatura inglesa no Keble College, em Oxford. Autor de Graphic Novels e diversos livros infantis ilustrados, Ratos é seu primeiro romance.

Minhas impressões: Com o desenrolar do enredo, fui percebendo que o autor se excedeu um pouco em algumas cenas. A prática de bullying, por exemplo, me fez pensar um pouco. Será mesmo que existe alguém cuja infância você dividiu capaz de atear fogo em seu cabelo? Achei um pouco forte e improvável. Muito ódio para pouca causa, sabe? Shelley e a mãe são fracas no início, o que me fez pensar que seria assim até o fim. O livro dá muuuuitas reviravoltas, algo que é bom: deixa o leitor ansioso para saber o que acontecerá. Comprei o meu exemplar por estar barato e por me interessar pela sinopse dele. Comecei a leitura sem expectativas, para não acabar me frustrando. Devo dizer que este livro me surpreendeu. Os R$4,95 foram muito bem pagos. Para ser sincero, esta foi uma das minhas melhores aquisições literárias, tendo em vista o custo-benefício.

site: decaranasletras.blogspot.com
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Rafaela 01/05/2014

Shelley e sua mãe vivem no Chalé Madressilva, a meia hora da cidade. Elas se mudaram para lá devido aos problemas de bullying e quase morte pelas quais Shelley passou. As culpadas: Teresa Watson, Emma Townley e Jane Ireson. Essas garotas eram as melhores amigas de Shelley, e o grupo era conhecido como JETS, porém, por volta dos catorze anos, as garotas começaram a mudar, tanto em aparência como em comportamento, e Shelley foi a única que ficou ''parada no tempo'', sendo a mesma de sempre. As ex-amigas começaram então a atacá-la, ferindo a físicamente e sentimentalmente, até que o pior ataque de todos acontece.

Depois dessa experiência de quase morte ela deixa a escola para estudar em casa, e sua mãe vende a Propriedade Matrimônial. Mudar-se é um grande alívio para Shelley, já que ela quer deixar as lembranças ruins para trás, inclusive em relação ao seu pai. Seu pai, um advogado, trocou as duas por sua secretária sexy, apenas dez anos mais velha que Shelley. Após recusar a guarda de seu pai e decidir morar com a mãe, ele as deixou sem dizer adeus.

''Sei que sou um rato e que estou me escondendode todos em meu ninho aconchegante, atrás dessas paredes, mas minha vida de rato é repleta de todas as coisas boas que existem: arte, música, literatura...amor.
Pode ser apenas uma vida de rato, mas é uma vida boa, uma vida rica, uma vida maravilhosa.''

O Chalé Madressilva representa então um ponto de conforto, onde elas podem se esconder do mundo exterior, assim como os ratos fazem. Passam as noites tocando música e tomando chocolate quente, no conforto e felicidade de seu refúgio. Porém, na noite de seu aniversário de dezesseis anos, ambas vão se deparar com uma situação que mudará o curso de suas vidas e as transformará para sempre.

Ratos é o livro de estreia de Gordon Reece. A obra não é muito conhecida, mas é arrebatadora. A escrita é fluída e você lê o livro correndo a fim de saber o que acontecerá no final, o destino de mãe e filha.

A narrativa é feita em primeira pessoa, pela própria Shelley. Ao mesmo tempo que temos pena da garota pelo que lhe ocorreu, a vemos como alguém a se temer, pois suas atitudes nos deixam boquiabertos. Ela é uma personagem que realmente consegue nos deixar em um conflito de sentimentos.

Um ponto muito positivo é que tudo pelo que Shelley passou vai refletindo-se na sua personalidade, e ao longo do livro percebe-se que ela apresenta um crescimento e um amadurecimento, não ficando naquela mesmice de ser sempre a vítima, de acreditar que a vida como um rato é maravilhosa, mas de poder também mudar o curso de sua história. Tanto que no final, ela toma atitudes realmente surpreendentes, resolvendo seguir uma nova vida, provando que não se precisa viver como um rato para sempre.

A história é bastante brutal, tanto em relação ao que aconteceu com Shelley e com o que ela fez. Todo esse tema de bullying que o livro aborda também é muito necessário para nos fazer refletir, consequentemente nos mostrar quais os limites que cada pessoa consegue aguentar, e quando ultrapassados, as atitudes são devastadoras.

A mãe de Shelley também está enfrentando os seus ''problemas'', e é interessante ver que as duas conseguem crescer juntas e sairem de suas tocas, mudando a visão da sociedade sobre elas.

