Apátrida

Apátrida Ana Paula Bergamasco




Resenhas - Apátrida


141 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10


Cibele 17/05/2011

Irena nos leva a seu mundo desde a infância com seus pais e irmãos, seu primeiro amor, até a atualidade onde mesmo muitos anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, carrega cicatrizes e traumas irrecuperáveis. Ela vivia na Polônia com sua família e seus irmãos, onde conheceu Jacob que viria a se tornar um amor pra vida toda. No entanto, ele por ser de uma religião diferente, se viu impossibilitado de dar qualquer esperança para aquela que ele também amou. No entanto, isso de forma alguma é foco principal do livro. Sim, convivemos com a dor da protagonista e seu amor mal resolvido, mas durante muitas vezes isso é abafado pelo horror da guerra. Ela se encontra num país que foi atingido em cheio nessa época. Irena, viu pessoas amadas e pessoas desconhecidas morrerem na sua frente, quase morreu de fome centenas de vezes, foi maltratada, ferida, vivia com medo de que algo acontecesse com ela ou com alguma pessoa querida enquanto ela estivesse distante. E em sua narrativa, ela não poupa detalhes de cada sofrimento vivido.

Leia a resenha completa em: http://www.euleioeuconto.com/2010/10/apatrida.html
comentários(0)comente



Marcelo 05/01/2011

Melhor livro do ano... muitos vão comentar isto quando lerem...
Sem dúvida, um dos melhores livros que já li, fiquei surpreso com os detalhes da segunda guerra e pela história bem elaborada... É difícil comentar, pois as minhas palavras não refletem a qualidade desta obra, só me arrependo de não ter lido antes...
comentários(0)comente



Leninha Sempre Romântica 01/12/2010

Maravilhoso!
Um livro dilacerante, que marca quem lê, essa é a forma que vejo Apátrida.
Quando comecei ler não esperava ser tragada por eventos tão torturantes que marcaram a história.
Falar sobre um tema tão forte como o Holocausto Alemão já é por si difícil, mas ler e conseguir visualizar o que aconteceu é ainda pior, e a autora Ana Paula Bergamasco consegue passar com riqueza de detalhes como se ela tivesse presenciado os fatos, como se ela estivesse estado lá.
O livro é um rio de emoções, um relato sofrido, tocante, forte, impressionante, mas de uma sensibilidade profunda!
Irena é nossa protagonista e narra sua vida desde sua tenra idade, suas alegrias, suas tristezas e as mudanças que a guerra fez em sua vida.

Quanto sofrimento uma pessoa é capaz de suportar, a quantas amarras tem que se prender para se manter submersa em meio a tantas lágrimas?
Seria o tempo capaz de curar a dor da perda, da injustiça, e da total privação de humanidade?

Apátrida nos enreda numa trama com temas polêmicos, e intercala passado e presente deixando o leitor envolvido na história de tal forma que a cada página queremos descobrir mais e mais, até por que no relato do presente podemos visualizar o que ainda está para acontecer.
A autora cria um entremeio de fatos que vão se encaixando no decorrer da história e nenhuma ponta fica solta, tudo se encaixa perfeitamente.
E dentro de um enredo de tantos sofrimentos, tristeza e dor temos lugar para o amor, um amor de infância que atravessa todo o livro, liga todos os personagens, não só o amor entre um homem e uma mulher, mas também o amor fraternal, amor pela família, amor pela pátria, amor em toda a sua plenitude. Mas também encontramos o ódio, latente, crescente, aquele que dilacera a alma, que corrói por dentro e deixa feridas incuráveis que nem mesmo o tempo é capaz de sanar.
Muitos livros sobre a segunda guerra mundial existem por ai, nunca tinha lido nenhum, mas ao receber Apátrida já me apaixonei pela bela capa, sabia que encontraria um tema forte, mas no decorrer da leitura me peguei chorando, sofrendo junto com Irena na luta pela vida.

Não podia dar uma nota menor do que 10 para esse livro maravilhoso, um livro que nos mostra através da visão de um par de olhos azuis que a vida pode ser difícil, mas o amor tudo pode, tudo conquista!

