Cem anos de solidão

Cem anos de solidão Gabriel García Márquez




Resenhas - Cem Anos de Solidão


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Carolina 24/05/2020

Acho difícil descrever esse livro pois é diferente de tudo que já li. Ele ficou parado na minha estante por anos pois eu tinha uma ideia de que era uma leitura complexa e difícil, enquanto na verdade as páginas passam voando. A sensação que essa história me trouxe foi a de sentar no chão e ouvir meu avô contando suas histórias antigas, e talvez por isso esse livro tenha despertado um carinho tão grande em mim. Recomendo fortemente a leitura.
arthemis | @mistydisse 24/05/2020minha estante
Falou tudo! Escrita genial, história envolvente e mágica


Alexsandra.Nolasco 24/05/2020minha estante
A minha sensação era que eu fazia parte da família Buendia?




Fabio Shiva 24/01/2015

Viva Gabo!
CEM ANOS DE SOLIDÃO – Gabriel García Márquez

Foi com profunda emoção e reverência que cheguei, pela segunda vez, à última página dessa obra magnífica. Dá orgulho pertencer a uma espécie que é capaz de construir foguetes que viajam até a Lua e além, de investigar as entranhas dos átomos e de escrever livros como “Cem Anos de Solidão”!

Embora o próprio Gabo afirme que a literatura é o melhor brinquedo já inventado para zombar das pessoas, creio que seu realismo fantástico é tão poderoso justamente por evocar uma das mais sagradas funções da literatura, que é despertar a consciência humana para o maravilhamento e a magia da vida.

Entendo – e respeito – que algumas pessoas odeiem esse livro com a mesma intensidade com que eu o amo. O que me causa a mais profunda pena é imaginar que exista também quem seja apenas indiferente a ele. É mesmo de dar dó...

Viva Gabo! Viva a Literatura! Viva a Arte!


site: http://caligoeditora.com/catalogo/sincris/
Moreira 26/10/2020minha estante
Antes de ler ?Cem anos de Solidão?, pensava que só poderia ser um exagero comparar uma obra literária com a chegada do homem à lua e as descobertas físicas sobre as partículas da matéria. Porém, lendo e tentando refletir sobre toda a genialidade da escrita de Gabo nesta obra, posso dizer com convicção: eu estava errado. Mais homens chegarão à lua, pisarão em Marte e fundaram colônias espaciais, mas obras como essa permanecerão únicas.


Fabio Shiva 01/11/2020minha estante
Linda reflexão, amigo! Viva Gabo!




Leonardo.H.Lopes 10/01/2021

Livros que mudam leitores: Cem Anos de Solidão
Muitos anos depois, diante da imensa pilha de livros a ler, a lombada de Cem Anos de Solidão haveria de me lembrar aquela tarde remota em que o li pela primeira vez. Faz alguns anos e, tomado pelo espanto que tive com ele na época e pela importância que esse livro teve em mim por, pela primeira vez, me mostrar o que realmente é possível se fazer com palavras no que tange a um patamar supremo da riqueza de um tipo de arte, decidi reler. Já fui a Macondo, portanto, duas vezes: aos 15 anos e agora, aos 22. Está tudo lá, intacto. Sempre hei de me lembrar a primeira vez que o avistei numa prateleira da biblioteca da escola, na segunda feira após o domingo em que deu no telejornal a morte de Gabriel García Márquez - Gabo, para os mais íntimos de seus textos. Ouvi por cima que esse era um livro revolucionário, que tinha sido decisivo para que seu criador tivesse sido laureado com o Nobel de Literatura em 1982. Na época, empolgado com o início de uma jornada pelos livros, já cheguei decisivo e me encaminhei direito para a prateleira dos M, atrás de MARQUEZ, Gabriel G. Após passar alguns, achei o bendito livro que tinha saído no jornal, tão comentado em face do falecimento de quem o concebeu. Era esse tal de Cem Anos de Solidão. O que eu esperava dele? Não sabia, o exemplar não continha orelhas, onde geralmente tem comentários e breves comentários sobre a obra e atrás continha apenas um trecho ao invés da sinopse. Caí de cara e o mergulho que dei foi tão profundo que se tornou um divisor de águas no meu eu leitor.

