Unhas

Unhas Paulo Wainberg




Resenhas - Unhas


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Endy 26/08/2016

Unhas
Um contador que cansado da sua vida rotineira resolve mudar de profissão,uma profissão meio que ousada e perigosa,ele decide se tornar um exterminador de paixões proibidas,um trabalho que demora três meses para ser executado pois envolve total dedicação & planejamento. As pessoas não sabem,mas ele faria tudo de graça pelo simples prazer que sente do inicio ao fim. Não se engane com o título & nem com a capa,ele é mais perigoso do que parece?
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Rafael.Consorte 14/04/2016

Para maiores de 18
Só tenho uma coisa a dizer: Isso é muito adulto!! .. Hahaha
Genteeee, ele livro é muito bem escrito e construído, com cenas no presente.. cartas de pessoas e de histórias de um livro..
Mas a história é realmente pesada.. e para qm tem mente fraca pode ser um meio de indução ao erro.. Portanto, fiquei meio tenso com esta história... hahaha
Sério.. esse livro deveria ter faixa etária na capa: Proibido para menores de 18!!!
Fica a dica!!!
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Nath Mendonça 03/02/2016

Resenha: Unhas, de Paulo Wainberg
Oi!
Hoje vamos conversar sobre um livro que me deixou de cabelos em pé! O livro de hoje é o Unhas, do autor Paulo Wainberg. Ele conta a história de um homem que se auto denomina Unhas.
O livro conta a história de um homem que começa sua vida adulta normal, após a faculdade de contabilidade e trabalhando no escritório do pai. Ele se casa, tem dois filhos e entre um dia e outro no escritório, ele sente dor de dente e precisa ir ao dentista o mais rápido possível. No consultório, ele tem acesso a algumas revistas com contos policias e acaba por se interessar na trama da história, nas aventuras e nos riscos que elas trazem. Observando que sua vida não é nada parecida com a dos contos, ele resolve se oferecer para atuar em trabalhos temporários, como um exterminador de paixões proibidas.
Através de um anúncio jornal, ele publica seus serviços de forma que seja subliminar para não correr riscos de ser procurado pela polícia e a partir daí, ele traça algumas regras para aceitar serviços. Duas condições básicas são estabelecidas: a primeira é não aceitar nenhum trabalho que seja oferecido por uma mulher e a segunda é não fazer nada que seja antiético, como exterminar a esposa para que o "empregador" possa ficar com a amante.
Neste caso, Unhas trabalha exterminando paixões proibidas, aquelas que os homens não conseguem lidar e acabam arriscando-se para sustentar uma relação amorosa, colocando em risco família, emprego e a "moral".
Unhas começa a história contando para Elisa, seu próximo trabalho, os motivos de praticar estes crimes com o intuito de ajudar outras pessoas e ser ajudado, trazendo mais ação para sua vida.
O conteúdo do livro é bastante pesado, traz como base de argumentação aspectos religiosos e confronta atitudes e regras sociais com os "mandamentos da Bíblia". Assuntos como pedofilia, homossexualidade, abuso sexual e a desigualdade entre os gêneros também é bastante presente. Algumas cenas, que por sinal são muito bem construídas, assim como os personagens, nos transportam para dentro do livro, fazendo com que tudo o que aconteça na história seja quase palpável. Este livro nos traz diversas sensações e a mais abundante delas é a revolta por saber que sim, o que acontece no livro também acontece na vida real. Pode ser que não tão aberto, ou exposto, mas acontece.
Este livro é muito mais que um livro de investigação policial e ação, ele é a realidade e o retrato do que acontece e não sabemos por não ser amplamente divulgado. Embora seja pouco provável que exista alguém que se ofereça como matador de aluguel em jornais, se tirarmos o foco do Unhas e focarmos nos casos abordados, veremos grande correspondência com a realidade.
Elogios é que não faltam ao livro, poucas vezes li uma história que fosse tão bem construída em sua essência, onde podemos perceber pouca ou nenhuma referência de textos anteriores já publicados. Sabendo que é praticamente impossível uma ideia totalmente inédita e original, levando em considerações a quantidade de histórias já formadas e publicadas, Unhas se destaca como sendo um dos livros mais próximos desta possibilidade de originalidade. Lembrando que, escrevo com referência em tudo o que eu li até hoje, portanto me corrijam se eu estiver errada.
Conhecer o livro foi acidental e até certo momento em que me deparei com a palavra "guria" no texto, não sabia que era um livro nacional. Mais uma surpresa que o livro me ofertou.
Deste modo, posso dizer que recomendo a todos a leitura, o ano de 2016 começou com ótimas leituras e com certeza até o momento, Unhas está no primeiro lugar de melhores do ano.
Espero que tenham gostado da resenha e que tenham sentido vontade de entrar em contato com o livro. Em uma rápida pesquisa, é possível encontrá-lo nas lojas online entre R$10,00 e R$20,00.
Para assistir a vídeo resenha, clique aqui.
Se você gostou, deixe um comentário e se tiver vontade de ler o livro, deixe também! Vou adorar saber!
Beijos e até o próximo post, que sai na sexta feira com o book haul de janeiro.

