Resenhas - À Espera De Um Milagre

Mari 13/08/2021

Uma experiência emocionante...
Esse foi o meu primeiro livro do King e em alguns momentos tiveram narrativas que me deixaram desconfortável, muito disso pela época e pelo contexto em que o livro é situado. A escrita do King é mais crua e descritiva, mas muito fluida e envolvente. A trama tem personagens interessantes e alterna a narrativa entre passado e presente, o que acaba deixando o leitor ansioso para saber o que realmente aconteceu no ano de 1932.

É um livro interessante, que vai funcionar de maneiras diferentes para cada leitor, pois aborda temas como racismo, religião e misticismo, e as coisas que são descritas no livro serão interpretadas de acordo com os ideais de cada um. Foi uma narrativa emocionante, e até cruel em certos pontos, o que não a torna menos representativa e realista.

Diversas das injustiças e preconceitos representados no livro, foram e continuam sendo absurdamente presentes e enraizados em uma boa parte da sociedade. Foi uma experiência literária incrível, com um final arrebatador e que me fez chorar bastante. Eu diria que essa é uma ótima indicação para começar a ler King, o livro não é tão longo e não tem terror, para quem ainda tem receio do gênero.

luana.Valvassori 08/06/2020

King é king
Eu já tinha assistido o filme uma porção de vezes, mas nem isso me fez ficar menos entusiasmada com a história. Livro incrível, cheio de reviravoltas e quem lê sem assistir o filme deve achar ainda mais incrível. Um dos melhores que já li.

Karina.Fernandes 31/10/2019

Meu Deus que livro é esse?!
Se tivesse como dar mil estrelas ao invés de 5, daria com certeza.
Sensacional, disparado o melhor livro do King que eu já li (tá bom que até o momento eu só li cinco livros dele rs). Emocionante de tirar o fôlego, em certos momento não conseguia prosseguir com a leitura de tanto que eu estava aos prantos. Chorei horrores e pretendo reler em um futuro próximo.
A cada livro lido o Stephen King me surpreende. Estou sem palavras para poder descrever tamanha satisfação que foi ter lindo a espera de um milagre.

Flavio Assunção 21/05/2012

Poucas histórias são capazes de despertar sentimentos intensos. Ou melhor, poucas histórias conseguem lhe encher de sentimentos dos mais diversos possíveis, dos piores aos melhores. E um exemplo disso é "À Espera de um Milagre". A raiva, a dor e a frustração estão lá, impregnados como um câncer cruel. Mas, mais do que isso, somos presenteados com o a alegria, o amor e a emoção, que estão lá como uma forma de esperança. Não a esperança que vai decidir o destino de alguém para melhor, mas a esperança que diz que ainda há esperança para o ser humano.

O livro conta a história de Paul Edgecombe, um idoso que hoje vive em um asilo e que a única coisa que o mantém vivo são as lembranças dos tempos em era o guarda encarregado pelo Corredor da Morte da Penitenciária de Cold Mountain. Lá, foram muitos os momentos ruins, mas houveram também momentos intensos e uma delas em especial não lhe sai da memória: a de John Coffey, um negro de dois metros de altura acusado de assassinar duas irmãs. E é com essa premissa que Paul resolve contar tudo, tudo o que lhe corroi por dentro. Dá-se início ao espetáculo de mortes violentas, ódio pela injustiça e incapacidade de mudar algo já estipulado. E como não poderia deixar de ser, dá-se início à mágica, a lição de vida e a emoção extrema.

Narrado todo em primeira pessoa por Paul, a narrativa é extremamente agradável. Inexistem os momentos de descrições desnecessárias. Tudo é escrito na medida certa e com o intuito de colocar o leitor para dentro da penitenciária, vivenciando a maldade de algumas pessoas - que utilizam a fragilidade dos detentos para alimentar o sadismo interior e autoridade que possuem -, e bondade de outras - que acreditam que todos que lá estão já pagam e vão pagar pelo que cometeram.

A verdade, é que a história de Jonh Coffey fica em segundo plano nas três primeiras partes - são seis no total -, com o autor fazendo o leitor se inteirar inicialmente com os acontecimentos da prisão antes da chegada de John até, então, com as coisas durante sua estadia. E ainda assim, o grandalhão aparece pouco. Mas vale destacar que nas vezes em que aparece são momentos impagáveis. (Assim como é impagável a presença de um certo Sr. Guizos no ambiente da prisão).

