Para Sempre Ana

Para Sempre Ana Sergio Carmach




Resenhas - Para Sempre Ana


115 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Dan 22/10/2011

Resenha: Para sempre Ana
Para sempre Ana

A estória acontece em Três Luzes. A cidade recebeu tal nome devido a supostos aparecimentos de ÓVNIS.
O nosso personagem principal (e que sofre pra caramba, acho ele muito banana, kkk) é Carlos. Ele é um rapaz apaixonado e meio perdido (tá bom, ele começa muito perdido, hauhau), não está fazendo faculdade ainda, pois não quer seguir a profissão dos pais. Ele deseja enredar-se pelo caminho da arte, mas Nestor não aceita essa opção.
Nestor e Márcia são pediatras, ele um renomado médico em sua cidade, já Márcia optou por se dedicar a família.

Carlos é perdidamente apaixonado por Cris, sua namorada.
É no almoço de natal, promovido pela família Rigotti, que a trama toda começa.

Continue lendo: http://www.falandodelivros.com/2011/10/resenha-para-sempre-ana.html
comentários(0)comente



Vanessa Vieira 07/09/2011

Para Sempre Ana_Sergio Carmach
O livro Para Sempre Ana, de Sergio Carmach, se passa no distrito de Três Luzes, na cidade de Senador Mariano. O distrito provinciano é bem conhecido e reza a lenda que o local foi visitado por 3 OVNIS e é através desse relato que surgiu o nome Três Luzes. Tudo se inicia com o jovem Caio, que chega na cidade à procura de sua mãe Ana, desaparecida por mais de 10 anos, e que traz a tona muitos fatos sobre o passado dos moradores dessa região.

Há muito tempo atrás, em um dos banquetes de Natal da família Rigotti, organizado pelo patriarca Nestor, surge uma moça desconhecida e não convidada para a festa, Ana. Ela alega que tem uma criança de Carlos, filho de Nestor, e quer obrigá-lo a assumir a paternidade deste filho a todo custo. Porém, Carlos namora Cris e a ama profundamente, não querendo nenhum vínculo com Ana, e duvidando que seja o pai dessa criança. A partir desse dia, Ana acaba mudando o destino dos que estiveram presentes nesse banquete, ficando eternizada na memória de todos.

A estória é contada através de três gerações da família Rigotti, sempre permeada com muito romance, mistério, segredos e revelações cabulosas. A vida de Carlos deu uma volta de 180º com os últimos acontecimentos, e por mais que ele ame e queira Cris, ela não acredita nele. Ele conta com a ajuda de Cláudia, irmã de Cris, para provar que é inocente do que lhe culpam e conquistar a confiança e o amor da moça. Através desse ínterim, muitos segredos são revelados e o véu que cobriu a cidade por muitos anos, é rompido, causando dor, alegria, mágoa e perdão e sobretudo, muita comoção.

Os acontecimentos da cidade ocorreram na década de 60 e agora, em 2011, serão debatidos, encarados de frente e por conseguinte, solucionados. Uma trama bem elaborada e sintetizada, que conjuga em uma estória inteligente e repleta de sentimentos. O autor soube enlaçar o destino de cada personagem, de uma forma sábia e bem definida, destacando a importância de todos e deixando todos bem focalizados, bem amarrados no contexto. Uma verdadeira viagem por Três Luzes, em meio a muito misticismo, segredos de família e fatos polêmicos. Altamente recomendado!

http://newsnessa.blogspot.com/
comentários(0)comente



Glau 28/10/2011

Para Sempre Ana
Tudo se passa em Três Luzes, uma cidade bem pequena. A família Rigotti é conhecida por todos e como acontece na maioria das cidades pequenas, tudo o que acontece com eles, todos ficam sabendo.

Em uma comemoração de natal na casa dos Rigotti surge uma moça, que não foi convidada para a festa, chama Ana. Em seus braços ela carrega um bebê. Ao ver Ana, Carlos, filho dos Rigotti, tenta escapar dela de todas as formas, mas não adianta. Ana vai até seu encontro e exige que assuma a criança, que segundo ela é fruto de uma noite que passaram juntos na comemoração do aniversário da cidade.

Carlos fica desesperado, como contará a noticia a família e principalmente a namorada, por quem está perdidamente apaixonado. Ele sabe que se contar a Cris que dormiu com Ana na noite da comemoração o namoro estará acabado, pois foi a mesma noite em que começaram a namorar.

