Robson 21/04/2014Cadê a magia?Capas bonitas e sinopses atraentes. Isso é tudo que um livro precisa para vender aqui no Brasil e com “Glimmerglass” não foi diferente. Trazendo a promessa de fazer um bom mix de problemas familiares e fadas (sim, os faes estão com a bola toda), Jenna Black inicia sua trilogia faerica com o pé esquerdo.
Confesso que, antes de realmente me afundar no universo fantástico da série Faeriewalker, o primeiro livro passou longos dois anos parado na estante e já emendo aqui: ele deveria ter ficado lá.
A escrita de Jenna não é das melhores, ela não conseguiu me empolgar através da visão forçada de Dana. Durante todo o desenvolvimento do livro eu só pensava que a autora não tinha jeito algum para “se tornar uma adolescente”, ela não me convenceu e isso acabou tornando a leitura maçante e chata. Acreditem se quiser, eu não marquei um quote sequer.
Quando eu vou ler um livro de fadas, principalmente um em que o mundo mortal e o mundo fae se encontram, eu espero uma boa dose de magia, regada a seres extravagantes e fora do comum. Mas... olhem a decepção: a magia é praticamente inexistente (além de alguns truques bobos para destrancar portas ou calar a boca irritante da Dana) e os seres de Avalon (o lugar onde o mundo fae e o mundo mortal se encontram) são praticamente humanos!
O desenvolvimento de “Glimmerglass” é bem arrastado e em vários momentos a autora se perde, evidenciando questões pouco necessárias e que em grande parte são apenas birras da protagonista principal. Claro, o livro teve alguns momentos bons que conseguiram me prender e em alguns momentos até tive esperanças de que a história começaria a caminhar.
Uma premissa boa que foi desperdiçada, unida a personagens previsíveis e em grande maioria, chatos.
Só irei comentar sobre Dana, pois eu tenho que expressar toda a minha raiva por ela. O que Jenna Black tinha na cabeça ao criar uma personagem tão irritante e egoísta como ela? Essa é uma perguntar que eu fiz a mim mesmo durante toda a leitura. Desde o primeiro segundo de leitura Dana me irritou, provando ser extremamente infantil e egoísta (vocês vão citar que eu gosto da America e tals, mas a American não chega nem aos pés de Dona). A personagem simplesmente acha que, pelo simples fato de ela ser a chave pra tudo porque é a tal Faeriewalker (previsível, não?), todo mundo deve fazer o que ela quer.
Em meio à vasta quantidade de livros sobre faes, este tem um plot bem original, mas que foi muito mal desenvolvido.
O final do livro caminhou de forma boa, até de fato chegar ao final! Tudo desandou mais ainda e agora eu realmente não sei se devo ou não continuar a trilogia (Lembra da coisa das capas bonitas? Pois é, eu comprei todos os livros), mas eu não indico que ninguém inicie-a.
P.S: A revisão da Universo dos Livros está péssima, só perde para a revisão da editora ID.
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http://www.perdidoempalavras.com/resenha-glimmerglass-faeriewalker-1-jenna-black/