Marcos Aurélio 05/12/2021Uma reflexão sobre amor e empatiaFRANKENSTEIN
Autora: Mary Shelley
Record, 2019
240 páginas
Robert Walton está em busca de algo grandioso, que, ele próprio não sabe o que é. Encontrar-se, realização, um grande feito? Nas cartas que escreve para a irmã Margaret Saville, é flagrante o infortúnio de sua alma.
Nas gélidas águas rumo ao Polo Norte, Walton encontra Victor Frankenstein e o traz a bordo do navio para protegê-lo, e salvá-lo. Ao perceber a semelhança entre seu espírito inquieto e o do capitão, Frankenstein passa a contar sua história.
Senhor também de uma alma inquieta, o jovem cientista que se dedicou aos estudos de filosofia e ciências. Após muitos estudos deu vida a um monstro gigante, feio e assustador.
O monstro ganhou vida, mas, ansiou por mais. Ansiou por amor, carinho: "...sou malicioso porque sinto uma gigantesca desolação. Não sou desprezado e odiado por toda a humanidade? Você, meu criador, pode me despedaçar e triunfar; lembre-se disso e me diga: porque devo ter misericórdia do homem mais do que ele se compadece de mim?".
Ao encontrar uma humanidade incapaz de aceitá-lo, e amá-lo, a criatura faz exigências ao criador. Resignado, Victor é atormentado por Frankenstein que foge. Victor decide ir atrás do monstro, com a ajuda de uma tripulação de um navio. Um clássico com mais suspense que terror.
Atemporal o livro nos faz refletir sobre nossa capacidade de amar, e de colocar-se no lugar do outro: "Você, que chama Frankenstein amigo, parece ter conhecimento dos meus crimes e dos infortúnios dele, mas nos pormenores que ele deu, não pode acrescentar as horas e os meses de miséria que sofri, desperdiçados em paixões impotentes."
Mary Shelley escreve a obra de uma forma simples, descomplicada. A história prende o leitor, que sempre quer saber o que vai acontecer. A diagramação, letra e parágrafos são muito bons, além da capa da Principis ser muito bonita.
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