O Vermelho e o Negro

O Vermelho e o Negro Stendhal




Resenhas - O Vermelho e o Negro


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Thiago Macedo 10/09/2013

BRILHANTE
Estará eternamente no hall dos melhores livros que já vi na vida. Rico, agregador, filosófico, emocionante, impecável. Julien Sorel é o personagem mais humano e mais imprevisível que tive o prazer de acompanhar em uma leitura, simplesmente um dos melhores protagonistas de toda história da literatura. 600 páginas que valeram a pena.
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Ricardo.Borges 20/01/2023

Dramático demais
Um livro longo, com mais de 620 páginas, narrando a curiosa trajetória de Julien, um jovem francês que sai de casa para estudar no seminário e vê sua vida se misturar em paixões e intrigas políticas dignas de D?Artganan e os 3 mosqueteiros.
Há muitas acontecimentos diferentes ricamente narrados e descritos ao longo dos quase 50 capítulos da história, e, talvez por isso, tive a sensação de que a história acabou de repente.
Senti falta, também, de momentos maiores de protagonismo aos personagens secundários, para tirar um pouco o foco do ponto de vista de Julien.
Por ser um clássico, dou um desconto, afinal o ritmo de escrita e leitura varia exponencialmente ao longo dos anos.
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anapaivapaula_ 10/07/2022

?Tenho culpa se os rapazes da corte são tão adeptos das conveniências, e empalidecem só de pensar numa aventura um pouco diferente? Uma viagenzinha à Grécia ou à Africa é para eles o máximo da audácia, mesmo assim só sabem andar em bando. Basta que se vejam sozinhos para que tenham medo, não da lança do beduíno, mas do ridículo, e esse medo os enlouquece.?
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Gheysa 06/12/2020

?O vermelho e o negro?, um dos livros que mais gostei de ler em 2020, é um cla?ssico france?s que conta histo?ria de Julien Sorel, um jovem bonito e muito inteligente, fa? de Napolea?o Bonaparte, persona non grata na Franc?a de 1815.

Afeito aos livros e ambicioso, Julien na?o se interessa pelo trabalho do pai, que e? carpinteiro, e e? rejeitado por sua fami?lia.

Assim, o jovem ve? na igreja uma possibilidade de ascensa?o, e posteriormente acaba entrando no seio da nobreza.

Na verdade Julien e? um desencaixado, ele despreza os burgueses, o clero, a nobreza, mas ao mesmo tempo sente necessidade de ser aceito e tomara? atitudes contra sua pro?pria natureza em virtude dessa possibilidade de aceitac?a?o.

E? um personagem ambi?guo e Stendhal (o autor) na?o o poupa e expo?e todos os pecadilhos que o tornam humano.

Ao mesmo tempo Sorel e? fruto da sua sociedade e do seu tempo, e ao expor a natureza do personagem, o autor tambe?m nos apresenta as fragilidades da pro?pria sociedade francesa daquele peri?odo, criando, assim, um cla?ssico extremamente rico.
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MR.Santi 26/03/2015

