Resenhas - Água Fresca para as Flores

M. M. Maia 04/01/2022

O luto de uma forma diferente
Um livro que me surpreendeu. Li em um dia, assim que chegou. O mais legal é que não seria um livro que eu teria escolhido para mim, mas como veio na assinatura do clube de leitura acabei lendo.

Água fresca para as flores trata do luto de várias formas diferentes. No livro acompanhamos a história de Violette, uma zeladora de cemitério.

Violette encontra uma forma de superar seu próprio luto, ajudando outras pessoas a passarem pelos delas, ela cuida dos túmulos e tem um cuidado especial com flores.

Por se passar predominantemente em um cemitério a história, ao longo das páginas acompanhamos diversos funerais e despedidas, alguns leves, outros pesados.

É um livro muito bonito, no qual é fácil se apaixonar pelos personagens e trata temas tristes de forma leve. Gostei muito.

Bookster Pedro Pacifico 24/07/2023

Água fresca para as flores, de Valérie Perrin
Esse foi um dos livros que virou prioridade de leitura de tantas recomendações que passei a receber de vocês! Depois de fazer muito sucesso ma Europa, o livro chegou no Brasil e conquistou muitos leitores. A premissa me deixou ainda mais interessado com a obra da autora francesa: mergulhar na história um pouco enigmática de uma zeladora de cemitério.

Comecei e logo fui fisgado pela vida de Violette. Chegando aos seus 50 anos, a zeladora começa a, aos poucos, relembrar o seu passado, como se fosse nos dando pistas dos capítulos de sua história que a levaram até aquele estilo de vida peculiar. A infância como órfã e um relacionamento conturbado parecem explicar um pouco das dificuldades de uma vida sofrida. Mas a impressão que fica no leitor é que há algo mais visceral, que demora a nos ser contado.

Em paralelo, Violette é supreendida pela visita de um policial no cemitério. Sem dar muitas explicações, ele insiste em deixar as cinzas da mãe sobre um túmulo desconhecido. Como faz com todos que aparecem em sua casa, a zeladora recebe o policial e o acolhe, dando espaço para ele compartilhar a sua história e suas angústias.

A partir desse momento, a leitura acaba mudando um pouco de estilo, passando de uma narrativa mais sobre as memórias de Violette para uma história de suspense, em que o leitor é convidado a tentar descobrir mais do que haveria acontecido com a vida da zeladora e do policial. Para mim, o ritmo diminuiu e, ao final, senti que a leitura estava ficando mais arrastada. Ou seja, comecei gostando muito e terminei gostando menos do que esperava!

Mas ainda assim, tem muito leitor que se encantou com a obra e a experiência foi bem interessante. Também tem muitas reflexões ao longo da leitura que nos fazem sair marcando… Se a sinopse te interesse, vai com tudo!

Para mais resenhas, siga @book.ster no instagram

site: https://www.instagram.com/p/CvDuSEaNHuZ/

-Koraline 23/06/2022

Narrativa fantástica
Água Fresca Para as Flores não conta uma história de forma linear, e mistura as narrativas de duas famílias. É um livro que inicialmente trata sobre vida conjugal, mas depois percebemos que retrata a vida de uma mãe após o luto, e como essa parte é necessária para entendermos como a vida trata as pessoas de forma diferente. O ponto alto do livro é, sem dúvidas, a narrativa, que é simplesmente magnífica, sendo crua e poética ao mesmo tempo. O único ponto não tão bom do livro foi o romance paralelo que é contato através de um diário, que para mim, não tinha muito razão de ter tido tanto destaque, já que não acrescenta em nada na história da protagonista.

Rosangela Max 15/10/2023

Maravilhoso!
Assim que iniciei o primeiro capítulo já pressenti que esta leitura seria especial. É uma história linda sobre abandono, amor, luto e recomeços. Tem romance e um toque de mistério também, mas os pontos chaves da história tem a ver com amar e perder.
A escrita é fluida e delicada, mesmo ao narrar momentos difíceis.
Recomendo a leitura.