Recomendo!
comentários(0)comente



Talita 14/04/2011

Apátrida por Talita Arrais
Quando me foi apresentado à sinopse de “Apátrida” eu fiquei, imediatamente, com muita vontade de ler o livro. Logo em seguida, ele foi disponibilizado no grupo Livro Viajante e tive a oportunidade real de conhecer o trabalho da Ana Paula Bergamasco.

Foram quase duas semanas para concluir a leitura e por nenhum momento me arrependi de tê-la começado. O livro é uma mistura de sensibilidade, horror de uma guerra e o fortalecimento da personagem principal Irena. Por várias vezes me emocionei com sua estória e os víeis pelo qual ela se formou. É triste conhecer as peculiaridades de uma guerra tão sem sentido como foi a Segunda Guerra Mundial. Mesmo depois de ler o livro, ainda me deparo pensando no sofrimento da ‘apátrida’.

Dessa forma, acredito que “Apátrida” é um belíssimo livro. Aos que, por alguma razão, estejam na dúvida de se aventurar por suas páginas: o façam! Obrigada pela oportunidade de vivenciar esta leitura que para mim foi tocante e ao mesmo tempo apaixonante.
comentários(0)comente



Cris 16/10/2012

M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!!!
Terminei de ler um dos livros mais emocionantes que li até hoje, e o mais emocionante dos que foram ambientados na segunda guerra mundial. Vai demorar muito tempo para me desligar dos personagens, principalmente da narradora Irena. Irena é uma pessoa tão boa, mas os mesmo tempo tem defeitos e fraquezas que a tornam humana como todos nós. Ela consegue uma coisa que buscamos sempre, e tão difícil de alcançar, que é o "caminho do meio". Mesmo com os percalços ela consegue manter a serenidade e seguir em frente, seja qual for o caminho em que irá chegar.
É incrível uma escritora brasileira, não descendente de judeus, nem dos eslavos, estes também oprimidos pelos alemães nazistas, criar uma hstória tão real, tão crível, tão transbordante de sentido e sentimentos. Está na minha lista de favoritos, juntamente com escritores consagrados; porque mesmo que ela resolvesse não escrever mais uma linha sequer (que ainda bem não o fará) ele tem jeito de best seller. O que falta é mais incentivo a literatura nacional, temos excelentes escritores na atualidade, mas, ainda, pouco se fala. Deixo meu profundo agradecimento para Ana Paula Begamasco por esse livro inesquecível e maravilhoso!!!
comentários(0)comente



May 28/04/2011

Muito mais que um simples romance de ficção.
Leia resenha completa em:
http://www.itcultura.com/2011/04/resenha-apatrida/

Apátrida é muito mais que um simples romance de ficção; é história, é a realidade de muitos que sofreram nas mãos nazistas e de seus aliados, mas também é lição de força, admiração e superação. O livro é um relato de memórias… nem sempre más.

Sofri com (e por) Irena do começo ao fim. E também senti admiração por sua garra e vontade de viver, e mais, de amar. Terminei a leitura cheia de emoção de todas as maneiras e sem palavras.

Somos apresentados logo no começo a uma Irena já vivida, mais forte e experiente, longe de sua terra natal tão amada. Ela inicia contando – junto a mais três mulheres que sofreram igualmente – para várias pessoas tudo o que viveu durante a Segunda Guerra Mundial.

Essa polonesa conheceu o sofrimento desde pequena, mesmo antes da guerra. Sofrimentos esses causados pela natureza e costumes, o que acabavam sendo aceitos com o passar do tempo, diferente das feridas causadas intencionalmente.
comentários(0)comente



Belinha 12/07/2011

http://belinhagianelli.blogspot.com/2011/04/eeeeei-pessoal-desculpa-sumida-ai.html
comentários(0)comente