O espelho do real
“Pois bem, senhor, um romance é um espelho que se carrega ao longo da estrada. Tanto pode refletir para os seus olhos o azul do céu como a imundície do lamaçal da estrada. Por acaso o homem que carrega o espelho em sua sacola poderia ser acusado de imoral? Seu espelho mostra a sujeira e o senhor acusa o espelho? O senhor deveria acusar o longo caminho onde se forma o lamaçal e, sobretudo, o inspetor das estradas que deixa a água apodrecer e o lodo se acumular.” Esta é uma metáfora utilizada por Stendhal em seu clássico O vermelho e o negro. Um dos primeiros aspectos que se pode notar, assim, é a utilização de tópicos do contexto político na obra.
Stendhal é o pseudônimo de Marie-Henri Beyle, nascido a 1783, em Grenoble, França. Sua vida foi entremeada por um árduo caminho de tropeços nas relações pessoais e seu reconhecimento foi adquirido apenas post mortem. Foi subtenente no governo de Napoleão e participou como intendente das campanhas napoleônicas na Áustria, Rússia e Alemanha. Com a queda do império, passou a dedicar-se ao sonho literário. Escrevendo pelo menos duas páginas por dia, fosse de adaptação, tradução ou invenção, Stendhal chegou ao ápice de sua produção literária, com o lançamento de O vermelho e o negro, em 1830. É nomeado cônsul e vai para Paris, onde, em 1842, morre de um ataque de apoplexia.
Esta obra-prima do escritor acompanha a vida Julien, um jovem plebeu de 17 anos, estudioso do latim e que sabe a Bíblia de cor, que passa a ser o preceptor dos filhos do prefeito de sua cidade, Verrières. Rapidamente, Julien conquista a simpatia da sra. de Rênal, mulher do prefeito. Esta simpatia transforma-se em hesitações e culmina com os dois tornando-se amantes. Julien, então, deixa a cidade para continuar seus estudos em um seminário em Besançon até que, por intermédio de um padre que tomara-lhe como protegido, torna-se secretário do marquês de La Mole.
A segunda parte do romance começa em Paris, na mansão de La Mole. Julien atrai as atenções de Mathilde de La Mole, filha do marquês, e decide experimentar até que ponto pode exercer influências sobre a monarquia, sentimento que o acompanha durante toda a história. O intenso jogo amoroso e de orgulho estabelecido entre os dois culmina em um relato da sra. de Rênal sobre seu caso extraconjugal com o jovem. Ferido em seu amor-próprio, Julien resolve matar a sra. de Rênal em uma missa. Os tiros apenas a ferem e ele vai preso, assumindo seu crime.
O vermelho e o negro apresenta-se como uma obra extremamente equilibrada e harmoniosa, feito atingido pelo autor através de uma prosa objetiva e sem floreios. A narração segue seu curso naturalmente, encadeando ações e acontecimentos sem que o leitor se antene às gigantescas modificações que o escritor vai esculpindo pela história. As descrições breves e precisas complementam o quadro criado pelas ações, diálogos e monólogos interiores. A imagem dos personagens não é fornecida ao leitor através de um narrador exterior, mas através dos próprios personagens: o que falam, fazem e pensam, como falam, fazem e pensam.
A obra possui máxima lucidez, relatando, com fidelidade, os aspectos da vida social francesa de meados do século XIX. Seu romance encaixa-se perfeitamente em todo um plano histórico, sem o qual é impossível compreendê-lo. A estratificação social, as condições econômicas, o curto período pós-Napoleão e pré-Revolução de Julho, montam com excelência a Crônica de 1830, subtítulo aposto pelo editor.
Mesmo a história pessoal de Julien é inspirada em fatos verídicos. O ponto de partida de Stendhal foi o caso de Antoine de Berthet, muito repercutido na época. Assim como Julien, Berthet era um belo jovem enviado pelo padre ao seminário. De lá tornou-se preceptor na casa do prefeito e mais tarde, segundo as intrigas locais, amante de sua esposa. Deixou a casa e, tempos depois, conseguiu outro cargo de preceptor e nova demissão devido a um envolvimento com a filha do senhor. Após um período acusando por cartas a sua primeira amante, Berthet dá dois tiros nela, durante uma missa, e depois tenta se matar. Os dois sobrevivem e o jovem é condenado à morte.
Pode-se notar, portanto, que Stendhal monta um quadro diegético como se para colocar as situações em perspectiva histórica. As condições políticas e sociais estão intimamente enredadas na ação, são parte inseparável dela. Fazem uma conexão exata entre a ficção e o real que poucas obras conseguem realizar. Atinge uma narrativa precisa, gradual, que passa a imagem de um acompanhamento passo a passo da vida real no século XIX.

site: http://prosaicu.wordpress.com/
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booksdalaus 24/12/2023

O vermelho e o negro
Principal obra de Stendhal e uma das mais importantes da literatura francesa, O vermelho e o negro é a um só tempo romance histórico e psicológico, uma inédita mescla de crônica social e incursão na natureza humana.

