Aprendiz

Aprendiz Raymond E. Feist




Resenhas - Mago: Aprendiz


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Paty 14/03/2014

Bom ano passado eu tentei ler esse livro mas a leitura não fluiu e como tinha acabado de ler um livro de literatura fantástica pensei que estivesse um pouco saturada do gênero, então parei a leitura e esperei um melhor momento para retornar.
Nesse tempo li várias resenhas sobre ele, e todas super positivas, então eu tive quase certeza que o problema realmente tinha sido por momento inadequado para aquela leitura.
Quando peguei o livro agora no início do ano e a leitura estava arrastada percebi que o problema não estava no gênero e nem no momento e sim na história em si.

Pug é um menino órfão, que foi criado por Magya e Megar, tendo como irmão adotivo Tomas.
No início de cada ano, todo jovem passava por um ritual onde eram designados para um posto de aprendiz. É um dia de grande tensão, porque muitos podem não ser nomeado a função alguma por não se encaixar ao perfil.
Pug estava se sentindo atormentado pois caso não fosse escolhido iria lhe restar apenas ofícios desinteressantes.
E então de uma maneira inesperada e surpreendente, ele é chamado para ser aprendiz de Kulgan, o mago do reino.
Kulgan não estava acostumado e preparado para ter um aprendiz, mas escolheu o menino porque sentia que ele tinha o dom pra magia, e não podia perdê-lo.
Pug vê sua vida mudar de repente quando salva a princesa Carline dos Trolls, é aí que sua magia começa a aparecer, mas ele ainda não sabe como. Então de um simples órfão aprendiz de mago, ele passa a ter lugar na corte como escudeiro, tendo privilégios e tornando-se proprietário de terras.
Até que um dia um misterioso navio surge nos mares de Crydee trazendo a magia de inúmeros seres desconhecidos e poderosos, e a certeza de que uma guerra está por vir. O que leva o duque juntamente com seu filho mais Pug, Tomas, Kulgan e soldados partir em busca de aliados nessa guerra.

Essa não foi uma leitura fácil, me vi várias vezes prestes a abandonar o livro. Não consegui me envolver com a narrativa, mas atribuo isso ao fato de não gostar de batalhas épicas, eu esperava encontrar um livro voltado mais para a magia (aquilo que o título me propõe não vi bem desenvolvido...Mago Aprendiz me deu a ideia de que seria uma história sobre a magia e seu aprendiz Pug....mas não foi isso que encontrei ali), de repente me deparo até com com uma invasão de seres de outro mundo, e comecei a ficar dispersa em vários momentos, tendo dificuldade pra entender onde o autor queria chegar com tanta informação, enfim... pra quem curte batalhas e descrições de estratégias, esse livro é um prato cheio.

Esse é o primeiro livro da série, e várias pontas ficaram soltas e nos instigam pelo que estar pra acontecer com nossos amiguinhos Pug e Tomas, mas admito que apesar de toda minha curiosidade em torno disso não darei continuidade a série.

Enfim, acho que minha visão destoa da maioria que vi por aí, já que todos amaram o livro....mas gosto é gosto, opinião é opinião, que me joguem pedras mas foi essa a visão que tive do livro.

site: http://www.leiturasdapaty.com.br/2014/01/resenha-mago-aprendiz.html
Vitor Emmanuell 19/04/2014minha estante
Achei o mesmo! :(




Saleitura 06/03/2014

Posso dizer que acompanhei de perto a paixão do meu filho pelas aventuras de J.R.R. Tolkien, C.S. Lewis e tantos outros. Eram livros sendo devorados, filmes sendo visto milhares de vezes que se tornou impossível não se envolver nesse clima. As obras da literatura fantástica são por demais excitantes e foi muito bem vinda à estreia da Editora Saída de Emergência no Brasil com a chegada de Mago Aprendiz – clássico épico da fantasia – livro um da Saga do Mago.

Nossa história começa com Pug correndo da tempestade, pois fora a praia pegar “rastejadores de areia e caranguejos”, parou para cochilar e perdeu a hora de voltar. Nessa corrida machucou o pé tendo que seguir mancando. Tem a sorte de conhecer Meecham que o salva de um javali e o leva para de abrigar em um chalé no meio da floresta onde conhece o Mestre Kulgan – “mago e conselheiro do Duque, um rosto familiar na torre do castelo ”e Fantus um dragonete-de-fogo.
“Kulgan acendeu o cachimbo e, assim que ficou satisfeito com a fumaça perguntou:
- Quais são seus planos para a idade adulta, rapaz?
Pug estava lutando contra o sono, mas a pergunta de Kulgan o despertou. Aproximava-se o momento da Escolha, em que os garotos da vila e do castelo eram selecionados como aprendizes, e Pug entusiasmou-se ao dizer:
- No próximo Solstício de Verão espero ficar a serviço do Duque, sob a orientação do Mestre de Armas Fannon.”Pág 32

Pug é um garoto que vive na vila Crydee localizada no Reino de Midkemia, é órfão e foi criado pelo cozinheiro Megar e sua esposa que o adotaram. Thomas é filho legítimo deles e o melhor amigo de Pug. Ele e Thomas querem ser guerreiros. E no tão esperado dia da escolha Thomas é chamado para ser aprendiz do Mestre de Armas e Pug fica triste, mas acaba sendo escolhido como aprendiz do Mago Kulgan. Nunca imaginara em ser um aprendiz de mago, mas foi melhor do que não ter nenhum ofício. Ele vai morar na Torre com o Mago e fica feliz por ganhar um quarto só para ele. “A magia requer solidão para que se possa meditar.” Ganhou roupas novas, túnica e calças, mas mesmo tudo tendo melhorado em sua vida , o que não agradava eram os estudos. Ele aprendia depressa as teorias de lançamento de feitiços , mas quando ia tentar usar parecia que algo o impedia. ”Parece que nada está dando certo. Estrago tudo o que tento fazer.” É tanta a preocupação de Pug que o mago lhe dá um dia de folga já que é o sexto dia da semana onde todos os jovens se reúnem no pátio do castelo, próximo ao jardim da princesa. Os rapazes jogam pega–pega e nessa confusão ocorrem brigas, mas tudo acaba bem graças a intervenção do Príncipe Arutha, filho mais novo do Duque.

O mago sempre incentivando Pug e “lembrando que ainda seria um aprendiz por mais noves anos. Não se deixe abater pelos insucessos dos últimos meses.” Ficou feliz ao saber que aprenderia a montar, pois o Duque gostaria que “um garoto de tempos em tempos” acompanhasse a princesa. Chegou o dia em que acompanhou a princesa Carline e foram atacados por dois Trolls - “criaturas parecendo uma imitação cômica de macacos”. Pug conseguiu eliminá-los com um feitiço e assim salvar a princesa.

