Apátrida

Apátrida Ana Paula Bergamasco




Resenhas - Apátrida


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Livy 07/05/2011

Um livro para se emocionar...
Ápatrida é um livro do qual eu gostaria de ter muitas páginas e palavras para descrever. Mas nada do que eu diga nesta resenha estará na medida certa da grandeza deste livro, assim como nada do que escrevo aqui fará juz aos sentimentos que me abalaram durante a leitura e término do mesmo. Mas posso dizer com toda certeza que Ápatrida é um livro especial. Ainda me sinto comovida, triste, e extremamente sentimental com tudo o que vivenciei. Viajei em uma leitura maravilhosa e numa riqueza de detalhes impressionante.

Ana Paula Bergamasco nos presenteia com uma narrativa rica e extremamente delicada e, ao mesmo tempo, direta. O modo como somos apresentados ao destino e vida de Irena é bombástico e real demais. Com a narrativa em primeira pessoa, pude sentir tudo o que a protagonista sentia. Sofri junto com Irena e sua dor era minha dor...assim como senti toda a sua coragem, força e esperança, que nunca findaram.
Um detalhe que achei muito interessante foi a rosa, utilizada em diversas passagens do livro. Esta flor, além de simbolizar o amor juvenil e impossível de Irena por Jacob, simboliza também, toda a esperança, amor, confiança, força e tristeza dela.

Como a estória se passa entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, vivenciamos todo o drama e agrura enfrentado pelo povo europeu na época, e toda a tragédia ocorrida, de forma direta e real. A ambientação é perfeita e os fatos são apresentados de forma passível e clara. O livro também nos faz parar para refletir... ainda estamos longe de alcançar a paz. Como é possível o ser humano cometer tamanha atrocidade com o próximo? Acho que o que mais me abalou foi justamente saber que tudo isto é real. A Guerra não é uma ficção, ela aconteceu. E vendo tudo o que a Guerra causou, não pude deixar de chorar. Cada sentimento e dor expressadas no livro é real.


É durante a Segunda Guera que Irena se vê num turbilhão de acontecimentos e perdas. Irena viu de perto o amor, e a perda das pessoas que mais amou. Sentiu a fome, tristeza, cansaço e dores. Sentiu a guerra na pele e na alma, presenciou massacres. Mas ela nunca desistiu. Ela é toda a força do povo massacrado e oprimido pela guerra personificada. Irena é o simbolo da esperança. O modo como ela desencontra e reencontra as pessoas amadas, é trágico e bonito, e o final do livro é surpreendente. Com toda certeza esta estória me marcou para sempre.

Quer saber mais?
visite:
http://nomundodoslivros.blogspot.com
e veja a resenha completa!
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Carol 14/04/2011

Resenha do livro apátrida para o blog Romances e leituras
Que livro difícil de resenhar, talvez a mais complicada de todas que fiz. Como vou passar para você leitores a angústia e alívio que estou sentindo ao ler sobre os sentimentos e aventuras de Irena? Mesmo sendo escritora e já ter lido de tudo um pouco não consigo começar esta resenha sem me emocionar.

Longos foram os dias que li sobre as histórias de Irena, personagem principal do livro, e seus filhos. Torci pelo amor impossível até a última gota de esperança, chorei ao ver o sofrimento do ser humano e me encantei com a qualidade da pesquisa feita por Ana Paula Bergamasco.

Você leitor encontrará neste livro tudo em detalhes sobre a Segunda Guerra Mundial, isso sem falar em outras tragédias que passaram pela vida da personagem. A riqueza da narrativa está no modo como foi narrado – 1ª pessoa- e nos sentimentos transmitidos para os leitores. É forte, é pesado, é torturante, mas TO-TAL-MEN-TE necessário!

Irena é uma polonesa nascida em Wioska e filha caçula de um casal apaixonado. Seus irmãos Antony, Michal,Marko, Andrzej, Maria e Anna cresceram em um lar harmônico apelidado pela família de DOM. Juntos desenvolveram o afeto e o amor ao próximo nas situações mais difíceis, até mesmo com pessoas de tradições religiosas diferentes.