Honestamente, é difícil não se emocionar com a história, ainda mais no momento em que se encaminha para o final. Acho que se não tiver arrancado lágrimas de um leitor, essa pessoa pode ter problemas. Ou é muito dura com a vida. Ou já começam a ler livros com a ideia de que é uma ficção e portanto não vale a pena se apegar tanto. Porque esse livro foi feito para trazer sensações e as lágrimas são inevitáveis, ou mesmo aquele frio no estômago. Mas cada um é cada um.

Stephen King quando quer consegue escrever obras belíssimas e que marcam. Consegue deixar um vazio pelo apego às situações e seus personagens. "À Espera de um Milagre" ficará marcado na minha memória, sem dúvida, e só lamento que tudo tenha acabado. De fato, uma das melhores histórias que já li.

Dressa 17/01/2021

"Coffey, como o que se toma com leite"
Um livro que merece 5 estrelas fácil, embora eu ainda esteja indecisa se entrará para a minha lista de favoritos ou não. Levei um tempinho para me conectar com a história, mas depois a devorei. Já sabia como acabaria - por um lado me sinto aliviada por isso, pois não terminei o livro mais destruída do que fiquei; pelo outro, com certeza a experiência teria sido muito mais profunda pra mim. Racismo, violência nos níveis mais cruéis, velhice, a fragilidade da vida, o conceito de certo e errado, o sistema carcerário, tudo isso e muito mais King nos entrega com a história, ora com sutileza, ora como um soco no estômago. Impossível não sentir NADA ao longo das 400 páginas. É pesado, pela história por si só e por motivos bem pessoais, mas aqui encontrei uma faceta diferente do SK, de uma maneira muito estranha vislumbrei um lado "doce" dele, se assim posso dizer. John Coffey é alguém que nos desperta a vontade de querer guardá-lo num potinho salvo da escuridão que muitas pessoas emanam e da dor que elas causam, de maneira proposital ou por simplesmente não se importarem com o que acontece além dos seus próprios umbigos. Raiva, lágrimas, indignação, a busca de um sentido para as coisas que acontecem, afeição, até mesmo risos entremeam À espera de um milagre. Paul, Brutal, Harry e Dean merecem uma menção honrosa e seria incrível se houvesse muitos deles por aí pelas penitenciárias da vida real. Janice, Elaine e o Sr. Guizos têm um espacinho especial no meu coração, mas John Coffey é o dono dele todinho.

"Chefe, estou muito cansado da dor que escuto e que sinto. Estou cansado de andar vagando, sozinho, sem nenhum companheiro pra ir junto comigo nem pra dizer de onde estamos vindo nem para onde vai nem por quê. Estou cansado das pessoas serem más umas com as outras. Estou cansado de todas as vezes que tentei ajudar e não pude. Estou cansado de ficar no escuro. Mais do que tudo é a dor. Tem demais. Se eu pudesse acabar com ela, acabava, mas não posso."

Kah Cruz 04/08/2012

Perfeitoo!
Eh incrível: mesmo depois de ter assistido e me emocionado muito com o filme, consegui ter a mesma sensação ao ler essa historia.
Ela é linda, rica em seus detalhes e personagens bem construídos...
Amei demaiiis!!

Liliane 26/11/2021

A espera de um milagre
Gostei muito do livro, o melhor dos últimos tempos e me tirou inclusive da ressaca literária.
Recomendo fortemente que você leia o livro primeiro, porque o filme se manteve muito idêntico. Os detalhes, aparência e vestimentas dos personagens, tudo me lembrou muito as cenas do filme. Por esse motivo, com certeza eu teria gostado muito mais do livro se eu não tivesse assistido ao filme ainda.

C.F. 07/02/2022

O filme é um clássico, um filmaço e foi isto q me fez buscar o livro, e claro que vou lendo comparando com o filme, mas o livro tem muito mais detalhes, desde as descrições dos personagens, do ambiente, da situação econômica da época, e de como tudo isso influenciava em diversas decisões do livro. Interessante também como o poder politico no que diz respeito as indicações e influencias no serviço público, e de como muitas vezes isso pode prejudicar muito a qualidade do serviço prestado e do bem estar da equipe.
John Coffey é um personagem impar, no corredor da morte, com um porte físico de impor medo em quase qualquer pessoa, mas com um coração diferenciado. Também tenho que elogiar Paul Edgecomb e como sua narrativa é interessantíssima.
King foi incrível neste livro, acho q dos que li dele este se tornou o que mais gostei.