Em poucas palavras, e de um modo que de forma alguma pretende alcançar a real dimensão e extensão do enredo, esse livro se trata de uma narrativa real, mas fantástica, e episódica que nos conta a saga do povoado Macondo e de uma família, os Buendía por 7 geração e aproximadamente um século inteiro. Vemos a espetacular ascensão e o trágico declínio desses personagens, incluindo a aldeia que começou com “vinte casas de pau a pique e telhados de sapé, construídas na beira de um rio de águas diáfanas, que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como óvos pré-históricos.” A vida cotidiana é marcada por acontecimentos fantásticos de uma forma mitológica em que os eventos extraordinários são completamente críveis, parte daquela imaginação e vivência da realidade. Gabo trabalha em cima do gênero de forma tão ímpar que esse fica conhecido posteriormente como um tipo de literatura essencialmente latinoamericana, coisa que não é inteiramente verdade, embora seja verdadeira a sentença que que dita que aqui esse gênero alcançou um novo patamar nesse livro, responsável até por trazer os holofotes do mundo literário para a América Latina como um todo.

Em consequência, temos a poesia e casa oração utilizada. Quando um dos personagens morre de forma misteriosa por um tiro, escorre de seu ouvido um fio de sangue que passa por debaixo da porta atravessa a rua e todos os obstáculos e entra numa casa até a mãe que, já sabendo o que ocorreu segue de volta o fio de sangue até encontrar o filho caído envolto num cheiro de pólvora que persiste nas proximidades do cemitério até muitos anos depois do sepultamento. E numa outra passagem que, após um massacre que remonta um acontecimento real durante uma greve na Colômbia nos anos 1940, chove por exatos quatro anos, onze meses e dois dias, o que nos alude ao dilúvio Bíblico em que, estando a humanidade tão perdida, Deus acaba por começar de novo. Uma das Buendía, já para o meio das gerações, era tão bela que não era deste mundo, e não o era mesmo, fato que fica comprovado quando, literalmente, ascende aos céus quando um dos mais importantes falece, chove pétalas de flores a ponto de tornar a saída de casa impossível. Todos esses acontecimentos, e os muitos outros, transbordam poesia e simbologia, demonstram a genialidade e sensibilidade por trás da mão que os escreveu. Ademais, à medida que a história avança temos a destruição desses mitos pela modernização dessas gerações e eventos que retomam o cenário de extrema violência que se instaurou na América Latina nos idos da metade para cá do século XX, demonstrando assim uma politização da técnica que torna esse livro interessante para todos, tanto para ampliar horizontes dos novos leitores ou propiciar outras perspectivas para leitores de longa data.

Nessa segunda aventura pela obra, depois de amadurecido, o que mais me chamou a atenção foi a questão do tempo. Podemos estabelecer uma linha cronológica de acontecimentos, mas que se torna confusa, intencionalmente, pelas idas e vindas do narrador, pelas digressões e intercalações de tempos verbais que, quando está sendo escrito algo no presente também é recuperado algo do passado e antecipado algo que ainda vai acontecer. Esse estilo já fica claro de cara, na primeira frase do romance: “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”: o narrador no presente fala dos sentimentos de um passado remotos situação que ainda vai acontecer, mas que já aconteceu, trabalhando também a questão da memória/esquecimento (aliás, essa cena do fuzilamento e da memória do gelo vai ser retomada várias vezes ao longo do texto). Além disso e de questão de estilo, essa técnica faz com que passado, presente e futuro se misturem e virem um amálgama só, intensificando a concepção de circularidade temporal que o autor estabelece, a lei do eterno retorno de Nietzsche. Os nomes dos personagens se repetem através das gerações, assim como as características, as sinas e o ar melancólico e de solidão mesmo. Todas as pessoas dentro do texto têm um fim triste, solitário, que evidencia que apesar de fazermos coisas diferentes, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, ao ritmo da canção de Belchior.

Dessa vez, quando fechei a quarta capa do livro, o abracei e chorei uma lágrima, que não sei ser de satisfação pela catarse ou de tristeza pelo fim, mas tive cuidado para que essa lágrima solitária não caísse na capa e a manchasse. Chorei não porque o livro seja triste ou emocionante, o que de fato ele o é, mas porque nas últimas linhas me reconectei com o momento em que estava lendo o livro no passado e a grandeza da história como um todo me levaram a uma verdadeira catarse que não acontecia há muito tempo. Já li, não que isso seja algo que realmente importe, mais de 250 livros até hoje, mas nenhum será igual a Cem Anos de Solidão que, entre todos, merecem várias outras chances de ser relido por mim sobre a terra.
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va 18/05/2020

Uma viagem pela solidão
O livro narra a história da família Buendía, desde a fundação de Macondo, lugar fictício onde se passa a história e fundada por eles. O incrível da história da família é a roda de acontecimentos, que ao mesmo tempo que se diferenciam de uma geração a outra, se assemelha na medida dos nomes. É notável a solidão que perpassa toda a família, sobretudo a dos Aurelianos, os que já nascem com os olhos abertos. ?[...] Tudo que estava escrito neles [os pergaminhos] era irrepetível desde sempre e para sempre, porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda chance sobre a terra.?
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Eduardo Mendes 07/01/2022

Que experiência de leitura incrível!
Cem Anos de Solidão é uma das 12 obras do meu projeto #12livrospara2021. Esta maravilha escrita pelo vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel Garcia Marquez é mais do que um ótimo livro, é uma experiência literária extraordinária.

Pesquisando a respeito da obra duas coisas me chamaram atenção: muitos elogios e muita gente falando que desistiu no meio da leitura. De fato, Cem Anos de Solidão é um pouco confuso e demanda muita atenção do leitor. Mas todo o empenho é recompensado com uma narrativa poética, que mistura cenas reais com pitadas de um realismo exagerado que dá um toque especial na história, e que conta também um pouco da história de luta e resistência dos povos na sangrenta América Latina.

O livro narra a história da família Buendia ao longo de sete gerações na cidade fictícia de Macondo. O autor deixa a trama embaralhada propositalmente, ele transita entre presente, passado e futuro ao longo das páginas com extrema facilidade. Mas não é só isso. Conforme a trama avança, nascem novos membros da família com os mesmos nomes e sobrenomes que seus antepassados, por isso, é normal se confundir em certas partes. Esta edição tem uma imagem da árvore genealógica da família Buendia que me ajudou bastante.

Gostei da sensação de não saber exatamente se passa a história, da capacidade do autor de manipular o tempo e o espaço ao longo da trama. Temos aqui uma história de amor, de luta, sobrevivência, esquecimento, resistência, perdão, e sobretudo de solidão. De alguma forma e mesmo que cercados por outras pessoas, os personagens principais do livro são solitários e melancólicos.

Depois da metade do livro você percebe um certo ciclo de acontecimentos que rondam a família Buendia, onde o conceito de passado, presente ou futuro pouco importa, e como os fantasmas - reais ou não - e que assombram os habitantes de Macondo são atemporais.

Com este universo único e complexo que Gabriel Garcia Márquez proporcionou uma das leituras mais marcantes que já tive contato. Nota 10.


site: https://jornadaliteraria.com.br/cem-anos-de-solidao/
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rodrigueswlucas 28/07/2023

Confesso que até o primeiro terço do livro eu estava com muita dificuldade de entender a narrativa, mas depois fui percebendo os ciclos, acostumando-me com o estilo do realismo mágico e ao fim, valeu a pena ter insistido na leitura.

Macondo; Melquíades e os ciganos; o medo das crianças nascerem com rabo de porco (em razão do incesto); as guerras e revoluções; os Aurelianos intelectuais; os Josés Arcadios exploradores; a companhia bananeira e seu massacre; Remédios, a bela, que subiu aos céus; Francisco, o Homem; os caramelos de Úrsula; a estátua de S. José com dinheiro dentro; os peixinhos de ouro que se tornaram relíquias; a chuva de 4 anos e a espera pela estiagem; Mauricio Babilônia e as borboletas amarelas; Rebeca e sua mania de comer terra; as rinhas de galo; o marido e seu monociclo; o italiano e sua loja de brinquedos; o alcaide e suas filhas; a casa dos Buendía, personagem à parte...

Dentre outros acontecimentos que ficarão na memória, pelo seu caráter fantástico e por demonstrar a solidão humana de forma tão peculiar.
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Eduardo 01/10/2023

A solidão da América Latina
A saga da família Buendía em Macondo vai sendo contada através da epidemia da insônia, ditaduras sangrentas, guerras, carnavais, alegrias e tristezas, entre tantos acontecimentos. A narrativa fantástica de Gabriel García Marquez, mais conhecido por Gabo, traz diversas camadas ao tratar da construção da identidade de um povo que vive na América Latina, o qual sendo abandonado à própria sorte, segue seu caminho mesmo tortuoso.

Gabo, embora acomodando suas palavras ao realismo fantástico, consegue trazer conexão entre a obra e o leitor. Visto que, sua histórias faz analogias à história da Colômbia, seu país natal, e como também à da América Latina. Podendo também ser interpretada de forma universal. Enquanto fui tentando entender a árvore genealógica da família ( há tantos Aurelianos e Josés Arcádios), percebi que o tempo passa sem se fazer parecer que esteja passando, pois as gerações vão surgindo e outras desaparecendo, mas os comportamentos dos homens se repetem.

A obra é merecedora do Nobel e de tantos outros elogios. Diz tanto sobre resistir e sobreviver em uma América Latina assaltada pelos Europeus, negligenciada pelos poderosos e conseguindo, mesmo assim, criar sua própria identidade. Gabo nos ensina, com essa maravilhosa obra, ao dizer ?? diante da opressão, do saque e do abandono, nossa resposta é a vida?.

Viva ao Gabo! Viva à Literatura da América Latina.
Guilherme Amin 28/04/2024minha estante
Terminei de ler semana passada. Já se tornou um dos meus favoritos. Bela resenha! ??????


Eduardo 28/04/2024minha estante
Já é um dos favoritos da vida! ?




Agnaldo 25/08/2021

O nome e o sobrenome carregam uma maldição
Minha primeira leitura do Gabo e já estou apaixonado pela sua escrita. O livro é excelente, mas é facinho se perder ou se confundir com os personagens. Pensa numa família criada para sofrer nesse mundo, e em meio ao ciclo dos Buendías podemos viver, sonhar, pensar, sofrer, chorar, revolucionar e aceitar o seu final, traçado quase como se tivesse uma ampulheta do destino feita a partir do nascimento de cada personagem. A história é muito rica em detalhes, o desbravamento e o surgimento de Macondo é magnífico, sem contar o tanto de fatos históricos que ocorrem em meio a sucessão de acontecimentos. Um grande livro que todos deveriam conhecer.
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Gabs 10/03/2024

"A gente não é de lugar nenhum enquanto não tem um morto debaixo da terra deste lugar." pg 20

Adoro Gabriel Garcia Marquez desde que li Memórias de minhas putas tristes e Crônica de uma morte anunciada, e minhas expectativas com relação à Cem anos de solidão eram altíssimas.
Só posso dizer que o livro é ótimo e faz jus ao título de clássico da literatura mundial e, com certeza, valendo ao seu autor o nobel de literatura.
É um livro para ler aos poucos, consultar a árvore genealógica, se angustiar com uma família fadada à solidão e até se divertir com a narrativa. Muito bom.
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Lydia.Fernnanda 04/04/2021

