Apátrida

Apátrida Ana Paula Bergamasco




Resenhas - Apátrida


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Neyara 21/01/2012

Book Tour - Apátrida de Ana Paula Bergamasco
Apátrida é o primeiro livro da escritora brasileira Ana Paula Bergamasco. Formada em direito pela USP, recebeu menção honrosa em Direito Internacional, professora no Instituto Internacional de Ciências Sociais e escritora. Seu primeiro trabalho fala sobre a Segunda Guerra Mundial, drama que vem recebendo muitos elogios e prêmios da crítica.

"O apátrida é a pessoa que ninguém reconhece como seu cidadão. Ele não pode recorrer a nenhum corpo diplomático, se necessitar proteção. Não pode pedir apoio ao seu país de origem. Ninguém lhe atribui direito algum. Não tem chão" - Apátrida, pág 330

Irena é uma polonesa pobre, que mora no campo junto com sua família. Sua infância foi bem sofrida, apesar do interesse em aprender, não tinha muita informação, seus pais eram arredios, e seus irmãos viviam lhe contando histórias que escutavam na cidade, como a que os brasileiros tomavam banho todos os dias, concluindo que os mesmos deviam feder muito. Quando sua irmã mais velha morreu, um médico judeu veio ajudar a família, junto com seu filho Jacob, despertando o interesse de Irena, o garoto passou a visitar a casa deles todos os fins de semana, para ensina-los o que sabia.

Alguns anos depois Irena estava casada com Rurik, morando na terra natal de seu marido, onde teve seu primeiro filho Jan e quando estava no ápice de sua felicidade, aconteceu a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Dai se desenrola a história, sem preconceitos ela tenta ajudar os judeus, ciganos, homossexuais, deficientes, entre outros refugiados a tentar sobreviver naquela avalanche de ódio e sangue.

Perdeu parentes e amigos, viu a destruição de suas terras, do seu país, do seu povo, sentiu o que é viver com medo de tudo e de todos, ajudou no que pode, passou fome e frio, ficou muito doente, fugiu, foi trancafiada em um campo de tortura, sofreu o pão que o diabo amassou. No meio de tanto sofrimento, conseguiu ser forte para lutar pela sobrevivência dos seus entes que ainda estavam vivos, lutou pelo seu grande amor, lutou por tudo que ainda valia a pena enfrentar aquele caos.

O livro é bastante intenso, rico em detalhes, a autora consegue transportar o leitor para o drama da Segunda Guerra, fazendo com que ele sinta o terror que Irena enfrentou. Apesar dos muitos personagens, o livro não deixa pontas soltas, todos aparecem para esclarecer o que aconteceu na Guerra, fazendo com que o leitor enxergue todos as versões dos fatos, e entenda que ninguém ganhou, todos perderam com aquela avalanche de intolerância, de racismo, de preconceito, de egoismo, e que todos os sobreviventes tentam superar aquele horror, seja guardando ódio e loucura, ou tentando ajudar o próximo.

Quero parabenizar o design pela bela capa! Quero parabenizar a Ana Paula pelo belo livro, pela pesquisa, pelos prêmios e por ter criado uma Irena tão forte! Quero parabenizar Irena pelo sua luta e por ter um filho tão precioso! Quem ficou com vontade de ler essa história linda, no blog do livro ta rolando o Book Tour, então, quem quiser passa lá e se emocione também marcando 5 estrelinhas no Skoob, haha.

"Uma vez fora do pais de origem, permaneciam sem lar, quando deixaram seu Estado, tornaram-se apátridas, quando perdiam seus direitos humanos, perdiam todos os direitos, eram o refugo da terra" - Apátrida, pág 331

http://capsuladebanca.blogspot.com/2012/01/book-tour-apatrida-de-ana-paula.html
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Mi Araujo 27/04/2011

Sinopse

Uma pequena vila na Polônia. Uma menina repleta de vida. Um encontro. Vidas Ceifadas. Sonhos Destruídos. Infâncias Roubadas. As recordações da personagem Irena amarram o leitor na História do Século XX. Baseado no estudo dos fatos que marcaram a época, o palco da narrativa é a conturbada Europa pós Primeira Guerra Mundial, culminando com a eclosão da Segunda Grande Guerra e a destruição que ela provocou na vida de milhões de pessoas. A narradora conduz a exposição em primeira pessoa, e remete o leitor a enxergar, através de seus olhos, o cotidiano a que ficou submetida. É um relato humano, sincero e envolvente que revela a passagem da vida infantil feliz da menina, para o tumulto da existência adulta, cheia de contradições.