O vermelho e o negro conta a história de Julien Sorel, um jovem pobre e talentoso que, nos convulsivos anos de 1830, deixa para trás sua origem provinciana para circular entre as altas esferas da sociedade parisiense.
Mas o passado é traço difícil de apagar, e tão fortes quanto a determinação de Julien são as paixões que o dominam: o jovem tenta sufocar lembranças pessoais e a admiração ardente que nutre por Napoleão, figura non grata nos salões burgueses da Restauração, mas o faz em vão.
Crônica mordaz de seu tempo e romance inaugural do gênero psicológico, não é à toa que esta obra cumpriria à risca o destino vaticinado por seu autor, vindo a ser compreendida apenas muitos anos após sua publicação.
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Raul 04/06/2023

Um Romance do Século XIX
Longe de qualquer estereótipo possível, Sthendal nos presenteia com o retrato da sociedade francesa à época, nos apresentando personagens em conflito com a própria realidade. Não me foi uma leitura fácil, pois não se flui em ações, mas por decisões de ordem política do próprio Julien Sorel, filho de carpinteiro, admirador de Napoleão Bonaparte (fato que ocultava de todos, pois vivia a época da queda do império napoleônico). Enfim, dentre os caminhos traçados por Sorel, temos uma narrativa concisa, pautada na realidade da época e com um final surpreendente. Vale a leitura!
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Cello 19/08/2021

É diferente de muita literatura da época. Dá pra ter uma bela idéia de como era os costumes e preconceitos da França no século XIX. Gostei!
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caiohlp 04/08/2022

Ode ao ordinário
O Vermelho e o Negro é mais que um dos melhores romances de época existentes na literatura, é um instrumento de análise da mesquinhez humana, das hipocrisias arraigadas nas entranhas da sociedade, é o retrato falado das convenções mais indecorosas, do egocentrismo exacerbado. Sthendal entende cada minúcia necessária para projetar o leitor nessa escabrosa trama, nada nesse livro é por acaso e nenhum grupo se salva do vexame, de maneira perfeita as denúncias dão ritmo à atemporal corrupção mundana, cuja marca profunda é a repetição histórica. No consórcio, entre as mordazes críticas e os pormenores do amor, o livro pós napoleônico, propriamente histórico, ganha um caráter universal, que o garante, obviamente, entre as melhores obras já escritas pela humanidade. É com esse toque de perícia e lirismo, que o autor cria um protagonista marcante e singular, daqueles que ressoam por séculos e abrilhantam o hall dos inesquecíveis, homenagem essa mais que justa para ambição de nosso Julien, que por gerações brilhará e muito além de Verrières e Besançon.
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Sidney.Prando 18/07/2021

“Ele era mais excitado pela sua imaginação do que arrastado pelo seu amor”

Ambientalizado em uma cidade fictícia no interior da França antes da revolução de 1830, o livro, O VERMELHO E O NEGRO, tece suas raízes tão fundo nos vícios de uma sociedade que a obra reverbera todas as nuances das classes sociais.
Julien, um jovem intelectual e filho de um carpinteiro, é dentre os demais irmãos o menos dedicado ao trabalho braçal, encontrando nos estudos uma desculpa para faltar as demais obrigações. O moço também é admirador confidente de Napoleão Bonaparte, detalhe que o colocara em saias justas. O estopim na vida pacata de Julien se dá com o convite para ser preceptor dos filhos do prefeito, o que é alcançado graças ao seu Latim fluente e memória eidética de trechos inteiros da bíblia. É nesta casa acolhedora que ele terá seu primeiro contato com a Sra. de Rênal, esposa do prefeito, a qual ira enredar a mente jovem e ambiciosa do jovem.
Além disso, circunstancias o levarão a fugir, a buscar abrigo em um seminário e outras o levaram ao berço de uma nobre família de Paris, os “La Mole”. Consequentemente, Julien verá nessa família uma nova chance de ascender socialmente. Sua ambição não tem limites, e dessa vez Mathilde será a destinatária desse sentimento. Um livro clássico, com personagens marcantes e um final de tirar o ar.