Ele se torna escudeiro da corte do Duque o que muda sua vida até o dia que, junto com Thomas, encontra um estranho navio naufragado na praia. Esse navio que utiliza peças que eles nunca tinham visto vai colocar o mundo em perigo de guerra. Vamos acompanhar o amadurecimento de Pug como escudeiro da corte e mago aprendiz que vai estar a frente desse conflito.

Dias sombrios estarão por vir colocando em risco o Reino do ducado de Cydree. Pug e Tomas saem com vários cavaleiros do Duque através do Reino. Surgem muitos personagens , cidades e grandes Mistérios , seres como elfos , anões, dragões e tantos outros vão surgir em um mundo de magia que vai nos levar através de uma das mais impressionantes sagas da literatura fantástica.
“Entre as atividades mais estranhas que o homem realiza, a guerra é sem dúvida a que vem em primeiro lugar.”



Com vinte e cinco livros lançados ( e alguns contos e histórias curtas), Raymond E. Feist tornou-se um dos escritores mais vendidos do gênero, contando as desventuras dos dois amigos em meio ao turbilhão que muda todo o seu planeta. Participam de batalhas épicas e encontram estranhas criaturas, ao mesmo tempo em que procuram desvendar o mistério que trouxe os tsurunai ( cultura inspirada nas do Extremo Oriente) ao seu mundo.

Raymond E. Feist, filho adotivo do produtor de cinema Felix Feist, criou o seu universo como cenário para os jogos de RPG de seu grupo de amigos na faculdade na década de 1970. Inspirado pelas aventuras dos personagens e pelo universo que os envolvia, começou a rascunhar o seu primeiro romance no começo da década de 1980.

Resenhado por Irene Moreira
http://www.skoob.com.br/estante/resenha/39387273


site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2014/03/resenha-do-livro-mago-livro-1-aprendiz.html
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Irene Moreira 06/03/2014

Posso dizer que acompanhei de perto a paixão do meu filho pelas aventuras de J.R.R. Tolkien, C.S. Lewis e tantos outros. Eram livros sendo devorados, filmes sendo visto milhares de vezes que se tornou impossível não se envolver nesse clima. As obras da literatura fantástica são por demais excitantes e foi muito bem vinda à estreia da Editora Saída de Emergência no Brasil com a chegada de Mago Aprendiz – clássico épico da fantasia – livro um da Saga do Mago.

Nossa história começa com Pug correndo da tempestade, pois fora a praia pegar “rastejadores de areia e caranguejos”, parou para cochilar e perdeu a hora de voltar. Nessa corrida machucou o pé tendo que seguir mancando. Tem a sorte de conhecer Meecham que o salva de um javali e o leva para de abrigar em um chalé no meio da floresta onde conhece o Mestre Kulgan – “mago e conselheiro do Duque, um rosto familiar na torre do castelo ”e Fantus um dragonete-de-fogo.
“Kulgan acendeu o cachimbo e, assim que ficou satisfeito com a fumaça perguntou:
- Quais são seus planos para a idade adulta, rapaz?
Pug estava lutando contra o sono, mas a pergunta de Kulgan o despertou. Aproximava-se o momento da Escolha, em que os garotos da vila e do castelo eram selecionados como aprendizes, e Pug entusiasmou-se ao dizer:
- No próximo Solstício de Verão espero ficar a serviço do Duque, sob a orientação do Mestre de Armas Fannon.”Pág 32

Pug é um garoto que vive na vila Crydee localizada no Reino de Midkemia, é órfão e foi criado pelo cozinheiro Megar e sua esposa que o adotaram. Thomas é filho legítimo deles e o melhor amigo de Pug. Ele e Thomas querem ser guerreiros. E no tão esperado dia da escolha Thomas é chamado para ser aprendiz do Mestre de Armas e Pug fica triste, mas acaba sendo escolhido como aprendiz do Mago Kulgan. Nunca imaginara em ser um aprendiz de mago, mas foi melhor do que não ter nenhum ofício. Ele vai morar na Torre com o Mago e fica feliz por ganhar um quarto só para ele. “A magia requer solidão para que se possa meditar.” Ganhou roupas novas, túnica e calças, mas mesmo tudo tendo melhorado em sua vida , o que não agradava eram os estudos. Ele aprendia depressa as teorias de lançamento de feitiços , mas quando ia tentar usar parecia que algo o impedia. ”Parece que nada está dando certo. Estrago tudo o que tento fazer.” É tanta a preocupação de Pug que o mago lhe dá um dia de folga já que é o sexto dia da semana onde todos os jovens se reúnem no pátio do castelo, próximo ao jardim da princesa. Os rapazes jogam pega–pega e nessa confusão ocorrem brigas, mas tudo acaba bem graças a intervenção do Príncipe Arutha, filho mais novo do Duque.

O mago sempre incentivando Pug e “lembrando que ainda seria um aprendiz por mais noves anos. Não se deixe abater pelos insucessos dos últimos meses.” Ficou feliz ao saber que aprenderia a montar, pois o Duque gostaria que “um garoto de tempos em tempos” acompanhasse a princesa. Chegou o dia em que acompanhou a princesa Carline e foram atacados por dois Trolls - “criaturas parecendo uma imitação cômica de macacos”. Pug conseguiu eliminá-los com um feitiço e assim salvar a princesa.

Ele se torna escudeiro da corte do Duque o que muda sua vida até o dia que, junto com Thomas, encontra um estranho navio naufragado na praia. Esse navio que utiliza peças que eles nunca tinham visto vai colocar o mundo em perigo de guerra. Vamos acompanhar o amadurecimento de Pug como escudeiro da corte e mago aprendiz que vai estar a frente desse conflito.

Dias sombrios estarão por vir colocando em risco o Reino do ducado de Cydree. Pug e Tomas saem com vários cavaleiros do Duque através do Reino. Surgem muitos personagens , cidades e grandes Mistérios , seres como elfos , anões, dragões e tantos outros vão surgir em um mundo de magia que vai nos levar através de uma das mais impressionantes sagas da literatura fantástica.
“Entre as atividades mais estranhas que o homem realiza, a guerra é sem dúvida a que vem em primeiro lugar.”



Com vinte e cinco livros lançados ( e alguns contos e histórias curtas), Raymond E. Feist tornou-se um dos escritores mais vendidos do gênero, contando as desventuras dos dois amigos em meio ao turbilhão que muda todo o seu planeta. Participam de batalhas épicas e encontram estranhas criaturas, ao mesmo tempo em que procuram desvendar o mistério que trouxe os tsurunai ( cultura inspirada nas do Extremo Oriente) ao seu mundo.

Raymond E. Feist, filho adotivo do produtor de cinema Felix Feist, criou o seu universo como cenário para os jogos de RPG de seu grupo de amigos na faculdade na década de 1970. Inspirado pelas aventuras dos personagens e pelo universo que os envolvia, começou a rascunhar o seu primeiro romance no começo da década de 1980.

