Salvar o fogo

Salvar o fogo Itamar Vieira Junior




Resenhas - Salvar o Fogo


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sosodecampos 18/11/2023

Profundidade é o sobrenome de Itamar Vieira JR
Leitura realizada em "apenas" 2 dias, mas tão bem aproveitada... é sempre uma honra desfrutar da criatividade e profundidade de Itamar... ele é tão necessário! me tocou tanto quanto "Torto Arado" (inclusive: leiam, se caso tiverem oportunidade). num contexto brasileiro e atual, o autor soube traduzir e trazer à tona várias temáticas presentes em nossa sociedade, ele sempre faz isso tão bem. orgulho de viver na mesma época que esse escritor que com certeza irá marcar a literatura brasileira contemporânea.
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Bernardo :) 10/02/2024

Errr
Prometeu muito, entregou algo mediano e com diversas pontas soltas, não colou como continuação de torto arado, livro esse que é um dos favoritos da minha vida, mesmo assim, é um bom livro, mas o mais fraco do autor.
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Dayane.Farinacio 28/01/2024

Agora sim me conectei!
Quando li Torto Arado, sabia estar diante de um livro muito foda, mas não conseguia me conectar de um jeito que me pegasse mesmo. Talvez tivesse ido pra leitura com muita expectativa, sem saber exatamente o que deveria buscar. Mas todo o sucesso do Itamar não podia ser coincidência né? Até porque, autor nacional muitas vezes não encontra espaço, muito menos um espaço de tanto reconhecimento. Aí tentei de novo e agora consegui! Salvar o fogo é um livro muuuito dolorido (com muitos gatilhos, inclusive), mas muuuito bem escrito, profundo, enfim, bom demais.
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Heloisa198 03/07/2023

ESSA é a nossa literatura nacional! ?
Iniciei essa leitura sem muitas expectativas, receosa de tantas resenhas dizendo que a escrita é extremamente difícil, mas agora posso dizer com certeza que foi uma das melhores leituras do ano até agora. É um livro fluido, impactante, que te faz se afogar na história e querer mais. Tem muitas coisas que quero compartilhar, por isso vou dividir em tópicos:

? Pobreza e miséria: Às vezes me esqueço do quão privilegiada eu sou de viver numa cidade grande, comer todos os dias e ter oportunidade de estudo e poder ser o que eu quiser. Esse livro retrata uma realidade tão difícil que por muitas vezes fiquei imaginando o que eu faria no lugar dos personagens que precisam plantar para comer, se submeter à situações humilhantes em troca da sobrevivência. Refletir como é bom não precisar passar por isso e de engolir seco quando lembrar que existem pessoas que ainda passam por isso!

? Religião: Não se pode catequizar um povo que já tem uma história firmada na terra. Não foi e continua não sendo possível impor o cristianismo para pessoas cujo a sobrevivência não suporta a prudência e paciência que a igreja propõe. Os ritos, a magia, guias e orixás sempre estarão presentes com esse povo. Nesse livro eu vi isso, e me alegrei por ver o tamanho da diversidade do nosso Brasil.

? História: Me senti hipnotizada, virando as páginas procurando saber dos porquês. Isso se realmente ter como explicar; não há como explicar cada existência, cada atitude, cada sentimento. No meio do livro fiquei boquiaberta com os acontecimentos, me viciei na escrita do autor e essa história nos leva longe, e não queria mais voltar quando o livro acabou.

Que felicidade saber que temos um autor nacional como o Itamar! Que felicidade saber que ESSA é a nossa literatura nacional.
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Dênis 09/07/2023

Vidas transformadas pelo fogo
O fogo como metáfora da vida é a premissa do livro de Itamar. O desafio de Luzia é manter esta chama acesa. O nome de Luzia já parece um anunciar de sua personagem... "Luz ia", a luz que não mais está presente.

Cada personagem é um convite a mudança provocada pelo fogo... O menino que vira Moisés, Mariinha que vira Maria Cabocla, Dom Tomás que se torna apenas Tomás... entre tantos outros que vão se transformando a medida que cada um vai se aproximando de sua consciência histórica.

História e memória, crenças e desrespeitos, origem e posse, medo e coragem, modelos familiares... são algumas das camadas que percorrem todo o decorrer da história e entrelaçadas configuram a vida de todos os personagens.

Um primor literário que reflete a realidade de todo o povo brasileiro. Alguns questionamentos suscitados: O que é ser mãe? Como o poder eclesial pode destruir subjetividades? O que é abuso?

Agradecido por esta literatura que fala de todos nós.
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Nycolle33 27/11/2023

Salvar o fogo
Achei a história mt intensa e sensível mas o final é um pouco sem sal.
O livro fala sobre mts assuntos que desperta mts gatilhos.
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lara 05/11/2023

Coragem é o nome dela
Luzia é a figura principal do livro e coragem é o nome dela. Um desenvolvimento muito bem construído da personagem ao longo da história. Não apenas dela, como também dos coadjuvantes. Tudo muito bem construído. As reações de surpresa em mim eram verbalizadas durante a leitura.