Amor,Amizade,Família,Guerra,Ódio,Rancor,Dor,Preconceito,Coragem,Persistência...
São sentimentos que se misturam no decorrer da narração,esses sentimentos nos envolve plenamente no livro,foi assim que me senti ao ler Apátrida,tive um pouco de cada desses sentimentos,a cada página virada sofria com os personagens.Gostei muito de Apátrida,chorei e ri com ele....

Continue lendo no blog:
http://almadeleitor.blogspot.com/2011/04/apatrida-ana-paula-bergamasco.html
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Book Addicted 24/05/2012

bookaddicted.net
Fiquei realmente muito emocionada com a leitura. Eu achei que nunca tivesse chorado tanto em um livro quanto chorei na leitura de O Arquiteto do Esquecimento, também resenhado por mim aqui no blog, mas acho que a leitura de Apátrida superou as minhas lágrimas anteriores. A principio estranhei a grande quantidade de termos estrangeiros inseridos no decorrer do livro, mas acabei me acostumando e aprendi um bocado deles, em polonês e alemão… é tão variado e rico que fiquei encantada com o trabalho de pesquisa que deve ter sido feito para a construção desse livro: História, Geografia, Filosofia, volta e meia nos deparamos com citações de Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e até Dante Alghieri!

O livro de fato não parece ter sido narrado por uma personagem fictícia, mas sim por uma verdadeira sobrevivente do holocausto, tamanha a veracidade com a qual o livro é escrito. Há passagens aterrorizantes e que nos fazem refletir sobre a monstruosidade vivida por aquelas pessoas. O curioso é que geralmente vemos isso como algo superado, que está morto e enterrado no passado e que não seriamos capazes de tal atrocidade. Condenamos acirradamente a conduta de tais alemães, nazistas, e de todos que participaram de alguma forma para contribuir com tais atos, mas estamos sempre julgando os outros mais severamente do que a nós mesmos. Todos os dias, nos grandes centros, nos deparamos com mendigos e pedintes nas ruas. E o que fazemos ao vermos estas pessoas em condições subumanas? Viramos o rosto, seguimos em nosso caminho, desviando o olhar e disfarçamos fazendo de conta que ali não esta um semelhante nosso, que não é nosso problema, que não é da nossa conta. As situações são assim mesmo tão diferentes uma da outra? Lá era por uma questão ideológica, mas e aqui? Que desculpas nós temos? Acredito que a proposta do livro é a de instigar uma reflexão nos leitores, a rever a motivação por trás de nossos preconceitos. (Sim, nossos preconceitos. Todos nós temos, o que vai variar é a proporção deles e como você lida com eles, se você os combate ou se os alimenta).

...

Mais em http://bookaddicted.net/apatrida-anapaulabergamasco/

Leia e comente!
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Drika 08/06/2012

Irena é a irmã mais nova de uma família polonesa de oito irmãos. Vivia muito bem no campo em Lublin e na adolescência se apaixonou por um judeu amigo seu, Jacob, mas não puderam ficar juntos por causa da religião. Assim ela se casou com Rurik e foi morar com ele na União Soviética onde tiveram um filho, Jan. Até aqui parece que o livro é apenas uma história de amor bonitinha com um romance não concretizado e outro que deu certo. Até poderia ser se não tivessem ocorrido certos eventos, sendo o principal deles a Segunda Guerra Mundial.

Durante todo o livro temos a narração de Irena do que ela sofreu nas mãos de alemães e soviéticos intercalados com as histórias do pós-guerra. Somos levados do passado ao presente repetidas vezes, mas não fica confuso, é um capítulo para o presente e um para o passado. Isso ajudou a completar a história, por exemplo, o irmão dela, Antony, no meio do livro ele desaparece, mas no outro capítulo (capítulo do presente) ficamos sabendo o que aconteceu com ele.

Não ficamos só sabendo da história de Irena, mas também a de muitos alemães, soviéticos, judeus, poloneses, etc. que ela teve contato. No início do livro Irena diz que não sente mágoa do povo alemão, afinal, não se podem associar alemães ao nazismo, pois muitos não fizeram parte desse regime. Devemos separar o povo dos nazistas. Essa é a visão que eu tenho não só para o nazismo, mas também para o socialismo. Vale a pena refletir sobre essa visão que a autora Ana Paula Bergamasco tenta passar, principalmente com as histórias contidas nesse livro. Nem todos são bons e maus. Somos humanos e temos os dois lados dentro de nós, por isso não podemos taxar vilões e mocinhos.

