Estou feliz que minha mãe morreu

Estou feliz que minha mãe morreu Jennette McCurdy
Jennette McCurdy




Resenhas - Estou feliz que minha mãe morreu


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Ximena.Taurino 30/07/2023

Eu gostei do livro, Jannette escreve (e narra, no audiobook) de uma forma engraçada e leve algumas partes realmente traumáticas da vida dela e ela expõe muita coisa, sem medo. É um retrato do que muitos atores mirins passam em Hollywood, infelizmente. E, apesar do título, ela narra a vida dela com a mãe de uma forma carinhosa, mas consegue compreender ao final que aquela relação não era saudável e que ela sofreu diversos abusos. Enfim, vale a pena e, se puder ouvir o audiobook narrado por ela, a experiência fica ainda mais interessante, pois ela pontua bem o tom dos diálogos, faz vozes diferentes para cada pessoa, mostrando as habilidades de atuação que sempre teve.
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Julia 13/02/2023

Estranho avaliar uma autobiografia.
o livro é bem escrito e a leitura não é arrastada, só que, por causa das diversas coisas que acontecem com ela, acaba sendo meio lento se vc parar para absorver o que está lendo.
é cruel, triste, dilacerante.
não é algo que eu me vejo lendo de novo justamente por ter sido muito difícil de digerir o que aconteceu.
ler sobre os abusos que ela sofria diariamente por anos, por quase toda sua vida, é algo que eu não sei como aguentei até o final, quanto mais saber como ela aguentou.
Lu 13/02/2023minha estante
Fiquei com falta de ar e dor no peito o livro todo. Queria poder entrar na história e salvar aquela pobre criança. ?




Gessyka.Loyola 21/07/2023

Narcisismo e os males!
Fiquei realmente impressionada como essa biografia mostra que nem todos os famosos são deuses, seus caminhos não são fáceis e na maioria esmagadora das vezes suas carreiras são projetos de seus pais, não sonhos próprios.
O relato de Jeannette é triste e cruel, de como uma mãe narcisista e com muitos problemas estragou mais da metade da vida da filha.
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beatriz 17/08/2023

Sobre a romantização das relações familiares.
"Por que romantizamos os mortos? Por que não podemos ser honestos em relação a eles? Especialmente as mães. Elas são as mais romantizadas de todos."

Admiro muito a coragem que a Jennette teve ao escrever esse livro e expor tantos detalhes acerca de acontecimentos realmente dolorosos e desconfortáveis que ocorreram nesses muitos anos da sua infância perdida e carreira na indústria do entretenimento. Admiro ainda mais a força de vontade e coragem necessária para supera-los.

Posso dizer que a sua escrita me surpreendeu positivamente, é fluída e bem elaborada. A forma como ela conseguiu transcrever tão bem seus pensamentos e sentimentos de quando era apenas uma criança de 6 anos, e em como é notável o amadurecimento e evolução dessa narração conforme os anos vão se passando realmente me impressionou, e pude sentir e entender a angústia que ela carregou por tanto tempo.
Apesar de difícil, é uma ótima leitura, um emocionante desabafo sobre relações familiares complexas e abusivas, e uma lição de vida inspiradora!
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Lu.Arbigays 04/12/2023

A realidade da fama
Durante a minha leitura fiz diversas marcações, em sua maior parte foram os diversos acontecimentos traumáticos e bandeiras vermelhas que fui identificando durante a leitura.
É um livro muito pesado, e conta sobre o nascer e crescer de uma alma cheia de traumas e um corpo cheio de dores, todas causadas por uma mãe narcisista, e também o crescimento e as mudanças dessa alma, para vencer esses traumas e superar sua dor.
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Noemy 13/05/2023

Muito bom
Estou feliz que minha mãe morreu é um livro impactante, principalmente por se tratar de uma autobiografia.

O impacto já se inicia com o título, o próprio já instiga a leitura. E aqui vemos durante a narrativa da Jennette McCurdy, o quanto relacionamentos podem ser destrutivos.

