Menino do mato

Menino do mato Manoel de Barros
Manoel de Barros




Resenhas - Menino do Mato


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Maionese0 31/01/2024

"Acho que o nome empobreceu a imagem."
III, IV, V, 3, 4, 6, 9, 10, 11, 14, 16, 17, 20, 21, 23, 28,  32, 35

O livro é introduzido com uma "explicação" a partir das próprias palavras e jeito de Manoel de Barros. É interessante que lendo os poemas iniciais infere-se exatamente o que foi dito: desconstrução do uso comum das palavras para criação de imagens.
Existem palavras que remetem a um significado diferente que logo se percebe, por exemplo, passarinho e liberdade. Entretanto, o mais fascinante não foi esses usos incomuns e formatos estranhos, mas como ele lhe leva a seguir exatamente o raciocínio que ele quer. Lhe transmite instruções que criam visões e imagens, li palavras e formei cenários que transmitem sensações.
Por acontecer de forma tão fluída não tive dificuldade ou tive que forçar o entendimento do autor, simplesmente segui os passos no caminho que foi me dado. Com uma simplicidade desafiadora o autor surpreende com o mínimo.
No final do livro tem-se o "Conversando sobre a obra", em outras palavras "sente-se aqui e deixe-me falar tudo que te surpreendeu, te fez pensar e ficar imerso sem nem perceber. Venha, observe que não há nada de banal aqui, muito pelo contrário, um trabalho incrível foi feito". Essa parte da obra é como uma conversa direta lhe mostrando a magnitude de Manoel de Barros não por meio dos prêmios ou biografia, porém dele como pessoa com argumentos e demonstrações que não fecham o livro, mas sim ampliam a visão e percepção de que ele foi um grande autor e seu trabalho tem uma profundidade que facilmente poderia ser subestimada.
Gostei bastante da obra, pode ser lida e relida facilmente e não me faz deixar de pensar: daqui alguns anos eu definitivamente devo voltar nela e repassar o filme que Manoel de Barros me apresentou através de suas palavras e poesia.

P.s. muito me encanta essa form diferente de ver palavras, significados, conceitos e imagens. Que grande maestria é brincar com esse sistema.
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Humberto3 30/01/2024

Poesias para pensar com o coração
"Eu só não queria significar. Porque significar limita a imaginação."
Frase que descreve o livro inteiro. Conjunto de poesias para não significar.
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Gabriel Beda 23/01/2024

A eloquência do silêncio ressoa com simplicidade
Menino do mato é uma leitura rápida, repleta das grandiosas reflexões pueris, que fazem abrir um oco no pensamento, onde é possível ouvir ressoar o vazio que parecia habitar o sorriso destampado do poeta do mato.
Esse é um livro com leitura tão leve que é capaz de transformar uma pequena pausa no trabalho, num passeio as margens de um rio, repleto de vida, rãs e pássaros a cantar azul.
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Augusta.FranAa 04/01/2024

Um livro que tem como temática a infância, baseada no cotidiano de um menino que vive na natureza. Uma criança que brinca com o cotidiano e as palavras.

?É a voz de Deus que habita nas crianças, nos passarinhos e nos tontos.
A infância da palavra.?
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Rodrigo 03/01/2024

Primeiro contato com poesia, a acabei adorando.

É incrível como o autor brinca com as palavras com extrema facilidade, nos fazendo refletir e resignificar tudo. Uma viagem direto para a infância e de encontro com a natureza.

Leitura rápida e prazerosa.
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Amanda 31/12/2023

O vento do último dia.
Entrou. Rodou a sala. Saiu.
Levou o ano e deixou o próximo.
Ao sair, uivou brevemente a palavra: viva.
Barbaraj 31/12/2023minha estante
?