Se tiverem a oportunidade de ler esse livro, leiam! Vocês com certeza não se arrependerão. Sofri com Irena e fiquei curiosa para saber fatos que ela mostrava no presente, mas que precisávamos do passado para encontrar as suas origens. Ah! E só descobrimos o porquê desse título para o livro no último capítulo. rsrs...
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Gabi Lima 20/04/2012

Irena é a irmã mais nova de uma família polonesa de oito irmãos. Vivia muito bem no campo em Lublin e na adolescência se apaixonou por um judeu amigo seu, Jacob, mas não puderam ficar juntos por causa da religião. Assim ela se casou com Rurik e foi morar com ele na União Soviética onde tiveram um filho, Jan. Até aqui parece que o livro é apenas uma história de amor bonitinha com um romance não concretizado e outro que deu certo. Até poderia ser se não tivessem ocorrido certos eventos...

Quer saber o resto da resenha? Confira aqui: http://livrofilmeecia.blogspot.com.br/2012/04/resenha-apatrida.html
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Cassia 09/10/2011

Amo livros assim
Apátrida é um livro que narra a história de Irena uma Polonesa que sobreviveu a 2° Grande Guerra, porém sua história é contada através de seus sofrimentos e suas perdas.
Irena sempre foi uma moça simples de uma familia grande e humilde, no dia da morte de sua irmã que ela conheceu Jacob que veio a ser seu melhor amigo e depois de muito tempo a causa de uma grande amor que foi destruido pelas imposições da familia de Jacob e da religião. Jacob se casou e Irena muito sofreu com essa união planejada perdendo então seu grande amor.

Algum tempo depois Irena passou a ser cortejada por um jovem Russo chamado Rurik ao qual se uniram e viajaram para a Bielorrussia. Lá ela teve seu primeiro filho Jan e viveram momentos maravilhosos como uma familia feliz, mas de um dia para o outro uma fatalidade muda o rumo de sua vida. E essa mudança faz com que ela retorne para a Polônia o mais depressa possível.

Voltando a Polônia Irena enfrenta uma situação diferente, pois a guerra começa a ser dura e os alemães planejam invadir a Polônia com a intenção de levar todos os Judeus para um bairro dividido.

Os fatos não terminam por ai a Guerra só começou, nesta história tem muito sofrimento e Irena esta lutando pelo bem mais precioso de sua vida seu Filho Jan, porém Jacob pede que ela cuide de sua filha e ela por amor a ele concorda em ficar com a menina.


O livro narra faros reais que aconteceram nos Campos de Concentração durante a Guerra, as lágrimas, a fome e miséria que esse povo sofreu por serem considerados inferiores. Apátrida mostra a visão da história do outro lado porque normalmente estou acostumada a ver marcas dessa guerra contada por Judeus, mas esse livro conta a relação de Judeus e Poloneses e outros povos que não se preocupavam apenas consigo mesmo.

A história termina aqui no Brasil de uma forma surpreendente acredito que ninguém imaginava como seria a vida de Irena e seus filhos e até ela mesma estava lidando com um futuro incerto e com a esperança de reencontrar pessoas amadas das quais ela não ouvia noticias a muito tempo.

Juntando conhecimento e força de vontade Ana paula Bergamasco uniu seu talento e fatos reais e fez uma obra maravilhosa, vale a pena ler eu sei que sou fascinada por histórias relacionadas a segunda grande guerra, mas tenho certeza que mesmo alguém que tenha um gosto diferente do meu vai ser sentir atraido pela história de superação de Irena.
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Fernanda 22/09/2011

Vídeo Resenha: Apátrida

Para ver o vídeo resenha, acesse:
http://www.cacadoradelivros.com/2011/09/01-video-resenha-da-cacadora-resenha.html


Pah Aleksandra 11/11/2011

[Livros & Fuxicos] Resenha Apátrida
Se precisasse definir Apátrida em uma palavra, sem dúvidas o classificaria como emocionante. Com destreza a autora nos apresenta a um contexto tocante, envolvendo-nos com a dor e o sofrimento daqueles que presenciaram a segunda guerra mundial. O fato é que, esse, por si só, já é um tema comovente, é difícil não se deixar emocionar com as perdas e o sofrimento que afligiram a humanidade nesse período, ainda mais quando paramos para refletir sobre os motivos que levaram a tantas mortes. Será que a ânsia pelo poder justifica a necessidade de subjugar os desejos de seu próximo? Até que ponto algumas nações estão dispostas a ir para alcançar seus objetivos? O fato é que na guerra, ou no dia a dia, nossa sociedade, infelizmente, não se preocupa com as consequências de suas ações, o importante é a realização própria, independente do que isso possa causar aos seus semelhantes.