Resenhado para a Saleta de Leitura
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FelipeMondragon 24/02/2014

Sou relativamente novo no excitante mundo da literatura fantástica. Até então meu micro-mundo da fantasia resumia-se a C.S Lewis e J.R.R. Tolkien (o que já não era fraco, diga-se de passagem!).
No entanto, na medida em que vamos fuçando, pesquisando e tendo contato com outros leitores, acabamos por descobrir novos nomes (novos, pelo menos para mim rs). E um desses nomes é o de Raymond E. Feist. "Mago - Aprendiz" é o primeiro volume de uma série de livros que contam a história de Pug.
Pug é um órfão que vive num vilarejo chamado Creedy o qual está sob o ducado de Lord Roddic. Pug foi criado como filho do casal de cozinheiros do castelo. Acaba tornando-se o melhor amigo, quase que um irmão, do filho deles chamado Tomas.
Seguindo um costume do Reino, todos os rapazes ao chegarem à adolescência devem ser escolhidos por algum mestre para que possam aprender com ele um ofício.
Pug depois de ver suas expectativas frustradas, é escolhido pelo mago do castelo, tornando-se assim seu aprendiz.
A partir daí começa a empolgante história desse pequeno órfão que aos poucos vai se tornando um homem com mais poderes no manuseio da magia do que poderia-se imaginar.
Em meio ao ataque de um inimigo vindo de fora de seu mundo e de outros de seu próprio, o amor oculto pela princesa e a rivalidade com um escudeiro, Pug se vê em meio a uma grande batalha que com certeza definirá o destino final de dois grandes reinos.
O livro é muito bem escrito. As personagem bem desenhadas, a trama escrita com fluidez. Você fica preso nas páginas desejoso de querer saber o que acontecerá na virada seguinte. No final um enxerto do segundo livro está a disposição só para aumentar nosso desespero em que querer logo adquiri-lo. rs
Sem sombra de dúvidas Raymond E. Fiest ganhou um novo fã e leitor!
Leitura aprovada e recomendada.
Abrçs a todos.
:)


site: Literatura Fantástica, Saga O Mago, Raymond E. Fiest
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Café & Espadas 23/02/2014

Resenha O Mago
Primeiro de tudo: eu julgo livro pela capa! Sim, eu cometo este pecado, mas quase sempre acerto no julgamento. O que me chamou atenção logo de cara foi a capa do livro e pus na cabeça: “Eu quero esse livro!”. Adoro esse tipo de ilustração, meio sombria, meio misteriosa e linda.

Segundo de tudo: quando uma editora aposta todas as suas fichas em um livro é porque ele deve ser realmente bom!

Então, me arrisquei entre as páginas do Mago: Aprendiz! E não me arrependi. Essa edição do livro já começa com uma nota do editor dizendo que leu a história há mais de vinte anos e que foi uma leitura épica e absolutamente recompensadora. Isso me deu mais ânimo para começar a ler o primeiro livro da saga.

Originalmente escrito em 1982, este é o primeiro livro de Raymond. Considerado como um dos 100 melhores livros de todos os tempos, a história se passa no mundo de Midkemia. Somos apresentados à elementos da fantasia clássica, como os elfos, sábios e graciosos; anões corajosos e festeiros e dragões de um poder inimaginável. Além de magia complexa, batalhas, vitórias, perdas, amor e ódio.

Começamos a leitura com Pug (é, eu também pensei que fosse um cachorro) e Thomas, que estão às vésperas da Escolha, onde os garotos da vila e do castelo de Crydee eram selecionados como aprendizes. Os dois, desde pequenos, sonhavam em serem escolhidos pelo Mestre de Armas Fannon.

Após a Escolha, temos o início da aventura. Os garotos então encontram um navio naufragado e algumas provas de que seres de outro mundo (calma, ninguém aqui é abduzido ou passa por experiências) estão escondidos nas florestas de Midkemia e aguardando o momento certo para atacar.

São apresentados vários lugares e raças e aos poucos vamos entendendo todo o desenrolar da história. Sempre com maestria e sem muitos rodeios, Raymond nos descreve seu mundo e nos faz querer conhecer mais e comprar uma passagem para explorar de verdade tudo aquilo que estamos lendo. Mal posso esperar para continuar essa saga e descobrir mais lugares e seres fantásticos de outros mundos.

Adorei a edição, só não a primeira página que vem com letras gigantes contando uma pequena parte da história. Junto com o livro veio um mapa colorido de Midkemia.

site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/02/titulo-mago-aprendiz-livro-1-titulo.html
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Daniel 22/02/2014

Raymond E. Feist um aprendiz de mago
Opinião
Boa parte das pessoas sabem que aquilo que faz muito sucesso não é necessariamente um produto de alta qualidade. Na maior parte das vezes é apenas algo que deu certo e assim como em outras áreas ─ na literatura não poderia ser diferente. E este é o caso do livro Mago: Aprendiz de Raymond E. Feist lançado, aqui no Brasil, no final de 2013 pela editora portuguesa Saída de Emergência. A saga de o Mago é apontada por alguns como a “obra-prima” da Fantasia Épica que somente agora chega às livrarias tupiniquins trinta anos após o seu lançamento. Eu, pessoalmente, diria que para esta obra chegar ao co-status de obra-prima deveria no mínimo se assemelhar a obras do gênero como O Senhor dos Anéis, A Roda do Tempo e As Crônicas de Gelo e Fogo. Porém, Feist em seu livro Mago Aprendiz está tão distante de seus colegas (Tolkien, Jordan e Martin) como Paulo Coelho está de Shakespeare. Contudo, deixando de lado esta exagerada classificação de “obra-prima da fantasia épica”, Mago Aprendiz é um livro divertido e recomendável para todo admirador de Fantasia.

Do Cenário
O mundo criado por Feist é fincado nos moldes típicos da fantasia medieval de estirpe tolkieniana com mapas elaborados e raças como elfos vivendo nas florestas e anões nas montanhas. Com isto temos o cenário perfeito para uma campanha do bom e velho RPG. As grandes cidades portuárias e a intrincada relação política do Reino merecem um destaque apropriado. E talvez esta receita, de um mundo tipicamente plasmado (em parte) da Terra Média e ao grande acontecimento dos jogos de RPG da época, seja o que garantiu o amplo sucesso de vendas e aceitação do público para esta obra.

Das Personagens
O que muitos afirmam sobre as personagens de “Mago” sendo um dos fatores responsáveis pelo sucesso da obra me parece um tanto equivocado. As personagens de Raymond Feist são monocórdias. Elas não representam a dualidade e conflitos morais inerentes a todos nós o que torna as suas ações previsíveis e mecânicas. Os conflitos existentes nas vidas das personagens não foram trabalhados adequadamente parecendo muito mais uma sucessão de fatos assimilados do que deixando reflexos verossímeis em suas personalidades.

Da Leitura
O “tom” infanto-juvenil do livro é na verdade o local adequado onde deveríamos encontrar esta obra nas estantes das livrarias. E esta classificação, que estou dando, não tem relação com a idade das personagens que no período no qual se passa o primeiro livro estão na adolescência e sim com a forma e conteúdo da escrita. O texto não apresenta complexidade o que o torna apropriado para leitores iniciantes que estão no inicio da adolescência.