Começamos com a narrativa da Jennette por volta dos seis anos de idade, começamos através do relato sob a óptica de uma criança que foi condicionada a ter a mãe com um ser supremo, a tê-la como o ápice e o centro de sua vida.

Já vemos o comportamento destrutivo de sua mãe na vida de Jennette desde sempre, a mãe sempre se vitimizando devido a um câncer que está em remissão, sempre chantegeando todos ao seu redor, com comportamentos narcisistas, uma manipuladora, acumuladora e cruel.

Ainda na infância de Jennette sua mãe "decide" que ela será um atriz, pois era seu sonho de infância que foi frustrado. Então ela transfere todas as suas ambições para cima de sua filha, mesmo não sendo aquilo que ela queria.

Vamos vendo o lado feio por trás das câmeras, o lado abusivo, manipulador e frio. Vemos o quanto a obsessão da mãe de Jennette a leva a comportamentos autodestrutivos ainda na infância desde TOC à transtornos alimentares.

Vemos como ela teve um crescimento da infância à idade adulta destruído pelos caprichos e loucuras de sua mãe. O quanto Jennette não soube ter relacionamentos saudáveis, afinal, ela nunca soube o que era um.

O livro é muito bom, impactante e triste, principalmente por termos em mente que a história é real.
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Flávia Menezes 23/02/2023

???PRECISAMOS FALAR SOBRE O NARCISISMO MATERNO.
?I´m Glad My Mom Died? (no Brasil, publicado como ?Estou Feliz que Minha Mãe Morreu?), lançado em 2022, é uma autobiografia que revela as memórias da vida da ex-atriz e cantora Jennette Michelle Faye McCurdy, mais conhecida como Jennette McCurdy, que alcançou grande sucesso interpretando a personagem Sam Puckett nos sitcom da Nickelodeon, ?iCarly? e ?Sam & Cat?.

O título da autobiografia é bastante polêmico, e antes de ler, eu vi uma postagem aqui no Skoob, de uma pessoa que acreditava que ele deveria ser algum tipo de ?jogo de palavras?, mas a verdade é que não. Esse não é um jogo de palavras, e por mais chocante que isso possa parecer, nem todas as mães são boas para os seus filhos. E aqui eu não estou falando de problemas de relacionamento entre mães e filhos, mas de problemas bem maiores do que esse.

Desde muito cedo somos ensinados a pensar que ninguém no mundo é capaz de nos amar tão incondicionalmente como as nossas mães. Mas a verdade é que isso não é toda a verdade, e filhos de mães que sofrem de algum problema psicológico ao invés de se sentir amados, podem mesmo é acabar se sentindo sufocados!

O Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) é um transtorno de personalidade catalogado no ?Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ? DSM-IV?, que tem como característica principal sentimentos exagerados de auto importância, e uma necessidade excessiva de admiração, além de ausência de empatia pelos sentimentos dos outros, incluindo dos filhos. Se você tiver interesse em entender mais sobre esse transtorno, eu deixo aqui a indicação do livro ?Sequestradores de Almas ? Guia de Sobrevivência?, da psicóloga Silvia Malamud.

Crescer em um lar com uma mãe que sofre desse tipo de transtorno te faz sentir uma exaustão infinita, como se sua alma tivesse sido sugada (é praticamente como viver com um dementador) pelas constantes exigências e cobranças diárias, que criam esse ciclo sem fim de tentar agradar uma mãe que nunca se sentirá satisfeita com quem você é, ou com o que tenha a lhe oferecer. O que faz com que muitos desses filhos acabem por entrar em relacionamentos com pessoas altamente exigentes e críticas (algumas vezes, até tóxicas), por compreender que o amor é baseado em exigências, e ver como normal o comportamento crítico dos outros (já que sua mãe também é assim), sentindo essa necessidade de sempre tentar agradar, mesmo que isso signifique fazer coisas que você não gostaria ou não acha certo fazer.

