Felicidade clandestina

Felicidade clandestina Clarice Lispector




Resenhas - Felicidade Clandestina


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Camila Robyn 22/09/2020

Razoável
Esse livro tem alguns contos que eu já vi bastante em provas de português. São poucos os contos que eu gostei, alguns eu até pulei de tão chato.
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Carolina Veiga 07/08/2010

O Ovo e a Galinha
Li esse livro há muito tempo, mais ou menos aos 17 anos. Era leitura obrigatória para o vestibular para o curso de Jornalismo. Como é de se imaginar, na época, não entendi. Eu era uma adolescente que preferia TV aos livros. Era... no pretérito mesmo. Mas, lembro que um conto sempre me marcou. "O Ovo e a Galinha".

Sempre lembrei desse título. Lembro que tinha sido minha leitura mais difícil. Acreditava que ela estava tentando adivinhar quem tinha nascido primeiro e que a resposta dependia de quem se olhasse primeiro: o ovo ou a galinha? Inocência.

Relendo o conto, cheguei a conclusão:

No início do texto, já tentaram substituir a palavra "ovo" pela "amor"? Tentem.

Acredito que é disto que Clarice fala. Não do amor carnal apenas. Mas, do amor a vida, do amor ao próximo, do amor subjetivo, sem preconceito, sem definições.

Se ela desejou transmitir uma mensagem com esse texto, para mim foi: No amor está a felicidade. Na simplicidade está o amor. O julgamento, os rótulos, as definições nos tiram a possibilidade de olhar para o mundo e ver a verdade contida nele. Não vendo a verdade, vendo através de nossos olhos (entupidos por nossas opiniões e pré-conceitos) deixamos de ver o simples, deixamos de ver o fato como ele é.

Prestem a atenção quando ela fala da cor do ovo, por exemplo.

PS: Posso estar errada. É bem possível que esteja. Mas, se aprendi algo lendo Clarice ontem e hoje é: o significado depende do que você tem em mente. Neste caso, do que EU tenho.

rnt67 09/08/2010minha estante
O amor prescinde palavras, é feito de olhares, pulsações (aceleradas em geral), não tem razão, tampouco necessita explicações ou justificativas. Apenas o é.


Camila 06/02/2013minha estante
Se ela queria tanto falar do amor porque não usou a palavra amor? Não faria sentido...


Joviana 05/06/2013minha estante
As coisas em Clarice, não são simplesmente o que são, mas também as indagações subjetivas que se faz após ler. As situações concretas em si, só existem nos contos de Clarice para que seus personagens divaguem. É puro sentimento, e pode capturar, ou não. São folhas secas deixadas para que o leitor construa sua própria árvore.

Esse conto é sem dúvida, o mais difícil. O ovo é tido como algo puro, e belo. Algo complexo de se entender. Ele pode ser o amor, ou não. Não creio que haja alguém habilitado para dizer que não era. Assim como a arte, os contos de Clarisse são incompletos em sua essência, e assim permanecem, até que o leitor os abracem com sua própria subjetividade.




Paula1735 02/12/2021

Clarice Lispector escreve vários tipos de histórias curtas do cotidiano. Mas não quer que suas obras fiquem rotuladas a um gênero literário. Prefere escrever aleatoriamente sobre qualquer gênero literário. E ao somente escrever , com o passar do tempo passou a ter coragem para publicar o que escreveu
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Thais Nicolau 10/09/2009

Felicidade clandestina...
Todas as vezes que me debruço sobre um livro e me vejo nas histórias tenho essa sensação, é uma felicidade que é clandestina para aquele que não me vê, mas muito intensa para mim.
Neste livro de contos o que mais me chama atenção é o que dá nome a esta resenha, a felicidade e o poder de TER o livro, pois enquanto estou nele tenho o poder semelhante ao da garotinha que agora o tem nas mãos, literalmente.

RECOMENDO!!!
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a n a 02/05/2022

mas e a mensagem?!
ler Clarice Lispector é uma experiência e tanto. uma leitura passiva aqui não funciona, o leitor é convidado a queimar fosfato para tentar interpretar cada conto e eu sempre ficava com uma sensação de que ainda não tinha captado totalmente a mensagem. quando parecia que eu tinha entendido a resposta, a Clarice mudava a pergunta. afinal as obras dela se resumem a isso: entregar todas as perguntas certas e incentivar quem está lendo a ir procurar as respostas.
um dos meus livros favoritos da vida.
Yumi 02/05/2022minha estante
Enfim,um ícone na literatura Brasileira..