Thaí 01/05/2024

Uauuu!!! Que livro emocionante, uma história que nos leva a refletir sobre o amor, a perda e a redescoberta da vida. A narrativa gira em torno de Violette Toussaint, uma zeladora de cemitério que guarda segredos profundos do passado. Com uma prosa sensível e personagens cativantes, o livro nos leva por uma jornada de autodescoberta e transformação. Uma história poderosa sobre o poder da conexão humana e a importância de encontrar alegria nos momentos mais sombrios. Uma leitura que toca o coração e permanece na memória por muito tempo.
Amei o livro, muito bom ?

Rainy Girl 01/09/2023

Um história rodeada pela morte, mas que é sobre viver. Viver e sentir intensamente cada pequeno detalhe que entra no seu caminho. Viver a parte boa e feliz. E aprender a viver mesmo depois da vida ter tirado tudo de você.
É entender que você deve cuidar de si mesma todos os dias, cultivar e semear a terra, adubar para a exuberância, podar para manter bonito e fértil afastando as coisas ruins e sempre lembrar de tirar as ervas daninhas em volta para que elas não sufoquem a vida.
Uma história peculiar de uma francesa que encontra o amor, mas que passa por muitas reviravoltas e uma perda terrível. Que acaba terminando como zeladora em uma pequena cidade do interior da França e encontra família nos três coveiros, no padre e nos animais do cemitério. Que mesmo achando impossível, descobre que pode amar de novo.

Michela Wakami 08/04/2024

Ruim
Esse livro é tão depressivo, que não dá nem para medir a intensidade, chega a ser angustiante.
Além disso achei o livro mal escrito.
A história não me ganhou, em nenhum sentido.

Contém: estupro, suicídio, violências domésticas e incesto.

Observação: Como cristã, também fiquei incomodada com algumas passagens em relação a Deus.

Roberta 13/04/2022

Como falar desse livro
É muito difícil falar sobre essa história. Talvez um dia eu esqueça mas vai demorar anos porque me tocou muito. Indico pra quem ama ler.

Embarque Literário 23/01/2022

INCRIVELMENTE PERFEITO ??
De uma coisa eu tenho certeza: vai ser difícil encontrar um livro que supere esse tão cedo.
QUE HISTÓRIA. QUE LIVRO

No momento eu só sei sentir essa história. Fica até difícil falar. É surreal o quanto amei esse livro que, assim como na vida, mistura tragédia e comédia, suspense e romance, crueldade e beleza.

Nele você não encontra apenas uma história, e sim várias. Me encantei e me apeguei a todas elas de forma inexplicável.

Violette é uma mulher INCRÍVEL e, enquanto acompanhamos sua história, somos apresentados a fragmentos das histórias de personagens que se cruzam. Acasos é coincidência. Vida e morte. Dor. Fé.

QUE LIVRO. Apenas leiam pra entenderem.

?Existe algo mais forte do que a morte: a lembrança dos ausentes na memória dos vivos.?

Carol.Scagliusi 30/01/2022

Água fresca para as flores
A protagonista é Violette, a zeladora de um cemitério na região de Borgonha. Conhecemos sua relação com os mortos e enlutados e principalmente todos os dramas de sua vida.

Também acompanhamos em segundo plano a busca de Julien Seul, que teve como último pedido de sua mãe, ser enterrada com um homem, completamente estranho a Julien.

Para começar, gostaria de dizer o quanto fiquei surpresa positivamente! Não imaginei gostar tanto e me emocionar da maneira que me emocionei! O livro é extremamente bem escrito, fluido, doce, sincero e tocante! Chorei em muitos momentos e me senti íntima de Violette durante a leitura.

Cheio de dramas familiares, luto, amores, perdas, amizades e autoconhecimento.

Maravilhoso!

Yasmin V. 21/02/2024

Sobre recomeços...
Se eu disser que este livro fala da vida de Violette Toussaint, uma zeladora de um cemitério, que reside em uma casa simples dentro dele e que escuta, em sua sala/cozinha, o lamento dos enlutados que por ali passam; que usa casacos escuros em respeito aos visitantes; que anota os discursos feitos durante os enterros; que raramente deixa o cemitério; e que tem seus segredos; talvez pareça uma história melancólica e triste.