Talvez nesse ponto, e se você nunca ouviu falar desse transtorno antes, vai pensar que tudo isso é pura insanidade, mas o que eu preciso te dizer é que: sorte a sua não saber o que é ter uma mãe assim!

Fazendo essa breve introdução, eu preciso dizer que os relatos de Jennette McCurdy, em especial de sua infância e início da adolescência, são bem chocantes, porque os comportamentos da mãe eram altamente nocivos, e o pior: em um momento de construção da sua identidade. E muito do que Jennette nos conta, revela o quanto de prejuízo que um comportamento como esse causou em sua vida e em seu psicológico.

Jennette desenvolveu ainda na infância tanto o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), como Transtorno Alimentar (Bulimia), e para ser sincera, eu senti em sua narrativa muitas outras coisas, que não me cabe dizer aqui. Mas uma coisa que eu realmente senti foi uma profunda decepção, em ver como uma mulher tão jovem, de uma geração mais atual, possa se mostrar tão preconceituosa com o trabalho psicoterapêutico. E para quem já leu e por algum motivo esteja vendo essa resenha, aproveito aqui para esclarecer que, pelo que ela narra das terapias que ela buscou, ambas se enquadram no trabalho do coach. As técnicas citadas não possuem qualquer relação com o que é trabalhado em um setting de psicoterapia.

Eu confesso que cheguei a ficar bastante irritada com a forma como Jennette banaliza a psicoterapia, no momento em que ela coloca como algo "típico de psicólogos" querer analisar a vida pregressa do paciente, especialmente falar da infância e da relação com os pais. Triste ver esse tipo de comportamento, porque esse trabalho tem uma importante função, e a forma como os vínculos afetivos da infância são estabelecidos, tem grande influência no nosso desenvolvimento psicológico. E sim. A relação com aqueles que nos deram a vida afetam em muito a nossa forma de perceber as demais relações que estabelecemos ao longo da vida, sem contar que hoje já existem estudos que comprovam como muitos dos traumas de familiares que vieram há 3 gerações antes da nossa, podem ser herdados geneticamente.

Curioso perceber como somos rápidos em encher a boca e dizer que não somos preconceituosos, quando preconceitos nada mais são do que pré-conceitos que temos sobre algo, e disso, ninguém se salva. É claro que as resistências em iniciar um processo de tratamento psicoterapêutico vai muito além do que o fato de que muitas pessoas ainda desconhecem como eles se dão, e por isso há tanta descrença no que esse profissional pode fazer por nós, mas eu não posso deixar de dizer aqui que quando deixamos de dar atenção à nossa saúde mental, o nosso corpo vai padecer daquilo que nos negamos a ver (e cuidar).

Afinal, não é como diz aquela citação: ?Mente sã, corpo são?? Se de fato compreendêssemos a importância de cuidar da nossa mente, como sabemos que precisamos cuidar do nosso corpo, e o quanto essa mente (inclusive!) interfere na saúde desse corpo, muitos dos nossos problemas de relacionamento e da nossa falta de qualidade de vida (provocados pelo estresse, ansiedades, insônias etc) poderiam ser evitados. Até doenças! Inclusive os transtornos de personalidade, tais como o Transtorno de Personalidade Narcisista, poderiam ser tratados precocemente, resultando em menos dor e menos problemas psicológicos tanto para a pessoa acometida, quanto na vida das demais pessoas com quem ela vive (especialmente na família).

Bom... até aqui já deu para entender o motivo pelo qual eu estou classificando esse livro como ?razoável?. Dar uma nota baixa para uma autobiografia é algo que eu sempre achei inconcebível, pois a história das pessoas, seja ela qual for, precisa ser respeitada. E essa não é uma nota sobre o que ela relata, mas sobre como ela relata. Afinal, o meu desgosto com esse livro de memórias, é que ele acaba por ser um desserviço às pessoas, quando passa a banalizar a importância do cuidado com a saúde mental, e banalizar coisas tão sérias, tais como os distúrbios alimentares.