Como Ana não consegue convence-lo a assumir o filho, ela se dirige até a mesa onde estão seus pais e sua namorada com a avó e conta tudo.

Nestor, pai de Carlos, ao ver Ana fica meio desconcertado será que ele já a havia visto antes? O mesmo acontece com sua esposa, a garota te lembra a alguém, mas quem??

Carlos exige DNA, não acredita que o filho seja seu e Ana não se opõe ao exame.

Chega o dia do exame, Nestor vai a capital antes de todos para procurar uma clinica confiável e ter certeza que tudo ocorrerá da melhor maneira possível. Mas ao voltar para casa sofre um acidente e acaba falecendo.

A vida dos Rigotti muda totalmente. Carlos nunca viu o resultado do DNA, mas por algum motivo sua mãe o obriga a assumir a criança e a viver um casamento de aparências com Ana.

A todo momento a estória nos surpreende, varias revelações são feitas e quando você acha que tudo ficará bem, algo acontece. Sua opinião pelos personagens também muda muito, você começa gostando de alguém e no final acaba odiando.

O livro é separado por datas, pois volta ao passado varias vezes para poder esclarecer algumas coisas, mas a forma como o autor escreve e também pelas datas que se encontram no inicio de capa capitulo, você não fica perdido, pelo contrário, faz você admirar o autor por conseguir explorar tanto a estória e no final fazer encaixar tudo perfeitamente.

Ah, apenas para deixarem vocês curiosos, Ana está ligada a 3 gerações com os Rigotti...

www.startread.com.br
comentários(0)comente



M. Macidalia 17/06/2011

Para Sempre Ana
“Entenda: não importa quão grande é o caldeirão repleto de felicidade em que se vive. Basta uma gota de veneno para gorar todo o caldo.” (Pág. 267-268)


Hoje, especialmente, farei uma resenha totalmente livre de impessoalidade e serei categórica ao afirmar que “Para Sempre Ana” é simplesmente fascinante! É o tipo de enredo que nos faz repensar nossas convicções e valores. É daqueles livros que, quando chegamos à última página, deixam saudades de seus personagens, os quais, por algumas horas ou dias, arrebataram-nos e fizeram-nos, além de leitores, participantes de suas vidas.

O cenário é a pequena Três Luzes, um aconchegante distrito do município de Senador Mariano. Envolta em uma aura contemplativa e repleta de lendas, a região é apontada como palco de supostas aparições alienígenas por seus moradores. Entre estes, estão os membros da renomada família Rigotti, chefiada por Nestor, um distinto médico pediatra, cuja reputação parece inatingível até a chegada da misteriosa Ana.

A protagonista, Ana, é uma mulher audaciosa, cuja determinação consiste em descobrir sua verdadeira identidade e provar a paternidade de seu filho, o pequeno Caio. A aproximação com os Rigotti traz para sua vida Carlos, filho único de Nestor, por quem ela se apaixona. A aparição da forasteira é uma ameaça não só ao clã dos Rigotti, mas a todos os moradores do pequeno território, pois ela traz consigo segredos que irão desnudar e mudar a vida de algumas destas pessoas para sempre, como a doce Cris (namorada de Carlos), Márcia Rigotti (esposa de Nestor) e padre Motta.

Quando Ana parece finalmente ter encontrado as respostas sobre seu obscuro passado, ela desaparece misteriosamente, causando mais uma reviravolta na vida dos triluzianos, que, já afeiçoados à moça, iniciam uma busca frenética a fim de descobrir seu paradeiro. Este é o momento do clímax, onde a história fica ainda mais dinâmica e emocionante.

Sergio Carmach descreve com muita precisão cada um dos personagens e suas ações, conferindo à narração – que nem sempre acontece de forma cronologicamente linear - um realismo impressionante. A estruturação linguística utilizada em sua escrita faz de “Para Sempre Ana” um romance eloquente e esteticamente louvável, não deixando espaço para possíveis contradições.

O texto é apresentado com todos os elementos que compõem uma boa trama. O autor acerta na dosagem dos detalhes, apresentando apenas o que é relevante para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos é o que intensifica o mistério que cerca a história da protagonista. Assim, Carmach consegue transitar do clímax ao desenlace sem ser previsível.

