Cah_Censi 12/03/2021Magnífico“Esse clássico é de uma sensibilidade e genialidade que eu certamente terei que resenhar novamente em outro momento para fazer jus ao impacto dessa leitura. – (12/03/2021)”
E aqui estou, reescrevendo minha resenha:
Bom, por onde começar?
Talvez pelo que mais me impactou no livro:
O imenso abismo entre o livro e o mito e as incontáveis adaptações cinematográficas. Por já ter assistido vários filmes e histórias, acreditei que ler o clássico seria só uma questão de floreio, afinal, o que mais poderia conter no livro que já não houvesse sido representado centenas de vezes?
Resposta: Muita coisa!
Se você acha que conhece a “história” de Frankenstein, leia o livro. Ainda estou abismada com tamanho contraste. Por exemplo: A frase do “está vivo! Está vivo!”ou o próprio assistente Igor, nunca existiu no livro. E o nome do “monstro”? Para ele ter um nome, a relação teria que ter um mínimo de proximidade, o que não também acontece.
A história original está mais para um drama / romance sobre a relação criador monstro (ou melhor, a falta dela) e todo o sofrimento decorrente dessa situação. Ou seja, é uma história sobre uma forma aterrorizante de vida, dor e sofrimento. Afinal, Victor Frankenstein atinge seu tão sonhado objetivo de criar a vida a partir da morte, mas, fica horrorizado com sua criação e o abandona a – totalmente ignorante - para se virar sozinho sem compreender nada sobre o que ele é ou porque não há outros como ele.
A história retratada pela visão do “Monstro” é bem pesarosa e de uma sensibilidade incrível.
Essa autora era realmente genial e “sofrida”, certamente. Aliás, recomendo muito ler sobre a história dessa autora e como esse conto foi criado. É surreal! – Drácula (ou melhor, Carmilla) que o diga! haha.
Bom, não vou contar mais nada sobre o livro porque essa experiência de expectativa x realidade foi maravilhosa e eu ainda estou fascinada com toda essa genialidade de Mary.
Essa edição é uma versão comentada, o que proporcionou uma experiência ainda mais incrível com esse clássico.
A leitura é fluida mas é um clássico, então já sabem neh!? Apesar de antigo, a linguagem não é tão rebuscada mas é diferente e romântica.
P.S: Moral da história: Assim como Jurassic Park , Frankenstein tem uma moral bem clara:
Não ressuscite corpos! – Nem reviva os dinossauros, por favor. rsrs