site: http://www.claqueterosa.com.br/2016/02/resenha-unhas-de-paulo-wainberg.html
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Ray 18/12/2015

Na Mente de um Psicopata
Eu chamaria sim "Unhas" de psicopata (pois o mesmo não tem remorso), mas na verdade ele se alega um matador de aluguel que encontra prazer nisso. Todo o livro se passa com diálogos e pensamentos dele, inclusive o mesmo faz questionamentos que realmente nos fazem meditar sobre a religião, os comportamentos humanos, etc.
A estória é um tanto quanto chocante, mas que não deixa de ser realidade, são casos (tragédias) que realmente acontecem mas por serem Tabu passam despercebidos pela sociedade, principalmente por não acreditarmos que possa ser verdade.
Posso dizer que não é uma leitura fácil (principalmente pela riqueza de detalhes), em alguns pontos chega a ser maçante, mas mesmo assim conclui-se rapidamente e te deixa envolvido na história. Pois o assassino cria um terror psicológico na vitima que você quer logo chegar ao final e ver a conclusão. O final me deixou um tanto quanto enervada, esperava mais, mesmo assim não tira a "beleza" da obra, o autor foi excepcional.
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Ogando 19/11/2015

Unhas
Eu amei o enredo do livro quando li sua sinopse. No início da história você fica preso ao personagem tentando o compreender e entender seus motivos. As histórias vão se desenrolando, as tramas se aprofundando e você se vê preso nas histórias que motivaram os crimes e os trechos de romances policiais fictícios que o personagem costuma ler.
O que começou a me incomodar no livro foi o fato de aparentemente todas as vítimas serem mulheres, que se tornaram empecilho para seus maridos, amantes ou namorados. Além disso a relação entre pai e filha parece ser uma fantasia e tanto para o autor. Ler cenas tão detalhadas do romance entre pais e filhas realmente me deixou bem desconfortável. As histórias poderiam ser contadas sem tanta profundidade de detalhes sórdidos.
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Gisa 05/12/2014

Esse foi um livro que me enlouqueceu. Eu simplesmente fui sequestrada por esse livro. Sabe aquela história que você não larga até terminar a última página? Então, foi o que aconteceu com Unhas.

Eu ganhei esse livro do K, um amigo meu de blog. Eu não conhecia o livro ainda e agradeço dez mil vezes por ele ter me apresentado essa história.

Unhas, conta a história de um matador de aluguel. Mas ele prefere que o chamem de "Exterminador de Paixões Proibidas" ou então Unhas. Afinal, ele não se considera um assassino. Ele é apenas um acelerador daquilo que inevitavelmente vai acontecer. A morte!

"Os maiores assassinos são os pais. Pois quando dão vida aos filhos, também os condenam a morte"

O livro é um monólogo, onde Unhas, conta a sua futura vítima porque ele faz aquele tipo de serviço, quem ele é, as coisas que ele acredita e porque ele vai matá-la. Eu sabia o motivo desde o começo. kkk. Vou virar detetive =D
Unhas mata aquele seu amor impossível, aquele seu amor torturador, aquele proibido. Mas ele só tem clientes homens, pois acredita que uma mulher jamais enlouquece por homem. Que basta ela comprar um vestido novo que esquece daquele amor doido.
Mulherada, vocês concordam?
E gente, é de matar um cara tão inteligente quanto esse. Unhas tem algo de Coringa e de Hitler. Não há como gostar dele, ou sentir compaixão ou qualquer coisa do gênero. Mas não há como não achá-lo incrível em toda a sua lógica. Ele faz referências a bíblia, a sociedade, crítica os costumes estúpidos, repudia a verdade absoluta.
É impossível você ler esse livro e algo não mudar em você. O livro fala da natureza humana de uma forma tão transparente que dói.
O livro fala sobre incesto, sexo, abuso sexual, drogas, prostituição, família, vida e morte.
É um livro muito denso, que ao terminar, você para para observar todos ao seu redor.
Há muitas coisas a respeito do qual eu senti nojo ao ler, mas não porque o autor não fez um bom trabalho. Muito pelo contrário. O trabalho foi muito bem feito. Mas ver a natureza humana exposta de tal maneira, coça, incomoda, dá vontade de se rebelar.
Não consigo palavras para escrever tudo o que eu senti ao ler esse livro. Mas sem dúvida alguma, o livro é muito bom.
As primeiras páginas, você pode até se perder e não entender o que está acontecendo, mas logo você já se situa. E o fim, depois que você conhecer Unhas, vai saber que não poderia ter sido diferente.

