Duda Mel @epifania_literaria 31/07/2020
Me fisgou direitinho
"Uma acusação aberta é uma coisa, uma situação muito fácil para um soldado enfrentar. Ele ficará indignado, mas terá uma chance de lutar. Mas esses boatos ao pé do ouvido o arrasarão."
Resenha:
Um romance policial fácil de se envolver.
Um dia aparentemente normal é perturbado com a descoberta do corpo de uma mulher estrangulada na biblioteca da mansão dos Bantry.
A polícia é chamada, contudo, amante de romances policiais, a senhora Dolly Bantry não perde a oportunidade de contatar Miss Marple, uma amiga perspicaz e detetive amadora com ótimo faro para investigações.
O caso parece ficar ainda mais complexo quando é encontrado um corpo carbonizado dentro de um carro incendiado numa pedreira.
Haveria alguma ligação entre as duas mortes?
Agatha Christie conseguiu me prender do início ao fim desta trama.
Estava enrolando há bastante tempo para ler o livro. Confesso que tinha desanimado um pouco após "Assassinato no Expresso do Oriente", que comecei cheia de expectativas e acabou não cumprindo.
Dessa vez, sequer li a sinopse. Só me joguei na leitura e a história se desenrolou de maneira bem mais gostosa. Ainda que tivessem diversos personagens, não me confundi toda como aconteceu na leitura anterior.
Fui tentando bancar a detetive e cheguei perto, mas não acertei todo esquema cabuloso por traz das mortes. Realmente, um plano bastante engenhoso.
Acho que essa surpresa quanto a identidade do assassino foi a melhor parte, pois é admirável o modo como Miss Marple conseguiu desvendar tudo. Fez-se uso de uma boa dose de conhecimento feminino. Sem dúvidas, mandou muito bem.
A escrita da autora é atemporal, fácil de entender. Não foca em frases bonitas, mas nos acontecimentos, deixando pistas sutis e colocando o Tico e Teco do leitor para funcionar.
Dessa vez, consegui entender melhor o motivo pelo qual Agatha Christie é conhecida a "Rainha do crime".