Resenhas - 1822

Tamires 23/01/2021

O livro retrata de forma clara todos os acontecimentos mais importantes da época, em alguns momentos um pouco cansativo, mas muito bem escrito pelo Laurentino.

Uma leitura muito importante para entender como o nosso país virou independente de Portugal.

pipinha 11/07/2020

As aventuras de D. Pedro, entre Brasil e Portugal
Iniciei essa leitura há alguns anos, mas não possuia a maturidade para compreender a importância desse livro na compreensão da história do meu país, o Brasil. De pontos explicitamente ditos a aqueles que deixou a entender, Laurentino Gomes faz um compilado riquíssimo dos momentos que antecederam e sucederam a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1922. Leitura leve, porém de um preciosismo histórico que não me recordo ter lido - ainda - em outros autores. Recomendo fortemente a todos!

Carol König 02/05/2021

Laurentino Gomes tem uma escrita clara e de agradável leitura, criando uma narrativa mais uma vez elementar e pitoresca da história do Brasil, dessa vez em torno da independência, abordando todo o contexto local e mundial que criou o cenário e do que veio a seguir até a morte de D. Pedro I.
Ainda que você não goste do tema história, é um livro simples de ler, quase que um folhetim das fofocas do império. É desconfortavelmente interessante conhecer as bases da ?criação? do país como conhecemos hoje. Um país que tinha tudo pra dar errado e aí fica a seu julgo se deu ou não. Mas o fato é que por todos os acasos que escrevem a história mundial, com 1822 e também com o primeiro livro 1808, dá pra entender claramente porque somos quem somos hoje enquanto nação.
Laurentino Gomes devia ser lido na escola, incentivando o estudo da história do Brasil de uma maneira mais realista e menos européia. É um livro lento, com muitos nomes, muitas datas, mas muito claro na sua proposta e na apresentação de todo o contexto e das curiosidades da história do Brasil.

Gui Mendes 31/10/2021

Extremamente interessante
Mesmo não sendo tão bom quanto o 1808, na minha opinião, consegue mesmo assim se mostrar extremamente interessante. Conta sobre um período da história não muito tocado nas escolas e fala sobre diversos fatos que mesmo sendo viciado em história, não conhecia.
Já apreciava José Bonifácio, o patriarca da Independência, depois disso comecei admirá-lo, D. Pedro I, que enxergava como um rei autoritário e tarado, também ganhou uma visão diferente, mais liberal e modernizador mas mesmo assim tarado.
Além disso, nunca havia entendido bem os motivos que levaram Pedro I a sair do Brasil e lutar pelo trono português, o livro tirou as dúvidas que haviam na minha cabeça, sabendo situar precisamente as datas dos acontecimentos.
Enfim, Laurentino Gomes mais uma vez fazendo um trabalho histórico incrível, merece todo o reconhecimento que possuí.

Clara T 03/06/2020

Se os livros de História fossem assim...
Seria muito mais fácil estudar.
1808 foi mais extraordinário e provavelmente esta visão da história do Brasil seja menos romântica. Apesar do contexto semelhante com a independência dos Estados Unidos e a Guerra da Secessão geralmente não se atribui as semelhanças no contexto brasileiro. A imagem geralmente vendida desta parte da história está mais associada ao espírito desbravador dos paulistas e as conspirações ardilosas da maçonaria no Brasil.
Nesta obra, o autor traça o perfil dos principais personagens: D. Pedro, a Princesa D. Leopoldina, José Bonifácio Andrada, a Marquesa de Santos, Cochrane, entre outros que não costumam aparecer nos livros de História.
Também relata os episódios das batalhas separatistas, bem como as disputas com os portugueses geralmente pouco abordadas, ou representadas como males inevitáveis. E nesta abordagem surgem ainda outras figuras relevantes, fora do eixo RJ-SP-MG.
Longe de ser um livro curricular de História do Brasil, é um livro interessante para repensar o que aprendemos e as figuras que criamos na imagem coletiva popular destes personagens reais.
Recomendo repassar pelas referências buscando mais informações.

@renatavarelaescreve 25/10/2021

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Muito bom para conhecer o cenário confuso e cheio de reviravoltas da história do nosso país. Recomendo.

Gleider 05/06/2020

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...
Terminei de ler 1822 do Laurentino Gomes, segundo livro da trilogia que retrata o fim do período colonial, passando pela Independência até chegar na Proclamação da República. Como eu já esperava, mais uma excelente obra do autor.
O livro trata sobre o período de Dom Pedro I começando pela Independência do Brasil até o retorno dele para Portugal, no meio do caminho é tratado de outros atores importantes da história como Carlota Joaquina, Leopoldina, José Bonifácio, entre outros.
Assim como a obra anterior, os capítulos são muito informativos e em uma linguagem bem acessível. O racismo é tratado em diversos momentos, digamos que o autor já flertava com o tema para o lançamento de "Escravidão" o livro mais recente do Laurentino que foi lançado ano passado. Sem dúvidas foi o que mais me chamou atenção, inclusive pelo momento que estamos vivendo nesta última semana no mundo.
Os privilégios de uma boa educação já eram sentidos desde aquela época, o analfabetismo era gigante, educação apenas para os níveis mais básicos e extremamente restrita, a distribuição de livros passavam por censuras, diferente dos Estados Unidos que no mesmo período a cultura protestante havia criado uma colônia alfabetizada.
Porém nem tudo são flores, na declaração de independência dos EUA, Thomas Jefferson escreveu: "todos os homens nascem iguais", mas ele possuía 150 escravos, além de estar envolvido em tráfico negreiro. Sobre a citação de Jefferson, vejo olhares curiosos de George Orwell.
José Bonifácio acreditava que o Brasil estava condenado a continuar no atraso enquanto não resolvesse de forma satisfatória a herança escravagista, Bonifácio teria vergonha se olhasse para nossa sociedade atual e percebesse que não evoluímos muito com o passar dos anos, décadas e séculos. Dom Pedro também foi defensor do fim da escravidão (logo abaixo coloco uma citação dele).
Esses pontos são os que mais me chamaram a atenção, poderia escrever centenas de outros assuntos que achei interessante na leitura, mas pra não ficar um texto gigante resolvi só destacar esses pontos que considero pertinentes para o momento. Infelizmente este livro não possui a mesma grandiosidade que o anterior (1808), parece que os capítulos não fazem a mesma liga que senti na outra obra, mas nada disso invalida a qualidade das informações contidas neles.
"..os senhores olharão os escravos como seus semelhantes e assim aprenderão por meio do amor à propriedade a respeitarem os direitos do homem, que o cidadão que não conhece os direitos dos seus concidadãos também não conhece os seus e é desgraçado toda vida". - D. Pedro I. -

Vitorugo 02/08/2023

Independência ou Morte?
Nos mesmos moldes de seu antecessor (1808) o livro é bem didático, explicativo e acessível. Mitos são descontruídos, justiça é feita aos verdadeiros heróis da independência José Bonifácio de Andrada e Silva e Maria Leopoldina da Áustria.

Raysa Valéria 05/08/2020

Muitas curiosidades sobre Dom Pedro!
Foi o segundo livro que li do jornalista Laurentino Gomes, E assim como no primeiro,"1808", o texto veio cheio de surpresas sobre a família real portuguesa. Em "1822", minhas atenções ficaram voltadas para a personalidade e vida de Dom Pedro i. Foi notório o contraste de personalidades entre pai e filho: os relatos históricos apontam que Dom João VI era frequentemente aconselhado por muitos para tomar decisões, enquanto Dom Pedro I estava disposto ir até à luta como um soldado! Para mim, a garantia da soberania do Brasil com seu vasto território foi uma vitória da Coroa portuguesa e, apesar dos ideais dos revolucionários, populares e esclarecidos de diferentes províncias, evitou o enfraquecimento de uma Nação a longo prazo. O Brasil está longe de ser um País sem desigualdades, mas a soberania territorial contrabalanceia em vários momentos a chamada desigualdade regional. Pela leitura inferi que a Coroa portuguesa não era a mais requintada, mais pacífica, mais justa com o povo, mas não podemos negar que em algum momento esses dois monarcas foram "encantados" pelo nosso chão, povo, cultura emergente e claro, riquezas, a ponto de desejarem voltar, deixar raízes, ter títulos e ir embora do Brasil somente quando as forças foram maiores (do povo ou do destino de fato). Talvez os nobres portugueses "vestiram a camisa" do Brasil muito melhor que muitos políticos brasileiros. A leitura vai além, e nos faz refletir na complexidade da formação do Brasil, em muitos momentos senti orgulho em outros nojo.