Assim, logo no início da leitura fui enlaçada pelas palavras e sentimentos presentes em cada página da narrativa. Eu, que faço o tipo de leitor que se emociona muito com o que lê, chorei fácil ao compartilhar das experiências de Irena, que como uma bibliografia, nos conta os detalhes de sua vida, partilhando conosco todas as suas lembranças, desde as mais felizes, até as que mais dolorosas.
Nascida na Polônia, em uma família simples, Irena ao nos apresentar suas memórias conta sobre as boas lembranças de sua infância, as brincadeiras, as amizades, os fortes laços que mantinha com seus irmãos e pais. Fala-nos também, de seu primeiro amor, das descobertas e dificuldades que esse sentimento causou, e então, de como a guerra chegou para tirar dela, aos poucos, os feches de luz e paz que existiam em sua vida.

Como vocês já sabem a Polônia, por estar em meio à Alemanha e antiga União soviética, foi considerada um ponto estratégico, de forma que por esse motivo, foi dominada pelas forças alemãs. Desta forma, subjugados a dominação das tropas de Hitler, os poloneses sofreram duramente com a guerra, sendo tratados como uma raça impura, muito inferior a raça ariana. Por isso, Irena e sua família presenciaram o que existe de pior na guerra, o medo, a dominação, as perdas, as mortes. Suas experiências são intensas, cada fato descrito por Irena nos assombra, a realidade, mesmo que indireta, de sua narrativa, é algo que nos envolve de uma forma inimaginável.
O ponto forte do livro é a forma com que Irena narra sua história de vida, ligando fatos do passado com seu presente, ou vice versa. Isso permite que possamos compreender o quanto a personagem amadureceu e principalmente, o quanto a guerra deixou cicatrizes imensuráveis. Entretanto, de forma surpreendente, mesmo tendo passado por momentos muito difíceis, Irena ainda sorri para a vida, e de uma forma simples ensina-nos que, na guerra, não existe um lado vencedor, todos os envolvidos, independente de qual deles acredite ter saído vitorioso, sofre perdas. E que mesmo durante longos períodos de dor e sofrimento, sempre existe a esperança de que um dia, a tristeza cederá lugar para a felicidade.

Apátrida é o tipo de livro que marca o leitor, que nos faz refletir sobre o passado, o presente e o futuro da humanidade. Afinal, o preconceito idealizado pelos que se denominavam a raça pura, é tão diferente, do preconceito racial ou cultural que ronda nossa sociedade? Outro ponto de reflexão é que, ao imaginar quantas pessoas existem no mundo que compartilharam das mesmas experiências que Irena, o livro nos faz pensar se todas elas foram tão fortes como ela, que foi capaz de dar uma chance a si mesmo, deixando o passado para trás.
Além de uma ótima trama, o livro conta também com uma narrativa dinâmica, prendendo-nos aos detalhes da vida de Irena. Sendo assim, o livro me surpreendeu, talvez tenha o imaginado uma história mais superficial, não tão real, ou palpável, o trabalho que a autora teve de pesquisar nomes e fatos históricos referentes ao período narrado, tornou o livro ainda mais legítimo, misturando de uma forma quase imperceptível, ficção com realidade.