Quando Annika- a Mama- passa mal o médico judeu amigo de anos da família é chamado para ajudar, mas Jan- o Pappa- não aprova a interferência de seu antigo colega da escola e fica furioso. Apesar das desavenças, Dr, Yossef, consegue se aproximar mais da família e com isso leva seu filho para uma visita. Maravilhada com o dialeto iídiche, Irena chantageia o pequeno judeu, Jacob, a ensiná-la a falar a língua em troca da caixinha com tiras de couro que pertenceu ao avô do menino. Mesmo depois de relutar, Jacob passou a se encontrar com Irena e seus irmãos para passeios semanais no Dom. A amizade foi crescendo e aos poucos um amor eterno foi surgindo sem nem mesmo pedir licença as crenças e religiosas de cada família. Até que Jacob decidiu se casar com uma bela judia, Ewa, e se separar de Irena. A garota ficou arrasada a ponto de entrar em depressão profunda e quase morrer, a sua sorte foi encontrar um cavalheiro Russo muito apaixonado e batalhador. Apesar de não querer, resolveu se casar com Rurik e tentar ser feliz visto que Jacob estava vivendo sua vida em completa harmonia. Só que a nossa querida Irena, não imaginava mudar-se para a BieloRussia e passar tudo que enfrentou por lá. O nascimento de um filho e um amor tranqüilo de dedicado pode mudar muita coisa, mas em tempos de guerra será que isso é suficiente?

Campos de concentração, fábricas de armas, morte de uma nação é um pouco do que você vai encontrar em Apátrida.

A capa é muito bem feita, a história é escrita com delicadeza e inteligência, o enredo é super recorrente e os fatos são reais, que dizer a guerra foi real. Infelizmente, não sei se a personagem existiu, porém vou conseguir uma entrevista com a autora e post assim que conseguir para tirar algumas milhares de dúvidas. Quem já leu e quiser perguntar algo, comente que coloco a pergunta na entrevista e o nome do leitor. Só tem uma coisinha que me desagradou, eu acho que o livro ficou muito grande com muita informação. Poderia ter sido dividido em três!

Para encerrar com categoria fiz uns Haicais em homenagem a personagem Irena.

Primeira fase

Ondas de calor

escondem a dor

a falta do amor


Segunda fase

Ondas brilhantes

Mãe Terra sobrevivente

enchem o ventre


Terceira fase

Menina guerreira

Mãe grandiosa

Mulher bondosa

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Dana 01/03/2012

Muito tocante!
Apátrida é narrado por Irena, uma polonesa que vê sua vida e seus amores passarem por toda a dor e horror que a Segunda Guerra Mundial trouxe.

Irena desde muito nova se afeiçoa de Jacob, um menino de sua idade e de uma família judia e amiga. Porém, sendo ele judeu, o amor enfrenta obstáculos e se torna impossível de ser vivido.
Doente por causa dessa tristeza, Irena mal repara no amor de Rurik, mas ele é insistente e com carinho consegue conquistá-la. Eles se casam, são felizes por algum tempo, porém, uma tragédia se abate sobre a família e, assim, começa a saga dessa jovem.

A autora é bem detalhista e no desenrolar da história vamos descobrindo mais sobre a personagem, sua história e os caminhos q ela segue. Toda a dor que imaginamos ter assolado o mundo na época monstruosa em que Hitler resolveu que criaria sua raça perfeita é relatado no livro com base histórica e, assim, muito real. É impossível não sofrer junto, chorar e ficar com muita raiva. Irena é um exemplo de força, fé e esperança.

Recomendo muito sua leitura, apesar de saber que muitos param nas primeiras páginas, devido seu começo ser um tanto lento e descritivo, além da diagramação do livro ser ruim, infelizmente. Mas, vale a pena continuar, o livro é lindo.

Livro lido por meio do grupo Livro Viajante. Obrigada à autora pela cortesia.
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@ARaphaDoEqualize 22/05/2011

[Resenha] Apátrida
RESENHA ESCRITA PARA O BLOG http://equalizedaleitura.blogspot.com

Recebi o livro pelo Book Tour do Selo Brasileiro. E está sendo muito difícil ter a responsabilidade de escrever a resenha de Apátrida. Há vários meses que eu venho vendo a divulgação em vários blogs falando sobre o livro e não li resenhas para não pegar spoillers. Então, vou tentar contar pra vocês como foi a minha experiência com Apátrida e peço desculpa desde já se ela não ficar boa. O livro está muito mais a frente do que a minha capacidade para colocar em palavras tudo que eu senti. Espero também que vocês tenham a paciência para ler até o fim tudo o que eu escrevi.

Em primeiro lugar eu tenho que falar: um livro que te faz chorar às 3hs da manhã, com certeza tem alguma coisa muito especial. Apátrida fez isso comigo. E acreditem em mim: ele é especial. Apátrida vem contar a história de uma família polonesa, que vivia tranqüila em uma wioska em Lublin. A família é composta pelos pais e os filhos Maria, Antony, Andrzej, Jan e Irena, que vem nos narrar essa história.