Uma história surreal de amor, escolhas, fé, coragem e perdão. “Para Sempre Ana” irá conduzi-lo em uma viagem fantástica entre o real e o sobrenatural, onde a realidade nem sempre é o que parece ser.
comentários(0)comente



Morenalilica 08/11/2011

Um livro para ser lido com o coração aberto...
“Para Sempre Ana” é um livro maravilhoso, muito bem escrito de forma sensível e dinâmica pelo autor Sergio Carmach. Sempre que faço uma resenha, fico me policiando para não contar nenhum detalhe que revele a trama central do livro, e com “Para Sempre Ana” isso fica ainda mais dificil, porque eu fico doida de vontade de contar os fatos que levam ao final surpreendente desse livro. O livro tem toques de mistério, suspense e misticismo. A protagonista, Ana, é uma mulher bela e inteligente, sonhadora… E por acreditar demais nas pessoas, acaba por ser levada a entrar em uma trama misteriosa e perigosa. Ao longo do livro, tive raiva, pena e admiração por Ana, pois a cada novo fato revelado, eu tinha um sentimento diferente por ela. Os outros personagens são muito ricos também. A sensação que tive é de que todos eles, de alguma forma e em algum momento do livro, são protagonistas junto com Ana, pois todos colaboram para a trama central da história. Temos Carlos, jovem rebelde no início, mas que constrói uma verdadeira reviravolta em sua vida; Nestor, médico conceituado, mas que leva uma vida dupla; Márcia, esposa de Nestor, mulher ardilosa e excessivamente preocupada com o que pensam a seu respeito; Cris, a mocinha ingênua, de bom coração; Claudia, irmã de Cris, personalidade inversa à da irmã; Padre Motta, pároco da localidade, confidente dos paroquianos, cercado de mistério. Muitos outros personagens se somam à história ao longo do livro, revelando aos poucos o que viria no final. O livro foi surpreendente pra mim, de maneira nenhuma óbvio. Eu recomendo demais a leitura de “Para Sempre Ana”, um livro pra ser lido com o coração aberto.

Resenha originalmente postada em http://doceinsensatez.com/blog/?p=1291
comentários(0)comente



dana 07/09/2011

Para Sempre Ana: Um novo com cara de antigo
A trama de "Para Sempre Ana" parte do anúncio de uma suposta paternidade, que ameaça a fama da respeitada família Rigotti e o amor de um casal, além de trazer o risco de que verdades há muito tempo escondidas sejam reveladas. Quando isso acontece, uma série de outros fatos, e segredos, acabam surgindo. Mas, quem é o culpado? O que, de fato, está acontecendo? “É uma longa história...” E essa é a história contada no livro.

Desde o início, o leitor é atraído pela curiosidade, porque há sempre algo para descobrir. Isso ajuda para que o livro seja equilibrado: ao mesmo tempo em que traz um caso semelhante aos de séries policiais, trata de questões mais profundas. Aliás, esse é um livro que se destaca por ir além da ideia de ser apenas uma história, pois parece querer mostrar e explicar questões comuns da vida. Durante toda a leitura, o que está acontecendo está sendo explicado, mostrando que cada personagem tem seus motivos, e quais são esses motivos, ajudando a entender suas ações. O livro tem tanto esse teor explicativo, que explica até fatos simples, como quando o personagem gosta ou deixa de gostar da comida de acordo com seu humor. Esse é um artifício constantemente usado, mas que costuma aparecer sem maior alarde, apenas colaborando para o clima da história. Esse exemplo representa bem como a narração segue, seja em casos pequenos assim ou nos maiores e mais importantes.

Um outro ponto interessante que não se pode deixar passar é a discussão entre ciência e religião. O livro todo apresenta essa dualidade de visões, seja na própria fala de personagens ou explicando certos acontecimentos, que para uns foram causados por alienígenas e para outros por espíritos. Seja pelo método científico ou com o auxílio de Deus, os personagens acabam encontrando as respostas. Isso é interessante porque - mesmo parecendo aleatório, apenas para embalar as discussões - acaba por representar a história com base em pontos de vista e dar uma conclusão à questão. O próprio final do livro pode ser explicado tanto por um quanto por outro lado.