Resenha completa em: http://livrosefuxicos.blogspot.com/2011/11/resenha-book-tour-selo-brasileiro.html
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Mari 28/01/2012

Apaixonante!
[...]Apátrida foi o livro de estréia de Ana Paula e ela merece cada uma das críticas positivas que vem recendo. A leitura do livro é envolvente e a história é no mínimo, linda. Apesar de o começo ser um pouco confuso porque somos apresentados a um monte de personagens e no começo eles não chamarem tanto atenção, tanto a leitura começa a fluir melhor e os personagens são desenvolvidos e viram super perfeitos com o decorrer do livro. Tanto que chega um ponto que você fica triste por ter que levantar para preparar algo para comer ou dormir (odeio quando isso acontece, mas só mostra o quão bom o livro é).
A história é intensa, e por isso é super realística. Os personagens são tão bem descritos que eu fiquei me perguntando se não eram reais. A perfeição com que Ana Paula usa para descrever os sentimentos é muito grande, e por isso merece ser elogiada. A pesquisa que a autora fez fica clara por não haver nenhum erro histórico, o que, com certeza, é um ponto positivo.
Há alguns erros ortográficos e de digitação ao longo do livro, por isso torço para que numa próxima edição eles sejam corrigidos, porque não há nada pior que erros ortográficos num livro que passou por uma editora. Obviamente alguns errinhos as vezes são inevitáveis, mas quando é demais acaba sendo bem chato e atrapalhando a leitura - não que seja o caso do livro.

Eu recomendo Apátrida a todo mundo que goste de livros que fale sobre a 2a Guerra Mundial. Afinal, para quem não curte o tema pode ser um pouco chato. Porém eu recomendo que dêem uma chance ao livro, quem sabe vocês não mudam de idéia sobre o tema? Eu particularmente acho super interessante, e a-m-e-i o livro.[...]

Leia a resenha completa em: http://hangoverat16.blogspot.com/2012/01/apatrida.html
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House of Chick 20/12/2011

Uma pequena vila na Polônia. Uma menina repleta de vida. Um encontro. Vidas Ceifadas. Sonhos Destruídos. Infâncias Roubadas. As recordações da personagem Irena amarram o leitor na História do Século XX. Baseado no estudo dos fatos que marcaram a época, o palco da narrativa é a conturbada Europa pós Primeira Guerra Mundial, culminando com a eclosão da Segunda Grande Guerra e a destruição que ela provocou na vida de milhões de pessoas. A narradora conduz a exposição em primeira pessoa, e remete o leitor a enxergar, através de seus olhos, o cotidiano a que ficou submetida. É um relato humano, sincero e envolvente que revela a passagem da vida infantil feliz da menina, para o tumulto da existência adulta, cheia de contradições.


Vocês devem saber que todo livro tem alma. E que cada livro que lemos, ou nos acrescenta muito ou, apesar de nos enaltecer, torna-se apenas mais um.
Devo dizer que Apátrida me acrescentou muito.

Tinha ouvido falar muito bem deste livro, e quando a Ana Paula nos cedeu para resenhá-lo no House, foi um presente lindo. E, ainda maior foi o meu prazer ao dar de cara com uma história cheia de intensidades e de uma imensidão quase palpável que não deixou nada a desejar.

Eu não conhecia editora Todas as Falas, mas a partir de agora vou ficar de olho nela.

Continuação: http://www.houseofchick.com/2011/04/apatrida-ana-paula-bergamasco.html
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Lais.Alencar 26/01/2012

Difícil organizar as idéias para começar a escrever. O tema do livro, II Guerra Mundial, é algo que mexe comigo sempre! Lembro que ainda pequena assisti a Lista de Schindler e até hoje lembro de bastante coisa. É impossível passar por relatos das atrocidades que aconteceram e não se sentir tocado. O tempo passa e a guerra vem...Ai começa o sofrimento não só para Irena, mas pra uma população inteira, incluindo seus amigos e parentes...

Leia o restante em: http://laisdoce.blogspot.com/2012/01/livro-apatrida-book-tour.html

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Julia G 01/02/2012

Apátrida - Ana Paula Bergamasco
Resenha postada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

“O navio começou vagarosamente a mover-se, em direção ao mar alto. As crianças esticaram-se para ver a cidade ficar para trás. Uma dor apertou meu peito. Lembrei-me que, a partir dali, dentro do mar da vida, eu estava só. Nem pátria possuía mais. Era como uma completa indigente, navegando rumo ao desconhecido. O futuro, só Deus o conhecia.” (pág. 332)

Irena nasceu na Polônia, em uma grande família de camponeses, algum tempo depois do fim da Primeira Guerra Mundial. A família, mesmo com poucos recursos, vivia bem, e a amizade e união que acometia os irmãos permitia que a vida fosse bastante próspera e feliz. Isso, entretanto, não impediu que Irena, desde cedo, se deparasse com a perda de pessoas que amava, como suas duas irmãs.