Eu quase abandonei essa leitura quando Jennette começou a falar sobre o seu distúrbio alimentar, e antes de me aprofundar no assunto, vou trazer a fala dela aqui para me justificar: ?Bulimia não é a resposta. A anorexia é. A anorexia é majestosa, controlada, toda poderosa. A bulimia é descontrolada, caótica, patética. A anorexia do pobre. Tenho amigos com anorexia e dá para perceber que eles sentem pena de mim?.

Neste ano, em uma propaganda em uma rádio norte-americana, o neurocirurgião e correspondente médico da CNN, Dr. Sanjay Gupta, que possui um famoso podcast chamado "Chasing Life?, falou sobre o aumento dos casos de transtornos alimentares pós-pandemia, e como é importante que os pais estejam atentos aos sinais, pois a evolução pode ser rápida, e por trás só existe um único desejo: o de morrer! Sim! Bulimia e anorexia não é sobre querer ser magro, mas sobre o desejo inconsciente de querer morrer.

E por isso, fica aqui a minha indignação com uma autobiografia que romantiza e fala de forma tão banal de problemas tão sérios como os distúrbios alimentares, assim como do Transtorno Obsessivo Compulsivo, que ela se referia como se fosse uma "voz Divina".

Um distúrbio alimentar não é uma coisa sem importância de pessoas que só querem se manter magras. Ter TOC não é um comportamento rotineiro sem grande importância que inclusive pode ser uma forma que Deus usa para falar com você. Ambas as situações trazem grandes sofrimentos para quem é acometido, e os resultados podem levar a pessoa a quadros de transtornos psicológicos severos, e à morte. Não são quadros que devem ser de forma alguma romantizados com tamanha irresponsabilidade. Especialmente por alguém que é uma figura pública com influência sobre as pessoas. Em momento algum esse livro traz algum tipo de advertência, nem mesmo de números que as pessoas possam recorrer para procurar ajuda se identificarem possuir qualquer comportamento inadequado ligado a algum dos transtornos narrados neste livro.

Foi bem curioso perceber que o que eu esperava encontrar na autobiografia do ator Matthew Perry, que interpretou o icônico personagem Chandler em ?Friends?, que é um homem de uma geração bem mais resistente às psicoterapias, eu encontrei aqui. ?Friends, Lovers, and the Big Terrible Trouble? (no Brasil publicado como ?Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível?), é uma narrativa muito corajosa e honesta de um homem que não se poupou ao revelar todas as suas fragilidades para nos mostrar o que estava por trás dos seus vícios, que foram cirurgicamente analisados e reanalisados em anos de muito trabalho psicoterapêutico, e de como, mesmo assim, ele sabe que a linha que separa a sua sobriedade do seu vício sempre será bastante tênue.

Claro que a vida de Jennette McCurdy foi marcada por muita dor e disfunção parental, mas a verdade é que ou você mergulha com coragem para compreender tudo o que lhe aconteceu e trabalha (na psicoterapia) os seus efeitos para poder seguir com a sua vida de forma mais saudável, ou você pode se colocar em um lugar passivo de vítima do destino, e ainda correr o risco de começar a reproduzir os mesmos comportamentos que lhe foram tão nocivos. E por que não? Afinal, ?se você não se curar do que te feriu, você vai sangrar em cima de pessoas que não te cortaram?.

Nem mesmo o título dessa autobiografia faz qualquer sentido, porque em momento algum ela reconhece o alívio de sair do radar dessa mãe, que exigia dela de forma tão exaustiva (e injusta até, porque não se pode exigir assim de um filho!). Ao final, tudo o que senti é que seus reqis sentimentos permaneceram em hm lugar oculto, seja pelo medo de expor o que realmente sentiu, ou por realmente não saber descrever, ou qualquer outro motivo que só ela sabe. Mas a verdade é que escondê-los é dizer que filhos de pais narcisistas estão errados em sentir raiva dos pais pelo comportamento inadequados deles. Onde está a empatia de quem busca aqui, em um livro como esse, por empatia?