Mas se eu disser que além de tudo isso, também existe cor e vida, num lugar onde pensamos haver apenas o oposto; imagino que soe estranho. No entanto, é nessa dicotomia que a narrativa ganha profundidade: a mesma zeladora, que usa o preto no casaco, por baixo também usa cores vibrantes e estampadas. E em sua casa de cores sóbrias, também tem seu quarto colorido, com cortinas verde-amêndoa, tapete azul-céu e uma colcha rosa. Sua verdadeira vida, que prefere manter em segredo. E lá fora, seu jardim particular, com sua horta e suas flores coloridas. Sendo cuidadas e regadas como a lembrança de alguém especial.

Este livro é assim. Uma antítese constante entre luto e alegria; morte e vida; perdas e recomeços; passado e futuro; o morrer e o florescer.

E florescer foi o que Violette fez mesmo diante de tantas provações ao longo de sua vida tão sofrida. Por vezes, a terra foi envenenada, seus brotos foram arrancados. Mas Violette não deixou a hera sufocar sua própria árvore, já dizia Sasha. Ela recomeçou, regou suas flores com água fresca. Refloresceu, percebendo, aos 50 anos, que ainda tinha a vida toda pela frente.

Camila 11/04/2022

Sensível e forte ao mesmo tempo
Apaixonada por esse livro!
Violette é exemplo de amor e resiliência. Que mulher incrível! Ainda bem que soube abrir as portas ao verão! ??

Jennie 04/07/2023

Água fresca para as flores Valérie Perrin
Acredito que ler esse livro durante um processo de luto foi uma experiência bem dolorosa, meu coração ficou tão apertado, a falta de ar durante os três dias de leitura foi algo irreal
Esse livro e lindo, cruel e absurdo a escrita é tão envolvente que você não consegue parar de ler, mas também não consegue formar palavras para descrevê-lo após o final que façam jus a obra. Violette Toussaint tem uma vida repleta de amores,amizades,dores,luto e paixão não a romântica mas a individual a que ela descobriu durante a história, ler sobre a vida da Violette foi um aprendizado ler sobre a dor e sobre o luto me fez encarar o meu próprio processo com outros olhos
Essa história me ensinou que as lembranças ficam, mas a vida continua mesmo que seja difícil
Todas as histórias desse livro foram interessantes até mesmo dos personagens que eu odiei com todo o meu coração, esse livro foi uma verdadeira montanha russa
Tudo tão bem escrito ,bem estruturado e super bem pensado
Essa leitura vai ficar em mim por um tempo ainda

Stephany 27/01/2022

A sensibilidade de lidar com a morte
Se eu pudesse te dar um conselho, esse conselho seria: LEIA ESTE LIVRO!
Talvez esse tenha sido um dos melhores livros que já li na vida. Aborda o luto de vários modos e todos com uma sensibilidade incrível.
É um livro sobre a história de vida de Violette Toussaint, a zeladora de um cemitério no interior da França. A narrativa alterna entre o passado dessa mulher órfã e o presente com visitas de pessoas em processo de luto, as quais Violette ajuda com palavras de consolo, um pequeno obituário que ela descreve como foi o enterro de cada pessoa e chás. Aos poucos vamos entendendo o papel que o cemitério tem para ela, que talvez seja uma das personagens mais interessantes que já fui apresentada.
O livro tem passagens dolorosas e impactantes, as quais me fizeram chorar até 3h da manhã, mas também tem trechos que permitem risadinhas.
Algumas dos trechos que mais gostei:

?? Eu não sabia que isso fazia parte das suas atribuições.
? Não faz. Porém, se só fizéssemos o que faz parte das nossas atribuições, a vida seria muito triste.?

?É, Violette, o passado é o veneno do presente. Remoê-lo é morrer um pouco.?

?Só os egoístas temem a própria morte. Os outros temem pelas pessoas que deixam para trás.?

Queria Estar Lendo 18/02/2023

Resenha: Água fresca para as flores
Água Fresca para as Flores foi o sexto livro da minha jornada por 12 países em 12 no ano passado. A história de Valérie Perrin, da França, é sobre a vida e a morte. Sobre o luto, e as fases dele. E sobre umas coisinhas incômodas e crescentes. Hoje a resenha é para falar sobre essa história.

Violette Touissant mora em um cemitério. Ela é a zeladora. Responsável por cuidar das lápides, por vender flores a quem procura. E por oferecer um espaço em sua casa para aqueles que querem conversar, confidenciar coisas ou simplesmente sofrer pela perda.