Ainda nova, viu-se apaixonada por seu amigo de infância, Jacob, judeu de uma família influente e rica da região que, mesmo correspondendo-a, optou por casar-se com outra judia, para alcançar as expectativas de seus pais e de sua sociedade.

Doente de amor, Irena começa a tentar refazer sua vida e, ao casar-se com Rurik, muda-se com ele para a Bielorrússia, a fim de viverem juntos da família do marido. Apesar da falta que sentia dos seus e de sua terra, Irena aprende a amar Rurik e constrói com ele um lar de felicidade. Tiveram juntos dois filhos, Jan e Bogdana, a qual morreu três dias após o nascimento.

Mas essa vida tranquila não duraria muito tempo. Quando um de seus irmãos, Andrzej, vai procurá-la na Bielorrússia e se casa com Yeva, uma oficial russa disfarçada, no momento em que os ares e a tensão da Segunda Guerra Mundial já davam sinais, sua vida começa a desmoronar. Yeva assume ter envenenado a mãe de Rurik e entrega a ele e a Andrzej como traidores, sendo ambos condenados à forca.

De volta à terra de sua família, Irena enfrenta outras perdas: seus pais, alguns irmãos e a própria liberdade. Em meio à guerra, vê atrocidades que nunca seria capaz de imaginar, passa fome e vê pessoas morrerem por causa dela e derrama mais lágrimas do que pensava possível.

Apátrida - Vários destinos. Uma guerra. Uma paixão., de Ana Paula Bergamasco, é uma história simplesmente incrível. Narrado em primeira pessoa pelo olhar da própria Irena, o livro é bastante intenso, intercalando momentos de várias fases da vida da protagonista, voltando a passados mais próximos, no Brasil, e mais distantes. Essa mistura de diversos momentos não faz com que a obra fique confusa e, pelo contrário, ainda previne, em junção à riqueza de detalhes, que os capítulos se tornem maçantes. Também interessante é que o fato de ir ao passado e voltar possibilita que saibamos os atos que deram origem a algo na vida dos personagens, e as conseqüências desses atos, bem delimitadas na narração.

Me apaixonei por Rurik, senti tristeza por Jacob, e até alguma afeição por Alfons. A vida amorosa de Irena não foi nada fácil, mesmo que tenha desfrutado alguns momentos de felicidade. Mas essa dificuldade não se restringiu ao amor: sua vida inteira teve altos e baixos, e Ana Paula deixa visível que foi preciso muita força de vontade da protagonista para simplesmente seguir em frente.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção durante toda a escrita da autora é a forma suave como consegue abordar situações tão delicadas, quase inocente, ao mesmo tempo em que não poupa nenhum detalhe das atrocidades da guerra, do sofrimento, da fome, entre tantas outras coisas repulsivas que muitos teimam em renegar. Além disso, em alguns trechos consegue-se comprovar, com passagens bem claras e possíveis, o que para mim foi uma das mensagens mais fortes do livro: todos perdem em uma guerra. O lado “vencedor” também tem perdas sociais e econômicas, por mais rápida que seja a guerra.

Irena, mesmo aparentando ter em sua sensibilidade uma fraqueza, mostrou-se uma mulher muito forte, e talvez tenha sido essa mesma sensibilidade que a tenha mantido a salvo, física e mentalmente, diante daquilo que via e da incerteza do futuro. Apegando-se à esperança, aos seus filhos e ao seu amor por Jacob, enfrentou seu sofrimento como podia e apegou-se à vida, mesmo que isso significasse abdicar de sua pátria, suas crenças e seu orgulho.

Não há como comentar todos os personagens, pois são muitos, mas Bergamasco nos presenteia com o destino que cada um deles leva, sem deixar nenhuma ponta em aberto. Mais um ponto para a obra, que se torna completa e incontestavelmente bem feita. Um livro que recomendo para todos, independente do tipo favorito de leitura, por conter mensagens para seres humanos, escritos nas entrelinhas da história de alguém sem rosto, que sofreu as selvajarias das inconsequências de alguns que se denominavam racionais e superiores.

“[...] Diga-me, em qual local do mundo há vencedores numa guerra?” (pág. 9)
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Canafístula 11/01/2012

Desafio Literário 2012 – Janeiro: Livros Tristes – Livro Um: Apátrida, de Ana Paula Bergamasco
Apátrida, livro da autora brasileira Ana Paula Bergamasco, me surpreendeu muito. É, sem dúvida, um livro muito elogiado por todos e reconheço que ele está à altura desses elogios. Não é muito comum ver livros sobre Segunda Guerra Mundial escrito por brasileiros – ainda mais romances – então este livro foi uma surpresa bem agradável para mim, que amo esse gênero.

