A solidão dos números primos

A solidão dos números primos Paolo Giordano




Resenhas - A Solidão dos Números Primos


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Tamires 22/05/2013

Uma solidão a dois
Desde que vi o livro,o título e a capa me chamou bastante atenção, então resolvi ler.A estória é bastante envolvente e com muito sentimento trata de temas como solidão, amor, amizade, traumas e frustrações, angustia, medo, tristeza.. enfim é um livro forte, porém muito bom. É incrível ver no livro a dificuldade de relação entre seres humanos, principalmente quando envolve sentimento, é como se o livro falasse de uma solidão a dois.Vale a pena ler.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 20/04/2020

Já li
Paolo Giordano é físico, especializado em Física de Partículas, e seu primeiro livro, “A Solidão dos Números Primos” foi traduzido em mais de trinta idiomas. Ele deu uma entrevista muito interessante sobre o estereótipo que temos de que cientistas não podem ser escritores e de que escritores são sempre de "Humanas". A entrevista está em inglês e pode ser lida aqui.


O romance narra a infância e a idade adulta de Mattia Balossino e de Alice Della Rocca que foram expostos a situações traumáticas que os seguiram até a idade adulta. Ambos são estranhos, semelhante à forma como os números primos são estranhos em relação aos outros números. Eles se tornam amigos, formando um relacionamento especial - tornando-se muito próximos, mas nunca românticos. O relacionamento deles é interrompido mas as circunstâncias os unem novamente e, embora se amem claramente, são incapazes de expressar suas emoções. Essa relação é comparada aos números primos: sempre juntos, mas nunca se tocando.

Quando tinha sete anos de idade, Alice é forçada pelo pai a ter aulas de esqui, embora ela odeie e não tenha nenhuma aptidão particular para o esporte. Uma manhã, Alice é separada do resto do grupo e cai de um penhasco, sofrendo ferimentos graves. Alice permanecerá aleijada pelo resto da vida.
Mattia é uma criança talentosa e inteligente, ao contrário de sua irmã gêmea Michela, que sofre de uma forma grave de retardo mental. Isolado do resto de seus colegas por causa de sua irmã, Mattia vive sua infância em solidão. Quando ele e sua irmã são convidados para a festa de aniversário de um colega de classe, Mattia deixa Michela em um parque para que ele possa participar da festa sem ela. Após seu retorno ao parque, algumas horas depois, Michela desapareceu, talvez se afogou em um lago próximo, e nunca é encontrado, apesar de uma busca e investigação policial.

O relacionamento entre Alice e Mattia e a forma como Giordano fala de suas emoções me lembrou muito "A Insustentável Leveza do Ser" de Milan Kundera. Ao mesmo tempo que é delicado, também pode ser denso e profundo. Enquanto Alice quer ser aceita, Mattia apenas se esquiva e vive sua vida de acordo com as fórmulas matemáticas. A amizade deles é forte, mas silenciosa e sem toque. Ela não pode abri-lo e ele não sabe como se abrir para ninguém.
O número de Mattia: 2760889966649
O número de Alice: 2760889966651

Se você não quer ler spoilers, sugiro pular o próximo parágrafo.
O leitor não pode esperar um final fechadinho, tampouco criar a expectativa de que Mattia e Alice vão ficar juntos. O próprio nome do livro já conta o final da estória: eles vivem em solidão, desconectados, sempre com um número os separando, ou seja, há sempre um pensamento, um sentimento ou algo que os impede de se aproximarem - e esta é exatamente a beleza do enredo. Assim como os números primos, Mattia e Alice seguem jornadas paralelas que nunca se interconectam.
Na minha opinião, este livro não é sobre o amor, e daí faz todo o sentido que Mattia e Alice não fiquem juntos. Sinto que é um livro sobre a condição solitária de todos os seres humanos, principalmente daqueles que não conseguem superar as tragédias que acontecem em suas vidas. Há um abismo em Alice e em Mattia que é instransponível.
Eles chegam a perceber que poderiam desenvolver algum tipo de relacionamento amoroso, mas não conseguem encontrar as palavras, os gestos e as formas de fazer isso. A mim, ver Alice aceitando sua anorexia, mesmo que isso desencadeie o divórcio com Fábio, me doeu bastante. Mas achei ainda mais difícil ler as partes de Mattias, com sua vida tão árida e monótona, como se estivesse morrendo aos poucos.