“- Papai, tire a Anininka da caixa de madeira, por favor! É Natal. Conceda – me este pedido. Faz tempo que ela está lá. Nada pode ser tão grave para esta repreensão... Eu quero minha irmãzinha de volta!”

Página: 13


Irena conta sobre sua infância com seus queridos irmãos, de suas brincadeiras, da sua mama que mesmo não sabendo demonstrar, amava – os a sua maneira, da sua irmã Maria que era a mãe de todos por ali e da sua amizade por Jacob. Mesmo com a vida simples, ela vivia feliz na presença de pessoas que amava e na sua cabecinha de criança, aproveitou cada momento de sua infância, até se ver apaixonada por seu melhor amigo.

“Aprendi que amar não acontece pela razão e sim pela emoção”

Página: 138


Jacob era de uma família judia rica, que seguia todos os costumes ditados na época. Era um bom garoto, estudado, treinava musica e era inteligente. Ao decorrer dos anos e chegar à adolescência, Irena se ver irremediavelmente apaixonada por Jacob. Este por sua vez, anuncia um casamento inesperado com uma jovem quatro anos mais velha. Neste momento, Irena vê seu mundo desmoronar. E quando mesmo assim seu melhor amigo de infância e seu para sempre seu único amor casa – se, ela entra em depressão. Depois de meses assim, Irena resolve seguir com a vida e acaba conhecendo Rurik, com quem se casa. Aos poucos, ela consegue amar Rurik a sua maneira, e formam uma linda família. Porém, o destino não foi justo com ela.

A partir desse momento, começa uma história fascinante e triste ao mesmo tempo. Irena vai narrar em detalhes como foi viver durante o período da Segunda Guerra Mundial, todos os seus esforços para proteger a própria família e como ela viu sua mãe, pai e irmãos sucumbirem a morte de maneiras e em épocas diferentes, todos separados em busca de ajudar outras pessoas, lutarem contra essa injusta e imunda guerra e da auto proteção.

Vamos então ir e voltar ao passado e ao presente, para as historias se encaixarem e sabermos exatamente como está Irena e seus familiares, como é a sua vida e se a sua busca pelo seu amor Jacob valeu a pena, se ele está vivo e se sim, onde mora. Confesso que esses momentos foram os mais tristes. A angústia de saber quem está vivo, a separação dos filhos, as surras e a quantidade de pessoas que ela viu sendo torturadas, surradas, com fome, loucas por causa da pressão de saber ou não se estariam vivas quando acordassem... e a morte, que era tão comum e tão perto de si mesma, que se tornou natural.

Quando eu recebi o livro, fiquei um pouco receosa por ser contado em primeira pessoa, uma vez que só mostra esse ponto de vista e nada mais. Mas a autora teve autonomia e segurança o suficiente para mostrar todos os detalhes desconhecidos dessa luta continua.

Foi um livro que mexeu intimamente com os meus sentimentos. Eu ficava confusa, com raiva, remorso, indignação, tristeza, confiante... eu me apaixonei por Rurik! E pelo Jacob! E Irena fazia reflexões inteligentes a respeito da vida, de como outras pessoas matavam as outras, da maldade que existe no ser humano... e ao mesmo tempo, o contraste. Como em situações diversas ninguém olha pra cor, etnia, idade, credo. Vão se unir apenas para se manterem vivos.

“[...] No entanto, quando Ewa partiu naquele esgoto escuro, ele me fez prometer que se você estivesse viva, eu lhe daria este recado: que as rosas que ele tirou da chuva, ele recolheu uma a uma e as replantou em seu próprio peito e não importava o tempo que passasse, ainda que nunca ficassem juntos novamente e mesmo que ele continuasse casado por toda a sua vida com Ewa, elas seriam regadas todos os dias, ano após ano.”


A pior parte do livro, que me fez ficar com repulsa, nojo (isso é sério. Eu me sentia no lugar da Irena) é quando ela começa a ser abusada pelo Coronel Alfons, com quem inclusive ela tem um filho. O sentimento de impotência que me assolou quase me levou ao choro (novamente). Ser tocada sem consentimento, para tentar manter um pouco das regalias que recebia junto com seus filhos e apenas por prazer do outro me fez estremecer. O pior, é chegar no final e ver que os filhos de Irena a estimulavam a se casar com esse homem, fato que aconteceu.