Da Edição
Estou muito satisfeito com a belíssima edição de Mago Aprendiz que alem de um belo acabamento (no livro como um todo – diagramação, revisão, etc.) e uma fantástica capa traz um esplêndido mapa encartado na edição brasileira. A editora Saída de Emergência é especializada em literatura fantástica e trabalha com muita qualidade em seus livros. Desejo vida longa à Saída de Emergência no Brasil e que ela nos traga muitos outros clássicos da literatura de fantasia.


site: http://meuslivrosdebolso.blogspot.com.br/
Rafaela B 26/02/2014minha estante
Pensei que era a única que tinha achado o livro razoável. Não o achei bem escrito, apesar que temos que lembrar que ele foi traduzido para o português de PT e depois para o nosso. Não li no original para poder julgar com certeza. Mas achei a história fraca e os personagens pouco profundos. Não se compara aos grandes mestres dessa arte.


Daniel 28/02/2014minha estante
É exatamente isso que penso Rafaela. Concluí há alguns dias a leitura do segundo livro (Mago: Mestre) e continuo com a mesma impressão sobre a obra e acredito que o problema seja o texto/escrita mesmo e não a tradução e/ou a adaptação. O que tenho duvidas é sobre os outros livros do autor (pós a saga do Mago), pois me parece que este é o primeiro que ele escreveu e podemos neste sentido ter um autor ainda imaturo. Mas, não sei... Vamos esperar para ver. hehehe... Obrigado pelo comentário e por ter curtido esta minha opinião do livro.

Um grande abraço literário.


Leandro 02/03/2014minha estante
Concordo plenamente. A saga do Mago tá longe de ser uma obra-prima.

Fazer um adendo para chamar a atenção para um dos pontos que eu achei mais ridículo nos livros Aprendiz/Mestre, o desenvolvimento como mágico mal feito do personagem Pug. O livro deveria mostrar o crescimento gradativo da habilidade de Pug, mas, ao invés disso, vemos o autor dar saltos exponenciais no treinamento do personagem passando-o de um mago que mal conseguia fazer uma magia simples para um que consegue causar um apocalipse que os outros magos nem conseguem impedir. Não há nada no livro que demonstre como Pug alcançou tanto poder, o autor passa os anos e espera que nós aceitemos que ele teve um treinamento árduo. Para mim, Pug era um personagem sem-graça que se tornou Overpowered sem uma razão decente.


Daniel 06/03/2014minha estante
Concordo contigo Leandro. Eu também achei problemático este ponto. Mas, como disse Daniel J. Boorstin no seu livro ?The Image? (1961) ?uma celebridade é uma pessoa conhecida por ser muito conhecida, e um best-seller é um livro que vende bem porque está vendendo bem.?
Um grande abraço e obrigado por comentar.


Luan 01/08/2014minha estante
Muita boa sua resenha!


Daniel 20/08/2014minha estante
Valeu Luan, muito obrigado pela apreciação.

Um grande abraço literário.


Rafael 15/12/2014minha estante
Eu fico muito feliz em não ser o único a achar este livro nada extraordinário, até estou protelando a sua leitura, pois me canso fácil dele e eu acho que um livro bom não me cansa. Achei os personagens com um desenvolvimento tardio, acho eles enfadonhos. Estava achando que o problema era apenas comigo.


Caio Pretel 20/03/2015minha estante
Acabei de terminar a leitura do livro e você expressou exatamente os sentimentos que tive. Pelo status do livro, acabei "subindo o sarrafo" em relação as expectativas e embora não seja ruim, me decepcionou um pouco.


César 29/04/2016minha estante
Penso exatamente igual a você. Acabei comprando um box com toda a série porque fui convencido pelas belas capas e, principalmente pela citação da BBC dizendo que é um dos cem melhores livros de todos os tempos. Hoje estou terminando o livro dois e estou me arrastando. Se você já leu o livro três conte-me se as coisas melhoram um pouco.


M@g@ 22/04/2020minha estante
Te aconselho ler O Aprendiz de assassino, é um muito melhor




Anderson Tiago 22/02/2014

[RESENHA] Mago: Aprendiz - Raymond E. Feist
Raymond E. Feist publicou seu primeiro Mago em 1982, porém os editores exigiram que o autor reduzisse o texto. Em 1992, Feist, já um autor reconhecido, recebeu a chance de reeditar a sua primeira obra, reinserindo as partes que tiveram que ser cortadas na época do primeiro lançamento. Essa reedição é chamada de “Edição Revisada” ou “Edição Preferida do Autor”. Embora não seja um livro extenso para os padrões atuais, as quase 600 páginas da época de sua primeira edição levaram a uma divisão em dois volumes no mercado americano, Aprendiz e Mestre. É essa versão que chega ao Brasil através da editora Saída de Emergência, com um lindo mapa anexo do mundo de Midkemia.

Mago: Aprendiz é a primeira parte da “Saga do Mago” (Riftwar Saga, no original), que por sua vez faz parte de uma série de sagas que compõem o Ciclo de Riftwar (The Riftwar Cycle), todas ambientadas nos mundos de Midkemia e Kelewan. Aprendiz segue a jornada do órfão Pug e de seu melhor amigo Tomas enquanto eles crescem e amadurecem na cidade de Crydee. A Escolha, onde os jovens mais aptos são escolhidos para seguir a carreira de suas vidas, se aproxima, deixando os jovens cada vez mais preocupados. Quando Tomas é escolhido para ser soldado e Pug é o único sobrando, sem nenhum mestre que o escolha, o mago Kulgan o convida para ser o seu aprendiz. O órfão acaba salvando a vida de Carline, filha do Duque de Crydee, e sendo transformado em um nobre. Porém, quando tudo parecia bem, a guerra eclode, e Pug e Tomas são envolvidos pelo seu desenrolar.


“Sentiu um aperto no peito ao perceber que não restava nenhum Artesão nem membro da Casa Real ali presente que já não tivesse escolhido um aprendiz. Seria o único garoto a não ser chamado. Reprimindo as lágrimas, aguardou que o Duque desse ordem ao séquito para que saísse. Quando Lorde Borric começou a falar, a compaixão pelo garoto visível em seu rosto, foi interrompido por outra voz:

— Vossa Graça, o senhor se importaria?

Todos os olhares viraram‑se para Kulgan, o mago, que avançava.’

— Preciso de um aprendiz e chamo Pug, órfão da torre, ao meu serviço.”


No começo do livro, os protagonistas têm pouco mais de 14 anos de idade, ou seja, os personagens vão amadurecendo no decorrer da história e mudando sua forma de ver o mundo de acordo com as intempéries às quais são submetidos. Os personagens secundários, apesar de não tão desenvolvidos, conseguem gerar empatia entre os leitores, principalmente o príncipe Arutha, a própria princesa Carline e Martin do Arco. Vale lembrar que a tendência a aprofundar psicologicamente vários personagens e explorar todas as possibilidades de uma história é algo mais presente nas obras modernas, enquanto nas mais antigas se vê certo grau de “ingenuidade”. Foi essa “ingenuidade” que me atraiu no trabalho de Feist e que tornou a leitura rápida e muito gostosa.