Além disso, acho que as resenhas negativas também podem ter vindo de leitores que não estão acostumados com pessoas disfuncionais na vida real. As personagens são esquisitas, difíceis, perturbadoras, mas retratam muito fielmente as experiências traumáticas de "gente de verdade" e eu mesma me identifiquei em muitos trechos da leitura.

Por isso, é uma leitura que eu recomendo para quem gosta deste tipo de reflexão e também para quem não se importa de ler um livro sem final.

site: https://perplexidadesilencio.blogspot.com/2020/04/ja-li-114-solidao-dos-numeros-primos-de.html
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Franciele Witz 06/08/2012minha estante
Um dos meus livros preferidos.
Angustiante, a forma como o autor descreve cada detalhe deixando a história cada vez mais envolvente. A solidão que Mattia e Alice partilhavam, a covardia que fica evidentemente presente no fim do livro.
Confesso que fiquei um pouco triste quando o terminei, mas se no final eles ficassem juntos o livro não teria esse sabor melancólico, belo.




San... 28/12/2012

Uma história de amor delicada entre duas almas extremamente feridas, desencontradas. Adentrei um mundo totalmente desconhecido para mim, de protagonistas com lembranças dolorosas, de vidas sinuosas, de almas acorrentadas a acontecimentos do passado e que refletiram de forma brutal nas escolhas feitas. Denso, de certa forma assustador. Triste e poético, os personagens centrais são tão herméticos, tão afeitos à solidão que os consome que passei a narrativa toda esperando por uma catarse que arrebentasse as muralhas erguidas pelos dois, possibilitando-lhes uma felicidade simples e quieta. Gostei muito.
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Nai Lima 21/01/2022

Que o livro é melancólico isso a gente já sabe.
Talvez eu tenha ido com alta expectativa com o livro o fato é q comigo não fluiu
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Nicole 28/08/2021

Não é uma leitura das mais fáceis, é um tanto quanto pesada, mas é tão precioso esse livro. Sem dúvida é uma das minhas leituras preferidas.
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Luiza.Badke 08/09/2015

Como uma dia qualquer, lá estava eu lendo as notícias no jornal quando bati o olho naquele título um tanto estranho quanto convidativo "A Solidão dos Números Primos". Busquei a obra e me afundei no livro. A história se passa com as personagens Mattia e Alice. Mattia um gênio da matemática que abandonou sua irmã gêmea em uma pracinha de brinquedos, quando estavam indo em uma festa de aniversário, por ter vergonha dela ser autista. Já Alice, era obrigada pelo seu pai a ser uma grande atleta de esqui, onde sua vida mudou completamente após um grave acidente. Nesse romance a história das duas personagens que sofriam com o isolamento social e a solidão se cruzam.
Esse romance, mostra coisas do nosso cotidiano, pessoas que sofrem traumas que causam dor e que são invisíveis na sociedade. A Solidão dos Números Primos é um livro contagioso, intenso e que mostra a dor de pessoas que sofrem com seus fantasmas do passado. Uma leitura rápida e de fácil compreensão.
Na minha opinião é uma história linda, onde Paolo Giordano conseguiu descrever muito bem o sentimento das personagens. Super recomendo a leitura!
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Ericka Firmino 03/02/2012minha estante
Estamos tão acostumados com os finais felizes dos livros - principalmente os livros americanos - que desejamos que os protagonistas terminem juntos. Esse definitivamente não é o caso de Matia e Alice. Como é evidente no livro eles são números primos, estão separados.

Muito legal a resenha! Parabéns!!!




Adriana1161 17/04/2018

Um romance ácido
É um livro denso, cheio de drama e emoção.
No início, achei que seria a história de dois adolescentes "esquisitões", mas conforme a leitura avança, dá pra ver que é bem mais que isso, vai além. Trata de problemáticas atuais, e os acompanha até a vida adulta.
Algumas vezes, cheguei a ver alguma semelhança com os livros da Elena Ferrante. Será característica dos escritores italianos contemporâneos?! Ou talvez, eu é que estivesse sugestionada por isso.
Acho que tudo se resume às escolhas que fazemos, às vezes acertadas, às vezes não. E achei interessante, pois esse é um pensamento que tem me ocorrido com frequência, e vê-lo exposto no livro foi bem desafiador!
Gostei bastante!
Ana 18/08/2018minha estante
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Nat 05/03/2018

