spoiler visualizar_Alicinhah 08/02/2024
Na falta de um diário, escrevo resenhas sobre experiências literárias que ressoam em mim. Edição de hoje: a lagartixa anêmica, a atriz, a barbie e O segundo clichê.
Demorei exatos um mês pra voltar com essa resenha porquê nunca sei o que falar sobre segundo clichê e a escrita sublime de Aline, a quem me refiro, admiro e acompanho como a uma amiga de longa data.
Essa é minha terceira leitura dessa obra prima, li duas vezes no Wattpad e agora comprei a versão independente também. E pra ser sincera, amo essa história de todo meu coração, vou ser totalmente parcial, mas vou tentar resgatar as sensações de forma mais específica além de amei é tudo maravilhoso e dividir em tópicos/personagens pra não ficar tão embolado.
Amo todo o arco de Belladona. O jeito como ela é ingênua e impulsiva no início, a decisão de ir pra festa que me deixou de cabelo em pé, a resenha chamando o hotel de lagartixa anêmica, a reação dela ao ser confrontada por Lia... Bella nunca pareceu fútil pra mim, apesar de estar claramente perdida. Entretanto, pouco se podia falar de sua moralidade. De modo que a medida que os capítulos avançam é maravilhoso perceber que ela NUNCA teve a intenção de entregar Iliana. Não é uma história de alguém moralmente controverso que acaba se apaixonando e por isso deixa de colocar o par romantico em apuros. Bella nunca trairia Iliana. A crescida dela na discussão após Tulum é maravilhosa, o cuidado, a gentileza, a força, tudo isso que compõe Belladonna e a faz tão perfeita. Vê-la ao final pensando no futuro, fazendo planos, tendo responsabilidade... é tão bom! Sinto como se minha filha tivesse crescido diante de meus olhos.
Iliana é meu grande amor. Sou completamente apaixonada por ela. Gosto de como a escrita vai adicionando camada por camada de sua personalidade ate chegar no X da questão. É lindo ver Lia se abrindo para o amor e para a vida, vê-la redescobrindo o mundo ao lado de Bella e se permitindo ser livre. Apesar de amar Iliana, precisamos concordar que ela comete grandes deslizes ao longo da história. Após Tulum, eu não a perdoaria tão fácil. Muito menos depois da discussão acerca da matéria, apesar de entender os motivos dela.
Vamos falar sobre o grande elefante na sala: Tulum. Lembro de, na primeira vez que li, ficar completamente angustiada e em negação sem entender como a história antes tão agradável tinha ido por aquele rumo. Nessa última leitura, enrolei quase duas semanas com medo de vê-las brigar. Todas as coisas que Lia fala pra Bella me quebram ao meio (hoje, por ter lido o conto da pré-venda, me agrada saber que Iliana percebeu a merda que tinha feito no momento em que saiu do quarto), a força de Bella de, apesar de machucada, cuidar de Lia, ligar pra Mônica mesmo com todas as questões me faz admirá-la ainda mais A cena da reconciliação na chuva, os soluços de Belladonna... Aline sabe tocar onde dói.
Não vou demorar sobre os plots dos traumas, eu faria qualquer coisa para não vê-las sofrer. Gosto do fim que Alayna tem depois de tanta desgraça que causou, gosto que Lia se recupera e volta a viver. Nenhuma de minhas filhas merecia passar pelo que passou.
A personalidade provocadora de Lia sempre me pega. Ela chamando Bella de Barbie, falando pra ela se comportar... sendo uma muher ciente do quanto é bonita e admirável... a véia me põe de joelhos, com todo respeito. Não tem o que falar dos hots, são perfeitos. Senti falta do hot do aniversário de Antonella, mas entendo os motivos de minha diva Aline Cunha.
Amo as cenas de festas, queria uma festa numa cobertura de um hotel com um toro mecânico e uma namorada pra chamar de minha. Surub4 do Mondragón Hotel, você sempre será famosa!!
Por fim, o reencontro delas tem todo o meu coração, a aura de filme, Lia não querendo se esconder, Bella embasbacada, elas duas sendo ovacionadas como merecem depois de tanto sofrimento... eu nasci de Belliana juro.