Mas fica um aviso. Esse livro não é para aqueles de coração fraco.
Mas se você deseja uma história densa, "madura" e surpreendente, você não pode perder. Leia!


site: http://profissao-escritor.blogspot.com.br/2014/12/unhas.html#comment-form
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Patricia 17/11/2013

Gosta de suspense?
Não vou me aprofundar muito nos detalhes, pois “Unhas” é um daqueles livros que quanto menos você souber antes de começar a leitura, melhor é. Mas posso dizer que é um livro muito envolvente para quem gosta de um pouco de suspense e não tem problemas e ler cenas fortes, onde os fatos e a forma como é narrado faz a leitura ser muitíssimo rápida, prova disso é que li em apenas 2 dias. A narrativa é em primeira pessoa e conta a história de “um exterminador de paixões proibidas”. É um livro forte e chocante em alguns momentos, mas nada muito além do que encontramos diariamente nos noticiários sensacionalistas da TV.
Unhas é um pseudônimo de um contador que cansado da sua rotina, da esposa e dos filhos, tem a ideia de se aventurar em uma rotina de matanças. Ele vira um matador de aluguel. Mas como divulgar essa nova “profissão” sem ser notado pela polícia? Como despistar a polícia nas investigações dos crimes cometidos? Essa é a grande inspiração de Unhas.
A narrativa é dividida, onde em parte Unhas conta crimes já praticados, em outras vemos o ponto de vista da última vítima capturada e em outras vemos contos policiais. Tudo acontece paralelamente trazendo uma certa confusão, mas no decorrer das páginas você já consegue identificar quem é quem e “linkar” um capítulo ao outro.
A história é bem atraente e você se depara com mistérios bem interessantes que são desvendados aos poucos. Isso faz com que você anseie por chegar ao fim para saber o que vai acontecer.
O autor realmente consegue nos fazer mergulhar na mente de um psicopata. O cara é doidão, rs, e às vezes dá até pra se confundir. Vale a pena conferir se o tema suspense te atrai.

site: http://canetasdeouro.blogspot.com.br/2013/11/resenha-unhas-paul-wainberg.html
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/QMD/ 17/06/2013

André corta as unhas dos pés em qualquer lugar.
Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de algo como um assassino de aluguel, mas que tem lá seus princípios. Unhas (este é o nome que ele usa para divulgar seus serviços nos Classificados do jornal) tenta ao máximo não infringir os 10 Mandamentos de Deus, só recebe "missões" de homens e só extermina as paixões proibidas (ou seja, se a sogra estiver colocando empecilhos no seu romance e você deseje acabar com isso, quem morre é a namorada, filha da sogra). Isso sem contar que ele se prepara durante três meses, usando novos disfarces a cada dia para espiar a nova vítima. Nesse tempo, o cliente não tem garantia nenhuma de que o crime será cometido aliás, pois um único contato por um telefone que é destruído minutos após é feito.

O livro começa no cativeiro onde Elisa, uma jovem de 17 anos, está presa com cordas numa cadeira, com a boca selada com um esparadrapo e a certeza de que está um pouco dopada. Em frente a ela, Unhas começa a contar tudo que a motivou a largar a esposa e filhos e procurar esta nova profissão. Mesmo sem saber o que o faz querer conversar com a garota, Unhas se abre de uma maneira espontânea e quase que imediata. Entre uma história o outra, o cara interage com a moça, que morre de medo do que está prestes a acontecer, mesmo sem saber o que é. Estupro? Assassinato?

A grande inspiração de Unhas são os crimes perfeitos (aqueles que não conseguem ser desvendados pela polícia) dos romances policiais, mesmo sabendo que tudo é manipulado a gosto do autor. Ainda assim, o cara se dedica a reproduzir algumas mortes e procurar os defeitos de alguns para criar os seus de um modo único.

Paulo criou um livro todo embaralhado que, acredito, seja justamente pra confundir o leitor. Ao mesmo tempo em que estamos no cativeiro junto de Elisa, visitamos a vida íntima de Unhas e sua família, os romances policiais que ele já leu (histórias completas são inseridas aos poucos no texto) e ainda temos crônicas e ensaios do assassino sobre assuntos corriqueiros, como cortar as unhas, religião, separação... Li este livro muito rapidamente, então, consegui acompanhar bem, mas quem lê poucas páginas por dia e arrasta um livro por mais de uma semana pode acabar esquecendo os acontecimentos, que acontecem em várias velocidades e tempos diferentes.