A Solidão dos Corações Partidos
A Solidão dos Números Primos é um romance não romântico e fala das pessoas que não se encaixam no lugar comum, pessoas que se sentem diferentes ou excluídas por algum motivo.
No livro, acompanhamos as histórias de Alice e Mattia e, logo de cara, descobrimos os motivos que os fizeram ser “números primos”: Alice tem uma pequena deficiência física e um distúrbio alimentar, e Mattia sente o desamparo de ter perdido a irmã gêmea.
Sempre alternando os capítulos entre a vida de um ou do outro, acompanhamos como eles se cruzam na trama – e também como se desencontram. Passamos pela infância, adolescência e o começo da vida adulta de ambos. É uma história triste, porém bonita, e a leitura é bem fluida. O final não é muito satisfatório, mas mesmo assim vale a pena.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
Isabela Comenta 08/02/2019minha estante
O final me deixou confusa... Poderias conversar comigo sobre?


Nat 18/02/2019minha estante
posso sim, o que vc não entendeu?




Vic 09/10/2017

Eu esperei anos para ler esse livro e quando finalmente chegou o dia, ele supriu as minhas expectativas como leitora. O escritor nos envolve de forma tão intensa nos conflitos dos personagens que quando você se dá conta, já está envolto no drama. O livro traz consigo a angustiante e tão boa sensação de estar preso a ele, ansioso pelo virar de página e ansiosa para conhecer o fim. Um livro muito bem escrito, moderado e intenso (parece contraditório, né? eu sei). E o final é surpreendente e passível de mais de uma interpretação.
Recomendo!
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Melissa 22/11/2021

Encontrei a solidão dos números primos na biblioteca do meu colégio, e até hoje é o melhor livro que lá encontrei. Quando terminei tive vontade chorar mas não estava triste fiquei (então é isso?), então só ouvi a música grey room - damien rice que Alice escutou no final.
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Jaqueline 17/11/2012

Angustiante, porém surpreendente !
“Porque Alice e Mattia estavam unidos por um fio elástico e invisível, encoberto por um monte de coisas sem importância, um fio que podia existir apenas entre pessoas como eles: dois que reconhecem a própria solidão, um no outro”.

Duas vidas paralelas, marcadas por traumas da infância, Alice e Mattia têm as suas vidas cruzadas pelo "destino". Ambos solitários, ambos com um passado atormentado, porém longe o suficiente um do outro, como os "primos gêmeos".
Paolo Giordano conseguiu despertar o que estava adormecido em mim há dias... A vontade de ler compulsivamente um livro. É angustiante, triste e ao mesmo tempo surpreendente! Com um "romance" nem um pouco comum, nem um pouco monótono ou melosinho. Não tem de fato um final, cabe a nós imaginar o que ocorre a partir da última página, imaginar o verdadeiro "The End"... >.>'
O engraçado é que eu estava reclamando da Matemática a alguns dias atrás, e que por ironia do "destino" eu decida ler logo esse livro... Pelo carinho que eu peguei pelo personagem "Mattia" e pela incrível habilidade de Paolo Giordano em conseguir transformar essa matéria um pouco menos assustadora e até mesmo poética ou intensa, eu comecei a gostar mas dos números, em especial, os números primos...
Recomendo muito ! É uma leitura surpreendente, com uma história comovente e diferente dos demais livros que eu já li. Com personagens muito bem construidos, foi de fato um dos melhores livros que eu li esse ano :D

"Os números primos são divisíveis apenas por um e por si mesmos. Estão em seus lugares na série infinita dos números naturais, comprimidos entre dois, como todos, mas um passo adiante em relação aos outros. São números suspeitos e solitários, e por isso Mattia os achava maravilhosos"

"Mattia tinha estudado que entre os números primos existem alguns ainda mais especiais. Os matemáticos os chamam de primos gêmeos: são casais de números primos que estão lado a lado, ou melhor, quase vizinhos, porque entre eles sempre há um número par, que os impede de tocar-se verdadeiramente.
Mattia achava que ele e Alice eram assim, dois primos gêmeos sós e perdidos, próximos, mas não o bastante para se tocar de verdade."
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Lu 27/06/2011

Paolo Giordano me deu um tapa na cara, no melhor sentido da expressão.
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