A capa é linda, tendo um recorte, sendo que o título ''Ratos'' está escrito na aba interna do livro. Além de ser um belo trabalho gráfico, a capa é um pouco assustadora à primeira vista, mas nos remete bem ao tema do livro, a casa dos ratos, seu confortável lar, manchado de sangue. Recomendo muito a leitura.

site: http://eterna-leitora.blogspot.com.br/2014/04/ratos-gordon-reece.html
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Sarah 05/05/2014

Resenha no blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
"Docilmente, aceitamos, submetemo-nos, calamo-nos, não dissemos nada, não fizemos nada, porque a mansa submissão é tudo o que os ratos conhecem".

Shelley e sua mãe são como ratos. Elas já sofreram muito, mas aceitam as coisas e se escondem, não reagem à tudo que é jogado sobre elas. Depois de sofrer com o doloroso divórcio de seus pais, Shelley sofre um atentado extremamente violento na escola, e as duas se refugiam em um chalé no campo, distante de tudo e todos. E começa um período mais feliz, com conversas tranquilas, e um sentimento de segurança.

Entretanto, no aniversário de 16 anos de Shelley, algo acontece, algo terrível. E isso muda tudo. Um sentimento diferente surge em Shelley, e acaba por surpreende-las. Será que tudo que acreditaram ser não é verdade? Será que ratos só se escondem, ou podem ter outras facetas?

Comprei esse livro porque vi um outro blog falando sobre ele (não lembro qual, infelizmente) e acabei vendo alguns dias depois que estava em promoção na Amazon. Comecei a ler um pouco depois de comprado, e não consegui soltar. Fiquei super ansiosa para saber o que o autor destinou às duas, se finalmente os sofrimentos terminariam. E o que aconteceu me surpreendeu.

Shelley é uma menina tímida, que se vê presa em uma situação terrível: bullying. Por se ver como um rato, e ter medo de tudo, não conta para ninguém o que acontece, e acaba chegando em uma situação terrível, que faz com que algumas coisas em sua vida mudem, incluindo a mudança para o chalé. Sua mãe passou por um divórcio terrível e agora suporta um emprego que praticamente a escraviza para sustentar as duas.

Ratos foi o primeiro livro do autor, e fiquei bastante impressionada. A caracterização dos personagens é excelente, e a narrativa é maravilhosa. Conseguiu me tirar da minha zona de conforto e me fez pensar muito. Quantas pessoas consideradas "ratos" conhecemos? Vivemos em uma realidade em que é difícil ver alguém lutando por seus direitos, e a reação mais vista é a de "deixar para lá". Ao mesmo tempo que é triste ver esse tipo de coisa, me pego pensando em até que ponto podemos ir para defender nossos interesses, e até que ponto podemos aguentar o que acontece passivamente.

O livro batalha bastante nesse ponto, e apesar de não concordar muito com a atitude das personagens, consigo entendê-las. Todos temos um limite, e nem sempre testá-lo é uma boa coisa. O modo como a história muda foi muito bem estruturado, e as personagens se mantiveram coerentes. Adorei o livro, e o recomendo, mas principalmente para uma leitura crítica. Não é o tipo de livro para se ler e pular para o próximo, uma reflexão seria essencial. Vou acompanhar o autor e esperar que lance outras obras tão boas quanto essa.

site: http://www.sincerando.com/2014/01/ratos.html
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DR. Robbins 14/05/2014

Surpreendente

Ratos, um estado de espírito, um modo ser, ser um rato significa fugir, sentir muito medo de coisas as vezes insignificante, nesta obra vemos até quando uma pessoa considerada um rato aguenta, crescemos com os personagem e ganhamos uma nova perspectiva de vida, nos tornando melhores do que simples ratos. Vemos que em nossas vidas estamos cercados de situações onde somos colocados ao limite, onde o bullying e preconceito são considerados normais, o modo pesado como isto é relatado neste livro se diverge dessa normalidade mostrando o lado daquele que sofre o bullying, mas até quando esse rato, aguenta? o quanto esse rato cresce com isso? Afinal "Até ratos tem seu limite."
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Leafar 09/07/2014

O Bullying levado ao extremo.
Um dos livros mais interessantes que li em minha vida, aborda um tema usual nos tempos modernos. Tem uma linguagem bem simplista e que te prende do começo ao fim. No decorrer da leitura você acaba percebendo como a protagonista sai de um estado passivo e começa a adquirir uma nova personalidade totalmente diferenciada daquela no começo do livro. Muito bom! Recomendo a leitura.
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Vivi 13/10/2011

Intrigante
Ratos leva o leitor a extremos, momentos fiquei com no na garganta e em outros estava completamente eletrizada. Uma leitura rápida e intensa. Um livro que e difícil para de ler, cada final de capítulo faz querermos mais. O final plantou um sorriso de lado nos meus lábios. Ainda assim confesso que esperava um pouco mais do livro, na verdade achei que ele tomaria outro desfecho, mas nada que tenha atrapalhado na minha avaliação, acho que é simplesmente meu ponto de vista sádico para as coisas.

