Fer Grego 11/06/2023
Nada como eu jamais teve a chance de ser uma presa
Ok, isso aqui vai ser longo mas lá vou eu
A experiência de leitura deste livro foi extremamente frustrante do início ao fim.
Desde o início, o formato de postagem de blog adotado na narrativa foi desagradável e desinteressante. Tanto que acabei pulando essas partes, porque me pareceram irritantes e sem valor.
Além disso, a progressão da trama foi inconsistente e confusa. Em determinados momentos, a história se arrastava de forma cansativa, enquanto em outros era apressada e desordenada, dificultando a compreensão dos acontecimentos.
O protagonista acabou sendo insuportável, despertando uma grande antipatia. Seu comportamento arrogante e egocêntrico, aliado à crença de que suas ideias de tratamento eram superiores, mesmo sendo simplistas, contribuiu para esse sentimento.
A construção do enredo não compensou o esforço da leitura, pois as descrições não eram suficientemente assustadoras ou perturbadoras para causar impacto. Faltou o envolvimento emocional com os personagens, que não despertaram empatia ou interesse genuíno.
Além disso, algumas descrições foram repetitivas, dando a impressão de terem sido copiadas e coladas em várias partes. Esse aspecto reforçou a falta de originalidade e cuidado na escrita.
O elenco de personagens era composto por estereótipos vazios, sem profundidade ou desenvolvimento, resultando em figuras pouco cativantes ou interessantes.
No geral, as ações, diálogos e expressões utilizados na história eram excessivamente clichês e artificiais, tornando a leitura incômoda pela falta de originalidade e previsibilidade.
O desfecho da narrativa foi decepcionante, acrescentando pouco valor à história como um todo. Essa experiência de leitura acabou como uma perda de tempo.
Ele apresenta os clichês que me deixam tão irritada.
Um deles é o protagonista com um complexo de "deus/salvador" que acredita ser o único capaz de curar um paciente extremamente perigoso e considerado incurável. Sua atitude é de arrogância e ele se considera superior aos outros personagens, apesar de suas ideias de tratamento serem básicas e não inovadoras.
Além disso, o clichê da "mulher sem filhos" está presente, algo que me desagrada. No livro, há apenas duas personagens femininas. Uma delas é a enfermeira que mantém tudo funcionando, sem receber o devido reconhecimento pelo seu trabalho. A outra mulher é a chefe, o que já é surpreendente. No entanto, ela não é tratada com respeito. Apesar de sua suposta inteligência, ela afirma ter sido enganada pelo paciente devido à falta de filhos próprios.
Por que os autores masculinos insistem nesse tipo de abordagem? Curiosamente, nenhum dos personagens masculinos do livro tinha filhos, mas nenhum deles via a paciente como um filho. Isso é simplesmente frustrante.
Os leitores são erroneamente levados a acreditar que a história trata de uma doença mental real, mas, na verdade, é baseada em impossibilidades sobrenaturais. O encontro abrupto com o paciente misterioso, Joe, é tão confuso quanto o desfecho da história. Sinceramente, não entendo qual é o propósito dessa história e me sinto um pouco decepcionada por ter desperdiçado meu tempo com ela.