Para mim, Julien é um dos personagens mais complexos aos quais tive contato. Ele vem de uma família humilde, é bonito, intelectual e não possui limites para a sua ambição. Logo, é fácil discernir que ele almeja tudo e que tudo é de certa forma, insuficiente.
Muitas vezes altruísta, o jovem não se mostra da mesma forma para o amor, mesmo que essa palavra não signifique muito para ele. Por diversas vezes Julien se vê em um impasse frente aos seus sentimentos, amor e ambição, chegando a confundi-los (detalhe que é marcante em suas muitas reflexões acerca da Sra. de Rênal ou Mathilde). Entretanto, o desejo de posse fala muito mais alto que seus sentimentos, e uma infelicidade o colocara a par de seus erros e de seu destino pouco esperado pelo leitor, mas digno de um romance de Stendhal.


site: https://www.instagram.com/p/CRG-PDfNUHi/?utm_source=ig_web_copy_link
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prof.vinic 20/08/2021

Vermelhor (exercécito) e o Negro (batina) ...?
Basicamente não sei o que achei deste livro! Durante a leitura eu gostei muito e ao mesmo tempo não suportava mais ... alguns trechos me deixaram no limite de abandonar! O problema é que o livro é super recomendado, um clássico da literatura mundial e um dos maiores expoentes do romance histórico psicológico ... eu tinha que ler.
Explico melhor meu problema, o enredo é interessante mas não consegui me ligar verdadeiramente ao Julien Sorel, embora eu estava realmente curioso para saber como sua história se desenvolveria até o final. A maior prova disso foi o tempo além do usual que gastei para ler a obra, ficando semanas sem vontade pegar o livro.
Mas vamos à história, inicialmente o jovem Sorel (embora o livro acabe com ele aos vinte e poucos anos, jovem portanto) vive sonhando com a glória igual a de Napoleão. Mas a dura realidade é jogada em sua cara e a vida tem que ser vivida. Para mim é a melhor parte do livro, reconheci o jovem-eu em sua visão do mundo, simplista mas realista para a idade e época. Esta linha vai até o momento em que ele se torna pretor dos filhos do prefeito de sua cidade provinciana ao sul da França, sendo a primeira grande virada em sua vida.
O enredo é recheado destas viradas, deixando o futuro de Julien sempre como uma grande incógnita. Mas, ao mesmo tempo, os detalhes meticulosos do ambiente ao seu redor deixa a história um pouco lenta de mais (a parte do seminário foi sofrível para mim).
Durante todo o livro ocorre citações de acontecimentos reais que mudaram a história da França naqueles anos 30 do século XVIII, mas o autor opta por não situá-los e nem mesmo nomeá-los. Só lendo sobre o livro pela internet que descobri que uma determinada passagem durante a segunda parte do livro (um encontro secreto, você saberá do que estou falando) se tratava da organização da Revolução de Julho de 1830 (Revolução das Três Gloriosas) que viria a derrubar o rei francês no período da restauração pós Império Napoleônico ... interessante, né? Pois então, o autor não fala sobre isso!
Mas repare que ainda assim o livro não é ruim, apenas que para mim o autor se focou em temas que me interessam menos do que os que ele deixou de lado ... possivelmente eu li o livro errado!
Resumo da ópera, é um bom romance psicológico, com uma trama instigante e recheado de reviravoltas ... mas não me empolgou tanto assim.

ps.: nunca foi explicado do porquê do nome deste livro, deixei no título a melhor interpretação que achei por aí ... o dilema do Julien entre suas fantasias napoleônicas (exército) e os estudos (batina).
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Paula.Gardini 27/04/2017

tá, Julien Sorel- moleque (19anos) pobre, chato, pobre(talvez a melhor qualidade dele), chato, mala, inteligente, arrogante, com duas namoradas: a Sra de Renal, frágil, sensível e sonhadora, mas casada e Mathilde: rica, culta, comprometida (noiva), revoltada com a burguesia em que vive.Qual das duas vai ficar com o prêmio? Eu sei o final. entendo o motivo desse romance ser divisor de águas na escrita romântica, mas não achei assim tão maravilhoso., se tem uma estória de amor dessa época que eu acho que daria um lindo romance seria a de Cossete com Mario, do Vitor Hugo, mas cada autor é único, então, tá
Tico 15/08/2017minha estante
Concordo.


Natie Porto 17/09/2017minha estante
Cruzes, tenho raiva só de ouvir o nome desses infelizes, "Mário e Cossete" kkkkkk
Nunca chorei tanto com um livro quanto com Os Misseráveis...


Paula.Gardini 17/09/2017minha estante
também, o casal lindo, mereciam um livro só deles




marcelinho 16/12/2022

Essa foi a história que mais me cativou nesse ano. Uma narrativa bem amarradinha, o narrador desenvolvendo todo o nivelar do drama. Muito bom mesmo.

Nesse clássico, vamos acompanhar a tragédia do jovem Julien de Sorel. Um jovem que deseja a ascensão social. Não importa o meio: seja pelo claro ou por usar pessoas abastadas socialmente, principalmente as mulheres.

A vida desse ambicioso é uma desgraça se fim. O modo que ele usa as mulheres, o como ele despreza as pessoas que estão ao redor dele. Gente, Julien é um jovem desgraçado que teve um fim muito trágico.
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natmic 03/09/2017

O Vermelho e o Negro
Julien não é nem herói nem vilão. Se sente inferior aos demais e sempre procura ascender socialmente. Suas atitudes me pareceram equivocadas, devido à necessidade de se igualar as castas superiores... incrível como um personagem parece ser real, afinal, ninguém é inteiramente bom, inteiramente ruim, inteiramente certo ou errado!
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elainegomes 01/05/2023

Vermelho e o Negro de Stendhal, literatura francesa ?? escrito pouco antes de iniciar a revolução de 1830 na França, contra o período de restauração do absolutismo, fase de disputas entre os liberais e conservadores.

Foi um livro com forte crítica à hipocrisia e às contradições da sociedade francesa da época, um retrato realista e psicológico da vida e do pensamento da época.

O jovem Julien é um personagem muito inteligente, ambicioso, oportunista, busca ascensão social se vale do amor de modo utilitário, mas também ingênuo e transtornado por um sentimento de inferioridade, em grande parte da narrativa acompanhamos os conflitos psicológicos, conhecemos as intenções de Julien, talvez por isso tenha sido um livro lento, de poucas ações.

Achei interessante o protagonismo feminino, forte e desafiador. Temos Mathilde imperiosa e destemida em oposição a Sra Renal religiosa e moral.

Tudo estava levando para um livro mediano, mas aí veio este final, simplesmente surpreendente. Então a nota subiu ?

Atenção!!! A partir deste parágrafo a resenha contém spoiler.

Gostei da crítica generalizada, não sobrou nenhum grupo social ileso, foi uma grande crítica ao século XIX, que não teve heróis e grandes histórias, apenas burgueses medíocres buscando ascensão social e títulos sem qualquer propósito ou merecimento, só restando a idealização ao passado heróico de séculos anteriores a se copiar, tal como fez Julien, que subiu ao ponto social mais alto possível, mesmo com origem plebéia, para ao final cair como seu grande ídolo Napoleão; o mesmo reflexo aos antepassados teve a Mathilde, que idealizou um amor heróico que terminou na guilhotina, repetindo a história de de La Mole e a rainha de Navarra.

Minha interpretação do final, é de um Julien resignado e consciente de que tudo que sempre buscou na vida, tudo que conquistou, se tornou nada perto de sua maior conquista, o amor verdadeiro por sra Renal.

Inesquecível a cena da ?heroína? carregar no colo a cabeça ensanguentada de seu amor, um final trágico digno de Shakespeare.
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