Amanda 15/10/2011

Apátrida - Ana Paula Bergamasco
Primeiro eu queria agradecer a Ana por ter me colocado no booktour.
Não preciso nem dizer o quanto fiquei feliz e sou imensamente grata por isso. O livro é maravilhoso e me tocou de uma forma como poucos conseguiram.
Em Apátrida conhecemos a história de Irena, uma polonesa, filha mais nova de um casal de camponeses que já tinha sete filhos. Irena nasceu no entre guerras e teve uma infância feliz, mesmo com todas as dificuldades.
Ainda criança, aos quatro anos, conhece Jacob, no enterro de uma de suas irmãs, Anna, que morreu de pneumonia. Jacob é judeu e mesmo com todas as proibições, o amor de ambos cresce no decorrer de suas vidas. Até que a sociedade e o destino pregam uma peça em ambos. Vários impedimentos começam a surgir e um deles, a II Grande Guerra, é o mais difícil e perigoso de ser superado.
Apátrida me conquistou logo de cara. A capa é maravilhosa, preciso destacar isso.
Mas, além da capa, eu já sou naturalmente apaixonada por história, principalmente a da I e II Guerras e do período entre-guerras, que foi quando o homem atingiu o ápice de sua loucura e, como é citado por vezes no livro, devemos lembrar sempre de tudo o que aconteceu naquela época, para que não venha a se repetir.
Irena é uma personagem encantadora. Forte e determinada, que luta pela sua vida e a de seus filhos, mesmo tendo sua existência marcada pela dor de várias perdas.
Na verdade, todos os personagens são muito bem construídos. Esse é um ponto super positivo do livro.
Me apaixonei por Rurik, o primeiro marido de Irena e chorei horrores quando ele se foi. Da mesma forma como aconteceu quando seus irmãos partiram, ou mesmo seus amigos e pessoas que sequer tem seus nomes escritos no livro. É um livro muito forte e é impossível você se manter firme o tempo todo.
Fiquei encantada por Jacob, por seus cavalheirismo, sua inteligência, sua educação. Apesar de tudo, torci muito para que os dois ficassem juntos. É impossível não torcer por isso.
Outro que me encantou bastante foi Jan, o filho de Irena, que é bastante maduro para sua idade, além de ser super inteligente e seguro. Sabe o que fazer na hora certa.
Todo o horror do maior conflito armado de todos os tempos é narrado de forma intensa no livro. Durante a leitura, me dei conta de que tudo foi muito pior do que é contado. Tudo foi muito pior do que imaginamos e que várias pessoas sofreram de verdade as mesmas coisas que Irena.
Quantas famílias não foram arrasadas por conta da irracionalidade humana? Quantos sonhos não foram destruídos? Quantas vidas não foram ceifadas por não se encaixarem em determinado padrão pré-estabelecido?
São perguntas que nos fazemos o tempo todo, principalmente quando Irena e seus dois filhos, Jan e Bogdana, são levados para Auschwitz e podemos perceber, nesse que foi um dos piores campos de concentração nazista, todo o terror do holocausto.
Isso é o que ganha mais destaque no livro. Como forma de alerta, para que olhemos com mais cuidado tudo o que aconteceu com estes seres humanos na Europa.
Óbvio que a história de amor é importante, mas em certo momento, ela acaba ficando em segundo plano.
Confesso que essa é uma das resenhas mais difíceis que já fiz. Porque gostei mesmo do livro e sempre que gosto muito, tenho extrema dificuldade para emitir uma opinião com clareza.
O livro nos passa uma lição maravilhosa, a de que sempre vale a pena lutar pela vida, mesmo em situações extremas, mesmo quando achamos que já não vale mais. Além de tudo, tem um desenrolar surpreendente e uma narrativa fantástica, que se alterna entre as lembranças de Irena na Polônia e sua vida no Brasil.
Resumindo: o livro é profundo, encantador, uma lição de vida.
Agradeço muito a Ana por ter nos proporcionado esta leitura maravilhosa.
Super indico para todos que, como eu, gostam de um bom livro e, ainda por cima, nacional. Esse, com certeza já entrou na lista dos meus favoritos e foi uma das melhores leituras de 2011.
----------------
Mais resenhas em: http://mandinhaleticia.blogspot.com/
comentários(0)comente



Sam 02/07/2011

Books and Other Things - Resenha: Apátrida
Se me pedissem pra descrever o livro Apátrida em apenas duas palavras, eu diria: simplesmente lindo! Mas, sendo isso uma resenha, eu o descreverei em muitas mais palavras.

Conhecemos Irena, a protagonista, e a sua vida no campo como filha mais nova de uma família bem extensa, logo no começo do livro. A narração é em primeira pessoa, e é a própria Irena que nos conta sobre a seus pais, seus – vários – irmãos, e enfim, a sua vida. Ainda pequena, Irena conhece Jacob, um garoto um ano mais velho que ela, por quem ela se encanta. Passados alguns anos, sob a desculpa de aprender iíche, a língua dos judeus, os dois se reencontram, e passam a se tornarem amigos.

Leia o resto em: http://livroseetecetera.blogspot.com/2011/07/resenha-apatrida.html
comentários(0)comente



Neyara 21/01/2012

Book Tour - Apátrida de Ana Paula Bergamasco
Apátrida é o primeiro livro da escritora brasileira Ana Paula Bergamasco. Formada em direito pela USP, recebeu menção honrosa em Direito Internacional, professora no Instituto Internacional de Ciências Sociais e escritora. Seu primeiro trabalho fala sobre a Segunda Guerra Mundial, drama que vem recebendo muitos elogios e prêmios da crítica.

"O apátrida é a pessoa que ninguém reconhece como seu cidadão. Ele não pode recorrer a nenhum corpo diplomático, se necessitar proteção. Não pode pedir apoio ao seu país de origem. Ninguém lhe atribui direito algum. Não tem chão" - Apátrida, pág 330

Irena é uma polonesa pobre, que mora no campo junto com sua família. Sua infância foi bem sofrida, apesar do interesse em aprender, não tinha muita informação, seus pais eram arredios, e seus irmãos viviam lhe contando histórias que escutavam na cidade, como a que os brasileiros tomavam banho todos os dias, concluindo que os mesmos deviam feder muito. Quando sua irmã mais velha morreu, um médico judeu veio ajudar a família, junto com seu filho Jacob, despertando o interesse de Irena, o garoto passou a visitar a casa deles todos os fins de semana, para ensina-los o que sabia.

Alguns anos depois Irena estava casada com Rurik, morando na terra natal de seu marido, onde teve seu primeiro filho Jan e quando estava no ápice de sua felicidade, aconteceu a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Dai se desenrola a história, sem preconceitos ela tenta ajudar os judeus, ciganos, homossexuais, deficientes, entre outros refugiados a tentar sobreviver naquela avalanche de ódio e sangue.

Perdeu parentes e amigos, viu a destruição de suas terras, do seu país, do seu povo, sentiu o que é viver com medo de tudo e de todos, ajudou no que pode, passou fome e frio, ficou muito doente, fugiu, foi trancafiada em um campo de tortura, sofreu o pão que o diabo amassou. No meio de tanto sofrimento, conseguiu ser forte para lutar pela sobrevivência dos seus entes que ainda estavam vivos, lutou pelo seu grande amor, lutou por tudo que ainda valia a pena enfrentar aquele caos.

O livro é bastante intenso, rico em detalhes, a autora consegue transportar o leitor para o drama da Segunda Guerra, fazendo com que ele sinta o terror que Irena enfrentou. Apesar dos muitos personagens, o livro não deixa pontas soltas, todos aparecem para esclarecer o que aconteceu na Guerra, fazendo com que o leitor enxergue todos as versões dos fatos, e entenda que ninguém ganhou, todos perderam com aquela avalanche de intolerância, de racismo, de preconceito, de egoismo, e que todos os sobreviventes tentam superar aquele horror, seja guardando ódio e loucura, ou tentando ajudar o próximo.

Quero parabenizar o design pela bela capa! Quero parabenizar a Ana Paula pelo belo livro, pela pesquisa, pelos prêmios e por ter criado uma Irena tão forte! Quero parabenizar Irena pelo sua luta e por ter um filho tão precioso! Quem ficou com vontade de ler essa história linda, no blog do livro ta rolando o Book Tour, então, quem quiser passa lá e se emocione também marcando 5 estrelinhas no Skoob, haha.

"Uma vez fora do pais de origem, permaneciam sem lar, quando deixaram seu Estado, tornaram-se apátridas, quando perdiam seus direitos humanos, perdiam todos os direitos, eram o refugo da terra" - Apátrida, pág 331

http://capsuladebanca.blogspot.com/2012/01/book-tour-apatrida-de-ana-paula.html
comentários(0)comente



Mi Araujo 27/04/2011

Sinopse

Uma pequena vila na Polônia. Uma menina repleta de vida. Um encontro. Vidas Ceifadas. Sonhos Destruídos. Infâncias Roubadas. As recordações da personagem Irena amarram o leitor na História do Século XX. Baseado no estudo dos fatos que marcaram a época, o palco da narrativa é a conturbada Europa pós Primeira Guerra Mundial, culminando com a eclosão da Segunda Grande Guerra e a destruição que ela provocou na vida de milhões de pessoas. A narradora conduz a exposição em primeira pessoa, e remete o leitor a enxergar, através de seus olhos, o cotidiano a que ficou submetida. É um relato humano, sincero e envolvente que revela a passagem da vida infantil feliz da menina, para o tumulto da existência adulta, cheia de contradições.



Amor,Amizade,Família,Guerra,Ódio,Rancor,Dor,Preconceito,Coragem,Persistência...
São sentimentos que se misturam no decorrer da narração,esses sentimentos nos envolve plenamente no livro,foi assim que me senti ao ler Apátrida,tive um pouco de cada desses sentimentos,a cada página virada sofria com os personagens.Gostei muito de Apátrida,chorei e ri com ele....

Continue lendo no blog:
http://almadeleitor.blogspot.com/2011/04/apatrida-ana-paula-bergamasco.html
comentários(0)comente



Book Addicted 24/05/2012

bookaddicted.net
Fiquei realmente muito emocionada com a leitura. Eu achei que nunca tivesse chorado tanto em um livro quanto chorei na leitura de O Arquiteto do Esquecimento, também resenhado por mim aqui no blog, mas acho que a leitura de Apátrida superou as minhas lágrimas anteriores. A principio estranhei a grande quantidade de termos estrangeiros inseridos no decorrer do livro, mas acabei me acostumando e aprendi um bocado deles, em polonês e alemão… é tão variado e rico que fiquei encantada com o trabalho de pesquisa que deve ter sido feito para a construção desse livro: História, Geografia, Filosofia, volta e meia nos deparamos com citações de Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e até Dante Alghieri!

O livro de fato não parece ter sido narrado por uma personagem fictícia, mas sim por uma verdadeira sobrevivente do holocausto, tamanha a veracidade com a qual o livro é escrito. Há passagens aterrorizantes e que nos fazem refletir sobre a monstruosidade vivida por aquelas pessoas. O curioso é que geralmente vemos isso como algo superado, que está morto e enterrado no passado e que não seriamos capazes de tal atrocidade. Condenamos acirradamente a conduta de tais alemães, nazistas, e de todos que participaram de alguma forma para contribuir com tais atos, mas estamos sempre julgando os outros mais severamente do que a nós mesmos. Todos os dias, nos grandes centros, nos deparamos com mendigos e pedintes nas ruas. E o que fazemos ao vermos estas pessoas em condições subumanas? Viramos o rosto, seguimos em nosso caminho, desviando o olhar e disfarçamos fazendo de conta que ali não esta um semelhante nosso, que não é nosso problema, que não é da nossa conta. As situações são assim mesmo tão diferentes uma da outra? Lá era por uma questão ideológica, mas e aqui? Que desculpas nós temos? Acredito que a proposta do livro é a de instigar uma reflexão nos leitores, a rever a motivação por trás de nossos preconceitos. (Sim, nossos preconceitos. Todos nós temos, o que vai variar é a proporção deles e como você lida com eles, se você os combate ou se os alimenta).

...

Mais em http://bookaddicted.net/apatrida-anapaulabergamasco/

Leia e comente!
comentários(0)comente



Drika 08/06/2012

Irena é a irmã mais nova de uma família polonesa de oito irmãos. Vivia muito bem no campo em Lublin e na adolescência se apaixonou por um judeu amigo seu, Jacob, mas não puderam ficar juntos por causa da religião. Assim ela se casou com Rurik e foi morar com ele na União Soviética onde tiveram um filho, Jan. Até aqui parece que o livro é apenas uma história de amor bonitinha com um romance não concretizado e outro que deu certo. Até poderia ser se não tivessem ocorrido certos eventos, sendo o principal deles a Segunda Guerra Mundial.

Durante todo o livro temos a narração de Irena do que ela sofreu nas mãos de alemães e soviéticos intercalados com as histórias do pós-guerra. Somos levados do passado ao presente repetidas vezes, mas não fica confuso, é um capítulo para o presente e um para o passado. Isso ajudou a completar a história, por exemplo, o irmão dela, Antony, no meio do livro ele desaparece, mas no outro capítulo (capítulo do presente) ficamos sabendo o que aconteceu com ele.

Não ficamos só sabendo da história de Irena, mas também a de muitos alemães, soviéticos, judeus, poloneses, etc. que ela teve contato. No início do livro Irena diz que não sente mágoa do povo alemão, afinal, não se podem associar alemães ao nazismo, pois muitos não fizeram parte desse regime. Devemos separar o povo dos nazistas. Essa é a visão que eu tenho não só para o nazismo, mas também para o socialismo. Vale a pena refletir sobre essa visão que a autora Ana Paula Bergamasco tenta passar, principalmente com as histórias contidas nesse livro. Nem todos são bons e maus. Somos humanos e temos os dois lados dentro de nós, por isso não podemos taxar vilões e mocinhos.

Se tiverem a oportunidade de ler esse livro, leiam! Vocês com certeza não se arrependerão. Sofri com Irena e fiquei curiosa para saber fatos que ela mostrava no presente, mas que precisávamos do passado para encontrar as suas origens. Ah! E só descobrimos o porquê desse título para o livro no último capítulo. rsrs...
comentários(0)comente



Cassia 09/10/2011

Amo livros assim
Apátrida é um livro que narra a história de Irena uma Polonesa que sobreviveu a 2° Grande Guerra, porém sua história é contada através de seus sofrimentos e suas perdas.
Irena sempre foi uma moça simples de uma familia grande e humilde, no dia da morte de sua irmã que ela conheceu Jacob que veio a ser seu melhor amigo e depois de muito tempo a causa de uma grande amor que foi destruido pelas imposições da familia de Jacob e da religião. Jacob se casou e Irena muito sofreu com essa união planejada perdendo então seu grande amor.

Algum tempo depois Irena passou a ser cortejada por um jovem Russo chamado Rurik ao qual se uniram e viajaram para a Bielorrussia. Lá ela teve seu primeiro filho Jan e viveram momentos maravilhosos como uma familia feliz, mas de um dia para o outro uma fatalidade muda o rumo de sua vida. E essa mudança faz com que ela retorne para a Polônia o mais depressa possível.

Voltando a Polônia Irena enfrenta uma situação diferente, pois a guerra começa a ser dura e os alemães planejam invadir a Polônia com a intenção de levar todos os Judeus para um bairro dividido.

Os fatos não terminam por ai a Guerra só começou, nesta história tem muito sofrimento e Irena esta lutando pelo bem mais precioso de sua vida seu Filho Jan, porém Jacob pede que ela cuide de sua filha e ela por amor a ele concorda em ficar com a menina.


O livro narra faros reais que aconteceram nos Campos de Concentração durante a Guerra, as lágrimas, a fome e miséria que esse povo sofreu por serem considerados inferiores. Apátrida mostra a visão da história do outro lado porque normalmente estou acostumada a ver marcas dessa guerra contada por Judeus, mas esse livro conta a relação de Judeus e Poloneses e outros povos que não se preocupavam apenas consigo mesmo.

A história termina aqui no Brasil de uma forma surpreendente acredito que ninguém imaginava como seria a vida de Irena e seus filhos e até ela mesma estava lidando com um futuro incerto e com a esperança de reencontrar pessoas amadas das quais ela não ouvia noticias a muito tempo.

Juntando conhecimento e força de vontade Ana paula Bergamasco uniu seu talento e fatos reais e fez uma obra maravilhosa, vale a pena ler eu sei que sou fascinada por histórias relacionadas a segunda grande guerra, mas tenho certeza que mesmo alguém que tenha um gosto diferente do meu vai ser sentir atraido pela história de superação de Irena.
comentários(0)comente



141 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 7 | 8 | 9 | 10