Henri B. Neto 16/10/2011Resenha: HaloJá faz um tempinho desde que terminei de ler ''Halo'', mas até agora fiquei me perguntando o que falar sobre ele... Acho que foi assim que comecei a resenha de ''Cidade dos Ossos'' (eu tenho que PARAR de ficar me lembrando deste troço, coisa chata!), mas esta é diferente. Até por que, eu gostei do livro. Achei a escrita da Alexandra Adornetto belíssima, ainda considerando a pouca idade da autora... Só que ele teve os seus altos e baixos.
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A começar pela Bethany. A protagonista é uma jovem anjo, que vem para Terra para cumprir uma Missão Celestial. Até aí tudo bem. Haviam algumas contradições na narrativa dela e tal, mas nada que comprometesse a história. Só que aconteceu algo que se tornou um problema: Beth ficou humana demais. Sei que era a intenção da autora e tal, mas a questão é que - depois que ela conhece o seu consorte humano, o galã-escolar Xavier Woods - a garota começa a se transformar em uma versão angelical da Bella Swan. Ela depende do namorado para viver, respirar, comer, dormir, ir no banheiro... Tudo! O que no começo parece até bonitinho, no meio já se torna irritante.
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Confesso que até gostei de algumas cenas dos dois juntos, houve momentos em que eles agiram da forma que tinham que agir (ouviram Sr. e Sra. Cullen), mas o resto poderia muito bem ter sido retirado da versão final do livro que continuava a mesma coisa. E foi isto o que considerei ruim no livro.
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O legal em Halo é que os seus seres, tanto os Celestias quanto os infernais, são DE VERDADE. Toda a mitologia que a Alexandra pesquisou e adaptou para o romance ganha vida ao decorrer das páginas, e quando chegava estes momentos, eu até me esquecia que estava irritado com o ''mimimi'' da Beth. Este foi o primeiro livro de anjos YA que li e que Deus não é apenas citado, mas como também lembrado... E não fica parecendo em nada com uma aula de religião. Ele é tão naturalmente introduzido à narrativa que, quem não segue uma crença monoteísta, não se sentirá desconfortável com a leitura.
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Outro ponto positivo do livro é que, quanto mais avançamos nele, mais as coisas vão se tornando sombrias. Bethany e seus irmãos Celestiais, Gabriel e Ivy, estão na pequena Venus Cove para uma Missão... Só que eu não esperava que ela se personificasse na forma de um adolescente chamado Jake Thorn. Desde que ele entra em cena, o leitor sente o sinal de alerta piscar no nível máximo - sem falar, que sempre que o garoto aparece, coisas ruins acontecem: Acidentes de carro, incêndios inesplicáveis, mudanças repentinas de personalidade... Suicídios.
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Só que esta má influência não para por aí. Jake está de olho na Beth... e a quer ao seu lado no lago de fogo e enchofre. E é este pequeno detalhe que fez o livro ficar tão fantástico - e me fez esperar descontrolávelmente por sua continuação com um nome ''nem um pouco'' sugestivo, Hades.
Henri B. Neto
''Na Minha Estante''