V.A (Taylor's Version) 08/05/2023

Uma obra prima
Eu nem sei mais como falar da Clarice Lispector nesse app. Me faltam neologismos pra falar da escrita e da pessoa dela.
Esse livro em si me prendeu muito, principalmente na crônica "O ovo e a Galinha". Eu não sei nem explicar o estado catatonico que fiquei ao lê-lo. O fato de você ler e entender ele mas saber que não entendeu é surreal. Já aprendi que nunca vou ler e ter compreensão da escrita da Clarice. Me parece impossível ler e não ter questões sobre o texto mesmo após um tempo. Clarice tem o poder de me fazer pensar na sua escrita e suas histórias por tempos e tempos sem minha mente perceber que apenas estou dando círculos porque quanto mais eu penso, mais questões surgem, e quanto mais eu acho que entendi, mais sei que não sei de nada. E isso é incrível.
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tici 09/09/2023

Terminado dia 09/09
Eu adorei! Primeira experience lendo a Clarice contista e foi incrível! Adorei cada conto, e ela sempre comenta sobre alguns temas chaves que já vi que são meio "zona de conforto" dela :)
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saraffranco 09/11/2021

Amei a escrita de Clarice, são contos que te levam a encarar as coisas de forma mais profunda. Muito embora alguns textos exijam uma interpretação aguçada e isso tenha me faltado algumas vezes, o que me fez considerar alguns textos demasiadamente longos e cansativos.
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DihMoraes 29/05/2021

Estranhamento.
Estranhamento é a sensação que mais se desvela nos contos (crônicas) de Clarice Lispector. Estranheza perante o que é novo e velho, sobre nascimento e morte, sobre o amor e o desamor, contudo, são essas estranhezas que se constituem como formadora da mentalidade humana, seja pela felicidade que nos causam ou pela tristeza que nos abate.
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Alan360 03/07/2020

Devo insistir em clarice?
Pretendia ler a hora da estrela e paixão segundo gh, mas depois deste livro, perdi completamente a vontade. Nao gostei do estilo, achei cansativo e irritante. De todo o livro, gostei de uns 5 contos. Devo insistir em clarice?
DeboraCatanante 03/07/2020minha estante
É minha autora favorita.


Alan360 03/07/2020minha estante
E o estilo nos outros livros é o mesmo? Recomenda a leitura dos outros que citei mesmo eu não tendo gostado deste?


DeboraCatanante 03/07/2020minha estante
O estilo é o mesmo. Mas recomendo A hora é da estrela.


Alan360 03/07/2020minha estante
Vou tentar mais pra frente. Juro q nao é má vontade ?


DeboraCatanante 03/07/2020minha estante
Hahahahaha! Eu entendo


Lili 14/07/2020minha estante
Sou da mesma opinião. Não gosto de estilo da autora e abandonei A hora da estrela.
É melhor buscar os contos avulso na internet pq só os dois ou três mais famosinhos valem a pena.


Lia Trajano 04/11/2020minha estante
A cidade sitiada é um dos livros dela que mebos tem esse " fluxo de consciência" , esses "pensamentos" todos que ela escreve, é mais direto. A hora da estrela também achei mais tranquilo.


Alan360 04/11/2020minha estante
Gostei muito de A hora da Estrela. E não gostei de Paixão segundo GH. Quem sabe mais pra frente tente A cidade sitiada. Obrigado pela indicação!




Evy 28/11/2011

DESAFIO LITERÁRIO 2011 - Tema: Contos / Mês: Novembro (Livro 2)
Acabei lendo os livros do Desafio Literário fora de ordem e este ficou por último dos que tinha pra ler da Clarice Lispector, sendo de todos, o que mais gostei. É realmente uma felicidade clandestina ler Clarice, mergulhar com ela nas profundezas da alma e desvendar mistérios da essência humana. Todos os contos abordam acontecimentos simples do dia a dia, mas que mostram tanto sobre a personalidade e a vida dos que estão retratados na linguagem única e extremamente estruturada de Clarice. Além disso, Clarice também se revela em alguns contos, como é o caso do que dá título a este livro.