É um livro triste por que a historia é triste. Mas a autora escreveu tão bem, que fazem os sentimentos virem a flor da pele. Ela conseguiu criar personagens cativantes com sua própria personalidade e mesmo com tantas idas e vindas do passado ao presente, em nenhum momento ela se perde em sua narrativa. Tem um vocabulário rico e raro, que faz jus a historia. A minha indicação de Apátrida é para você que quer se emocionar com uma historia de amor que nem a guerra foi capaz de destruir.

É querer lutar pela liberdade, pela esperança, ser humilhado e superar todos os obstáculos e no final, conseguir perdoar e ser feliz. É tentar de alguma forma mostrar para as outras pessoas o que a guerra foi capaz de fazer. São raros os livros que me fizeram chorar durante a sua leitura, mas Apátrida não é um livro qualquer.

Eu queria agradecer a oportunidade de ler um livro com uma historia tão comovente, linda e tão contrastante, mas que me acrescentou conhecimento e sentimentos.
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Mine 27/09/2010

O melhor do ano!!!
Um livro inesquecível!!! Não deixem de ler, este é para quem cultiva bons livros!!!
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Flávia Mattos 14/05/2011

Maravilhoso!
Este livro serve para nós como exemplo de superação e força de vontade; vontade de ter uma mudança, vontade de viver quando tudo parece perdido...
Irena nos mostra de uma forma clara que nós podemos vencer os obstáculos e ser Feliz,não importa o tempo e nem a idade..

Nunca tinha lido um livro que falasse da guerra de uma forma tão clara,aprendi muito com esse livro!

Independente da situação o Amor continua vivo dentro de nós!


Super, super recomendado a leitura.

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Carol 15/08/2011

Emocionante e real.
Há muito tempo vinha querendo ler esse livro. Pensei em comprá-lo, mas na mesma época surgiu a oportunidade do book tour e eu, muito feliz com essa oportunidade, me inscrevi. Fiquei na expectativa de vê-lo chegar do correio e esperei pacientemente pela minha vez enquanto lia cada vez mais resenha positivas sobre ele. Até que ele finalmente chegou e eu, sem conseguir mais esperar, comecei rapidamente a ler.

Eu poderia dizer que ele é emocionante, mas acho que essa palavra não é o suficiente.

Em Apátrida nos deparamos com Irena, uma polonesa cheia de sonhos e expectativas com uma enorme e amável família. Apesar de algumas perdas e os desafios que a vida impõe a família, ela permanece unida e com grandes esperanças para o futuro. Irena é uma criança encantadora, sua inocência chega a ser quase palpável no livro. Quase que sem querer ela acaba se apaixonando pelo melhor amigo, o judeo Jacob. Filho de um médico judeo e amigo do pai de Irena, Jacob faz parte da alta sociedade polonesa enquanto Irena é apenas uma pobre camponesa católica ortodoxa.

Obrigado a seguir suas tradições, Jacob, mesmo apaixonado pela melhor amiga, se casa com Ewa, ao mesmo tempo que Irena resolve dar uma chance ao apaixonado Rurik, um amigo querido de seus irmãos, e com ele descobre que é possível amar de formas diferentes e ser feliz dessa forma. Os dois se mudam para a Bielorrússia e Irena acaba perdendo contato com Jacob, contando apenas com seus irmãos para lhe enviarem notícias sobre a família e o amor que deixara na Polônia.

É quando a Segunda Guerra Mundial explode, silenciosa e arrasadora, que os destinos desses personagens mudam de rumo. A partir daqui é difícil falar sobre o livro sem contar spoilers importantes, portanto não vou aprofundar muito ou perderá a graça.

Irena nos mostra a Guerra vista dos olhos de uma sobrevivente que sofreu os horrores impostos pelos alemães. Houve partes em que meus olhos encheram de lágrimas, houve partes em que meu coração pareceu se partir em pedacinhos, houve partes em que eu não consegui sequer imaginar como algo tão terrível pode ter acontecido. Mas houve também partes em que eu me emocionei, em que eu sorri e em que eu torci para que tudo desse certo. Para que, no final, o amor prevalecesse.

A Ana Paula escreve de uma forma incrível, capaz de prender o leitor e puxá-lo para dentro do livro, para dentro dos horrores e temores da Segunda Guerra Mundial. Eu posso ser suspeita para falar, porque apesar de todo o sofrimento eu amo essa temática e cada vez que leio um livro com esse assunto me emociono mais. Toda a expectativa valeu a pena, o livro conseguiu não apenas alcancá-las, mas superá-las. O próximo passo é ter ele na minha estante para que eu possa poder ler as passagens mais marcantes e me emocionar outra vez com a história de Irena.