Uma coisa aqui é muito importante compreender: nossos pais não são seres perfeitos. Eles também ficam doentes, sangram, erram, falham (inclusive conosco!), e por mais que queiramos negar, também podem sofrer de um problema psicológico. Não queremos ser pessoas maduras? Então, compreender que nossos pais não são super heróis (e nem perfeitos) é o primeiro passo!

As dores de Jennette McCurdy são reais, e muitas coisas que ela vuveu foram realmente muito dolorosas. Disso não há dúvida. E ler esse livro lhe dará uma boa ideia do que é o Narcisismo Materno e tudo o que ele acarreta, mas fica aqui um ALERTA: existe muito mais por trás dessa narrativa, especialmente pela ausência de tratamento psicoterapêutico, que causa algumas distorções ao que ela traz aqui. Como eu já disse antes, muito foi romantizado (e até banalizado) sobre os distúrbios alimentares, transtornos (TOC e TPN), e até de comportamentos inadequados e bastante nocivos que ela demonstrou ter em vários momentos da sua vida.

??IMPORTANTE: se você se identificou com algum dos transtornos ligados a esse livro, ou percebe que a sua mãe também pode estar sofrendo de um transtorno igual ao da mãe da Jennette, por favor, não tenha medo de procurar por ajuda psicológica. Quanto mais cedo esses transtornos são diagnosticados, mais eficaz poderá ser o seu tratamento, e mais cedo você poderá a voltar a viver uma vida de qualidade, e com muito mais saúde tanto física quanto mental!
Geovana 23/02/2023minha estante
Muito boa a sua resenha, Flávia. Cresci com uma mãe desse tipo e depois que ela morreu foi muito difícil lidar com as sequelas dessa convivência nociva sem ajuda psicológica. Se eu pudesse ter feito terapia na época, com certeza teria seguido minha vida de um jeito muito melhor. Acredito que a ajuda de bons profissionais não deve ser desprezada, é algo que realmente pode fazer a diferença ??


Flávia Menezes 23/02/2023minha estante
Geovana, então?só quem passa é que entende o quão difícil é viver em um lar assim. E muito embora nem sempre seja possível iniciar um processo psicoterapêutico cedo, mas é sempre bom (assim que for possível, e hoje temos tantos trabalhos voluntários na área), procurar e cuidar dessas marcas, até porque existem abordagens que trabalham bastante a reconciliação com essa fase da vida, para que se possa dar um passo para uma vida nova, deixando essas coisas onde devem ficar: no passado. Mas não antes sem olhar, sem chorar nossas dores, para acolher nossa criança abandonada. Muito obrigada mesmo por compartilhar sua história aqui comigo, e saiba que essas marcas são duras, mas também nos fazem mais fortes, mais conscientes e mais dispostas a ouvir os outros sabendo que cada um tem a sua dor, e que feridas psicológicas doem tanto quanto uma ferida física. Mais uma vez?obrigada! ??


Dani 23/02/2023minha estante
Só quem passa sabe, né amiga?


Flávia Menezes 23/02/2023minha estante
Verdade, amiga!




marina.conte.02 29/07/2023

Relatos do narcisismo materno
O que dizer desse livro? Foi um misto de emoções, senti raiva, tristeza, nojo, o leitor realmente se coloca no lugar da narradora e sente junto com ela todos os reflexos que a relação abusiva e de codependência deixam nela. Acho que esse tipo de livro é extremamente necessário em uma sociedade que estuda cada vez mais o narcisismo, principalmente da figura materna, e os danos causados a quem convive com pessoas assim. Os relatos dos distúrbios alimentares são difíceis de ler, mas demonstram como as compulsões, sejam elas quais forem, provém de ambientes abusivos. O título é sensacional, atrai mesmo o leitor, assisti um trecho de uma entrevista da Janette McCurdy em que ela diz não odiar a mãe, mas aprendeu que exercitar o perdão seria continuar fazendo o trabalho da mãe dela. Às vezes o fechamento é apenas aceitar o que aconteceu e seguir em frente.
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Mia 01/05/2024

É um livro triste, não que o marketing ao redor dele tentasse esconder isso mas acho que eu tinha uma expectativa de pitadas de ironia ou de humor, mas é só uma biografia triste sobre uma pessoa muito vítima de variadas violências ao final do livro eu já me via desesperada por qualquer mudança positiva na vida da jannette.
dudaemg 01/05/2024minha estante
é um livro extremamente real porque ele mostra que por mais que a pessoa sofra muito na vida nem sempre no final tem alguma coisa boa esperando


Caroline1640 01/05/2024minha estante
A gente nunca imaginou o que ela passava com a mãe narcisista.




Queria Estar Lendo 14/01/2023

Resenha: Estou Feliz que Minha Mãe Morreu
Cara, essa vai ser uma resenha difícil de escrever. Porque a experiência de ler Estou Feliz que Minha Mãe Morreu, a biografia da ex-atriz Jennette McCurdy, foi um baque.

Aviso de conteúdo: esse livro contém descrições explícitas de abuso físico e psicológico, de transtornos alimentares (anorexia e bulimia) e abuso de substâncias alcoólicas.

O livro é exatamente isso. A biografia da Jennette McCurdy de maneira nua e crua, contando tudo sobre sua infância em um lar descompensado, com uma mãe abusiva que mascarava todo o abuso com amor e carinho. Também fala sobre sua jornada como atriz, do começo de carreira às conquistas que ela nunca buscou.

Estou Feliz que Minha Mãe Morreu, apesar de todo o conteúdo pesado e sensível, é escrito de maneira leve. Jennette McCurdy tem um jeito único com as palavras, e descreve sua vida explicitamente, sem deixar qualquer detalhe de fora. Em alguns momentos da história, ela troca nomes por pseudônimos, ou apelidos, tal qual a maneira com que se refere a quem sabemos se tratar de Dan Schneider - no livro, ela o chama de O Criador.

Rapaz, como essa garota sofreu. Como ela resistiu e como sobreviveu, principalmente. Desde a infância, roubada dela quando a mãe decidiu que Jennette tinha talento e deveria se tornar uma atriz mirim, até a adolescência conturbada e a vida adulta ainda mais perturbada por todos os problemas que empilhou no decorrer dos anos.

"Eu não estou autorizada a ter nenhum problema."

O começo do livro, o "antes", é sobre sua relação com a mãe. O "depois" se segue à morte da mãe, e as cicatrizes emocionais e psicológicas que ela deixou na filha.

Estou Feliz que Minha Mãe Morreu é uma biografia completa, que parte nosso coração. Eu acompanhava a Jennette em iCarly, era apaixonada pela Sam e pelo seu jeito pateta e bruto, e é tão doloroso conhecer o que estava acontecendo por trás das câmeras, e como a Jennette era forçada a esconder isso; como era doutrinada a fingir que estava tudo bem, com a manipulação da mãe o tempo todo sobre ela.

A começar pelo fato de que a Jennette nunca quis ser uma atriz, e se incomodava demais com a atenção, as câmeras e a atuação. O fato de perder o controle ao atuar era muito perturbador, ainda mais por estar ali entregando esse controle quando nunca pediu por isso.

E a presença da mãe como uma sombra constante é sufocante até para quem está lendo. A relação delas é tão abusiva que machuca através das páginas. E o fato da Jennette amar tanto a mãe, e fazer tudo para vê-la feliz, é o que machuca mais. Desde pequena, ela aprendeu que deveria se dobrar à felicidade da mãe; aquela coisa de estragar a si mesma para garantir que alguém esteja feliz.