O livro, assim como o anterior, trata de temáticas difíceis e espinhosas sobre o interior do Brasil. Disputa por terras, violência, exploração e rejeição. Há muito o que se refletir.

Outra coisa que há em comum com os dois livros é a coisa da magia. Adoro isso. A ideia de Torto Arado se traz também para Salvar o Fogo de que as principais tem poderes. E realmente, elas têm. Sua fortaleza, coragem, resistência são mágicos, além do sobrenatural. Mas, certamente, não por escolha. A vida as fez desenvolver esse lado.

O livro é bom. Vale a pena a leitura. Entretanto, preciso confessar, não é uma leitura boa e fluída como Torto Arado. Talvez não seja para ser mesmo. As comparações com Torto Arado aqui vieram porque foi a obra que marcou a mim e ao Brasil, e mundo, todo. As certamente, vale a pena continuar nessa escrita poética de Itamar Vieira Júnior. Querido autor.
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Luíza 14/11/2023

? Salvar o fogo, de Itamar Vieira Júnior
O fenômeno Itamar Vieira Júnior, autor da belíssima obra Torto Arado, se reafirma agora como um GRANDE escritor contemporâneo da língua portuguesa em seu novo livro Salvar o fogo

Épico, lírico e com traços de realismo mágico, Salvar o fogo, para mim, estabeleceu Itamar Vieira como um dos meus autores contemporâneos favoritos. Eu amo o realismo mágico, sou apaixonada pela escrita de Gabriel García Márquez, de Isabel Allende, de Mia Couto... e Itamar Vieira conseguiu se aproximar desses autores, desse estilo de escrita incrível!

Em Salvar o fogo, o autor narra a história de Luzia do Paraguaçu, mais uma de suas personagens marcantes e inesquecíveis, que vive uma vida impregnada de religiosidade e rigidez, mas ao mesmo tempo ? que irônico! Que ordinário! ? rodeada de preconceito e estigmatização, devido a seus supostos poderes sobrenaturais, atribuídos a ela por uma população também enraizada de religiosidade e rigidez. Que retrato da vida brasileira!

Alguns elementos da história de Salvar o fogo são bem parecidos com Torto Arado, imagino que façam parte das características de estilo narrativo de Itamar Vieira: fundo histórico da narrativa; elementos religiosos; a presença de lutas e conflitos familiares internos, bem como lutas e conflitos com o sistema, com a pobreza e com a escassez; protagonismo feminino; machismo; violência e colonialismo são temas que circundam a obra, assim como também rodeiam a narrativa em Torto Arado, e fazem da leitura desses livros não só um prazer literário, mas mais ainda, uma oportunidade de reflexão, de identificação, de reconhecimento de privilégios ou de lutas, e de aprendizado

Eu admiro muito o autor e até tenho um pouco de inveja. Aquele sentimento de ?queria ter sido eu a escrever assim!?, sabe? O que me dá muito orgulho de poder dizer que o meu Nordeste fez nascer esse escritor incrível, com muito sucesso pela frente!
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Janine Maribondo 11/08/2023

Labaredas internas se acenderam em mim
Depois de ter esquecido da existência dessa rede social, apareço como o fogo que permeia a vida dessa família, principalmente de Luzia.

A história dessa cabocla é intensa e sinuosa, trilha caminhos previsíveis, outros jamais imaginados. Suas visões doem como se pudesse ver em tempo real o sangue, as correntes, o fogo, os lençóis, as batinas.

As relações familiares, em tanto parecidas com outras da vida real, transbordam em reviravoltas que só fazem sentindo para quem conheceu Belonísia e Bibiana, para quem viveu o Torto Arado com a mesma intensidade e sede de descobrir o acontecido.

Ambas histórias falam do nosso povo, da criação da cara do Brasil. Do quilombo aos indígenas cativos. Salvar o Fogo é mais uma face das tradições esquecidas, da origem de quem somos, da nossa crença e descrença, da nossa aculturação e da perda de contato com mundos ocultos.

Essa é uma das melhores leituras já feitas e merece dar a Itamar Vieira Jr todos os prêmios possíveis!

Uma dica: leia primeiro Torto Arado, depois Salvar o Fogo.
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Ana Clô 11/07/2023

Sobre coragem, ancestralidade, memória e amor.
O que falar sobre ?Salvar o fogo??!
Mais uma vez Itamar conseguiu criar uma narrativa penetrante e visceral de maneira muito fluida. O autor conseguiu rememorar existências há muito tempo esquecidas pela história de nosso país.
O fogo é livre e caminha sem temer o que vem pela frente. E isso é o que vemos Luzia desenvolver ao longo da narrativa. A ancestralidade, engolida por uma religião colonizadora, é reacendida em seu peito à medida que compreende novamente a força que habita em si.
?Salvar o fogo? mostra como nos falta memória. Memória do que fomos, memória dos que foram.
Ao mesmo tempo é um livro que consegue mostrar a natureza do amor ainda que de maneira tão endurecida, machucada pelos percalços da vida e pelo medo que paralisa.
A prosa de Itamar é extremamente fluida e consegue nos tocar em lugares adormecidos pelas intempéries da vida.
É um livro doído, difícil mas ao mesmo tempo encantador.
Novamente me peguei pensando sobre minha ancestralidade, sobre a história que não foi nos contada, sobre o que se perdeu nas dores da vida. O rio Paraguaçu é constantemente lembrado como esse lugar que flui, que leva e que enxágua mas que não se esquece do que foi vivido.
Como foi bom ler esse livro ??
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Rayssa Bonissatto @livrosdarayssa 18/05/2023