Resenha originalmente postada em: http://sunriseshere.com/?p=1484
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Telma 03/08/2012

A Vida em Tons de Cinza
Apátrida, de Ana Paula Bergamasco é bonito desde a capa, que por si só é uma sinopse do livro: em diferentes tons de cinza, com um olho de um azul magnífico ao centro: o olho de Irena!

Irena conta sua história em primeira pessoa. Vai desde sua infância que é muito similar à nossa, passando por uma adolescência precocemente madura, até sua velhice cheia de marcas físicas e psicológicas.

Eu já havia tido contato com livros que narravam a história da Segunda Guerra: O Diário de Anne Frank que fala da ocupação nazista nos países baixos, A Lista se Schindler e a versão do meu marido, que é alemão e que sempre procurou inteirar-se dos acontecimentos de uma guerra que dividiu seu país em 2 e que gerou tanto sofrimento. Ainda com o conhecimento que já tenho do ocorrido, Apátrida é surpreendente. Surpreende porque, apesar de todas as atrocidades da guerra, o livro é permeado de amor, paixão, docilidade.

É impossível não estar, tanto quanto possível, presente na época! Em impossível não ver diferentes emoções arrancadas pela narrativa simples e objetiva de Ana Paula Bergamasco!
Durante a leitura, não chorei, não sorri... mas senti com profundidade! (digo isso porque chorei em “Marley” e sorri em “Melancia”...rs*).

O aspecto psicológico da humanidade, que sempre me surpreende e é constante objeto de meus estudos, também está em abundância no livro. Até onde o ser humano vai quando o poder está em suas mãos? O que faz em decorrência do fanatismo, seja religioso ou político e até onde se vai por amor?

Ao ler, naturalmente essas reflexões aparecem, mas não de maneira cansativa. A Filosofia, A Psicologia está lá, mas sem a teoria de Sócrates ou Lacan. Está ali na prática. Numa leitura que não cansa, ao contrário, pede a próxima página.

Altamente recomendo!
Silvia 03/08/2012minha estante
Amiga vc colocou sua alma nessa resenha, o livro deve ser ótimo, preciso lê-lo ;)


Telma 03/08/2012minha estante
Sil,
obrigada pelo comentário. Segunda-feira Apátrida viaja para sua casa...rs*
beijocas




sabrina sexton 19/10/2010



Visceral...
Essa é a palavra que eu usaria para descrever esse livro de Ana Paula Bergamasco, uma vez que ela consegue extravasar tantos sentimentos, de tantas pessoas, de tantas nacionalidades, pertencentes a tantos povos. É um livro sem partidos, sem acusações, nem acoitamentos. Todos os lados da situação...
Através dos olhos e das lembranças da polonesa Irena, podemos conhecer parte do que realmente foi a segunda grande guerra: o que a loucura da crença da existência de uma raça superior fez, como se deu a “limpeza” étnica, quantas injustiças e barbáries o holocausto protagonizou.

(...)

Leia resenha completa em

http://www.leiturasedevaneios.com.br/2010/10/ana-paula-bergamasco-apatrida.html
Cintia 09/11/2010minha estante
Quem é o vencedor de uma guerra? Ninguém. A humanidade só perde com este tipo de conflito. Esta é a maior mensagem que Ana Paula expressa nesta narrativa. Profundo...




Marcos Bulzara 23/11/2010

Quantos livros sobre sobreviventes do holocausto alemão já foram escritos? Muitos. Provavelmente muitos ainda serão. Apátrida é mais do que isso. É um relato profundo, tocante, emblemático. É um rio caudaloso de emoções que não se sustenta apenas na descrição detalhada de conflitos entre personagens fortes e cativantes construídos habilmente pela escritora. Um universo de sensações conflitantes apresenta-se desde o início. Os paradigmas da Segunda Guerra estão todos ali, presentes, saltando aos olhos, mas revelam-se com uma sensibilidade primordial. Viajamos através dos olhos de Irena e sonhamos os seus sonhos, assim como nos horrorizamos com os seus pesadelos. É um relato forte, chocante, arrebatador.
Quanta dor alguém é capaz de suportar? No livro, as feridas do corpo e da alma se equivalem, mas igualmente cicatrizam-se na medida em que se descobre que a vida é mais do que simplesmente sobreviver. Viver é saber fazer escolhas. Talvez Irena, como todos nós, tenha acertado em algumas, errado em outras. Quais são as escolhas certas? Quais transformarão o nosso destino e nos darão a chance de construir o futuro que sonhamos?
Incentivo todos a embarcarem na inesquecível viagem de Apátrida. Não irão se arrepender.
Costumo dizer que escrever é costurar palavras. Ana Paula Bergamasco é uma costureira fenomenal!
Regiane 23/11/2010minha estante
Que resenha sensacional Marcos! Fiquei com mais vontade ainda de ler o livro da Ana o quanto antes.


