Carol 08/05/2023Indivíduo vs coletivoCurto, o livro contém cinco textos curtos de Ailton Krenak sobre a vida, nosso momento na pandemia e nossa relação com outros seres vivos.
Tirando os povos indígenas, o único povo que conheço pensar no formato do coletivo são os japoneses. É muito interessante como o simples ato de pensar dessa forma cria culturas tão diferentes.
Acho sempre válido ouvir e aprender mais sobre os poucos originários - até porque muitos de nós não temos os conhecimentos que eles possuem e continuam passando de herança a seus descendentes.
A visão dos Krenak, sobre o papel do ser humano como seres falhos e sobre a aceitação da tragédia que está acontecendo (a depredação da Terra) é algo muito realista e triste.
Hoje em dia é difícil pensar que conseguiremos parar de destruir o planeta e salvar o que foi perdido. Krenak faz pouco caso das tecnologias que estão sendo desenvolvidas para destruição do lixo, por exemplo, mas acredito que - nesse momento em que vivemos - iniciativas como essa são as únicas formas de melhorarmos em algo. Porque a opção seria simplesmente continuar como está (o que não seria bom) ou parar tudo de uma vez (o que imagino ser impossível num mundo capitalista como esse que vivemos).