“O Rei fez um comentário educado, e Pug foi apresentado:

— Escudeiro Pug de Crydee, Vossa Majestade, Senhor da Floresta Profunda e membro da minha corte.

O Rei bateu palmas e deu uma gargalhada.

— O matador de trolls! Que maravilha! A história foi trazida por viajantes das terras longínquas de Crydee, e quem diria que haveráíamos de ouvi-la narrada pelo autor da corajosa façanha. Temos de nos reunir mais tarde para que nos possa contar tal prodígio.”


O livro é narrado em terceira pessoa e segue, principalmente, Pug, porém, a partir de determinado momento do livro, o foco se alterne entre o aprendiz de mago e Tomas ou até nenhum dos dois, deixando que outros personagens deem sua contribuição à narrativa. As passagens de tempo são frequentes, e apesar de cortar partes que poderiam muito bem ser contadas, são necessárias para a velocidade e fluidez na leitura. Quando Aprendiz termina, temos aquela sensação de que algo está faltando, o que é totalmente explicável, já que ele e Mago: Mestre contam uma única história. A solução para essa inquietação? Ler o Mestre logo em seguida.

Resenha assinada por mim para o site INtocados.

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/151-resenha-mago-aprendiz-raymond-e-feist
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Ana Luiza 18/02/2014

Bem-vindos a Midkemia
Pug é órfão e cresceu pelos cantos do castelo de Crydee, uma pequena vila do Reino das Ilhas, no mundo de Midkemia. Um prestativo e humilde, mas franzino jovem, Pug tem o afeto de muitos, inclusive do Duque de Crydee e dos pais de seu melhor amigo Tomas, por quem sempre foi tratado como filho. Aos dezesseis anos todos os rapazes de Crydee passam pela Escolha, dia em que são selecionados para o aprendizado de algum ofício. Chegado o temido dia, Tomas e Pug esperam ser selecionados para Guarda do Castelo, mas apenas o nome de Tomas é chamado e Pug é o único a não ser escolhido para nada.

Entretanto, para a surpresa de todos, o mago Kulgan escolhe Pug como seu aprendiz, em parte por pena do garoto, mas também em parte por perceber certo talento que ele poderia ter na área. Nem o Mestre nem o Aprendiz sabem muito bem como se deve o ensino da magia, mas aos poucos Kulgan e Pug vão se acostumando um ao outro e começam a compartilhar conhecimento. Pug se revela um aluno muito dedicado e talentoso, apesar de que mesmo com afinco nos estudos, ele não consegue realizar nenhum feitiço.

A sorte de Pug muda quando ele é escolhido para passear a cavalo com a Princesa Carline, a jovem tempestuosa e mimada filha do Duque. O jovem Aprendiz, como muitos outros de Crydee, nutre um amor platônico pela bela Princesa, que pouca atenção dá ele. Entretanto, tudo muda quando durante o passeio a garota é atacada por trolls. Pug a salva, mas acaba colocando sua própria vida em risco. No momento de desespero ele acaba realizando um feitiço, sem ao mesmo usar um pergaminho, e matando os trolls, feito extraordinário até para o velho mago Kulgan.

Salvar a Carline traz a Pug um lugar entre a corte, além de um título de nobreza e propriedades. Mas o que mais importa para o garoto é o recente afeto que nasceu entre ele e a Princesa, o que atrai para o Aprendiz o ódio de Roland, um jovem nobre perdidamente apaixonado por Carline. O tempo passa e a maré de boa sorte de Pug, assim como a de todo o Reino, parece se extinguir. Os tempos de paz são ameaçados quando um estranho navio aparece destruído nas praias de Crydee. Pug e Tomas conseguem encontrar um tripulante vivo, que fala uma língua completamente estranha e que morre em pouco tempo.

Os garotos também encontram um pergaminho misterioso, que ao ser examinado por Kulgan, quase leva o mago para outro mundo. Tanto o navio destruído, assim como o falecido guerreiro e pergaminho parecem pertencer a uma nação chamada Tsurani, que não corresponde a nenhuma de Midkemia. As suspeitas de estarem lidando com inimigos de outro mundo leva o Duque de Crydee a buscar conselhos e apoio entre outros reinos, como os dos anões e dos elfos. Logo fica claro de que os Tsurani tem visitado Midkemia com frequência, apesar de pouco ainda se saber sobre eles. Sobre a ameaça de uma guerra, Tomas e Pug acompanham a tropa que parte de Crydee para buscar reforços. Com a promessa de batalha e muitas aventuras, os garotos adentram em um universo completamente novo, onde não há espaço para fraqueza ou covardia. Na guerra pela salvação de seu mundo, os aprendizes terão de se superar e lutar não só pelo seu lar, mas pelas próprias vidas.

“– Meu pai costumava dizer que, entre as atividades mais estranhas que o homem realiza , a guerra é sem dúvida a que vem em primeiro lugar.” Pág. 379

“Mago Aprendiz” é o primeiro volume da conhecida “Saga do Mago”, um clássico da fantasia. Tenho uma relação de amor e ódio com livros do gênero, que sempre estão mergulhados em clichês, mas também em muitas aventuras. “Mago Aprendiz” realmente possui tais características, e se me conquistou em alguns aspectos, me decepcionou em muitos outros. Tinha altas expectativas para o livro que, infelizmente, não foram nem um pouco supridas. A trama começa de maneira interessante e intrigante, mas logo se torna monótona e lenta, conquistando o leitor novamente apenas nas últimas páginas. Extremamente detalhista, a narrativa em terceira pessoa do autor chega ao ponto de cansativa com detalhes desnecessários. Feist foi bem preciso no universo que criou. Midkemia torna-se real diante os olhos do leitor, mas ao criar um mundo tão completo e complexo, o autor deixou a trama lenta e o livro cansativo. A leitura não é difícil, mas é extenuante, requer muita força de vontade para não abandonar a história no meio. Gosto de tramas bem amarradas, mas aqui tal ponto foi exagerado, onde era preciso voltar o tempo todo para reler um detalhe do início que muito influenciava no fim. E por falar nele, o final do livro foi satisfatório, mas muito corrido. Enquanto nos primeiros capítulos mal se passavam semanas, os capítulos finais abrangem anos que passam de um parágrafo para outro. O autor deixa grandes pontas soltas que supostamente deveria deixar o leitor curioso para o próximo livro, mas que não funcionaram muito bem comigo.