OBS: Estou terminando o "Arquiteto do Esquecimento". E estou adorando! Em breve resenha ;)




Nathi 08/12/2011

Resenha - Apátrida
Irena nasceu no interior na Polônia, é a caçula de oito filhos, e tem uma vida simples, tranquila e feliz ao lado de seus pais e irmãos. Sua vida fica mais alegre quando ela conhece Jacob, um garoto judeu, que se torna seu melhor amigo, e primeiro amor. Mas um acontecimento faz com que eles se separem e tomem rumos diferentes em suas vidas, mas sempre com a promessa e a esperança de se reencontrarem.

Desse modo, Irena se casa com Rurik, um jovem muito bonito, gentil, que a ama profundamente, e com ele tem seu primeiro filho, Jan. Irena nunca pensou que poderia ser feliz ao lado de Rurik, já que amava Jacob com todo o seu ser, mas os momentos ao lado de seu marido foram repletos de amor e felicidade. Porém, a Segunda Guerra Mundial chega com toda sua desprezível magnitude e atinge toda a família de Irena.

Com isso, ela é obrigada a deixar sua casa, sofrer humilhações, torturas, a viver o inferno da guerra e do campo de concentração na pele, a sentir a dor da perda, o medo, a morte sempre a rondando.

Irena perdeu sua casa, sua família, seus amigos, e até o direito de pertencer a sua pátria, mas não desistiu em momento algum, guiada pela esperança e pelo amor.

Para ler a resenha completa: http://www.booksinwonderland.com/2011/12/resenha-apatrida.html
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Faby Dallas 20/12/2010

Resenha!
Irena nasceu na Polônia, no entre guerras mundiais. Cercada de esperança e sonhos.

Cresceu sob a turbulência política das décadas de 20 e 30 só século XX. Encontrou na primavera da sua vida um grande amor e amigo. Este permearia a sua existência.

A guerra, a religião e as conturbações sociais mudariam seu destino e a empurrariam numa avalanche de acontecimentos que transformariam de menina em sobrevivente ...

Nota Pessoal.

Você quer saber o quanto custa ser o que você é, e ser quem você é?
O que se perde em meio a uma guerra onde não existem vencedores, somente sofredores, que são tantos que é impossível de se contar?
Então você TEM de ler Apátrida.
É impossível não se sensibilizar com esse livro, a dor, o sofrimento, as angustias, todo o terror que a Segunda Guerra Mundial causou a tantas pessoas, famílias inteiras dissipadas como se fossem animais, por motivos tão fúteis, ser judeu, não saber responder a um questão, ou por não responder da forma que os soldados queriam ouvir, por não serem arianos......





Para ler na integra, acesse.

http://adororomancesdearacaju.blogspot.com/2010/12/talentos-nacionais-01.html
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Danika 11/05/2011

Primeiro livro do Book Tour Selo Brasileiro que recebi!

Ficamos muito felizes em poder participar desse projeto que visa a divulgação de novas obras e dos autores brasileiros.


Sobre o livro:

Fiquei realmente muito emocionada com a leitura. Eu achei que nunca tivesse chorado tanto em um livro quanto chorei na leitura de O Arquiteto do Esquecimento, também resenhado por mim aqui no blog, mas acho que a leitura de Apátrida superou as minhas lágrimas anteriores. A principio estranhei a grande quantidade de termos estrangeiros inseridos no decorrer do livro, mas acabei me acostumando e aprendi um bocado deles, em polonês e alemão… é tão variado e rico que fiquei encantada com o trabalho de pesquisa que deve ter sido feito para a construção desse livro: História, Geografia, Filosofia, volta e meia nos deparamos com citações de Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e até Dante Alghieri!