Eu também escrevo um livro sobre Segunda Guerra Mundial e só quem também o fez/o faz sabe o quanto é trabalhoso. Os trabalhos de pesquisa a serem feitos são árduos. Você acha que é só começar a escrever e pronto? Não. Há muita pesquisa a ser feita. Lembro-me de ter lido uma entrevista com a autora onde ela dizia ter demorado quatro anos para escrevê-lo. Não é exagero. É realmente difícil e foi com grande alegria que constatei que a Ana Paula fez um excelente trabalho. Não encontrei erros históricos ao decorrer da história, foi tudo muito bem estruturado por parte da autora.
Outra coisa que me surpreendeu foi a realidade da história. Tinha vezes que eu me perguntava se era realmente um livro de ficção. A narrativa era carregada de emoção e pareceu-me, em muitos momentos, extremamente real. Mais um ponto a favor do livro.

Mas como todo o bom livro, Apátrida possui os seus defeitos. Seria injusto da minha parte só mostrar o lado bom.

Ao longo do livro, vi diversos erros de ortografia e digitação. Claro que não é culpa da autora e sim da editora e da pessoa que o revisou. Mas nada que uma segunda edição do livro não resolva. Espero que o livro faça bastante sucesso e haja uma reimpressão, pois esta edição deixou um pouco a desejar nesses quesitos.

Também acho que a autora poderia ter usado mais diálogos durante o livro. Confesso que há algumas partes na história que são bem cansativas justamente pela carência de diálogos – muita narração, muitos detalhes a serem descritos. O começo, por exemplo, é um pouco devagar... Mas no momento em que Irena muda-se para a Bielorússia com seu marido Rurik, a história pega um ritmo que te prende e você não quer largar mais. Isso acontece mais/menos na pág. 70. A partir daí os acontecimentos são surpreendentes e você não pára até chegar ao final.

Antes de concluir minha resenha, gostaria de registrar mais uma coisinha: concordo com todas as opiniões positivas a respeito do livro, mas li uma que julguei demasiadamente exagerada, de que Apátrida seria “o melhor romance sobre a Segunda Guerra Mundial”. Não me ofendam, mas Apátrida não é o melhor romance sobre Segunda Guerra Mundial. Apátrida não é, O Menino do Pijama Listrado não é, A Menina que Roubava Livros não é, A Chave de Sarah não é. Nenhum livro é. Por quê? É simples: A Segunda Guerra Mundial é algo que nenhum livro na história conseguirá explicar em palavras. A Segunda Guerra deixou milhares de vítimas e fez muita gente sofrer. Há milhares de histórias sobre ela por aí. Cada uma é única, seja de ficção ou não. São singulares e cheias de sentimentos. Todas devem ser valorizadas, mas NUNCA nenhuma estará à frente da outra. Todas são iguais: tristes, porém belas. Portanto, por mais que o livro seja bom, ele não é o melhor e nunca será. Há outras histórias por aí tão belas quanto esta que também devem ser valorizadas! Nenhuma nunca será superior à outra, pelo mesmo motivo do qual eu não sou melhor do que você e você não é melhor do que eu.

Eu, Karen Pereira, estudo Segunda Guerra Mundial desde os meus 12 anos de idade. Desde que ouvi falar da Anne Frank e li o livro dela, eu fiquei fascinada por esse tema e não parei mais. Se você olhar minha estante no skoob, metade dos livros que tenho é sobre isto. Leio livros, assisto documentários, vejo filmes. Minha mãe diz que sou doente. Mas não é isso. Álias, eu nem sei o que é. Apenas digo que sou muito exigente com livros sobre o tema e tenho um olhar 2x mais crítico quando leio obras do gênero... Ao começar a leitura, pensei que não iria gostar desse, mas que bom que me enganei. Apátrida é um livro muito bom. Espero que a literatura nacional continue crescendo e que mais livros sobre Segunda Guerra de escritores brasileiros apareçam por aí.

Parabéns, Ana Paula. Fica aqui uma ótima dica de livro para quem quer ter uma bela surpresa e se encantar. Recomendo!

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/
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