Enfim, não posso me alongar muito falando sobre o livro para não revelar spoilers, apenas que vale muito apenas ser lido, uma ótima opção para quem esta, como eu, cansado(a) do mundo sobrenatural. Aqui você vai encontrar pessoas normais de carne, osso e sangue.

Confira aqui a resenha completa: http://www.filmeslivroseseries.com/2011/10/ratos.html
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Annie 07/11/2011minha estante
Palavras bem colocadas.




Aline Stechitti 25/07/2014

Imprevisível!!
Eu não acredito que dei 5 reais nesse livro! Ele é bom demais! Não é uma maravilha da literatura, claro, mas é muito, muito bom! Ele te prende do início ao fim! A história de uma menina de 16 anos que sofre bullying muito grave e se muda com a mãe (após o divórcio dos pais) para uma casa no campo. Ambas são "ratos", são pessoas que fogem de problemas, que tem medo de tudo, se escondem, aturam injustiças, não enfrentam, etc... Mas algo horrível acontece nesse casa nova que muda a vida delas. Eu imaginava tantas e tantas coisas que não entendo quem diz que o livro é previsível. A cada página eu tinha uma surpresa, nada saía como eu imaginava.
A escrita é boa, muito inteligente, só senti falta de mais diálogos e de um final melhor, arrebatador talvez, como toda a história é. Mas acabou como eu queria, então tá bom. A história poderia ser mais longa também, porque é muito gostosa de ler, muito, muito intrigante! Poderia ter abordado mais o bullying que aconteceu antes, a separação, e tudo o mais... É uma pena ter sido contada tão rápido, queria mais! Recomendo mesmo! O que acontece na casa é surreal e a mudança das personagens também. Verdades tacadas na cara, frieza, sinceridade nua e crua na narração. Bom livro! Recomendo muito para quem gosta de suspenses!

site: http://alinestechitti.blogspot.com.br/
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Theo 08/08/2014

Surpreendeu
Me surpreendeu positivamente, comprei ele por menos de 10 reais, não dava nada por ele e quando resolvi ler, me surpreendi.
A historia te prende e a narração vai direto ao ponto, sem rodeios.
Vale a pena lê-lo, um bom livro.
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Lucas 30/08/2014

Ratos
'Quando um gato entra na toca dos ratos,ele não vai embora deixando-os ilesos. Shelley sabia como aquilo ia terminar. Ele mataria elas duas'.

Shelley e a sua mãe,Elisabeth,foram maltratadas a vida inteira. Elas têm consciência disso,mas não sabem de que forma reagir -são como ratos,estão sempre entocadas e coagidas. Mas o rumo dessa história tem reviravoltas depois que um homem entra em seu chalé muito distante da cidade. Seria para mata-lás? ou só roubar?

É uma história incrível, com suspense do início ao fim. É um livro pouco conhecido,com uma história sensacional que todos precisam ler. Um thriller que tem muitas reviravoltas na vida de Shelley e Elisabeth.
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Ana 06/09/2014

Ratos - Gordon Reece
O livro Ratos do autor Gordon Reece está entre um dos livros mais dramáticos que eu já li e vai falar sobre Shelley que tem 15 anos e sua mãe, elas sofreram a vida toda, seja através de bullying do qual Shelley foi vitima na escola ou do casamento infeliz de seus pais. O inicio do livro situa o leitor na vida das personagens, contando os fatos que levaram as duas a se mudarem para um chalé distante da cidade. E na noite em que Shelley faz dezesseis anos um estranho invade a casa e mãe e filha tem que lutar por sua sobrevivência, os eventos que se seguem acabam por mudar a visão que as duas personagens tem de si mesmas.
Sabe quando um livro é capaz de afetar tanto, que mesmo depois de lido, você ainda se surpreende pensando sobre a capacidade humana para tomar certas decisões e agir de acordo com tais escolhas? O livro mexeu comigo de uma forma quase inexplicável. Quando as personagens agem da forma que você, que está lendo o livro deseja que hajam, mesmo sabendo que em uma situação real, provavelmente você não teria coragem de agir, e ainda assim se surpreende com as atitudes.

Quer ler o final da resenha? Acesse http://drunkculture.blogspot.com.br/2014/07/resenha-ratos-gordon-reece.html
Esta resenha foi escrita por Ana Cristina, colunista do blog 'Drunk Culture', e a reprodução integral ou parcial da mesma é proibida. Plágio é crime.

Drunk Culture
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