Todas as coisas que a mãe da Jennette fez com elas configuram uma passagem só de ida para o inferno. De incentivo a transtornos alimentares a abuso físico, emocional e psicológico; é uma lista interminável. E a Jennette que está escrevendo sua história sabe disso, mas mantém a leveza ao mostrar como, aos olhos dela mais jovem, a mãe era a coisa mais importante do mundo. Mais do que a sua própria felicidade, porque assim sua mãe a havia feito acreditar.

"Mas o mundo não me deixa amadurecer. O mundo não me deixa ser outra pessoa. O mundo quer que eu seja apenas Sam Puckett."

Os relatos da Jennette sobre seu período como atriz são tensos. Enquanto a gente via sorrisos e bom humor nas telas, atrás delas havia tensão, abuso emocional, manipulação e muitos, mas muitos problemas psicológicos. Não apenas por parte da mãe, mas por causa do Criador. É nojento o que ele fazia com seus astros, e como comandava seus programas.

Não apenas iCarly, mas outras histórias criadas por ele tiveram relatos parecidos com os da Jennette. De como ele perturbava os atores, de como era terrível atrás das câmeras, de todo o abuso psicológico que causou na equipe e quem atuava. Só alguns relatos de encontros que a Jennette teve com ele já subiram um calafrio na espinha; puro terror.

O "depois" também é pesado. Porque, apesar de morta, sua mãe continua a assombrá-la. Com a bulimia e o medo de não estar sendo suficiente, com a memória e a perdição com a qual Jennette se encontra em sua carreira - apesar de estável, ser atriz nunca foi o que ela amava.

Não foi uma vida fácil antes, mas definitivamente não foi fácil depois. A mãe estava morta, mas sua lembrança continuava firme e forte abusando da filha.

Estou Feliz que Minha Mãe Morreu é uma biografia pesada, sim. Porque a vida da Jennette foi assim. Mas tem muitos momentos leves também. A amizade da Jennette com a Miranda, estrela de iCarly, é linda. Sua recuperação e superação, também. Não tem nada de milagroso em sua jornada de vida, mas ela mostra que é possível sim se reerguer depois de tanto abuso. Que é possível buscar ajuda.

"Eu não escolhi essa vida. Foi minha mãe quem escolheu."

O final é um ponto de virada muito importante da vida da Jennette, e mostra como ela conquistou o tão sonhado controle sobre cada passo e decisão que tomava e tomaria dali para frente. Ela não gostava de atuar, mas tem um dom com as palavras, e com certeza tem muitas histórias para contar em seu futuro em direções e roteiros.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2023/01/resenha-estou-feliz-que-minha-mae.html
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Letícia 03/01/2023

Eu também estou feliz que sua mãe morreu, Jennette
Essa "resenha" vou deixar de um jeito diferente. Vou reunir trechos marcantes do livro para convencer todo mundo a ler também. Jennette foi muito forte para enfrentar problemas de saúde física e mental que vieram desde sua infância, influenciados diretamente por sua mãe narcisistas e intensificados por sua fama precoce como atriz mirim da Nickelodeon. Espero que hoje ela esteja bem e consiga continuar sua vida e cuidar dos seus traumas com acompanhamento profissional.

"— Não seja boba, você adora ser atriz. É o que você mais ama fazer. — diz ela de uma forma que faz soar como uma ameaça."

"Queria poder parar o tempo. Queria permanecer criança. Eu me sinto culpada de não poder. Sinto culpa por cada centímetro que cresço. Sinto culpa sempre que vejo um dos meus tios e eles comentam como estou “crescida”. Posso vê-la contorcendo a sobrancelha sempre que dizem isso. Posso ver como isso a machuca."

Esse pensamento levou à seguinte fala da mãe:

"— Bem, querida, se você realmente quiser saber como permanecer pequena, esta é a coisa secreta que você pode fazer... chama-se restrição calórica."

"Eu vi O Criador [Dan Schneider] fazer homens e mulheres adultos chorarem com insultos e degradação – ele chama todos de idiotas, palhaços, estúpidos, burros, babacas, incompetentes, retardados e fracos."

