Silvio 16/10/2023Aahh, tio Rick...! Continua sendo o tio Rick, talvez tenha até se superado com esse livro! E que livro!
Uma mistura de "Vinte Mil Léguas Submarinas" (a base do livro), "A Ilha Misteriosa", "Harry Potter", "Se meu Fusca Falasse", "Percy Jackson", o seriado de tevê "Fliper" (alguém lembra?), porém não uma cópia, uma "pirataria". É uma mistura extremamente concatenada, criativa, com muita imaginação, cada coisa no devido lugar. Suas famosas "tiradas" satíricas, com muito bom humor, continuam funcionando muito bem. Grande suspense, mistérios e muita adrenalina.
Achei o máximo ele colocar uma personagem brasileira, ainda mais, uma carioca da Rocinha; outro personagem tem um irmão missionário na Rocinha. A heroína, versada em línguas, fala um pouco de português. Fantástico!! Será que o tio Rick gosta do Brasil? Será que já esteve aqui? Ou será que gosta de seus leitores brasileiros? Talvez tenha pesquisado algo!
Como sempre, ele valoriza e incentiva a amizade, o amor ao próximo, a lealdade, a sinceridade, os estudos, o amor e cuidados aos animais, a cultura geral (música erudita, literatura, filmes clássicos); a não violência, a paz.
Deixa bem clara a ideia (com a qual concordo plenamente) de que grandes invenções e descobertas científicas não podem e nem devem ficar nas mãos de algum governo ou de alguma corporação, as consequências seriam desastrosas.
Há uma coisa que não entendi. Em "Vinte Mil Léguas Submarinas" (também li) Nemo nunca se casou, nem teve filhos (no Náutilus só havia homens), Nemo não esteve na Ilha Misteriosa, que era deserta (também li), só abandonaram lá um criminoso. Em uma passagem, nossa heroína diz que os britânicos, quando dominavam a Índia, mataram a esposa e o filho do príncipe Dakkar, o que fez com que ele se tornasse o capitão Nemo. Uma vez que sua esposa e seu filho foram mortos e ele não teve outros filhos, como pode haver descendentes? Seria "licença poética"? Duvido que Rick Riordan pisasse na bola assim. Ou, então, eu não entendi ou percebi alguma coisa.
Recomendo muito essa leitura, que merece seis estrelas, e também os outros dois.