Mandark 30/08/2021

Quando a idade chega...
Quando a idade chega, chorar fica mais fácil. Lembro de já ter iniciado a leitura desse livro muitos anos atrás e de tê-la abandonado antes da metade e não me lembro do porquê. Mas fico feliz de tê-la reiniciado e finalizado só agora. Acho que sou um leitor diferente. E isso mudou minha forma de encarar essa história, principalmente de encarar o final e seu narrador. Eu amo a escrita do King e me emociono com a capacidade que ele tem de descrever a humanidade com tanta precisão. Chorei em alguns momentos da leitura, mas principalmente no final. Assim como Paul, os anos me tornaram mais suscetível às lágrimas, e não acho ruim... Acho que isso me fez mais real. É um livro cruel e em alguns pontos bem incômodo, mas ao mesmo tempo é encantador. Entrou no rol de favoritos do Rei.

Becs 19/01/2022

Porque King é rei.
Às vezes eu fico na mente que Stephen King é o autor mais incrível que tem. Daí se passa um tempo e eu vou me esquecendo o que realmente faz ele ser tão grandioso. Mas é só eu concluir um livro dele que o sentimento volta para dentro do peito.
Ninguém me faz acreditar tanto que os personagens são reais quanto esse cara. Eu consigo pensar no nascimento, no processo de crescimento, nas lições e traumas da vida de todos eles. Eu consigo imaginar o que os move, o que os lapida e como é o processo para que eles nos contem suas histórias.
Não é o King contando sobre os personagens, mas eles mesmos se apresentando. Que espetacular. Fantástico. Um verdadeiro mestre da escrita. Que um dia minha própria escrita possa ser reflexo do tanto que me engrandece ler seus mundos.

Ale Lima 17/04/2022

Fenomenal
Depois de uma experiência incrível e de um livro que não funcionou comigo, chego a esse terceiro exemplar perfeito de SK. Sim, esse suspense tocante que trás um drama corriqueiro nos anos passados dos EUA e quiçá no mundo, como o racismo, é sustentado pela singeleza de Coffey e suas inúmeras revelações que prendem o interesse do leitor até o fim. Cinco estrelas com toda certeza.

Jubs 30/12/2021

John Coffey
eu demorei pra terminar por uns motivos mas qnd voltei eu simplesmente devorei esse livro, ele é perfeito, muito triste pq me apeguei aos personagens mas não tem defeito

Lucas Canabarro 28/03/2022

Eu lembro de anos atrás, quando eu deveria ter uns 13 pra 14 anos, e comprei esse livro num sebo (não exatamente o mesmo, claro. O que eu tinha comprado tinha a capa com o pôster do filme, o que claramente chamou minha atenção na epoca). Eu demorei para lê-lo, e, se bem me lembro, desisti na metade do terceiro capítulo. Tinha achado as mudanças temporais confusas e, como muita gente tem, eu tive a visão de que o King "enrola demais". Então acabei desistindo do livro, passando adiante, vida que segue.
Hoje, mais de 15 anos depois, eu me vejo lendo esse livro de novo e, poxa vida, que vontade de bater no Lucas de antigamente! Como ele pode ter deixado esse livro tão bem escrito e emocionante passar? Estou decepcionado com o Eu do passado, mas estou feliz com o Eu de agora, que acabou de experimentar um dos melhores livros do autor (e facilmente um top 3 de livros do King).

Marlon Teske 15/01/2009

07/03/05
Tudo bem que a maioria viu o filme... mas o livro vale a pena (tá tá tá todo livro vale a pena, mas este é especial)

Cá estou eu escrevendo sobre um livro que ainda não terminei (na verdade mal comecei), mas é uma história tão boa que pretendo devorar cada palavra o quanto antes.

À espera de um milagre, é exatamente isso, mais um pequeno milagre de Stephen King, com uma leitura agradável e descrições incriveis fazendo que mesmo quem não viu o filme imaginar o gigantesco John Coffey (Coffey como o que se toma com leite, só que não se escreve do mesmo jeito) e rolar de rir com Delacroix e o pequeno senhor Guizos.

A história se passa na penitenciária de Cold Montain, onde, após o assassinato e estupro de duas menininhas o gigantesco Coffey acaba preso aguardando o momento de sentar na "Velha Fagulha", a cadeira elétrica.

No decorrer da história, mais e mais fatos provam que o pobre coitado é, além de um gigantesco crianção dócil, inocente! Sinceramente, eu senti aquela pontada de remorso várias vezes lendo o livro, esperando que o pobre do John acabe sendo libertado ( o que não acontece, ops contei o final ;) )

LEIAM! É muuuuito bom.

Rodrigo Fernandes 02/06/2020

King sendo King
O clima em um corredor da morte não pode ser diferente; tenso. A história te deixa curioso, você se apega aos personagens (até a um pequeno deles). Mas claro que você já sabe disso porque assistiu ao filme. E chorou.