INTERESSANTE!
Comecei a ler esse livro e mais ou menos na metade dei uma parada porque achei que ficou tudo muito "morno", sem nenhum elemento que me empolgasse para voltar a ler, então abandonei a leitura por cerca de 3 meses, tentei voltar nesse tempo lendo 1 ou 2 páginas mas não consegui. Isso aconteceu porque o livro nessa parte fala sobre assuntos que pouquíssimo me interessam como por exemplo: política e guerras. Passado essa parte voltei a leitura normal e terminei ontem.

Achei a história bastante interessante e quando terminei fiquei com um sentimento que deveria reler o livro, pra poder pegar todas as referências, porque nesse livro sempre tem algo relacionado a alguma coisa que já passou.

Tem algumas coisas nesse livro que eu não esperava, que ele tivesse um certo humor e também sexo. Pelo que as pessoas falavam não imaginava e quando vi isso na leitura achei um máximo kkk Também não esperava elementos fantásticos, mas como gosto desse tipo de história me joguei naquilo.

O livro é como um compilado de histórias de uma família e de uma cidade, não é uma história linear é tudo misturado. De um modo geral eu gostei do livro. A capa dessa edição especial tem elementos que aparecem na história, mas não necessariamente tem ligação direta entre si, as borboletas amarelas, as formigas ruivas, as florzinhas amarelas e todo o "mato"!

Também tem uma capa antiga que tem um desenho de toda a família e achei interessante pq lembrei dessa capa ao ler o trecho do livro em que realmente aparece toda a família junta.
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Diego Piu 15/10/2022

Mágico
Muito fácil compreender pq é um livro que aparece com tanta frequência na lista de favoritos de tantas pessoas!

Entre tantos Aurelianos, Arcádios, Amarantas, Úrsulas, os Buendias estão numa narrativa rica de mistério, revoluções e magia.
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Adriana1090 17/01/2021

Onde tudo se repete, principalmente a solidão!
"Não havia nenhum mistério no coração de um Buendía que fosse impenetrável para ela (Pilar Ternera), porque um século de cartas e de experiência lhe ensinara que a história da família era uma engrenagem de repetições irreparáveis, uma giratória que continuaria dando voltas até a eternidade, se não fosse pelo desgaste progressivo e irremediável do eixo."

Cem anos de solidão é uma estória sobre família, amor, guerras, morte e solidão. Ela nos traz a repetição de nomes e acontecimentos, muitas vezes trágicos, que parecem fazer parte de um ciclo interminável. Também nos traz elementos do realismo mágico, como a chuva de flores amarelas que assolou a população de Macondo logo após a morte de José Arcadio Buendía; ou também o arrebatamento de Remedios, a bela (que era tão bela e tão contracultura, que não parecia pertencer à esse mundo); ou as borboletas amarelas que estavam onde Mauricio Babilônia estava.
Apesar de conter elementos mágicos, temos presente nesse livro, a história da América-Latina, com suas guerras, violência, ditaduras, exploração por parte dos colonos, e obviamente, a nossa solidão como povo. Num desses retratos, temos o massacre das bananeiras, ocorrido em 1928, na cidade de Aracataca, na Colômbia. O massacre se deu por causa de uma greve que ocorreu após uma reivindicação do sindicato dos trabalhadores que pedia por habitações com adequadas condições higiênicas e aumento de 50% nas remunerações. Basicamente, essa reivindicação exigia o cumprimento das leis que já existiam na legislacão trabalhista colombiana. A United Fruit Company, por sua vez, negou-se a atender qualquer das reivindicações e mesmo a iniciar qualquer negociação, o que levou ao início da greve dos trabalhadores.
Lendo essa parte no livro, achei extremamente absurda, mas me consolei com o fato de ser apenas ficção. Porém, descobrindo que esse acontecimento esdrúxulo fez parte da história da Colômbia, percebi que não há nada que seja tão absurdo que o ser humano já não possa ter feito.
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Alan.Felipe 24/08/2023