A extensa lista de personagens também é um ponto negativo. Todos possuem personalidade própria e papel na trama, mas são realmente tantos, que eles se misturam e não é difícil confundi-los. Tanto a sinopse quando grande parte do início do livro dá a entender que Pug é o protagonista, mas conforme encaminhamos para o final o personagem é um pouco ofuscado e Tomas é quem ganha destaque. Mesmo sendo os principais, Pug e Tomas estão sempre a parte de tudo, são apenas expectadores de uma grande história, algo que só muda do meio para o final do livro, quando Tomas começa a ser mais destacado que o Pug. Os dois heróis não negam nenhum clichê da classe, assim como os outros personagens. As incríveis surpresas boladas na trama, um ponto positivo do livro, perdem o brilho diante personagens tão óbvios. Entretanto, gostei do modo como o autor amadureceu a maioria dos personagens ao longo da obra.

É impossível não citar Tolkien quando se fala de qualquer obra de fantasia. Nunca li, mas já vi pedaços dos filmes de "O Senhor dos Anéis" e os dois filmes de "O Hobbit", obras que, confesso, não curto muito e que em muito “Mago Aprendiz” lembra. Os personagens e as histórias de gênero de fantasia não são os meus favoritos, mas o que me encanta mesmo são os universos e seres que os autores criam. Adoro histórias envolvendo magias e seres mágicos (meu sonho de consumo é ser uma elfa). Entretanto, essa minha parte favorita pouco foi explorada nesse livro. Realmente exploramos o terreno o extenso de Midkemia nas viagens dos personagens, mas a história dessa terra não é tão explorada quando seus cenários. As poucas menções a história de Midkemia são confusas e tratam mais da política e formação dos Reinos do qualquer outra coisa. Os seres e povos mágicos aqui também ficaram de lado. Temos aparições dos anões, elfos (e seus “irmãos negros”), assim como os Tsurani, e só. Senti falta de uma mitologia maior para Midkemia, assim como para os povos que ali habitam. Alguns deuses, rituais e tradições são citados pelos personagens, mas em nenhum momento vemos verdadeira dedicação para eles, o que é um pouco incoerente, afinal todas, absolutamente todas, as sociedades apresentam religiões, rituais e tradições bem definidas, até mesmo as sociedades fictícias.

“Mago Aprendiz” foi, infelizmente, uma leitura pouco proveitosa. Não cheguei a gostar do livro, mas também não cheguei a não gostar. Não gosto de dizer nunca, mas não fiquei com vontade e nem pretendo ler os próximos volumes da série. Essa é uma obra que recomendo apenas para os grandes amantes da fantasia, que não se importam com clichês e leituras maçantes.

A edição é um ponto muito positivo nesse livro. A tradução estava perfeita, não encontrei nenhum erro, e a diagramação também estava boa. O tamanho da fonte poderia ser um pouquinho maior, mas não é algo que chega a incomodar. As páginas amareladas são sempre um toque que amo. Eu amei a capa, que é divina, apesar de não achar que ela represente nenhum momento ou cenário do livro. Um detalhe digno de nota é que o livro veio com um mapa de Midkemia (imagem no início da resenha), que além de extremamente útil, é muito lindo.

“Nos corredores do poder, não existem segredos, e até os surdos ouvem.” Pág. 278

site: http://mademoisellelovebooks.blogspot.com.br/2014/02/resenha-mago-aprendiz-raymond-e-feist.html
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Tami 13/02/2014

Início lento, depois melhora
Resenha publicada no blog Gaveta Abandonada.
Nota 3,5

“A tempestade cessara.
Pug saltava pelas rochas, encontrando pouco apoio para os pés no caminho entre as poças deixadas pela maré baixa. Os seus olhos escuros iam de um lado para outro ao examinar cada poça d’água debaixo da parte externa da falésia, procurando as criaturas espinhosas arrastadas para os bancos de areia pela tempestade que ali havia passado.” (pág. 19, primeiras linhas)

Tenho tido problemas com livros de fantasia. Por apresentarem um mundo completamente novo, tendem a ter o início muito lento, introdutório e com pouca ação, tornando a leitura um pouco maçante. Os livros que marcam o início de uma série costumam ser ainda piores nesse sentido, já que possuem os próximos para que a história se desenrole sem pressa. Com este não foi diferente. Cheguei a pensar em desistir, em ler apenas este da série e até em parar de ler livros de fantasia pois já estava cansada desses novos mundos cheios de personagens. Contudo, para não fugir da regra, após várias páginas a história me pegou.

Pug é um garoto órfão que vive na pequena vila Crydee no Reino de Midkemia. Ele e seu amigo Tomas sonham em ser grandes guerreiros e um dia poderem sair para batalhas. Contudo o menino acaba sendo escolhido para ser aprendiz do mago Kulgan, e seu amigo vira aprendiz do Mestre das Armas. Um dia, ao passear com a instável Princesa Carline, por quem Pug tem certa paixão, ele acaba salvando a menina do ataque de dois trolls, e com isso consegue reconhecimento no Reino e passa a fazer parte da Corte.

Em outro de seus passeios, ele e Tomas acabam encontrando um navio diferente de tudo o que eles conhecem, com guerreiros utilizando peças que eles nunca haviam visto. Quando o Duque fica sabendo deste incidente, resolve sair em busca de mais informações e de aliados para esta possível guerra. Pug e Tomas saem então junto com vários cavaleiros do Duque através do Reino e descobrem vários mistérios que rondam os guerreiros encontrados no barco.

Como falei antes, o início é lento. Muitos personagens e cidades sendo apresentadas, então a história começa a ficar boa mesmo lá pela página 200. Existe muita política por trás de algumas ações, o que requer atenção durante a leitura. Falando em personagens, vários seres mágicos aparecem neste livro. São dragões, duendes, anões, elfos, espectros, magos, trolls e alguns outros que já esqueci.

Mago Aprendiz é o primeiro livro da série A Saga do Mago, que conta com quatro volumes: Mago Aprendiz, Mago Mestre, Espinho de prata e As trevas de Sethanon. O livro foi publicado em 1982, sendo revisado e publicado novamente em 1991. Esta edição revisada foi a que recebemos aqui no Brasil - apenas no final do ano passado, com a chegada da editora Saída de Emergência. A edição vem com um mapa de Midkemia, algo que sempre acho útil nestes mundos de fantasia, em especial quando os personagens resolvem ficar passeando de um lado para o outro.

O livro foi considerado um dos 100 melhores livros de todos os tempos pela BBC. Não achei o livro ruim, mas também não achei tão fabuloso assim. É um bom livro, mas que peca em alguns momentos, a começar pelo título. Ao falar em “Mago”, imaginei uma história que envolveria muito mais a magia, com Pug sendo realmente um aprendiz. Porém isto aparece apenas no início do livro e depois é praticamente deixado de lado. Outro problema que tive foram com as passagens de tempo. Passamos muito tempo na mesma época e depois o autor pula meses ou anos sem muitos avisos – e sem grandes mudanças. O tempo passou para os personagens, mas para o leitor parece que tudo está igual.

