Deisy 06/05/2021RazoávelCotoco é um menino de 13 anos, sul africano, branco e que vai para um colégio interno no ano de 1990. Ano em que a África do Sul começa a caminhar para o final do absurdo regime de segregação racial, aparthaid.
A primeira coisa que me chamou a atenção ao ler é que o autor realmente consegue narrar como um menino de 13 anos. Parece simples, mas não é. É muito difícil para um adulto raciocinar como uma criança, frequentemente, os escritores caem em estereótipos e acabam soando ou excessivamente maduros ou demasiadamente infantis para a idade do personagem. O autor conseguiu a medida certa.
Esse livro esteve por anos na minha lista de livros para ler e a promessa é que seria um livro engraçadíssimo. Realmente, é engraçado, ri alto em vários momentos, mas, obviamente não o tempo todo.
Duas coisas me interessaram na história, a primeira é a crítica social, é ter a visão do fim do aparthaid de uma criança (branca) sul africana e a visão dos adultos que estão ao em torno dela. A segunda coisa é o humor. As tiradas são muito legais e a união das tiradas com a crítica social é ótima.
Entretanto, a minha experiência de leitura ficou aquém da minha expectativa, apesar das risadas esporádicas achei o livro arrastado, as peraltices dele e dos amigos na escola não me interessaram nenhum pouco. A vida de um menino de 13 anos em um colégio interno não é tão interessante assim e ler o diário com essa rotina chata dele foi um tanto maçante, apesar do alívio cômico de alguns trechos.