Um dos motivos de ter lido o livro de Paulo Wainberg de um dia para o outro foi o formato como foi escrito. Os capítulos, em sua maioria, não passam de 3 páginas. Alguns não chegam a completar uma página inteira. O livro que tem pouco mais de 250 páginas tem 97 capítulos, todos com títulos que instigam e provocam o leitor a querer saber como eles se encaixam nos acontecimentos, como Tormento noturno, A ideia, Ardência e comichão, Seis meses, Pas De Deux, Riqueza não põe mesa...

Os personagens construídos pelo autor também se destacam porque são cheios de características peculiares, mas que não chegam a ser surreais em demasia. Um exemplo é o pai de Unhas que usa provérbios e frases da sabedoria popular sempre que pode. Outras, a esposa que está sempre satisfeita com tudo ou a secretária que só conversa o necessário.

Chegou uma hora em que Unhas, o assassino, começou a me irritar. Ao longo do livro, quando lemos as opiniões do protagonista sobre o cotidiano, nós entendemos que ele tem uma mente superior, raciocínio rápido, filosofias inteligentes pra vida... Porém, por várias vezes, o próprio Unhas começou a se achar, dizer que está sobre a carne seca e é o único ser humano que já chegou aonde ele chegou.

De início, Unhas diz que extermina as paixões proibidas por prazer, mas depois começa a dizer que faz um favor à humanidade. Vai um semancol aí, cara? Claro que isso não atrapalha a leitura, mas ver várias expressões sinônimas ao longo da obra me cansou um pouco. O mesmo acontece com as coxas perfeitas da ex-mulher. As coxas sexy. As coxas simétricas. As coxas carnudas. E por aí vai... Dois clientes de Unhas também tem histórias extremamente iguais, a não ser pelo "parentesco" da vítima com ele. A sequência dos fatos nas duas histórias não mudam em quase nada.

RESENHA COMPLETA: http://www.quermedar.com/2013/05/unhas.html
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Kat Munster 29/05/2013

Assassino de mulheres...
... deveria ser o título desse livro. E o subtitulo: A história de um misógino estuprador.

Assim, eu não teria gastado 30 dilmas em um livro com histórias totalmente triggering para qualquer mulher que tenha passado por uma situação de violência machista :D
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Day 30/03/2013

Unhas - Paulo Wainberg
Foi uma leitura difícil de continuar! Comecei a ler junto com meu marido e ele desistiu! Eu no entanto, sempre o olhava quando passava pela estante.
Nesta semana santa (23/03 a 30/03/2013) viajamos para Buenos Aires/Argentina; e decididamente coloquei na bolsa para terminá-lo. Terminei em 2 dias.
Livro fraco, a idéia é interessante para quem gosta do tema que envolve as fraquezas da humanidade, assassinatos, e etc.. No entanto fiquei até o fim do livro esperando algo pra dizer que tenha valido a pena...
Acho que a única coisa legal que tirei deste livro é ver de outro ângulo aquilo que todos julgam como o horror... O personagem principal em muitos diálogos frisa que tudo que buscamos, cultuamos, achamos correto, no fim não vale nada, pois somos todos uns patéticos querendo ser vistos como seres especiais...
Mass se for ler, não espere muito.
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Sharon 04/03/2012

É doído mas passa rápido, como arrancar band-aid.
Conheci o livro pelo Gauchão de literatura. Passou bem pela primeira fase, no jogo contra "Tudo o que fizemos" de Carlos André Moreira, que pela resenha me pareceu um livro bom. Aí matou um quase livro reportagem, o "Águas da Revolução" do Juremir Machado, "pavilhão da literatura gaúcha" e eu apostei. Ainda não tinha começado a terceira fase do campeonato e eu decidi firmemente que o meu serial killer do ano seria o Unhas. Na terceira fase foram dois jogos, um contra "Sinuca embaixo d'água", da Carol Bensimon, e outro contra "O centésimo em Roma" do Max Mallmann. Enfim, o Paulo mesmo achou os resultados muito justos, então devem de ser, que não li nenhum dos concorrentes. Só o Unhas. E vamos falar sobre ele.