“Entre as atividades mais estranhas que o homem realiza, a guerra é sem dúvida a que vem em primeiro lugar.” (pág. 379)

Gostei da escrita de Raymond, é fácil e clara. Conseguimos conhecer os personagens e acompanhar a história, apesar de seus muitos seres e reviravoltas. Apesar do início longo, ele sabe dosar as descrições com itens mais atraentes. Creio que o início demorado seja um problema que quase nenhum autor de fantasia consegue quebrar. Diferente do que achei no início da leitura, pretendo continuar a série. A história acabou me prendendo, assim como seus personagens. A amizade entre Pug e Tomas é bonita, e é uma pena que eles não passem tanto tempo juntos quanto gostaria. É uma fantasia épica que acho que irá agradar a muitos, é só não desistir no início.

site: http://gavetaabandonada.blogspot.com.br/2014/02/resenha-mago-aprendiz.html
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Paola 12/02/2014

Mago: Aprendiz
Acho que como introdução de uma série não faltaram nenhuma das características que fazem um leitor se apaixonar. Tem a ingenuidade de Pug no início e sua mudança gradual ao longo da história, assim como sua relação de irmão com Tomas e a conturbada paixão que sente pela princesa Carline, filha do Duque.

Muitos personagens aparecem para deixar suspense, mistério e gosto de quero mais. Como o mago Kulgan, o ranger Martin do Arco, e o nômade Meechan. Assim como o escudeiro Roland, e os filhos do Duque Lyam e Arutha, que também foram pegos na juventude pela guerra e tiveram que defender seu país no lugar do pai.

Leia mais:

site: http://uma-leitora.blogspot.com.br/2013/12/mago-aprendiz.html
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Anasazi 10/02/2014

Este livro foi indicado como "melhor que o Nome do Vento" então não podia deixar de ler.
Realmente, não achei "melhor" que o outro, mas, achei um dos melhores que já li.
Do mesmo nível que Eragon (esqueçam o filme), Mão Esquerda de Deus, Game of Thrones, etc... Fantasia medieval de 1a qualidade.
Encontrei no livro tudo que se poderia esperar desse tipo de leitura: castelos, cavaleiros, magos, anões, princesas, castelo, dragões, elfos, piratas...
A história começa contando como 02 adolescentes de um reino afastado se tornam aprendiz de mago e de soldado. Avança com a saída de ambos para uma aventura, no melhor estilo RPG com um grupo atravessando as terras mágicas da Midkemia. Então a história passa a descrever lutas e batalhas e os protagonistas, saem do foco.
Durante vários capítulos não se sabe o que houve com Pug, o aprendiz de mago e seu amigo/irmão Tomas, aprendiz de soldado. A história passa a ser contada do ponto de vista de outros personagens como o príncipe Arutha, a princesa Carline, escudeiro Roland e a guerra. Durante esses capítulos o tempo avança cerca de 04 anos. E então podemos sentir, assim como eles, a ausência dos jovens.
Vi que algumas pessoas se queixaram desse fato, mas eu não me importei pq achei estes outros personagens tão (ou mais) interessantes. Mesmo assim, li avidamente esperando saber o que teria acontecido aos dois.
Para minha surpresa o livro termina. O livro sim, mas a história não.
Sabia que era uma "saga" mas a história não tem um desfecho, um encerramento satisfatório. Não te dá a opção de encerrar a leitura por aqui. Aparentemente isso só aconteceu nessa edição revisada, depois que as sequências já haviam sido publicadas.
E, na busca pelos outros livros da série, descobri que o autor escreveu outras histórias no mesmo universo. A exemplo de Tolkien e Martim. Foram lançadas histórias e aventuras sobre a terra da Midkemia, da consquista do Reino, etc.
Vamos esperar que lancem tudo no Brasil.
No momento, lendo o livro seguinte Mago Mestre e gostando.

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Malenna 08/02/2014

Fantasia clássica que junta todas as criaturas mágicas possíveis, Mago: Aprendiz conta a história do órfão Pug e de seu melhor amigo Tomas, habitantes do reino de Midkemia, que, assim como todos os jovens da cidade de Crydee, aos 13 anos, transformam-se em aprendizes ao serem escolhidos por mestres em áreas específicas. Tomas é escolhido por Fannon, Mestre de Armas do castelo, e Pug por Kulgan, mago conselheiro do Duque de Crydee. Mas não é essa a única mudança pela qual os meninos precisam passar. Os dois amigos deparam-se com um navio desconhecido no litoral e descobrem, assim, o início da invasão do reino por um raça completamente desconhecida, guerreira e implacável: os Tsurani.

Como uma fantasia clássica, a escrita feita por Raymond E. Feist pode ser considerada um pouco enfadonha, muito descritiva e detalhista. É necessário um pouco de paciência para ganhar ritmo de leitura nos primeiros capítulos. A primeira metade é dedicada às apresentações e à "guerra de movimentos", mostrando a viagem do grupo liderado pelo Duque de Crydee até a presença do Rei em busca de apoio para a guerra que estava se configurando, mas que parecia não ter importância para o lado leste do reino. Quando os desencontros começam e a guerra inicia, o livro torna-se empolgante!

A alternância de perspectivas (algumas acontecem na mesma página, não só em trechos distintos ou capítulos) tornam a narrativa mais acolhedora. Esse aspecto é fundamental para encorpar as consequências de uma guerra na vida dos jovens que, antes simples aprendizes, precisam tomar a liderança em prol da segurança do reino. A evolução psicológica de Tomas e da princesa Carline impressionam, mas é Arutha que rouba as atenções na metade final do livro. O filho mais novo do Duque precisa assumir o castelo quando o pai exige a presença do seu primogênito, Lyam, ao seu lado na guerra. Ao impor sua liderança, Arutha fortalece o exército de Crydee em uma sequência de batalhas de tirar fôlego! Ele e Martin do Arco, outro intrigante personagem, ditam o ritmo da história ao longo de conquistas e tropeços.

O gancho para a sequência está no trecho final do último capítulo com a introdução do ponto de vista de um Tsurani. Do resto, inúmeras perguntas e a necessidade de respostas: cerca de quatro anos se passaram e pouco sabemos de Tomas, menos ainda (nada, na verdade) de Pug.

"Aprendiz", no final das contas, faz referência ao crescimento forçado pela guerra. Assumir responsabilidades é e sempre será, independentemente de qual realidade, a maior prova de aprendizado a qual você pode ser submetido. Mago? Pug ainda tem muito a nos mostrar.
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Leitora Viciada 31/01/2014

Um clássico da Alta Fantasia sempre tão elogiado pela crítica e pelos leitores finalmente chegou ao Brasil e em grande estilo, através de uma publicação exclusiva e trabalho cuidadoso da equipe. Embora seja uma brochura comum, o exemplar é imponente e transmite sensação de luxo.
O épico Mago chegou ao Brasil pela Saída de Emergência Brasil e contará com quatro volumes: Aprendiz, Mestre, Espinho de Prata e As Trevas de Sethanon. Por um preço justo, uma saga que não pode faltar na prateleira dos apaixonados por livros de Fantasia respeitados.