Cem anos de Solidão
Caramba, eu gostei demais desse livro! A complexidade com que a história vai se desenrolando, os fatos absurdos que dão um misto de emoções, os vários personagens com o mesmo nome (a árvore geneológica ajuda um bocado), toda "magia" que Macondo nos mostra e um final absurdo de bom; tudo isso e mais fez esse livro ser um dos meus favoritos.

Recomendo!
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Dany 31/07/2020

Cem anos da maior saga familiar da América Latina
Cem anos de solidão foi escrito em 1967 pelo colombiano Gabriel García Márquez, ganhador do prêmio Nobel de Literatura, e conta a saga da família Buendía ao longo de 100 anos na cidade fictícia de Macondo. A origem da família se dá com a chegada dos primos recém-casados Úrsula e José Arcádio Buendía a um local não habitado, onde fundam o povoado de Macondo e iniciam as gerações sucessivas dos Buendía, cuja principal característica é a repetição dos nomes masculinos: ao longo de 6 gerações muitos Aurelianos e José Arcádios surgirão nessa família latino-americana.
A cidade onde a história se passa não é localizada em nenhum país específico, mas poderia estar em qualquer lugar da América Latina, pelos costumes, hábitos e modo de viver das pessoas da região. Ao longo de 100 anos de história os personagens passam por guerras, tragédias familiares, casamentos, separações, traições, nascimentos e ao mesmo tempo muita solidão, isolamento, como se não conseguissem se conectar uns aos outros apesar dos laços de sangue. Tudo regado a boas doses de humor, ironia, crítica social e realismo fantástico, escrito com tanta maestria por Márquez que torna a leitura deliciosa, irresistível.
No início, a leitura de Cem anos de solidão gerou um certo estranhamento, pois o texto é corrido, tem poucos diálogos e poucos parágrafos, causa um pouco de ansiedade; porém o ritmo dos acontecimentos é rápido e a escrita tão fluida, tão majestosa que não é difícil passar voando pelos capítulos. Adoro histórias de famílias disfuncionais e esse livro é um prato cheio para tudo que significa boa literatura. Gabriel García Márquez é um dos maiores escritores da América Latina e sua obra mais famosa um grande clássico do século XX e da literatura mundial, e nada disso é exagero. Viva la revolución! Vila el Coronel Aureliano!
July Weiss 31/07/2020minha estante
Meu livro favorito da vida! ??




Evy 20/01/2011

"─ Caralho! – gritou.
Amaranta, que começava a pôr a roupa no baú, pensaou que ela tinha sido picada por um escorpião.
─ Onde está? – perguntou alarmada.
─ O quê?
─ O animal! – esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
─ Aqui – disse".


Esse livro é com toda certeza fantástico. Uma obra-prima muito bem classificada como tal. Merece todas as estrelas possíveis, afinal não é qualquer autor que consegue narrar uma história tão bem quanto Marquez.

Mas confesso minha dificuldade ao ler esse livro: me perdia o tempo todo entre tantos José Arcadios e Aurelianos. Foram tantas idas e vindas, que em certos momentos eu precisava parar, voltar algumas páginas e ver de qual deles estava-se falando. Afora isso, a história é maravilhosa e conta a história da numerosa descendência da família Buendía ao longo de cem anos. Todos em luta constante contra a realidade dura, excessiva, sempre à beira da destruição. E nesse intérim a solidão humana. A solidão que se vive entre tantos, que se vive na morte de tantos. E a história termina de forma fenomenal...

..."porque as estirpes condenadas a cem anos de solidão não tinham uma segunda oportunidade sobre a terra".

Leitura recomendadíssima!
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