Essa história de religião contra ciência parece um pouco antiga, mas pode dizer muito sobre o livro, ou sobre seu público adequado. Este provavelmente não é um livro amado entre os jovens, não por uma suposta falta de capacidade deles para gostar de algo sério ou de assuntos profundos, mas porque o livro trata de uma questão da vida de gerações mais antigas. Atualmente, a vida com liberdade é parte do cotidiano dos jovens, algo distante da vida regrada e padronizada de seus pais. O cuidado exagerado com as aparências é algo mais antigo. Hoje em dia esse modelo está sendo quebrado, e é justamente isso o que o livro faz: mostra personagens totalmente dentro desse modelo, mas analisa o que acontece com um ponto de vista atual, como um modo de pensar alternativo ao dos personagens que serviu de caminho para encontrar a verdade – e a felicidade.

Na verdade, até o modo de escrever do autor pode afastar os jovens. Em parte porque lembra um pouco o de antigos escritores brasileiros, causando certo preconceito com toda a história. E, também, porque a escrita é contida, muito preocupada com o que seria “correto”, afastando-se da narração próxima ao cotidiano a que os jovens leitores estão acostumados. Contudo, até mesmo esse estilo de escrita do autor cai bem ao livro, também ajudando a criar o clima da história.

"Para Sempre Ana" é um livro que lembra um pouco os mistérios de livros de Sidney Sheldon, Agatha Christie e até mesmo de séries policiais americanas, mas tudo isso com um clima mais quente, como “contando histórias de vida”. O autor consegue criar uma trama intricada e interessante. E mesmo o seu modo de escrever, que pode assustar aqueles acostumados a textos livres e próximos do cotidiano, consegue cair bem à história do livro. "Para Sempre Ana" é como aquela pintura bem feita, com direito a toque final, que o autor respira fundo, olha a obra finalizada, e diz: “Está pronta!”
comentários(0)comente



Ana 21/11/2011

Para Sempre Ana
[....] A Ana do Sérgio Carmach me foi apresentada num primeiro momento como uma personagem qualquer, eu sequer achei que fosse ela a Ana que dá nome ao livro. Apareceu assim meio de repente, sabe, “causando” numa festa de família. E pra mim, é a partir disso que toda a história se desenvolve. O autor nos remete ao passado da família Rigotti – Nestor, Márcia e Carlos - para contar boa parte da narrativa. Os segredos, planos e a evolução das personagens com o passar das páginas alteram toda a imagem que você constrói no início da trama. Como o próprio autor afirma, parece enredo de novela.
A Ana que o Sérgio construiu realmente foi uma surpresa. Uma personagem dotada de humanidade, com muitas falhas, mas de um coração doce, com uma aura mística e uma personalidade que vai te encantando a cada novo fato que você descobre sobre ela. Não é a toa que se torna heroína, que se perpetua em Três Luzes e apaixona não somente Carlos, mas também o leitor.

Resenha completa no blog: http://outracharlotte.blogspot.com/2011/11/para-sempre-ana.html
comentários(0)comente



@Ravafs 06/09/2011

Resenha do livro "Para Sempre Ana"
Nem tudo é o que parece ser; nem tudo corre como se espera. Os mistérios surgem para transformar a calmaria em agitação. Então... tudo o que você espera acontecer, ou que anda acontecendo, acaba, jogando-o para o alto. E, quando menos se espera, está-se lá, à beira de algo desconhecido. Está-se lá, esperando... Olhando o vazio... Tentando se descobrir... Procurando algo...

A calmaria é misteriosa, a expectativa é grande, as pessoas têm estórias, os mistérios começam a ser desvendados, os fatos se chocam. Mas por onde começar? Onde encontrar Ana? E quem é Ana?

As gerações passam, o mistério ainda estarrece... Família Rigotti, o que ela pôde ou ainda pode fazer? O que houve com as suas gerações que estão envolvidas nesse mistério? E como elas se envolveram? Rigottis, mostrem-nos quem é essa mulher; contem-nos um pouco de suas fábulas. Vamos juntar as peças do quebra-cabeça; talvez a resposta não esteja tão longe.

O mistério assombra aqueles que não se sacrificam para desvendá-lo. Mas os Rigotti, uma das famílias mais conhecidas da cidade, o que teriam com isso? O que estão escondendo ou procurando? Quais são suas ligações emocionais, carnais, espirituais e aventurosas com Ana?