A perda é uma velha amiga na vida de Violette. Ela conheceu muito da dor durante sua vida. Escolheu a solidão desse emprego porque se sentia bem ali. Durante o desenrolar da história, vamos conhecer seu passado, seu presente e as histórias que se entrelaçam à sua, ali, em meio aos fantasmas.

Água Fresca para as Flores não foi nada do que eu estava esperando. E eu digo isso positiva e negativamente O livro de Valérie Perrin tem uma estrutura curiosa. Ele vai de drama para suspense de maneira inesperada. Intercala narrativa presente a passados diferentes. Vai até mesmo para um diário, uma vez que apresenta a personagem que se confidencia através dele.

"É melhor chorar por você
do que nunca ter te conhecido."

No entanto, do começo ao fim, essa é uma história de luto. Sobre a dor da perda, das lembranças que ficam para sempre. A superação que acontece gradativamente. Aquela dor fantasma que permanece, mesmo depois de tanto tempo. Água Fresca para as Flores é um livro estranho. Triste e feliz.

A vida de Violette Touissant é de uma rotina em partes repetitiva, em partes surpreendente. Apesar da monotonia do cemitério, ela nunca está realmente sozinha. Tem quem visite os túmulos sempre. Tem aqueles que aparecem de vez em quando. Aqueles que estão sofrendo durante os enterros, ou que procuram consolo numa conversa durante as visitas. Violette está ali para tudo.

A casinha com a sua horta, suas flores e sua solidão é seu lar. Quando conhecemos sua história, entendemos aos poucos porque ela se tornou essa mulher solitária.

A beleza de Água Fresca para as Flores está justamente na surpresa. Eu não sabia o que esperar da trama, e a surpresa me conquistou. A sinopse fala um pouco, e entrega um pouco demais, na minha opinião. O importante a saber sobre esse livro é que ele vai falar sobre a vida e a morte e o que há entre elas.

Com uma narrativa em partes poética, em partes direta, a autora tece histórias entrelaçadas por ironias do destino. Fala sobre a tragédia da perda, sobre a dor do luto, sobre a vontade de viver e não apenas sobreviver. Tem, inclusive, espaço para uma reviravolta envolvendo o próprio gênero do livro. Não apenas um drama, ele também tem alguns traços de suspense. Uma coisa que acontece lá na metade da história move essa reviravolta.

"A saudade, a dor e o insuportável podem nos fazer ressuscitar e sentir coisas que superam a imaginação."

As tramas paralelas foram boas. De novo, prefiro não comentar muito a respeito, porque a graça está justamente no inesperado. Conforme essas histórias secundárias aparecem, elas se entrelaçam à principal e formam uma rede instigante.

Um detalhe sobre ela que não me agradou, no entanto, foi o quanto a personagem pareceu estagnada. Não na questão do luto, mas do desenvolvimento em todos aqueles anos - e na história. Valérie não escreve uma história de superação. Na verdade, prende sua protagonista a uma dependência emocional de servidão e de existir para outras pessoas a partir do momento em que ela encontra alguém para "seguir em frente". Nunca é por ela.

Em relação a outro plot secundário, detestei. O "romance impossível" proposto ali foi ridículo. Envolvia traição, e mais me causou desgosto do que angústia pelo drama. Um dos lados desse romance, aliás, era ridiculamente babaca, então eu só queria pular todas as partes deles.

Uma coisa sobre os homens desse livro, aliás, é a babaquice. Não tem um grama de empatia ou sentimento bom em qualquer personagem masculino. O único que não é realmente babaca acaba não oferecendo grandes coisas para a trama ou para a personagem com quem ele se relaciona, o que torna toda a questão do romance insossa e fraca. Não traz emoção.

Minha edição é do Intrínsecos, mas a tradução de Carolina Selvatici, que foi para a versão final, é excelente. Todo o trabalho gráfico e de diagramação estão ótimos também.

"Ninguém nunca nos diz que podemos morrer de tantas vezes que nos sentimos chegar ao nosso limite."

Água Fresca para as Flores fala sobre o luto de maneira nua e crua. Expõe as partes mais dolorosas dele. Mas também mostra que elas se anuviam. Que as lembranças boas fazem com que elas se silenciem. Uma pena que escorregue em romances xoxos e personagens planos no meio do caminho.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2023/02/resenha-agua-fresca-para-as-flores.html