Nathane6 09/10/2020

Leitura obrigatória
Na minha opinião é um dos melhores livros de história do Brasil que já li. Laurentino Gomes, como sempre, é impecável ao relatar os fatos que levaram a independência do Brasil até a morte de D. Pedro I. É uma leitura muito ágil, sutil e instigante. O autor escreve de uma forma casual, muito diferente da linguagem acadêmica. O que torna a leitura rápida, mas não menos enriquecedora. Gostei mais desse volume do que o anterior.
Essa "trilogia" deveria ser leitura obrigatória no ensino médio.

Tiago Souza 12/01/2022

Continuação de 1808
É um livro que dá continuação ao 1808, do mesmo autor .
Um livro com excelentes relatos da nossa história, com descrições incríveis e muitas vezes surpreendentes, não só pelos fatos mas também pela forma que o autor conduz a história.
Realmente uma leitura que nos prende, e sempre deixa um gostinho que querer entender mais sobre o passado de nosso país.

Edu Supertramp 29/05/2020

Uma deliciosa viagem no século XIX...Livro que além de nos mostrar a fascinante história da Independência do Brasil, também nos entretêm com a vida e os romances do emblemático Dom Pedro...histórias dignas de novelas e que certamente, nos tempos de hoje, estamparia os principais programas de fofocas...Ao fim, fica uma reflexão: "Dom Pedro foi herói ou traidor"?

Andre Amaral 17/11/2010

Um ótimo livro, quase no nível do primeiro. A maior diferença é que em 1808, o Laurentino Gomes teve uma pesquisa bem mais extensa, incluindo muitas fontes primárias. Já no segundo livro, ele se baseia em outros autores para contar a história, quase todo o tempo.

O maior mérito é manter o estilo jornalístico, enfocando não apenas eventos, mas personagens importantes como José Bonifácio, Imperatriz Leopoldina, Lord Cochrane e Marquesa de Santos. Gostei do enfoque no processo de independência fora do eixo SP-RJ-MG, mostrando como foi complicada a coisa no Norte-Nordeste, especialmente na Bahia.

Embora o processo de independência não chegue a se comparar com o que foi em outros países, como o autor chega a citar, o projeto de Brasil de D. Pedro e José Bonifácio (ter apenas um país resultante da colônia portuguesa) era muito improvável, mas deu certo. Essa é a principal tese do livro, muito bem demonstrada.

Só achei que foi muito breve nas crises que levaram ao fim do primeiro reinado. Enfim, D. Pedro I é um personagem tão rico, que cai como uma luva para o estilo do autor.

Fellipe.Henrique 01/12/2020

Um bom livro
Um bom livro que narra a época de 1822 de forma diferente, vale a pena a leitura!

Letícia Vincenzi 30/09/2021

Independência desmistificada
Assim como o primeiro livro do autor, esta obra traz um ponto de vista que desromantiza a história brasileira, especificamente a história da nossa independência, que, por acaso, me calhou de ler no mês de setembro deste ano.
O foco neste livro é Dom Pedro I, que diferente do seu pai Dom João VI, era um ser ávido, espirituoso, inquieto, malandro, defensor de uma monarquia liberal. Narra a sua trajetória no meio de inúmeras adversidades, retratando um brasil ignorante, dependente de uma economia escravocrata, endividado e aniquilador de revoluções internas.
Vale muito a pena a leitura para conhecer as nuances da história que nos levou até o ponto em que estamos hoje.