Três Luzes, uma cidade conhecida por ser palco de “estranhos fenômenos”, conta uma estória que faz o leitor viajar pelos anos. Aos poucos, diversos personagens se desnudam de seus contos e de seus jeitos, abrindo a caminhada para o desenrolar da trama. O livro, de tempos em tempos, parece mudar, fornecendo um leque de possibilidades imaginativas, traçando, assim, uma linha em que é difícil se cultivar uma conclusão, mas que o autor maneja com habilidade. A escuridão torna-se claridade e a claridade torna-se escuridão, não sem perspicácia narrativa, mas de um modo que se pode compreender e vivenciar o que se passa nas entrelinhas da estória.

Para os amantes do perfeccionismo e do detalhismo, o livro traz, a cada página, uma visão mais nítida do que está se passando e, assim, mergulha o leitor no que está escondido por detrás de suas frases bem moderadas. O autor oferece diversos pontos de vista das situações vividas. Mas, mesmo detalhando demais, ele prende o leitor, que imagina estar diante da cena ou assistindo a um filme. Coerente e coeso, como deve ser, ainda traz em cada parágrafo a harmonia entre a trama, suas ideias e com a mensagem que quer passar ao leitor. Não desvirtua a estória e traz um bom rebuscamento ao texto, uma de suas artimanhas mais ousadas, o que estimula ainda mais a leitura do livro.

Entre nessa calmaria e desvende a euforia. Descubra onde está Ana e quem ela é. Sinta e viva cada linha contada pelos personagens desse livro. Prenda-se também à misteriosa cidade de Três Luzes e acompanhe o desenrolar da trama contada por Sergio Carmach.
comentários(0)comente



Carissinha 08/09/2011

Vilã? Mocinha? Misteriosa? Impetuosa? Sofredora? Amiga? Quem realmente é Ana? Quem é a mulher que modificou drasticamente a vida da família Rigotti? E quem é realmente essa família tão cheia de mistério? Essas são duas grandes perguntas que nos fazemos ao ler Para Sempre Ana, do escritor Sergio Carmach.
Três Luzes é um pequeno distrito elitista onde o misticismo reina. Um lugar que muitos juram ter sido palco de aparições extraterrestres. É neste pequeno distrito que Nestor Rigotti, pediatra conceituado, e sua esposa Márcia Rigotti, uma médica que largou tudo para ser dona de casa, resolveram construir sua vida. Um lugar pacato e bom para constituir família.
Carlos é o filho do casal. Um jovem ainda imaturo e um pouco irresponsável, que durante muito tempo só queria saber de diversão sem compromisso. Até conhecer a bela Cris, sua primeira namorada. Uma jovem respeitada por todos, muito séria e querida por toda a cidade e que o fez se apaixonar perdidamente.
Tudo estaria perfeito, até que Ana aparece, trazendo a discórdia para a família do jovem ao afirmar que Carlos é o pai do seu filho, mudando o rumo da história de cada integrante da família Rigotti e de Cris. À partir daí todos seguem em busca da verdade, de quem é Ana e o pai do seu filho. Um mistério que dura muitos anos e passa por várias reviravoltas, deixando o leitor ávido por descobrir qual a verdade.
Com uma narrativa fluida a história surpreende, fazendo com que o leitor se envolva e queira entender o mistério por trás de várias gerações da família Rigotti e, principalmente, de Ana. Quem realmente é ela? Qual o seu propósito e sua história de vida?
Nem sempre de maneira linear, Sergio Carmach consegue fazer com que o leitor mergulhe na história que criou e se prenda até o fim, desejando entender verdadeiramente quem é cada personagem, descobrindo um novo dado a cada capítulo; tudo isso com uma escrita clara e simples de entender, cheia de ensinamentos profundos e que nos fazem pensar.
A história é contada por diversos pontos de vistas e se passa em anos diferentes, com perspectivas diferentes. Ninguém é realmente o que parece e fica sempre um quê de dúvida no ar. Uma das grandes virtudes do romance: não existe certeza. Jamais. Nem maniqueísmo. Os personagens são humanos, reais, com falhas e acertos, como qualquer pessoa. Agem por amor, sem pensar nas consequências. São egoístas, falíveis. Assim são os seres humanos. Assim é a vida.
Com mistério, romance, suspense, Para Sempre Ana tem tudo o que é preciso para um livro ser bom, e ainda nos faz pensar na vida, nas escolhas, nos valores que temos e carregamos. Definitivamente um livro que merece ser lido.
Com personagens fortes e bem definidos, além de um enredo bem construído. Sergio Carmach conseguiu criar um romance primoroso e que todos deveriam ler, pois é sempre um prazer descobrir novos talentos na literatura brasileira.