Em "Felicidade Clandestina", Clarice nos conta um pedaço de sua infância quando já era apaixonada por livros e foi torturada por uma garota da escola, que por inveja de sua beleza, a fazia andar todos os dias até sua casa para buscar um livro que nunca estava lá. Clarice na ânsia de ler o tão desejado livro, saía pulando pelo caminho na felicidade e esperança de ter o livro nas mãos e voltava sempre tristonha pra casa com as desculpas que a garota inventava para não emprestar o livro desta vez. Certo dia porém, a mãe da garota vai até a porta quando Clarice está lá para descobrir porque a menininha loira vai todo dia a sua casa e descobre a perversidade da filha, obrigando-a a emprestar o livro na mesma hora. Esta parte do conto é lindíssima e não tenho palavras para explicar por isso posto o trecho do conto:

"Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim"

Postei também este trecho, pois acredito que ele é realmente a representação de todos os demais contos escolhidos para compor esta lindíssima obra. Em todos eles é possível vislumbrar as pequenas e grandes felicidades clandestinas dos personagens. Como é o caso de "Cem Anos de Perdão", onde a felicidade era roubar rosas de um jardim, "Uma Esperança" em que a felicidade se traduz na visita de uma linda borboleta, "Os Desastres de Sofia" que traz a felicidade de uma garota em provocar seu professor fazendo bagunça na sala, "O primeiro beijo" que conta a linda história de um garoto que beija uma estátua e nisso está sua felicidade clandestina.

E é como nosso cotidiano e nossas felicidades clandestinas. É nisso que Clarice me cativa e encanta. É impossível não se ver espelhada em suas palavras, e é incrível como ela aborda temas que nunca achamos que outros tenham vivido ou passado e que nos sentimos confortados em ler. Clarice pra mim tem essa dualidade de sentimentos. Ao mesmo tempo que ela nos força a encarar sentimentos que não estamos talvez preparados para ver, ela nos conforta com acontecimentos em que pensamos: "que bom, não é só comigo".

E por esta razão e muitas outras que já cansei de escrever, Clarice é leitura mais do que recomendade. É essencial.
Evy 07/12/2011minha estante
"A literatura de Clarice Lispector funciona como um marca-passo".

Ótima definição Wagner, concordo plenamente :)


Gislaine 07/06/2017minha estante
Evelyn que conto lindo... lindo... lindo... Você tem razão, Clarice é mais do que recomendado.




Suzana Mendonça 03/07/2022

Brilhante
Felicidade Clandestina traz diversos contos desenvolvidos por Clarice Lispector, cujas histórias são profundamente diferentes entre si, embora igualmente marcantes. Os contos apresentam frases e reflexões de arrepiar.

O primeiro conto ?Felicidade Clandestina? já seria suficiente para demonstrar o impacto da escrita e das ideias da autora.
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Marcelo.Silva 15/08/2021

Felicidade Clandestina nas páginas de um livro
A leitura desse livro me transportou para o papel da protagonista do conto “Felicidade clandestina”. Aquela que deseja avidamente um livro para se ter como amante. Para amá-lo como se ama um homem.
Foi assim que me senti ao longo da leitura. Como alguém que ama o que não se tem. A felicidade clandestina que lhe escorre pelos dedos. A cada página virada a angústia sem pescoço, com a cabeça diretamente ligada aos ombros, me assolava. A garota, silenciosa amante do professor feio. A mulher, esvaziada de si, que tenta beber o oceano.
E no fim a angústia de saber que o livro acaba.
Uma obra assim não pode simplesmente acabar. Virei a última página esperando encontrar a Clarice conversando comigo sobre o que foi tudo isso. Toda essa epifania.
Mas acabou.
Acabou da forma mais clariceana possível. Que só quem ler saberá dizer. A inexplicável felicidade clandestina.
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inasantos 12/04/2020

Muito bom
Clarice Lispector transporta a gente para dentro a história.
Cada conto desse livro não pode ser apenas lido, tem que ser pensado, observado, analisado.
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Alanna. 03/03/2021

"Não era mais uma menina com seu livro: era uma mulher com o seu amante"
Enfim fiz a leitura deste que deveria considerado meu primeiro contato com Clarice Lispector. Sim, deveria pois em realidade foi o primeiro livro da autora que li, mas já encontrei Clarice muitas vezes, nas inúmeras provas e livros de português, ainda mais sendo Clarice a autora favorita de 9 entre 10 professores de português e literatura.

Essa leitura só fez valer essa minha certeza, pois vários dos contos desse livro eu já li em algum momento da vida. O conto que intitula esse livro, "Felicidade Clandestina", já devo ter visto em inúmeras provas, e sempre que leio eu me identifico tanto com aquela menina que ao conquistar o livro que sempre quis "criava as mais falsas felicidades para aquela coisa clandestina que era a felicidade" (p. 12). Alguns dos contos, confesso, são cansativos, mas a escrita que a autora constrói tem uma beleza única. "Restos de Carnaval", "Os desastres de Sofia", "A legião estrangeira" são outros contos que gostei bastante de ler.

Enfim, eu gostei muito da leitura, espero em breve conseguir ler mais da autora.
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