Unhas é o pseudônimo de um contador que, cansado da rotina, da esposa, dos filhos, tem a ideia de mudar de ramo e entra para a matação de aluguel como um especialista: "exterminador de paixões proibidas". É quando captura Elisa, que ele resolve, pela primeira vez depois de alguns anos na nova profissão, conversar com sua futura vítima. É a esse trololó que assistimos, sua filosofia do pecado, da morte e da vida, seus métodos, seus contos policiais favoritos, e os pepinos dos homens apaixonados que resolveu: a aluna de um professor de cursinho casado, o companheiro gay de um homossexual em dúvida, a esposa feia filha da sogra gata, a filha da empregada... e Elisa. Quem é ela? Como ela veio parar ali? Por quê? Em entrevista, o Paulo disse não sabe se o livro é mesmo "policial". Talvez não, mas dá pra brincar de detetive com a Elisa. Foi riscando os tipos de amores proibidos da lista que eu adivinhei antes de começar a ficar fácil.

Li de uma sentada, que o livro é rápido. O ritmo é fluído e a grande cara de pau do Unhas me puxaram pra históira. As cenas de ação são fortes e difíceis, principalmente no final, os casos mais pesados. Parece tanto um caso do Law & Order SVU que eu juro que vi a detetive Benson ali, quase desvendando todo o mistério nos últimos segundos. Isso me manteve firme no enredo. Atrapalhou um tantinho o conto policial paralelo, o "Caso do quarto fechado", que vai sendo narrado aos poucos, salteando com a história principal. Outro "quase" é um terceiro narrador alienígena. Os capítulos tem, alguns, o ponto de vista de Elisa, outros o de Unhas e outros o desse narrador que sobra na história. Eu preferiria todo o livro narrado sob pontos de vista dos personagens. Demoramos um tantinho para perceber que não é nem Unhas nem Elisa quem está narrando e o desentendimento desconcentra.

Talvez o mais divertido seja a idiossincrasia entre o Paulo e o "Unhas". O Paulo lembra o Jack Nicholson dando um "beijo na garota mais linda do mundo" no final de "Antes de partir". Porque esse cara escreveria esse livro? Ele não parece se importar com o choque ou a polêmica... Já o Unhas é um quase-Hannibal. Falta refinamento e manipulação, mas ele mata com o mesmo prazer.

Três estrelinhas e meia. Em cinco.
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Elete 28/01/2019minha estante
Final horrivel...




Aguinaldo 05/08/2011

unhas
Sobre a trama de "Unhas" é melhor eu não me dedicar tanto, pois este é o tipo de livro que perde algo quando sabemos seu desfecho. Paulo Wainberg nos apresenta um "exterminador de paixões proibidas", uma espécie de serial killer que vende seus serviços, seus crimes, suas obsessões. A influência de Rubem Fonseca no estilo é marcante. Trata-se de um livro bem escrito. Wainberg alterna capítulos onde seu personagem principal age (planeja e executa seus crimes) com digressões sociológicas, psicológicas, filosóficas, literárias e religiosas. Além dessas digressões ele emula pequenos trechos, como se fossem originais de pulp fictions dos anos 1940 e 1950, e os distribuí por seu romance, sem conexão direta com a trama principal. O efeito procurado parece ser o de cotejar as técnicas e procedimentos criminosos utilizados por seu personagem com aquelas dos romances noir clássicos. Não é uma idéia ruim. O enorme número de pequenos capítulos (são 97 deles) me parece um artifício desnecessário. O romance ficaria melhor sem tanta fragmentação, pois o leitor teria o desafio extra de separar as vozes que o autor utiliza (ora um narrador onisciente é quem conta a trama, ora é o assassino quem a conduz, ora lemos trechos dos romances noir inventados por Wainberg). "Unhas" é um livro onde encontramos perversões, o domínio do sexo, pedofilia, alguma escatologia. Nada que um leitor do século XXI não encontre nos jornais ou na televisão regularmente. Duas bobagens me incomodaram (mas elas não comprometem o livro, faço o registro por conta de minhas obsessões). Um é a forma que o personagem principal utiliza para atrair seus clientes, demasiado inverossímil para mim (mas como o mundo da ficção é mesmo livre, temos de acreditar no autor). A outra é ler "teor magnético" quando o autor quer se referir ao que eu acredito ser "alta indução magnética" (uma tonteria, concordo, mas acontece que eu trabalho com magnetismo e não posso deixar passar isso). Bueno. Não é o melhor livro do ano, mas para quem está em busca de um thriller ligeiro, "Unhas" garante um bom par de horas de diversão. [início 03/08/2011 - fim 04/08/2011]
"Unhas", Paulo Wainberg, São Paulo: editora Leya, 1a. edição (2010), brochura 16x23 cm, 247 págs. ISBN: 978-85-62936-46-3
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