Outras resenhas: http://artearoundtheworld.blogspot.com/
comentários(0)comente



Mari M. 03/09/2011

“Para Sempre Ana”: título atraente, história encantadora. Li o livro de forma devagar, perdida entre Três Luzes e Senador Mariano.

Qualidade? Oh, sim. Um livro de extrema qualidade. Porém, é necessário adaptar-se às idas e vindas no tempo que o autor proporciona; e é necessário, também, procurar compreender que a história é confusa, fazendo e desfazendo nós. O quê? Não, não. Não é uma confusão ruim. É uma confusão positiva. Uma confusão que força o leitor a acabar o livro. É quase impossível abandoná-lo. O modo como são descritas as emoções dos personagens faz o coração acelerar. Ao final, apenas um suspiro. E uma sensação, a sensação de que uma mensagem foi transmitida.

Apesar de a princípio parecer, o livro não gira (todo o tempo) em torno da ficção. Pelo contrário, gira em torno da realidade. E se torna tão real, que, quando a parte da ficção chega, torna-se também uma realidade na mente de quem lê.

Caio é um homem que há pouco ainda era um “menino” que perdeu a mãe, Ana. Encontra-se em Três Luzes, cidade em que ocorrera o desaparecimento. Seu objetivo? Encontrá-la. O título conta a misteriosa, confusa e angustiantemente emocionante vida dos Rigotti, família de Caio, além da de outros personagens, que se tornam cruciais na trama.

As dificuldades passadas, as surpresas do destino e a beleza do livro, esses sim são explícitos. É... Impressionante. Um título brasileiro, um bom autor, uma história original; combinados, resultam em “Para Sempre Ana”. O livro aborda questões filosóficas, que vêm a ser importantes no enredo. Não é um livro infantil. Francamente, é necessário refletir ao lê-lo, e não apenas “ler” como se fosse um suco sem polpa. Sucos sem polpa são engolidos rapidamente e sem que a pessoa, que deveria se deliciar, nem ao menos sinta seu gosto.

Ana e Cláudia são as duas personagens mais atraentes. Personalidades fortes. Até teimosas em certo ponto, mas, acima de tudo, determinadas. Os personagens do livro foram bem montados. Agradáveis e, em algum ponto, engraçados, dramáticos. E, ao fim, ficou um quebra-cabeça perfeito. O enredo da história é muito bom. Leitura fácil, deliciosa. Mas, volto a dizer, não deve ser lido da mesma forma que um suco sem polpa é bebido, às pressas e sem que a pessoa se delicie. Recomendo muito esse livro. E então: não quer fazer uma visita a Três Luzes, uma cidade em que o inesperado pode acontecer?

Mais resenhas em : http://livros-devorados.blogspot.com/
comentários(0)comente



Dani Fuller 05/09/2011

Uma boa reflexão sobre as pessoas, sobre o mundo e sobre a vida.
No começo de “Para Sempre Ana”, o leitor pode desconfiar do rumo que a história terá. Pode até mesmo ficar confuso com os personagens e suas ambiguidades. Se, antes da leitura, o foco era algum outro gênero literário, a primeira impressão acabará não sendo das melhores. Ou, simplesmente, seu início deixará mesmo a desejar. Em dado momento, a narrativa faz um tipo de jogo, fazendo crer que algo sobre extraterrestres ou religião poderia estar relacionado com a trama. Porém, o aspecto espiritual é muito individual. Cada pessoa fica livre para interpretar as questões apresentadas do jeito que preferir, embora o autor insista em tentar explicar tudo o que cada personagem pensa, e o porquê de pensarem assim, causando um desconforto nos que não veem necessidade desse tipo de imposição.

Após um início incerto - mostrando como funcionavam nas cidades pequenas as relações humanas, com pessoas muito fofoqueiras sabendo tudo sobre todos (ou tentando de alguma forma) e como isso acabava por controlar o comportamento de alguns, sobretudo daqueles possuidores de uma posição mais elevada na sociedade - há uma mudança de foco. E a história passa a ser explicada pelo ponto de vista de Ana. A partir desses capítulos, inicia-se uma reviravolta na trama, o que ganha definitivamente o leitor. Depois das idas e vindas pelas épocas, pode-se conectar as pontas propositalmente soltas. Um artifício muito inteligente quando bem empregado.

