Camila(Aetria) 18/05/2015
Blaine e seus amigos
chegamos ao terceiro livro de sete (oito, se contar O Vento pela Fechadura) da série A Torre Negra, As Terras Devastadas, temos a treta continuando, só que agora com o que acontece quando se cria um paradoxo temporal, como o Doctor sempre comenta, por conta de um fator: alguém que devia ter morrido, ou melhor, que morreu, e não morreu mais. O que acontece com a memória daqueles que lembravam/testemunharam a morte da pessoa? E a pessoa que morreu e de repente não morreu mais?
A descrição disso no livro é mega joia, e temos uma mudança de cenários, acompanhamos essa ~pessoa~ (não jogarei spoilers de quem é, na resenha do quarto livro, como a ~pessoa~ estará viva, posso voltar a falar) que morreu e desmorreu no nosso mundo e o mundo onde Rolando, Eddie e Susannah estão, o Mundo Médio. Já dá pra pescar várias referências do que aconteceu com aquele mundo, as teorias conseguem ser melhor consolidadas e também alguns vislumbres de por onde a história vai andar.
Lembro de uma cena desse livro da primeira vez que li, uma cena que ficou bem gravada, quando eles tentam trazer a pessoa pro mundo deles por uma porta e se deparam com um círculo de pedra estilo Stonehenge. O demônio que vive lá e o que eles passam pra conseguir abrir a porta ainda me dá calafrios.
E, como King não brinca em serviço nunca, a ladeira das desgraceiras só desce, cada vez mais íngreme. Eles se deparam com cidades, onde haviam vivem pessoas. E temos dicas do que deve ter acontecido para o mundo seguir adiante, como uma guerra química e biológica que transpassou qualquer limite que possamos conceber nas atuais circunstâncias, as pessoas já estão estéreis faz tempo, há mutações nos que conseguem nascer, nos animais, até nas próprias plantas talvez. E até o espaço-tempo foi desconfigurado. Humanos em guerra também não brincam em serviço.
Certo. Foi nesse desenho (Thomas e seus amigos) que fiquei pensando e ironicamente, ou não, pode ser o ka, esse desenho estava passando na tv enquanto eu escrevia a resenha.
Blaine é um trem bem cretino mesmo. E olha, se fosse eu, estava morta já, porque nessa parte do livo somos afundados em 500 mil adivinhações (que continuam no começo do 4), coisa na qual sou mais que péssima, me dê um enigma, me dê pistas, mas não me dê adivinhações. Por favor.
E a descrição de Lud e dessa anarquia bizarra da população residente é excelente.
O As Terras Devastadas continuou na mesma qualidade dos outros dois, dando vontade de chegar até o final o mais rápido possível, mesmo que fosse de encontro ao Blaine e seus amigos.
Mas As verdadeiras Terras Devastadas esperavam adiante, e gostei muito de como elas apareceram. Mas estou com um cagaço absurdo do que vem por aí. Principalmente por parte do Estranho sem Idade.
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