CHEIRO DE JABUTI!!!!
As expectativas são altas quando se trata de Itamar Vieira Junior. Após o enorme sucesso no mercado editorial e os vários prêmios de TORTO ARADO que o lançaram ao rol de grandes autores brasileiros, inevitavelmente o leitor pode se perguntar: Será que ele vai repetir o grande sucesso? Será mais do mesmo? O que mais Itamar tem a nos oferecer?

Itamar não me decepcionou. Desde as primeiras páginas foi palpável que estava embarcando numa viagem inesquecível.

Um livro grandioso cujo cenário é Tapera, uma região pobre do interior baiano às margens do Rio Paraguaçu. Acompanhamos Luzia, seu irmão Moisés (Menino) e seu pais Mundinho e Alzira... Os irmãos de Luzia se perderam no mundo, buscando novas perspectivas que não a vida dura e sofrida na Tapera, alguns ainda dão notícias eventuais, outros não se sabe se estão vivos ou mortos.

Luzia vive sob vários estigmas: uma deficiência, ser mulher, o analfabetismo, as acusações de bruxaria. Sempre recebeu olhares enviesados. Vê a possibilidade de proteção que a barrela e a lavação dos lençóis do mosteiro poderiam lhe oferecer.

A comunidade da Tapera é intensamente explorada, principalmente pela igreja. Os representantes do mosteiro usurparam as terras dos antepassados daqueles que lá vivem e na "sua imensa bondade" deixam que aqueles como Mundinho a explorem, segundo suas regras e mediante a cobrança de impostos, o preço da caridade.

Outra presença constante no enredo é "o Mal", aquele que pode vir como forma de afago, de olhar. O abuso que é tido como cuidado. O pecado daquele que se diz santo. A coincidência ou a consequência de uma série de eventos do destino. Mas em Tapera, "o Mal" precisa da personificação num inocente.

Da nascente, na Chapada, à Tapera, as águas do Paraguaçu inundam vidas, estabelece vínculos entre aqueles que labutam pela sobrevivência e contra a exploração. Em meio às águas em que o Menino foi "coado", banha-se terras em que há várias Luzias, várias em que um simples desejo é "a língua a encontrar dentes os incisivos quando pronunciar 'pe-dra', 'mun-do', 'la-ba-re-da''. São essas terras que alimentam o fogo.

O cenário baiano, a estruturação dos capítulos, a apresentação dos personagens, a luta de classes, a terra como personagem, o pertencimento, a forte cultura ligada à ancestralidade, tudo isso remete a Itamar Vieira Junior. Mas essa experiência transcende. Há, sim, alguns paralelos (e conexões) com TORTO ARADO, mas SALVAR O FOGO é uma experiência totalmente nova, rica e encantadora. Por isso, não se engane, ele não repete a fórmula e entrega um outro livro, outro para se levar por toda a vida.
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Joice 14/06/2023

Mais um livro maravilhoso do Itamar, pela segunda vez, ele trabalha com esse propósito de resgatar a essência do povo do sertão, refletindo a realidade de tantas famílias que tiveram suas histórias apagadas pela invasão colonialista.
Livro primoroso, profundo e cheio de camadas.
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Augusto Stürmer Caye 19/08/2023

Bela obra sobre as relações de uma família entre si, a comunidade, a igreja, sua própria história e, principalmente, sobre a terra; seu viver, seu trabalho, sua identidade. Vários nós são apresentados ao longo do livro, todos muito bem desenlaçados até o fim. Na espera do 3º livro da trilogia de Itamar.
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Bárbara 26/11/2023

Salvar o Fogo
Eu li umas resenhas dizendo que Itamar repete a formula de Torto Arado e fiquei com isso na cabeça

Quando eu terminei entendi a imensidade da nossa terra, da nossa gente e da nossa pluralidade e quase tudo que formos falar de Brasil e ancestralidade vai passar pela luta de terras e sobre o conhecimento dessa gente que é parte da natureza.

Mas as histórias dessa gente, da nossa gente, é mais diversa e cativante do que cabe na resenha que li, então se vc leu que era mais do mesmo também te aviso: nao é mais do mesmo é outra história forte sobre nosso povo e nossa terra
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Rodrigo 31/05/2023

O Fogo foi salvo
Itamar conseguiu entregar uma história mais encantadora, forte e visceral. Iniciei a leitura com medo da tamanha expectativa que estava e me surpreendi com o quanto que foi superada essa vontade de ler logo a obra.
Diante de alguns gatilhos precisei parar a leitura em alguns momentos e me emocionei com Moisés e Luzia.
O Fogo foi salvo e Itamar se consagra como o grande escritor brasileiro da atualidade.
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