Em relação aos protagonistas, Carlos e Ana, não é permitida uma identificação maior. Eles possuem personalidades difíceis, e talvez até exageradas, contrastando com Cláudia e Caio, que prendem o leitor de imediato. Jorge, entretanto, incomoda. Seria mais aceitável uma maior participação dele ao longo dos acontecimentos. Quanto aos demais, só é possível sentir indiferença ou odiá-los, e com todas as razões identificadas no livro.

Na história, é mostrado como as pessoas nunca são o que parecem ser. E que, às vezes, confiar totalmente em alguém pode ser errado, mesmo essa pessoa sendo o pai ou a mãe. Destaque-se o trecho seguinte, que exemplifica exatamente essa questão: “(...) divaga acerca da natureza perversa do ser humano, de como criaturas egoístas sempre destroem a felicidade alheia – e, por vezes, até a delas próprias – ao buscar a satisfação de suas paixões." A resolução no desfecho é impressionante. Nela, está concentrada a maior carga espiritual do livro. Causará opiniões controversas, as quais, por fim, estarão todas certas e também erradas. Dessa vez não serão dadas as explicações necessárias para o entendimento geral, ficando cada um responsável pelo que pensar e acreditar.

Recomenda-se a leitura. Mesmo que o livro não vire o primeiro da lista, definitivamente deve estar nela. A construção da história manteve seu propósito e conseguirá prender sua atenção até o fim. E com certeza não será em vão, pois muito do que for lido continuará em você, como uma boa reflexão sobre as pessoas, sobre o mundo e sobre a vida.

Arte do livro / Capa e interior ★★★★
Tempo de leitura / Narrativa ★★★
Objetivo / Impacto ★★★★
http://www.danifuller.com/2011/09/livro-para-sempre-ana.html
comentários(0)comente



Érica 27/09/2011

Resenha Para Sempre Ana - Sergio Carmach

Recebi esse livro pelo próprio autor, Sérgio Carmach, para resenhar. Mas o contato que tive foi com sua esposa Luiza, que se mostrou ser muito simpática e atenciosa.
Preciso ser muito sincera, quando comecei a ler o livro – já nas primeiras páginas tive uma imensa vontade de desistir. Deixei-o de lado por três dias e depois voltei a ler e logo fui absorvida pela história. Ainda bem que isso aconteceu, pois, não me arrependi.

A história se passa no distrito de Três Luzes, um lugar cheio de mistérios e misticismo. O livro conta a história de Ana, que aparece logo no início do livro causando o maior alvoroço. A partir da chegada tal desconhecida em um banquete de Natal realizado pela família Rigotti, a vida de todos nunca mais fora a mesma.

Ana chega, e com ela trás vários acontecimentos e segredos, e você começa a se questiona: “ como ela conseguiu passar por tudo isso?”

Uma palavra sobre o livro:

Surpreendente!

É um acontecimento atrás do outro, uma trama muito bem elaborada, com riqueza nas palavras, um livro que com certeza vai lhe prender com ótimas reflexões.O autor soube criar ótimos personagens e delinear seus destinos de uma forma bem definida.

Parabéns ao autor Sérgio Carmach, pela excelente drama! E obrigada pela oportunidade que me deu, para ler uma incrível história.

O trecho que coloco abaixo — foi de grande valia para mim, me fez refleti e principalmente acreditar que nada acontece por acaso, mesmo os momentos tristes:

“Tudo na vida, mesmo os piores acontecimentos, tem um objetivo maior. Na maioria das vezes, não conseguimos entendê-lo de imediato; em outras, somos capazes apenas de vislumbrá-lo; em raras e abençoadas ocasiões, logo o compreendemos e, assim, aguentamos a dor com resignação. De qualquer forma, devemos sempre confiar no futuro, pois, lá, certamente encontraremos a razão dos males de hoje”.