Thais 01/12/2023

Releitura de 2023
Em menino do mato, manoel de barros fala sobre lidar com sentimento do abandono através da palavra falada (linguagem conecta) e da visão (ato poético do olhar - que nos conecta com a natureza). é engraçado que ele faz isso a partir da sua perspectiva como menino, vivendo no mato. e é muito simples. ele colhe lições de cada pessoa na sua vida. o avô vivia isolado, absorto em seus pensamentos, quando morreu parecia que ainda havia deixado abandono pra trás. o pai era todo liberdade; a mãe beleza, praticidade, emoção. sempre que leio menino do mato tiro alguma coisa nova. a de hoje é que o caminho pra se compreender, pra se forjar, é através de si. e a gente só se atravessa com a palavra. é a nossa ferramenta para caminhar em nós mesmos, como um rio que corre pelas pedras.

além disso, o caminho pra se lidar com o abandono é a linguagem. a natureza nasce fazendo parte de algo. a árvore que nasce na floresta a integra. o sapo faz parte da paisagem, ele pertence ao lago. nós, seres humanos, não nascemos pertencendo a nada. é só com a linguagem que nos desvendamos, que nos criamos, inventamos artifícios pra nos atravessar e para chegar aos outros. precisamos da palavra pra fazer essas conexões. e precisamos da visão (o ato poético do ver) para que possamos nos conectar com a gente mesmo. é necessário ver o mundo lá fora, interpretá-lo segundo nós mesmos, sem significância alheia. é necessário olharmos para a gente e ver o que tem aqui dentro. é água que corre pelas pedras.
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Paulo1584 22/10/2023

Poesia de menino
Manoel de Barros consegue construir uma poesia que brinca.
uma voz poética que vê no ínfimo, no traste, na criança, aquilo que há de realmente belo
seja a natureza em sua mínima ação
ou aquilo que no cotidiano deixamos passar.
aqui, a natureza age e nós somos parte dela,
somos um menino do mato.
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@mirmcastro 12/10/2023

Menino do mato
Este foi o meu primeiro contato com Manoel de Barro e eu amei! Já virou um livro que quero revisitar sempre que precisar me inspirar ou recolocar o coração no lugar certo.
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Erica.Regiani 07/10/2023

Manoel, acalento para a alma, sempre!

"Eu gosto do absurdo divino das imagens".
"Sou beato de ouvir a prosa dos rios".
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Caroline1432 05/10/2023

Foi meu primeiro contato com a escrita do autor e confesso que eu adorei. Uma leitura leve e fácil. É admirável a leveza nas plavras, de um olhar infantil, um olhar criativo para as coisas do dia a dia, que por muitas vezes não nos damos conta, que pureza!!

"Tenho o privilégio de não saber quase tudo. E isso explica o resto".
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Starfire 04/10/2023

Não gosto de poesia, só li pq é o literário da escola.
Ao longo do livro tem várias mini poesias que eu não entendi nada. Pra mim, não faz sentido nenhum.
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yndhissp 24/09/2023

"Eu sustento com palavras o silêncio do meu abandono."
Li esse livro só porque a escola pediu, mas eu adorei. Trouxe um gostinho de infância, um livro curto mas que trás vários ensinamentos pra vida. Li em um dia, uma leitura bem fluida.
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wild.ivy 19/09/2023

Desvendo a natureza é como conseguimos vê-la de fato
Ganhei esse livro de um adorado amigo escritor e li em poucos minutos, assim que chegou em minha casa. O título me encantou, e eu soube então que o conteúdo me encantaria ainda mais. E não foi uma certeza errônea.
Por mais diferente que o texto é redigido, me peguei adorando cada pequena frase, me aprofundando nos detalhes e na forma que o autor usou de brincar com as palavras, de usá-las para descrever o que ele enxergava depois de "desver" o mundo ao seu redor. Como uma manhã pousada no alto de uma montanha, as conversas de pássaros enquanto comem restos de moscas, o beijo do rio às suas margens e tantas outras visões maravilhosas, ainda que simples, que ele apresentou ao longo da coletânea de pequenos poemas.
Terminei a leitura com o coração quente, sentindo a inocência de cada texto ecoar dentro de mim, desejando desver o mundo para vê-lo assim, da forma que o menino do mato o vê.
Recomendo para todos aqueles que desejam um respiro de inocência em uma realidade tão turbulenta, cruel e caótica como a que vivemos. Para todos aqueles que desejam conforto, para que possam encontrá-lo no sopro carinhoso do vento, nos sussurros gentis das árvores, no calor amoroso do sol, e em cada detalhe de beleza da natureza.

"Eu queria fazer parte das árvores como os
pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as
pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia
fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem."
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livrosmortificados 02/09/2023

Manoel de Barros brinca com as palavras aqui.
Eu amo a lingua portuguesa por isso, nos permite criar neologismos tão interessantes e liricos ao mesmo tempo.
Um otimo livro para crianças, incentivar a criatividade, a criaçao e a poesia.
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