Janise Martins 08/02/2020
Destino
A escrita de Ally Condie, no início é envolvente, ela transmite uma tranquilidade e vai nos levando a uma expectativa, porque Cassia está completando 17 anos e irá descobrir quem é seu 'par'. O governo quem escolhe os pares, os casais (é ruim heim!), porque nessa época tudo é programado – toque de recolher, trabalho, alimento, namorado... hehehehe… um namorado só, aos 17 anos, escolhido por outra pessoa e aos 21 anos o casamento, vou rir de novo hehehehe… queria ler um onde o casamento é proibido! (Ops, trauma?)
A história é contada na primeira pessoa, por Cassia. E podemos perceber na sua narrativa o quanto eles são programados para aceitar tudo do Governo, tudo que é imposto é recebido com naturalidade, “é assim que as coisas são”, dá uma raiva! Faz lembrar o livro Doador de Memórias da Lois Lowry. Lembra, mas não tem nada a ver, por favor, não distorçam! Doador de memórias é bom, já esse aqui...
“Parece estranho saber de alguma coisa que os outros não sabem e ter algo que eu não devia ter.”
Nessa época tudo é programado, cheio de regras, mas uma coisa eu amei: a comida chega pronta todo dia! Já pensou que beleza?
Com essa história de escolha de par, Cassia recebe como par Xander, que por raridade eles já se conhecem desde de pequeno. Cada par recebe um micro cartão com todos os dados do outro par, só que acontece um erro no micro cartão da Cassia e aparece outro rapaz, que por coincidência literária, ela também conhece. A Funcionária responsável pelo Departamento de Pares, conversa com ela explica que foi um erro raro, que está tudo bem e que Xander é seu par. Hummm adivinha? Não consegue? Ahh essa é fácil – ela não tira mais da cabeça o outro cara que apareceu no micro cartão, o Ky, sem vergonha heim!!
E a história continua com aquela tranquilidade do início, mas aí você descobre que a coisa está muito tranquila, a Cassia está chata, nada acontece e você se pega pensando se vai ler o segundo livro. No meio dessa tranquilidade entre os bocejos e tudo, vão surgindo olhares, sentimentos, entre Ky e Cassia. Aí a coisa começa sair do mar da tranquilidade, a Cassia já começa a pensar no Sistema, em como as coisas funcionam e como ela acha que poderia funcionar.
Só que o Sistema lá é “do caramba”! Ainda não “rolou” nada e os Funcionários já estão em cima, eles sabem de tudo, tudo mesmo.
Não dá para falar muito sem soltar spoiler, e isso é coisa que não gosto mesmo. Mas resumindo, o Governo tem tudo sob controle, inclusive faz experiências comportamentais com as pessoas. Apesar de todo esse controle, há algo indicando que tem alguma coisa errada. Cassia já descobriu isso e está disposta a lutar por mudanças.
Agora vou abrir meu coração - eu não trocaria o Xander por Ky de jeito nenhum. Achei ele um amor. A autora não trabalhou tempo suficiente, a meu ver, o romance entre Cassia e Ky. Se bem que, basta dizer que não pode, que a gente logo quer. Vai ver Ally Condie pensou assim.
Já que abri o coração, vou abrir a boca agora, e aviso é meio spoiler, meio spoiler não é spoiler. Tem um lance quanto a escrita que é “mó” furada. Eles mexem em computador, leem, mas não sabem escrever! Kkkkkkkkkkkkkk forçou demais, besteirada!
Achei a leitura muito cansativa, não acontece nada de emocionante, nenhuma ação, nem desperta grandes curiosidades. Quem sabe o segundo volume melhora? Estou de dedos cruzados.
É isso.
Bjoo
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