Altamente recomendo esse livro!
comentários(0)comente



Nath @biscoito.esperto 10/02/2012

Belo.
Profundo.
Doce.
Triste.
Tocante.
São os cinco melhores adjetivos que definiriam o livro Para Sempre Ana.
Belo, pois mostra diversas histórias de amor - dos mais diferentes ângulos possíveis, das formas mais diferentes, porém sempre o amor, puro e simples. É meio paradoxal dizer que o amor é simples, mas ele é. Nesse livro ele é. E ao mesmo tempo muito, mas muito controverso.
Profundo, pois tocou a minha alma. De verdade. Me peguei sorrindo, chorando, torcendo pelas personagens conforme a história se desenrolava. E que história.
Doce, pois me fez realmente aprender a gostar e aceitar as coisas do jeito que elas são. Mas espera, o que o livro ser doce tem a ver com isso? Bom, o livro mostrou diversas situações em que eu não perdoaria a pessoa se ela fizesse isso comigo. Mas o livro mostrou-me que a alma de uma pessoa é muito mais bela, profunda e doce. As pessoas, por trás das ações, tem sentimentos e motivos, que muitas vezes não são vistos. Para Sempre Ana me mostrou isso de forma doce. De forma suave.
Triste, pois, como já dito, flagrei-me chorando em diversas passagens do livro. Choro de agonia, de expectativa, de tristeza mesmo. Mas uma tristeza bela, profunda e doce. Porém triste.
E tocante. Muito tocante. De maneiras controversas. O livro me fez ver o ponto de vista de cada personagem, e mesmo os que estavam errados/fizeram algo errado me mostraram seus motivos e sentimentos, sua agonia e seu tormento interior. Mostraram isso de forma tão bela, profunda, doce e triste que senti-me tocada por seus anseios, seus sentimentos, seus motivos.

O livro conta a história de Ana, uma moça que perdeu a mãe cedo e aparece grávida numa festa particular da família Rigotti, dizendo estar grávida de Carlos, o filho de Márcia e Nestor. Com essa revelação misteriosa, ela acaba desencadeando uma sucessão de acontecimentos que passam entre o limiar no sobrenatural e do real, onde revelações que nunca deveria ser ditas são trazidas a tona.
A cidade onde se passa a história, chamada Três Luzes, foi muito bem utilizada na história. Com um número bom de personagens, cada qual com suas próprias características únicas e personalidade inconfundível, fazem a gente se apaixonar cada vez mais pela história.
No início, admito, achei a história muito forçada, muito novela das seis. Porém, já no terceiro capítulo, comecei a me sentir envolvida na história, querendo descobrir os mistérios. Confesso que só me apaixonei mesmo pelo livro quando a história de Ana começou a ser contada. E que história!
A principio eu não gostei de Ana: chata, intrometida, chegou pra estragar a felicidade do povo. Porém minha opinião sobre ele mudou no decorrer do livro, sendo que no final eu era tão apaixonada por Ana quanto qualquer outro personagem.
Ana começou para todo mundo - até para mim - como um indesejada, e no final... ela surpreendeu.
Que final foi aquele?
Juro, foi um final tão perfeito que... Que fez com que Para Sempre Ana entrasse na minha lista de livros favoritos para sempre.

Um livro que não me marcou só pelas mistérios e pelas reviravoltas (e que reviravoltas!), mas sim pelo teor de filosofia dentro dele. Aprendi muito com ele.
Vai ficar para sempre na minha memória - e na memória de qualquer um que lê-lo.

"Muitos acreditam: os eventos importantes da vida precisam realizar-se em determinado momento, haja o que houver. Assim, uma morte ocasional por acidente não deixaria de ocorrer se a pessoa ficasse em casa ou resolvesse sair a pé para se divertir com os amigos. No primeiro caso, a partida poderia acontecer após uma queda de escada.; no segundo, em um mal súbito. De um jeito ou de outro, não haveria como escapar, pois o universo das escolhas triviais terrenas não mudaria o destino já traçado, talvez até pela própria vítima, no contexto infinitamente mais relevante do mundo transcendente"
206
Coloquei essa parte pois já tive pensamentos assim (principalmente assistindo/lendo Death Note - é um exemplo besta, maaaas...).

"Entenda: não importa o quão grande é o caldeirão de felicidade em que se vive. Basta uma gota de veneno para gorar todo o caldo".
306
Acho que todo mundo já leu essa citação do livro, mas coloquei ela ainda assim.

site: www.nathlambert.blogspot.com
comentários(0)comente



115 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR