wild.ivy 19/09/2023Desvendo a natureza é como conseguimos vê-la de fatoGanhei esse livro de um adorado amigo escritor e li em poucos minutos, assim que chegou em minha casa. O título me encantou, e eu soube então que o conteúdo me encantaria ainda mais. E não foi uma certeza errônea.
Por mais diferente que o texto é redigido, me peguei adorando cada pequena frase, me aprofundando nos detalhes e na forma que o autor usou de brincar com as palavras, de usá-las para descrever o que ele enxergava depois de "desver" o mundo ao seu redor. Como uma manhã pousada no alto de uma montanha, as conversas de pássaros enquanto comem restos de moscas, o beijo do rio às suas margens e tantas outras visões maravilhosas, ainda que simples, que ele apresentou ao longo da coletânea de pequenos poemas.
Terminei a leitura com o coração quente, sentindo a inocência de cada texto ecoar dentro de mim, desejando desver o mundo para vê-lo assim, da forma que o menino do mato o vê.
Recomendo para todos aqueles que desejam um respiro de inocência em uma realidade tão turbulenta, cruel e caótica como a que vivemos. Para todos aqueles que desejam conforto, para que possam encontrá-lo no sopro carinhoso do vento, nos sussurros gentis das árvores, no calor amoroso do sol, e em cada detalhe de beleza da natureza.
"Eu queria fazer parte das árvores como os
pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as
pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia
fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem."