Dirlene Piagio 09/02/2024
Não tem como escolher um só...
Contos profundos e maravilhosos para mergulhar na mente de Clarice. Amei cada um deles e tive que me policiar para não ler muito rápido, o livro é muito fácil de imersão. Ao final dos contos, há um posfácio incrível da Marina Colasanti, o qual fala um pouco sobre Clarice: gostei muito desse desenrolar de um fio que liga todos os contos do livro e de algumas influências da autora.
Vou citar Felicidade clandestina porque é o carro chefe, mas todos são esplêndidos: a protagonista é tão cheia de vida que convida o leitor a viver o que ela está sentindo, ainda mais quando se trata do desejo de se ter livros e do amor que sentimos por eles. Quem não se identificaria?
E Restos do Carnaval, logo em meados de fevereiro! O carnaval chegando e eu só consigo pensar no passado da autora e na bagagem que este deixou nos contos dela. É possível contemplar a sensibilidade dela ao se expressar através da máscara da escrita.
A legião estrangeira é outro conto marcante para mim. Qual criança repentinamente não se comportou após uma traquinagem sem precedentes ansiando por uma redenção? Ofélia, queria saber o como vc fez essa proeza, mas te entendo.
Cem anos de perdão... Muito bom.
Enfim, não consigo escolher apenas um, então indico o livro como um todo. É muito bom.