O livro de fato não parece ter sido narrado por uma personagem fictícia, mas sim por uma verdadeira sobrevivente do holocausto, tamanha a veracidade com a qual o livro é escrito. Há passagens aterrorizantes e que nos fazem refletir sobre a monstruosidade vivida por aquelas pessoas. O curioso é que geralmente vemos isso como algo superado, que está morto e enterrado no passado e que não seriamos capazes de tal atrocidade. Condenamos acirradamente a conduta de tais alemães, nazistas, e de todos que participaram de alguma forma para contribuir com tais atos, mas estamos sempre julgando os outros mais severamente do que a nós mesmos. Todos os dias, nos grandes centros, nos deparamos com mendigos e pedintes nas ruas. E o que fazemos ao vermos estas pessoas em condições subumanas? Viramos o rosto, seguimos em nosso caminho, desviando o olhar e disfarçamos fazendo de conta que ali não esta um semelhante nosso, que não é nosso problema, que não é da nossa conta. As situações são assim mesmo tão diferentes uma da outra? Lá era por uma questão ideológica, mas e aqui? Que desculpas nós temos? Acredito que a proposta do livro é a de instigar uma reflexão nos leitores, a rever a motivação por trás de nossos preconceitos. (Sim, nossos preconceitos. Todos nós temos, o que vai variar é a proporção deles e como você lida com eles, se você os combate ou se os alimenta).

Mas voltando a falar mais basicamente do livro, posso dizer que me emocionei bastante.

Irena é a verdadeira espécime de heroína. Exemplo de mulher batalhadora, e penso que o verdadeiro motivo para ela ter aportado no Brasil foi o fato de que ela possui uma alma tipicamente brasileira; esperançosa, lutadora, guerreira.

O desfecho da vida amorosa de Irena me surpreendeu e agradou. Ela passou por tantas coisas que merecia um final senão exatamente feliz, pelos menos que fosse mais reconfortante, menos solitário. E ela passa aquela sensação de dever cumprido, de ter feito a sua parte, não só para a sua sobrevivência, mas para a dos amigos, familiares e mesmo dos desconhecidos que cruzaram seu caminho.

Se você já leu O menino do Pijama listrado, A menina que roubava livros ou O Arquiteto do Esquecimento e gostou, então não pode deixar passar essa leitura!

Super-recomendado.
http://portrasdasletras.net/apatrida-anapaulabergamasco/
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LeilaRego 03/03/2011

Emocionante
Confesso que fui até as 3 da madrugada ansiosa para saber o final deste emocionante livro. Um livro que nos mostra todo o horror da segunda guerras através dos olhos de Irena, protagonista principal e narradora do livro.
A gente vive, sofre, se emociona em todas as situações junto com Irena. É impressionante a narrativa, a maneira como ela nos insere para dentro da guerra.
Eu adorei. Adorei de verdade e recomendo a todos.
Renato Klisman 11/03/2011minha estante
amu leilaaaaaaaa!
Quero a resenha do MEU LIVROOOOOOOOOOO!
Dom - A Saga Começa




Manchester 15/11/2010

Resenha - Apátrida de Ana Paula Bergamasco
Acho que vou escrever a resenha mais difícil de todas para mim agora. Não sei por onde começar e exatamento o que escrever. ¨Apátrida¨ mexeu muito comigo... E eu já esperava por isso. Guerras mexem muito comigo, sofrimento, mutilação, injustiças mexem muito comigo...

Vou começar, como sempre, pela parte física do livro. A capa, não tenho que dizer... Acho que é a capa de livro mais linda que vi este ano... O lindíssimo olho azul, a lágrima caindo e os trilhos dos trens que levavam os prisioneiros para os campos de concentração, já nos ambientam no romance. Na conracapa, a figura de um porto e os dizeres de Auschwitz: Arbeit macht frei, que significa ¨O trabalho liberta¨. Nas orelhas, uma breve sinopse sobre o livro e uma descrição de Ana Paula Bergamasco, a autora do romance. Além disto, a rosa... Que estaria presente em diversos momentos da trama. A Editora Todas as Falas fez um excelente trabalho!

Ana Paula Bergamasco... Guardem bem este nome... De fato, espero que seu talento seja reconhecido à altura. Agradeço por ter-me enviado o livro. Esta parceria era de grande interesse para mim pois analisar um livro falando de um assunto tão delicado e que sempre foi alvo de estudo e interesse para mim.