"A fama ergueu um muro entre mim e minha mãe que eu não achava ser possível. Ela queria essa vida. E eu queria que ela a tivesse. Queria que ela fosse feliz. Mas agora que consegui, percebi que ela está feliz e eu não. Sua felicidade veio às custas da minha. Eu me sinto roubada e explorada."

"Quando minha mãe não está por perto para me motivar e orientar, não consigo me forçar a comer um rolo de canela de papelão que tem mais gosto de uma barra de proteína enrolada. Não consigo pedir a salada sem molho. Não consigo manter minha dieta sem ela. Sou um fracasso sem ela."

"Minha mãe morreu, claro, mas pelo menos eu não estou comendo. Pelo menos me sinto magra, digna e me sentindo bem com meu corpo, meu pequeno porte. Pareço uma criança de novo. Estou determinada a manter isso. Em homenagem à minha mãe."

"Eles estão lhe dando 300 mil dólares e a única coisa que querem em troca é que você nunca fale publicamente sobre sua experiência na Nickelodeon."

"Mas o mundo não me deixa amadurecer. O mundo não me deixa ser outra pessoa. O mundo quer que eu seja apenas Sam Puckett."

"Eu fingi ser outras pessoas por toda a minha vida, durante a minha infância, a adolescência e até o início da fase adulta. Os anos que deveria passar me encontrando, eu gastava fingindo ser outras pessoas. Os anos nos quais deveria passar construindo minha personalidade, eu estava construindo a personalidade das personagens."

"Quero que minha vida esteja nas minhas mãos. Não nas mãos de um transtorno alimentar, nem de um diretor de elenco, ou de um agente, ou da minha mãe. Nas minhas."

"Por que romantizamos os mortos? Por que não podemos ser honestos em relação a eles? Especialmente as mães. Elas são as mais romantizadas de todos."

"Minha mãe abusou de mim emocional, mental e fisicamente de formas que terão um impacto eterno sobre mim."

"Eu precisava desse tempo, desses anos, para me desenvolver na minha infância. Para formar minha identidade. Para crescer. Nunca mais terei esses anos de volta."
dani 03/01/2023minha estante
Ótima resenha! Deu vontade de ler para saber mais sobre a experiência dela.




Endara 01/01/2024

Estou feliz que minha mãe morreu
Que história de vida ! Chocante e triste são palavras que descrevem o que a Jennette passou na infância e na vida e o quanto é difícil enfrentarmos nossos traumas e o pior ainda,quando identificamos que nossa mãe (no caso dela) é a grande responsável por eles.
Achei a escrita bem fluída e ela nos trás tudo de forma crua,sem rodeios.
Um único ponto que ressalto é que diversas vezes achei erros de tradução e concordância,que no decorrer da leitura me incomodava, fora isso uma baita leitura!
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Maria021 10/10/2023

Devastador ...
? Não consegui acreditar quando as pessoas que leram esse livro diziam que não conseguiram mais assistir ICarly com os mesmos olhos, depois de ler esse livro eu concordo.. 

? É muito surreal tudo que a atriz passou em sua vida profissional e pessoal. Enquanto Sam era a alma e o coração da série, Jennette é essa menina introvertida e quieta que só queria um lugarzinho pra ela sem incomodar ninguém.

? É um livro pesado que contém muitos gatinhos, principalmente de transtornos alimentares. A maior lição que se pode tirar da história da Jennette é que as coisas não são o que parecem ser, nem sempre um ator ou qualquer artista representa seus personagens, nem sempre eles estão na mesma vibe que você. Só me lembro o quanto a Jennette odiava ser lembrada constantemente de um papel que ela nem gostava, que fora obrigada a fazer.

? Enquanto criança eu amava a Sam, depois deste livro eu também amo a Jennette ... espero que ela consiga superar cada dia mais esses desafios com muita força e apoio.
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