A capa com a ilustração de Martin Dechambault é maravilhosa e curiosa. Gostei de todas as capas da série. O destaque para o nome dela, Mago, é algo marcante, deixará todos os livros nas prateleiras das livrarias em evidência natural (quando toda ela estiver disponível). Um futuro box especial seria uma boa ideia.
O conteúdo do livro é dividido em dezoito capítulos organizado por sumário. Antes de embarcarmos na leitura, temos a Carta do Editor (Luís Corte Real) e o Prefácio à Edição Revisada Brasileira. Este anexo enriquece e empolga o leitor antes da história, porque descobrimos a importância da saga para o escritor e como somos sortudos com o presente de termos a versão do livro sem cortes, com extras. É a "Edição Preferida do Autor".
Automaticamente simpatizei com essa surpresa e parti para a aventura sentindo o poder do livro emanando logo nas primeiras páginas. Portanto, o que era originalmente o primeiro volume da saga, Magician, foi dividido em dois livros, Magician: Apprentice e Magician: Master. E é assim que nós brasileiros estamos tendo a honra de tê-los.

Antes de começar minha simples análise da história, parabenizo a Saída de Emergência por chegar ao Brasil preocupada em trazer não apenas "livros para fugir da rotina", mas também respeito ao leitor ao manter a obra o mais fiel possível à original. Percebi que a preocupação na tradução do inglês para o português foi crucial na produção, assim como na adaptação do português de Portugal ao do Brasil. O resultado é uma linguagem, mesmo que simples, espetacular, sem erros e com excelente revisão.

O início já traz uma sequência introdutória fascinante, tanto pela ação como na abordagem da narrativa. Raymond apresenta seu mundo aos poucos e naturalmente. Não é um autor monótono que se perde em explicações sobre a geografia, a história, as raças, os encantos, a magia. Ele simplesmente vai contando a história como se ela não fosse de Fantasia, como se Midkemia fosse o lar do leitor. Eu admiro muito a capacidade de autores que criam um mundo vasto, complexo e rico e ao apresentarem ao leitor não se perdem em preocupação didática e fazem do uso do próprio desenvolvimento do enredo para que conheçamos toda a mitologia. Raymond fez isso. E de uma das melhores formas que já vi.
É primordial para o sucesso do livro como Midkemia pode ser impressionante e ao mesmo tempo palpável. Parece verídico. E sem chatices de detalhes descartáveis. Explicações e apresentação sobre o mundo criado se resume a uma palavra: Equilíbrio.

O ponto de partida da saga me pareceu ser a apresentação de Midkemia, das personagens principais, das raças existentes, do conflito principal (e secundários) e o desenvolvimento dos jovens. Creio que ainda teremos uma longa jornada de tirar o fôlego. A princípio conhecemos Crydee e seus moradores, até expandirmos pelo mundo.
Pug, o menino órfão que trabalha na cozinha juntamente de seu melhor amigo Tomas. Todos os rapazes se preparam para o momento crucial de suas vidas, que marcará para sempre suas funções no Reino.

Por favor, devido aos plágios sofridos, a resenha completa está apenas em meu blogue, pois lá o script protege contra cópias diretas. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2014/01/mago-aprendiz-raymond-e-feist-e-saida.html
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Joyce 29/01/2014

Resenha do blog Entre Páginas e Sonhos
Mago - Aprendiz é o primeiro livro da Saga do Mago que nos traz uma fantasia épica. Os cenários e as regiões são próprios e muito bem trabalhados sendo recheados de lutas, batalhas e magia. Para amantes do gênero fantasia, o livro supre bem suas necessidades e apresenta um mundo bem interessante, apesar de ter algumas partes cansativas ao longo da leitura que me fizeram demorar um pouco mais para terminá-lo.

A história se passa em Midkemia, um reino diversificado com elfos, anões e população isoladas. Em Crydee, conhecemos Pug, um jovem órfão que está na idade de se tornar aprendiz e o único que o chama para ser seu pupilo é o mago Kulgan, mas Pug na verdade queria ser um guerreiro. Pug é irmão adotivo de Tomas que quer ser soldado. Ambos sem saber vão enfrentar grandes aventuras para salvar o reino de invasores e realizar seus sonhos, onde a amizade será uma peça importante.

Pug tem dificuldades com a magia, porém em momentos de raiva ou desespero a magia lhe surge naturalmente, tornando-o um aprendiz muito especial aos olhos de seu mestre e ainda será um Mago importantíssimo. Pug, Tomas e Roland que é um jovem membro da corte são amigos, apesar de Pug e Roland gostarem da princesa Carline. Borric, o Duque de Crydee, têm 3 filhos: Carline, a jovem princesa; Arutha, o filho mais novo; e Lyam, o filho mais velho.


"Viajaram o resto do dia com todos os olhos pregados na floresta em busca de indícios de problemas. Tomas e Pug conversavam sem preocupações, com Tomas comentando a possibilidade de uma boa luta." pág 170

Pug depois de salvar Carline de 2 trolls passa a ser escudeiro e donos de terras em Crydee, fazendo parte da corte do Duque. Pug também conquista o coração da princesa e ela conquista o seu, porém ainda são jovens e Pug não se decidiu qual será sua missão. Os dois são obrigados a se afastarem porque o reino passa a ser invadido por um povo de outro mundo que quer dominar toda a região e Pug parte na comitiva do Duque para descobrir quem são eles e para falar com o rei de Midkemia.

Na comitiva, além de Pug, encontra-se Borric, Tomas, Kulgan, Aretha, etc. Eles vivem grandes encontros com os tsurani, os misteriosos invasores que querem invadir Midkemia. Algumas cenas ficaram cansativas porque são bem extensas e é só no final que ocorre a batalha dos tsurani e de Crydee. Tomas e Pug são separados e não aparecem nos capítulos finais do livro, porém eles devem retornar no próximo volume.

Eu gostei bastante de Pug que vai ter que amadurecer para enfrentar os tsurani, pois tem que descobrir o poder de sua magia e vai ter que aprender a enfrentar as diversidades da vida, já que em um momento vai se separar de Tomas para seguir com sua missão. Tomas é um jovem muito determinado e vai vivenciar momentos decisivos na sua vida. Arutha vai defender Crydee com muita sabedoria contra a invasão dos tsurani. Kulgan é misterioso, mas é amigo.

A narrativa está em terceira pessoa e apresenta bastante descrições e diálogos. Quem está acostumado com essas características vai aproveitar mais do que quem nunca leu algo do gênero. A leitura não é tão rápida porque tem que ser saboreada com calma. Depois de terminar o livro fiquei curiosa para saber o que acontece com os personagens, por isso vou continuar lendo a saga. A capa está simples e bonita, as páginas são amareladas e a diagramação é simples. Mago - Aprendiz é um ótimo livro no geral!


site: http://entrepaginasesonhos.blogspot.com.br/
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