Bom, ¨Apátrida¨ é um romance praticamente biográfico de Irena. O primeiro capítulo se inicia com o nascimento da protagonista, a mais jovem de oito irmãos. Três meninas e cinco rapazes. A vida em uma comunidade tipicamente rural era relativamente tranquila... O bosque perto de sua casa era o palco de muitas brincadeiras entre os seus irmãos e Jacob, seu amigo de infância. Todos crescem e Irena percebe que havia um algo mais em sua bela amizade com Jacob. Este era judeu, diferentemente de Irena que era católica ortodoxa. Irena sonhava com seu romance com Jacob, mas faltou-lhe coragem para expor o que sentia. Jacob então casa-se com uma bela mulher, elegante, fina e culta. A partir daí os martírios de Irena começam.

Não estar com o seu amado é algo que ela passa a carregar... Apesar do seu casamento com Rurik e sua nova vida na Bielorrússia, algo sempre faltaria para Irena, apesar de Rurik ser um bom marido. Por um tempo tudo estava calmo apesar da distância da família. Mas vamos lembrar que não demoraria muito para estourar a guerra e Irena e o marido se encontravam em uma região um tanto quanto estratégica de influência dos soviéticos.

Uma sucessão de fatos leva Irena a voltar para sua casa na região rural da Polônia. Mas os momentos de paz são escassos. A situação política vai se deteriorando aos poucos e, em pouco tempo, Irena se vê em uma Europa caótica. Rapidamente os nazistas tomam a Polônia e a perseguição, pricipalmente aos judeus, se inicia. Irena agora carrega a responsabilidade de uma promessa feita a Jacob, que acabou sendo levado para um dos guetos em Varsóvia.

Irena acaba sendo levada para o inferno do holocausto. Um campo de concentração. O maior deles. Auschwitz. Lá Irena vê que apesar do inferno em que vive, mesmo com corpos quase mortos, é salva e salva muitas vidas também. De onde apenas existe sofrimento, surge o bem personificado sobre diversas formas.


Bom, sabemos que Irena sobrevive ao holocausto pois Bergamasco narra a trama intercalando os fatos passados e ¨atuais¨ quando Irena deixa a Europa e vem para o Brasil. E engana-se quem pensa que isso estraga a narrativa. Muitas revelações, encontros com pessoas do passado e muitas surpresas permeiam estes momentos da narrariva. As pontas que ficam abertas no passado são todas fechadas nas narrativas presentes. Cada capítulo da trama mostra uma nova revelação, um novo acontecimento, seja no passado ou no presente e nem preciso dizer que isso prende-nos a leitura por todo o livro. O final? Incrível e inesperado!

¨- No passaporte, na minha nacionalidade, está escrito: Apátrida. O que quer dizer isto?
- Quer dizer que a senhora, daqui por diante, não tem pátria.¨

O que ler ¨Apátrida¨ significou pra mim? Muita coisa. Bergamasco personificou o sofrimento de Irena de modo angustiante. Não sou uma pessoa de se emocionar fácil, mas confesso que, em determinados momentos da narrativa, senti aquele aperto no peito frente a todas as atrocidades cometidas àquelas pessoas inocentes. Dói saber o quanto somos capazes de ser intolerantes e desumanos, causar tanto sofrimento...

Ana Paula abordou diversas religiões de uma maneira bem leve: católicos, judeus, protestantes, Testemunhas de Jeová e representantes do Opus Dei. Um mix de diferentes crenças que precisam ser respeitadas. Respeito... De fato, o século XX foi carente neste quesito.

¨Muitos sabiam. Ninguém impediu. Nem aqueles que poderiam tê-lo feito. Hoje tenho certeza de que foi uma omissão relevante. A partir daí este foi o parâmetro da bestialidade. Passamos a tolerar gestos igualmente brutais, em menores proporções.¨

O trecho acima transmite bem o que penso sobre tudo isso que, agora, apenas serve para ser lembrado e jamais repetido. Nada além disso pode ser feito. Milhões de vidas ceifadas e destruídas...

Bom, como sempre, tive muito cuidado de não ter revelado nada que estrague as surpresas do livro. É evidente que Ana Paula fez ótimas pesquisas para expressar a verossimilhança de seu romance e isso culminou em uma obra de excelente qualidade literária. Recomendo com todos os argumentos que puder.
Ale Diniz 22/11/2010minha estante
Caro Thiago
Quanto mais eu leio o livro ou comento sobre ele com outros leitores, mais percebo que não se trata simplesmente de relato de atrocidades, mas sim de um relato humano do sofrimento daqueles que foram vítimas desta Guerra. Assim, penso que Apátrida é um clamor para que esses fatos jamais sejam esquecidos e , tão pouco, se repitam na história.
Bela resenha!!
Abraços




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